porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 38... CAPITULO 4

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 38... CAPITULO 4 ... A TRÍADE SECULARIZAÇÃO - PADRONIZAÇÃO - CRIAÇÃO PARTE III TESE DE DOUTORADO..obs.: Prezados leitores quem quiser continuar acompanhar a série TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS (O QUE É A GRANDE FRATERNIDADE BRANCA: UMA HIERARQUIA ESPIRITUAL CRIADA POR DEUS! – PARTE 1, 2, 3, ...”n”)....por favor visite o site no link http://bernardomelgaco.blogspot.com.br/ .ou o site Educação Para o Terceiro Milênio ver link... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio Obrigado... Namastê! “Senhor, eu sei que Tu me Sondas...” “Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates (ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Paulo II.. http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html) “All you need is love” (Lennon/MaCartney) "o problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva “O Humano e Deus são os dois lados da mesma moeda” Bernardo Melgaço da Silva “A busca da felicidade, é a mesma busca da verdadeira identidade de quem somos nós!” Bernardo Melgaço da Silva “O medo humano é decorrente da falta de fé em Deus. Assim, quando adquirimos a fé em Deus de forma inabalável junto com a fé vem também a coragem, a prudência e a humildade. Por isso, o problema humano se torna um problema divino: a fé pura incondicional de Deus.” Bernardo Melgaço da Silva “Eu Sou a Poderosa Presença Divina em Ação” HAJA LUZ/PONTE PARA A LIBERDADE "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara"- João 8:32 INTRODUÇÃO “All you need is love” (Lennon/MaCartney) 4.2 A REQUISIÇÃO ECONÔMICA DA “TEOLOGIA” DO CAPITAL A história registrou em sua memória temporal os horrores da perseguição religiosa realizado por aqueles que acreditavam no caminho de salvação da “fé” global para todo mundo mesmo que não se acreditasse nesse caminho. A inquisição era portanto o modo de interrogar diretamente sobre a decisão de fé tomada pelo indivíduo. Havia portanto tribunais eclesiásticos que questionavam cada indivíduo para que confessasse a sua verdade. E a verdade não poderia ser diferente dos padrões religiosos daquele período histórico em particular. O indivíduo devia se enquadrar na normalidade da fé religiosa padronizada. As penalidades aconteciam quando se constatava o desvio do pecado de se acreditar num padrão diferente estabelecido pela igreja. O tempo passou, a história acelerou seus passos, e hoje vemos um mundo que vive um outro modo de interrogação. Assim, como afirmou Lavoisier “Nada se cria. Nada se perde. Tudo se transforma”. Aquele fenômeno histórico toma uma outra conotação deixando de ser perseguidor religioso para ser seguidor científico. Ele deixou também de ser um padrão (doutrinário) inquisitório para ser um padrão (globalizante) técnico-econômico requisitório. E quando começou a moderna requisição econômica? A requisição-revolução econômica moderna “surgiu durante a Revolução Científica e o Iluminismo, respondeu [Hazel Henderson]. Naqueles tempos, relembrou ela, o raciocínio crítico, o empirismo e o individualismo, tornaram-se os valores dominantes, juntamente com uma orientação secular e materialista, que levou à produção de bens e luxos temporais, e gerou a mentalidade manipuladora da Era Industrial. Os novos costumes e as novas atividades resultaram na criação de novas instituições políticas e sociais, explicou Henderson, e permitiram o surgimento de uma nova ocupação acadêmica: a de teorizar sobre um conjunto de atividades econômicas específicas. “Pois bem, essas atividades econômicas - produção, distribuição, empréstimo e outras - subitamente adquiriram um relevo notável: elas precisavam não apenas ser descritas e explicadas, mas também racionalizadas.”” (CAPRA, 1990, p.202) Hoje, não existe um processo de inquisição (para salvação no céu ou danação na fogueira) como havia naquela época da Idade Média, mas em contrapartida todos são convocados para responder sobre o destino da razão de suas vidas individuais (inclusão das benesses capitalistas ou exclusão no sofrimento do desemprego). O modo moderno de requisição é feita não mais através de uma confissão de fé (num tribunal eclesiástico) mas de uma confirmação de razão (num sistema técnico-capitalista). Mudou-se a roupa mas o palco e a peça continuam em cartaz. A visão científica é hegemônica e