Os noticiários das TVs informam que a União Européia decidiu não mais importar carne bovina do Brasil. E as razões alegadas dizem respeito à insegurança deles em relação à origem dessa carne comercializada. Essa notícia acontece no mesmo instante em que se divulga o aumento de desmatamento na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente acusa os produtores de soja, os pecuaristas e os madeireiros de estarem provocando esse aumento assustador. E como se sabe, o aumento da exportação de carne está associado ao aumento da população de gados e por consegüinte à exploração crescente das terras para novos pastos. E esse aumento de pasto implica no aumento de desmatamento para circulação e criação de milhões de cabeças de gado.
O embargo dos europeus é uma sinalização do processo de globalização na nova era do aquecimento global. Ou seja, a comunidade internacional está de olho no crescimento econômico brasileiro que acontece as custas da depredação de suas florestas com impacto terrível no clima do planeta. O que os europeus alegaram para o embargo é que o Brasil não vem implantando um sistema eficiente de rastreabilidade de cada cabeça de gado. Isto porque, com as novas tecnologias computacionais pode-se saber desde o nascimento até a morte do animal. Ou seja, saber a história de cada cabeça de gado onde pode-se ter a informação precisa de quando, por quem e como os animais foram vacinados. O conceito de rastreabilidade está associado aos conceitos de controle e fiscalização, e originou-se do sistema industrial devido à necessidade de produzir produtos a partir dos conceitos de modularização e gerenciamento de informação. Nesse sistema modular, cada peça recebe um código que a identifica diferenciando-a de outras peças semelhantes. Essa tecnologia de informação é eficiente e vem sendo empregada onde se necessita saber a trajetória de um ente ou entidade desde o seu “nascimento” até a sua “morte”.
A leitura que se pode fazer desse episódio do embargo, é que a comunidade internacional não vai esperar o governo brasileiro agir em prol da saúde da floresta amazônica. O próximo passo poderá ser o embargo das madeiras e da soja brasileira. Isto porque o movimento ecológico na Europa vem se fortalecendo a cada ano. E a consciência ecológica dos europeus vai orientar a consciência política no sentido de exigir a procedência do produto comprado. E certamente eles não irão gostar de saber que estão comprando produtos que pela natureza de sua produção estão contribuindo para a destruição da floresta amazônica. A cada ano a destruição da floresta amazônica cresce assustadoramente devido principalmente ao agronegócio, à pecuária e ao comércio de madeiras. É uma questão de sustentabilidade da vida planetária!
O embargo da carne é uma forma de pressão internacional, uma vez que o apelo político não vem surgindo efeito na diminuição do desmatamento da amazônia. Então, o embargo econômico é uma medida extrema para fazer o país faltoso recuar e se adaptar à ordem internacional dos países desenvolvidos. A perda de economia vai refletir numa posição política no sentido de uma nova ordem dada pelos países desenvolvidos - que querem que seja do jeito “correto”! Já não basta as superpotências (EUA e China) virarem as costas para o aquecimento global! – assim devem estar pensando os Europeus.
O resultado disso será a diminuição do preço da carne bovina no mercado interno brasileiro, favorecendo ao povo brasileiro principalmente as classes de baixo poder aquisitivo que não conseguiam comprar carne. Outra leitura que podemos fazer é que nessa nova ordem globalizante do aquecimento global os conceitos de soberania e autonomia de um país deverão ser reformulados. Uma nova ordem mundial surgirá em função da necessidade de impedir o avanço do aquecimento global – os países menos desenvolvidos serão os primeiros a pagarem a conta. E o Brasil já começou a pagar a sua.
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com
O embargo dos europeus é uma sinalização do processo de globalização na nova era do aquecimento global. Ou seja, a comunidade internacional está de olho no crescimento econômico brasileiro que acontece as custas da depredação de suas florestas com impacto terrível no clima do planeta. O que os europeus alegaram para o embargo é que o Brasil não vem implantando um sistema eficiente de rastreabilidade de cada cabeça de gado. Isto porque, com as novas tecnologias computacionais pode-se saber desde o nascimento até a morte do animal. Ou seja, saber a história de cada cabeça de gado onde pode-se ter a informação precisa de quando, por quem e como os animais foram vacinados. O conceito de rastreabilidade está associado aos conceitos de controle e fiscalização, e originou-se do sistema industrial devido à necessidade de produzir produtos a partir dos conceitos de modularização e gerenciamento de informação. Nesse sistema modular, cada peça recebe um código que a identifica diferenciando-a de outras peças semelhantes. Essa tecnologia de informação é eficiente e vem sendo empregada onde se necessita saber a trajetória de um ente ou entidade desde o seu “nascimento” até a sua “morte”.
A leitura que se pode fazer desse episódio do embargo, é que a comunidade internacional não vai esperar o governo brasileiro agir em prol da saúde da floresta amazônica. O próximo passo poderá ser o embargo das madeiras e da soja brasileira. Isto porque o movimento ecológico na Europa vem se fortalecendo a cada ano. E a consciência ecológica dos europeus vai orientar a consciência política no sentido de exigir a procedência do produto comprado. E certamente eles não irão gostar de saber que estão comprando produtos que pela natureza de sua produção estão contribuindo para a destruição da floresta amazônica. A cada ano a destruição da floresta amazônica cresce assustadoramente devido principalmente ao agronegócio, à pecuária e ao comércio de madeiras. É uma questão de sustentabilidade da vida planetária!
O embargo da carne é uma forma de pressão internacional, uma vez que o apelo político não vem surgindo efeito na diminuição do desmatamento da amazônia. Então, o embargo econômico é uma medida extrema para fazer o país faltoso recuar e se adaptar à ordem internacional dos países desenvolvidos. A perda de economia vai refletir numa posição política no sentido de uma nova ordem dada pelos países desenvolvidos - que querem que seja do jeito “correto”! Já não basta as superpotências (EUA e China) virarem as costas para o aquecimento global! – assim devem estar pensando os Europeus.
O resultado disso será a diminuição do preço da carne bovina no mercado interno brasileiro, favorecendo ao povo brasileiro principalmente as classes de baixo poder aquisitivo que não conseguiam comprar carne. Outra leitura que podemos fazer é que nessa nova ordem globalizante do aquecimento global os conceitos de soberania e autonomia de um país deverão ser reformulados. Uma nova ordem mundial surgirá em função da necessidade de impedir o avanço do aquecimento global – os países menos desenvolvidos serão os primeiros a pagarem a conta. E o Brasil já começou a pagar a sua.
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com
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