cobra de todos uma participação racional no palco produtivo da vida acelerada humana. E quem não responde ao chamado é excluído das benesses da salvação racional tecnológica. Em outras palavras, a “fé” dos dias de hoje está no poder da criação racional do homem tecnológico. A vida é nesse contexto uma oportunidade do homem exercitar o seu poder criativo inovador. Tudo gira em torno do poder criador do homem tecnológico. A salvação humana depende do homem acreditar nesse poder e aceitar os sacrifícios impostos pelas normas sociais de base racional de realização utilitária atrelada a um valor econômico. A requisição é, portanto, um processo sutil de atração e submissão do homem em relação ao seu modo moderno de viver técnico-econômico utilitário. Ela ocorre através do cumprimento das leis sociais-econômicas utilitárias. E as leis são criadas pela influência da visão racional científica. Nesse contexto, o “mundo” é o espaço objetivo ou “subjetivo” que a razão pode alcançar e testar pelo método científico. E o “ser” é a dimensão da sensibilidade no processo de compreensão desse mundo. Em outras palavras, o mundo e o ser são extremos de um mesmo plano de sensibilidade. E como a sensibilidade do mundo é a do nível do ser racional, a vida fica regulada pelo poder de criação racional do ser na sua relação com o mundo. Assim, como o processo de investigação e interrogação racional é hegemônico, o mundo em volta é convocado a girar em torno desse centro. De forma que se torna extremamente difícil alguém se desligar desse centro. E como esse centro é também uma referência (padrão) de vida, de consciência e de energia, se distanciar desse centro corresponde sair da atmosfera e viajar por espaços livres. Mas, essa atitude significa o risco de também não retornar por força das leis que formam a atmosfera consciencial desse mundo padronizado, ou seja, o indivíduo é rejeitado pela atmosfera psíquica protetora (para quem vive nesse mundo). A pena imposta é o sofrimento, a exclusão social, a morte física ou a discriminação de “bárbaro”. Aquele que não souber “falar” no mesmo diapasão da moderna “teologia” capitalista fica então alijado pelo sistema requeridor. Tudo barbaramente automático! Como surgiu o conceito de bárbaro: “Con las palabras que anteceden, el historiador griego Herodoto de Helicarnaso relata la grande y maravillosa historia de su mundo, el griego, y su relación con el mundo más allá de la Hélade, con el que su mundo se ha encontrado. Es un relato en el que se mezcla lo verosímil con lo fabuloso. Es el griego racionalista frente a un mundo que escapa a su razón, rebasándola y conduciéndolo a la fábula. Un mundo del que difícilmente se puede hablar sin recurrir a la metáfora, a la descripción. Un mundo, en fin, de hombres y culturas distintos del modo de ser del hombre y cultura helénicos. El mundo de los griegos y el mundo de los bárbaros. Pero ya en el calificativo de bárbaro, que se da al hombre y al mundo del otro lado de Grecia, se expresa la pretensión que anima tal historia, y, con ella, el modo de ver y racionalizar a otros hombres y culturas que no son las de quien las ve y racionaliza. Hombres y mundo bárbaros, calificativo que proviene del mismo modo de ser del calificador, el griego, el romano y después el europeo, hasta culminar en el hombre y el mundo occidentales. Bárbaros; bárbaro, palabra onomatopéyica que el latín traduce como balbus, esto es, el que balbuce, tartamudea: Bar-ba...Pero, qué es lo que se balbuce o tartamudea? Por supuesto, no el propio lenguaje del bárbaro, que el griego no compreende, sino el lenguaje mismo del griego. Bárbaro es el que habla mal el griego, el que lo balbuce o tartamudea. Balbus, en latín, es el “balbuciente, tartamudo, torpe de lengua, el que no pronuncia clara y distintamente”. Para el griego, bárbaro es el hombre rudo, el no griego, el extranjero. Esto es, el hombre que está fuera del ámbito griego o al margen del mundo del hombre que así califica. Bárbaro será, también, sinónimo de selvaje, inculto, esto es, no cultivado de conformidad con el que parece el modo de ser del hombre mismo por excelencia, el griego” (ZEA, 1990, p.23). Na prática isso se dá nas instituições criadas no sentido de ordenar a vida racional acelerada. E todos são convidados a ingressar nessas instituições e ali dar sentido no sentido já imposto por essas instituições. A escola técnica moderna contemporânea, por exemplo, é uma instituição criada para “dar sentido” a quem busca sentido para suas vidas. Ela não orienta os indivíduos a encontrar sentido existencial, mas de praticar um caminho obstruído e determinado pela lógica clássica da razão utilitária veloz que tem por finalidade dirigir “unicamente” (padronizadamente) o indivíduo para a condução-formação (sustentada numa cultura apenas ocidental moderna) do ser-cidadão técnico-profissional. Um outro exemplo é a empresa. Nesse contexto, a empresa é o espaço onde não se orienta corretamente para a compreensão da importância do equilíbrio no esforço coletivo, mas apenas para cumprir um contrato de “direitos e deveres” onde de um lado o empregado tem o dever de produzir e do outro o empregador tem o direito de cobrar o produto acabado de acordo com um ritmo-velocidade padrão de transformação estabelecido não pelo empregado mas pelos modelos tecnológicos determinados pela cultura do próprio empregador (o empregado é convocado, nas práticas inovadoras, a discutir os ajustes finos dos modelos impostos ou para “criar” um “novo” modelo de produção que satisfaça as exigências de produtividade do empregador). Assim, “por toda parte, ressentem-se a divergência, o hiato, a distância entre o mundo preconizado, codificado, que o ensino propõe, e o mundo que ele visa, onde é ensinado, mas onde não consegue mais preservar seu sentido. Preservar algum sentido. A diversidade das disciplinas, seus conteúdos não são postos em questão aqui, ao contrário. Já que o caminho dos empregos se fecha, o ensino poderia pelo menos adotar como meta oferecer a essas gerações marginais uma cultura que desse sentido à sua presença no mundo, à simples presença humana, permitindo-lhe adquirir uma visão geral das possibilidades reservadas aos seres humanos, uma abertura sobre os campos de seus conhecimentos. E, a partir daí, razões de viver, caminhos a abrir, um sentido para seu dinamismo imanente. Mas, em vez de preparar as novas gerações para um modo de vida que não passaria mais pelo emprego (que se tornou praticamente inacessível), há um esforço contrário para fazê-las entrar nesse lugar obstruído que as recusa, tendo como resultado convertê-las em excluídas daquilo que nem sequer existe mais. Em infelizes” (FORRESTER, 1997, p. 80). O exercício da sensibilidade intuitiva é um recurso ontológico sensível para o reequilíbrio e sacralização da vida produtiva da natureza humana. Mas como desenvolver a sensibilidade intuitiva num mundo altamente racionalizado, padronizado e sugestionado? Faz-se necessário uma redução e superação do trabalho de racionalização com conseqüências diretas na secularização, ou seja, na redução do produto da secularização do “trabalho empresarialmente necessário” e da economia de mercado “egonomicamente” e financeiramente globalizada (com a pobreza e a riqueza caminhando juntamente com as guerras). “No que se refere ao pensamento religioso propriamente dito e que aqui é nosso foco principal de atenção, as conseqüências da idade tecnológica (integração mito-razão) deram-se no sentido não de uma sacralização do profano e, sim, antes, na profanação do sagrado a que chamaremos de secularização...A secularização surgiu com a urbanização e a ela se refere. É a descoberta, provocada pela tecnologia, de que o mundo possui um valor próprio, uma autonomia e a função da religião (e, concomitantemente, das estruturas de ordem religiosa) é servi-los. Inverte-se, assim, a ordem multimilenar das épocas míticas em que tudo estava imerso no sagrado. Agora é este que se profaniza. A religião seculariza-se a fim de continuar cumprindo sua finalidade de estabilizadora da humanidade.” (MURARO, 1968, pp.99-101). O esforço coletivo profissional e racional precisa, como recurso explorador, ser “divinizado” e idolatrado para romper a base técnica dos antigos artesões que por suas características pessoais operam de forma vocacional-intuitiva e portanto mais independente e mais livre da autoridade de comando, de padronização e hierarquia de saber. Essa idolatria “começou” no questionamento sobre a sua salvação espiritual e sacrifício do trabalho humano na sua relação pessoal com a divindade Criadora: “Em A ética protestante e o espírito do capitalismo Weber começa investigando os princípios éticos que estão na base do capitalismo, constituindo o que ele denomina o seu “espírito”. E tais princípios são encontrados na teologia protestante, mais especificamente na teologia calvinista. A partir daí formula sua hipótese básica de trabalho, segundo a qual a vivência espiritual da doutrina e da conduta religiosa exigida pelo protestantismo teria organizado uma maneira de agir econômica, necessária para a realização de um lucro sistemático e racional. A concepção cristã medieval considerava o trabalho uma verdadeira maldição, devendo desenvolver-se apenas na medida em que o homem dele necessitasse para a sua sobrevivência, não sendo aceito, jamais, como um fim em si mesmo. Esta concepção cristã não atribuía ao trabalho nenhum grande mérito ou significado capaz de conduzir o homem à salvação individual. Pregava, inclusive, que se o indivíduo pudesse livrar-se do trabalho em virtude de suas riquezas e dedicar-se integralmente à vida contemplativa e à oração, tanto melhor. Para esta concepção cristã a vocação do homem se realizava plenamente nessa contemplação, estado perfeito em que unia à divindade. No luteranismo, contudo, o termo “vocação” passa a significar algo praticamente sinônimo a “profissão”. O homem é “chamado” por Deus não apenas para que tenha uma atitude contemplativa, mas sim para cumprir sua providência neste mundo através de seu trabalho e de sua profissão. No calvinismo acentua-se uma valorização religiosa da atividade profissional e do trabalho; realiza-se uma recomendação ascética onde se prega a renúncia a todos os gozos e prazeres deste mundo. Segundo a pregação calvinista o homem deve combater suas tendências ao prazer e ao gozo, privando-se de todas aquelas coisas que não são estritamente necessárias para a sua subsistência ou para que possa levar um estilo de vida digno e seguro. O calvinismo condena tudo aquilo que considera supérfluo bem como todo tipo de pompa ou de ostentação. Em suma, o calvinismo condena, particularmente, tudo aquilo que implique desperdício ou esbanjamento. Contrariamente ao católico, o calvinista valoriza particularmente o trabalho, o espírito trabalhador, não condenando o mundo em sua totalidade, mas apenas o gozo e o prazer. O calvinista considera que somente através do trabalho e da profissão rende-se honras e glória a Deus. Unicamente se lhe desonra através do prazer. Em conseqüência, o calvinismo difunde uma ética segundo a qual o homem deve manter uma contabilidade diária de seu tempo, de maneira que não se desperdice um minuto sequer. O desperdício de tempo em conversas ociosas, em sonhos, numa vida social intensa, constitui pecado mortal porque a duração da vida é infinitamente breve e preciosa e, em decorrência disso, o homem deve empregar todo e qualquer segundo disponível para servir a Deus e assegurar o seu lugar de “eleito”. Junto à valorização positiva do trabalho está também presente no espírito calvinista uma valorização positiva da riqueza criada por esse trabalho. Todavia, essa riqueza criada não deve ser consumida nem gozada e, tampouco, deve ser economizada, no sentido de haver entesouramento. A riqueza criada deve ser reinvestida, deve servir de estímulo para que sejam criadas novas formas de trabalho. Nesse sentido, o capitalismo seria a cristalização objetiva destas premissas teológicas e éticas, segundo as quais o homem, em virtude de seu trabalho e da riqueza criada por este trabalho, encontra um modo sensível e concreto de conquistar sua salvação individual” (CATANI, 1986, pp.14-17). 4.3 OS IMPACTOS DAS PSEUDAS-TRANSFORMAÇÕES DO SER O mundo moderno vem se questionando a respeito do impacto tecnológico sobre o meio ambiente. Hoje, está bastante evidente que o progresso tecnológico está também associado à poluição. Se de um lado esse progresso beneficia o homem carente de recursos, por outro lado esse mesmo progresso prejudica e destrói o meio ambiente em torno desse homem beneficiado. É o paradoxo! Ainda não foi inventado um progresso técnico-industrial sem as mazelas dos dejetos industriais e sociais. A cada dia toneladas e toneladas de resíduos industriais poluidores são canalizados para os rios. A cada dia imensas fumaças negras são expelidas pelas chaminés transformando o azul do céu em um cinza de pequenas partículas carregadas de doenças. A cada dia áreas imensas de florestas virgens são dizimadas em nome da produtividade “eucalíptica” dos fazendeiros ou da produtividade devastadora dos comerciantes de madeiras. A cada dia toneladas e toneladas de mensagens negativas são expelidas pelos meios de comunicação em nome de uma ideologia de consumo de informação democrática-capitalista. A cada dia toneladas e toneladas de armas são produzidas e vendidas pelas indústrias da guerra em nome da defesa. E a tudo isso o homem moderno dá também o nome de “progresso”. A natureza virgem é consequência de uma ação Criadora que se apoia na biodiversidade. A natureza corrompida pelo homem por sua vez é consequência de uma ação criadora que se apoia na padronização. O homem não sabe “biodiversificar”. Ele só aprendeu a padronizar. O caminho que esse homem segue em seu processo de investigação científica é de padronização. O clone de ovelha é um exemplo marcante da capacidade padronizadora das tecnologias “anti-biodiversificadoras”. A tentativa das tecnologias emergentes apoiadas na microeletrônica é inócua, isto porque a idéia de diversificação é restringida pelo desejo do lucro. Uma tecnologia específica para cada ser humano é inviável economicamente. Por isso, o homem econômico nunca alcançará a beleza de criar a vida naturalmente. Ele sempre criará padronizadamente. A visão econômica limita o poder do cientista restringindo-o ao espaço da padronização. A natureza virgem espelha a semelhança entre as espécies. Mas, essa semelhança não é uma padronização. Uma rosa pode ser semelhante a outra rosa ao lado dela, mas são ontologicamente diferentes em suas criações. Um homem nascido naturalmente pode ser fisicamente semelhante a outro homem, mas jamais pode-se dizer que eles são ontologicamente padronizados. A padronização científica implica numa repetição técnica-econômica. Todas as invenções tecnológicas modernas de impacto têm em sua essência essa relação técnica-econômica (até mesmo o clone de ovelhas). É importante que se diga que a ação Criadora da biodiversidade é uma ação de Amor Sagrado. Por isso, enquanto o homem não descobrir o Amor Matriz nunca saberá criar “biodiversificando”. O Amor é a referência da biodiversidade. Sem Amor não se cria biodiversidade, mas apenas padronização. Sem Amor nenhuma criatura é realmente livre, mas apenas presa na angústia de viver seguindo padrões da moda e, portanto, alheia ao seu poder interior libertador. Sem a sabedoria tradicional do Amor não existe verdade que salva, mas apenas uma suposta verdade moderna que no fundo condiciona, condena e nunca perdoa. Sem Amor não existe respeito mútuo, mas apenas idolatria e submissão. Sem Amor não existe o paraíso, mas apenas uma estética que induz sutilmente as mentes desatentas de si mesmas. Sem Amor não existe um Criador Cósmico. Pois Esse Criador É puro Amor. Exemplificando, “vemos hoje ampliar-se o influxo do progressismo, especialmente entre jovens. Seduz a juventude primariamente a negação de toda e qualquer tradição, porquanto esta atitude a desobriga de considerável esforço de estudar todo um passado cultural, que se alonga no tempo e demanda séria e constante dedicação intelectual. É mais fácil sustentar-se que o passado não tem vez em nossos dias e que incube ao homem de hoje situar-se no seu tempo... Voltar as costas à tradição cultural da humanidade é um convite extremamente sedutor, próprio de quantos se recusam assumir as responsabilidades oriundas da tomada de consciência da condição humana. Viver na superfície das coisas, aceitar o ritmo do quotidiano, sem descer a uma profundidade maior, onde o homem se defronta consigo mesmo e não mais escapa à seriedade da vida e de sua destinação superior, é missão altamente gratificante à primeira vista, conquanto o não seja a longo prazo. Aqui tocamos num problema. Mas o que é viver na superfície? Numa era em que os meios de comunicação social nos acenam com os seus atrativos, cingindo o nosso comportamento, banalizando-o imperativamente, nem sempre é fácil a tarefa de acordar o homem do torpor em que se encontra, mormente quando ele não se apercebe. Cuidam muitos que escolhem o seu modo de vida, quando a verdade é bem outra. O comportamento social é ditado de fora para dentro. A estandardização do viver ganha cada vez maior número de adeptos, que ficariam extremamente ressentidos se lhes disséssemos ser bem diminuta a sua faixa de decisão pessoal. Adotam o ritmo existencial das maiorias amorfas, por lhes parecer exatamente ser esta a atitude correta, bem ao gosto de uma atualidade em que querem situar-se, sem saber precisamente em que ela consiste. Assim a vida se esvai nos espasmos do comportamento prefixado pela comunicação epidérmica, onde o que mais falta faz é o diálogo. Não se dialoga, mas se menciona o diálogo como essencial. Falece calor humano, e se proclama a relevância do amor. Clama-se por uma vida comunitária, e se aprimoram as técnicas de domínio absoluto da posse de bens fugazes, que acentuam os traços do egoísmo” (PADILHA, 1975, p.26). Andando pelas ruas podemos constatar em cada "esquina" esse dilema da pobre e superficial vida moderna sem a presença e vivência profunda do Amor Divino. Quantos homens, mulheres e crianças estão vivendo de migalhas, de sobras ou restos enquanto outros vivem esbanjando e desperdiçando? Esse triste e infeliz quadro dessa pobre vida superficial moderna, nos deprime. Uma verdadeira contradição: muitos com tão pouco, e poucos com tanto ou muito. O modelo de riqueza material não atende aqueles que não pertencem ao modelo. Não atende aos chamados "pobres". A ideia de riqueza material para todos é uma grande ilusão. Essa ideia só serve para manter "vivo" esse modelo. E quando é que esse modelo vai "morrer"? Quando é que a vida deixará de ser uma aventura para ser uma (verdadeira) realização humana para todos e em todos indistintamente? Essa questão está relacionada com a "morte" da morte humana. Não é uma questão de negar ou confirmar a morte mas transcendê-la. Isso implica ver a vida como um processo que vai além da simples morte física. O medo da morte comum (física) implica no fortalecimento da vida psíquica. E o fortalecimento da vida psíquica é uma "morte" da vida ontológica (espiritual/metafísica). Por isso, Jesus Cristo afirmou: "Se tens medo de morrer, morrerás". Isto porque o medo é uma limitação da visão psíquica de um indivíduo ou da comunhão de idéias entre indivíduos de um grupo, nação, clã, cultura, etc. A vida moderna, como não poderia deixar de ser, está inserida nesse "gap" entre vida/morte física e a morte/vida psíquica. O homem moderno vive e respira as idéias de valores que dão forma a esse contexto. A visão psíquica de uma população de indivíduos presos nessa simbiose de vida/morte entre o corpo físico e a alma (psique), assume um poder de influenciação que se traduz na incorporação gradativa de novas estruturas psíquicas recém-nascidas. Em outras palavras, as crenças dos pais, parentes, amigos, professores, ou seja, dos primeiros contatos humanos faz com que a criança também acredite nas mesmas coisas que seus iniciadores acreditam. Até porque, seus iniciadores (na vida) não dispõem de conhecimentos e experiências sobre o fenômeno de "transcendência em vida" ("morrer em vida" - Jesus Cristo). Esse processo é uma "bola de neve" que só tende a crescer. A força da psique é algo que não se tem provas suficientemente esclarecedoras. Mas, que se pode constatar através dos fenômenos parapsicológicos. O pensamento é muito mais do que simples ideias. Ele é uma forma de energia (humana) que ainda não pode ser totalmente medida por aparelhos eletrônicos de natureza física. E como forma de energia ele sofre as mesmas influências das leis que regulam os fenômenos físicos (eletromagnetismo, relatividade, processos quânticos, etc.), além de também ser regido por outras leis desconhecidas pela ciência moderna. Diante desse quadro podemos perceber intuitivamente que a dimensão humana ainda não foi totalmente compreendida pela maioria dos seres humanos. E a compreensão e a incompreensão são fatores que unem ou desagregam os grupos humanos. Em face disso podemos inferir que a transcendência social/tecnológica é uma necessidade, no entanto não é suficiente para o equilíbrio das diversas formas de manifestação das "n" estruturas e configurações da natureza humana em qualquer sociedade organizada. Como a transcendência existencial é um fenômeno raro de acontecer, a vida passa ser regulada predominantemente por manifestações humanas ainda em estágio de evolução incipiente. Esse conjunto populacional incipiente define as regras de sobrevivência e o modo de se perpetuar a vida psíquica e conseqüentemente a morte física. Em algumas sociedades ditas "evoluídas" as regras podem ser do tipo "pena de morte" para os infratores do bem comum-social. Nesse contexto, de não-transcendência existencial os modelos de vida ou se perpetuam ou são transformados em novos modelos numa progressão "ad infinitum". Criam-se padrões de vida e níveis ou graus de aferição do que foi estabelecido pelas curvas normais de "evolução". Viver, nesse sentido, é atender os padrões e os níveis pertencentes a média da curva normal. E assim, aqueles que por algum motivo qualquer não se encontrarem na faixa de aferição (na média) da curva, são considerados "anormais" (os extremos - tanto negativamente (a decadência) quanto positivamente (a transcendência)) e devem ser ajustados pela força das ideias (p.ex.: Jesus Cristo ("+") e o ladrão na cruz ("-")) para se cumprir os desígnios ditados pela maioria. A vida, inclusive, a moderna vem seguindo essa rota. E nem mesmo a ciência moderna possui meios e nem poder, no momento, para "ver" e propor uma nova maneira de agir e viver. Pois, a ciência são os cientistas que, também, como seres humanos vivem dentro desse dilema existencial: um dilema individual, independente da forma e do contexto da busca racional. O resultado da não-transcendência existencial é a perda ou não-conquista do ritmo e da visão abrangente universal que esse fenômeno proporciona à natureza humana. Isso implica dizer que por não se alcançar a transcendência existencial (ontológica), a percepção se torna limitada entre as fronteiras dos valores (impulsos) instintivos e dos valores (lógicas) racionais. O produto dessa experiência existencial é a construção da realidade segundo o que se consumou nessas experiências de impulsos padronizados. Hoje, temos quase que perpetuado o valor econômico. O valor econômico é filho desse processo instintivo/racional da natureza humana. O passo seguinte para uma predominância do valor não-econômico é a transcendência (que não é simplesmente confirmar ou negar) do valor econômico. Esse passo traria, com certeza, a solução de todos os problemas em qualquer cultura, região ou ideologia. No entanto, esse passo é "arriscado" por se tratar de um fenômeno de morte/vida. E ele vai de encontro com as nossas crenças do fenômeno vida/morte. A inversão desse processo implica em se reorientar os elementos potenciais da criação da realidade humana: a inteligência, a sensibilidade e a vontade. Essa reorientação depende de um esforço (trabalho) de transformação da "própria" natureza humana: uma espécie de metamorfose existencial consciente (morremos em vida sabendo e ajudando um poder "oculto" que define essa morte). Senhor, Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/ ). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!! Senhor, Eu sei que tu me sondas Sei também que me conheces Se me assento ou me levanto Conheces meus pensamentos Quer deitado ou quer andando Sabes todos os meus passos E antes que haja em mim palavras Sei que em tudo me conheces Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Deus, tu me cercaste em volta Tuas mãos em mim repousam Tal ciência, é grandiosa Não alcanço de tão alta Se eu subo até o céu Sei que ali também te encontro Se no abismo está minh'alma Sei que aí também me amas Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes) Refrão Sugiro que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”, “Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale Donald Walsch ... Conversando com Deus (título original em inglês: Conversations with God) é uma série de três livros publicada por Neale Donald Walsch, que afirma ter sido inspirado diretamente por Deus em seus escritos. Cada livro é escrito como um diálogo no qual Walsch faz perguntas e "Deus" as responde. Walsch afirma ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações divinas. Em 2006, um filme foi lançado sobre a história do autor e seus livros... Ver link http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus), “A Unidade das Religiões: O Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Livros recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”, “Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado – Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini – Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Namastê! Prof. Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo (praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE). e-mail: bernardomelgaco@gmail.com Facebook: Bernardo Melgaço da Silva/página Educação Para o Terceiro Milênio bernardomelgaco.blogspot.com Nota: Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de Tecnologia –CT - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim, pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!

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