porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

terça-feira, 1 de outubro de 2013

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 50... CAPITULO 7

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 50... CAPITULO 7 ... A TRÍADE SABER-SER-SERVIR PARTE II TESE DE DOUTORADO..obs.: Prezados leitores quem quiser continuar acompanhar a série TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS (O QUE É A GRANDE FRATERNIDADE BRANCA: UMA HIERARQUIA ESPIRITUAL CRIADA POR DEUS! – PARTE 1, 2, 3, ...”n”)....por favor visite o site no link http://bernardomelgaco.blogspot.com.br/ .ou o site Educação Para o Terceiro Milênio ver link... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio Obrigado... Namastê! “Senhor, eu sei que Tu me Sondas...” “Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates (ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Paulo II.. http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html) “All you need is love” (Lennon/MaCartney) "o problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva “O Humano e Deus são os dois lados da mesma moeda” Bernardo Melgaço da Silva “A busca da felicidade, é a mesma busca da verdadeira identidade de quem somos nós!” Bernardo Melgaço da Silva “O medo humano é decorrente da falta de fé em Deus. Assim, quando adquirimos a fé em Deus de forma inabalável junto com a fé vem também a coragem, a prudência e a humildade. Por isso, o problema humano se torna um problema divino: a fé pura incondicional de Deus.” Bernardo Melgaço da Silva “Eu Sou a Poderosa Presença Divina em Ação” HAJA LUZ/PONTE PARA A LIBERDADE "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara"- João 8:32 INTRODUÇÃO “All you need is love” (Lennon/MaCartney) 7.1 A PRODUÇÃO DE SENSIBILIDADE E OS TRIELOS É extremamente importante que a leitura dessas afirmações não sejam apenas racionalizadas mas que adquira uma certa “viscosidade mental” no leitor e produza um estímulo nas “fibras mentais” no sentido de criar uma ressonância intelectual. A constatação dessas afirmações se dá por um estímulo e por uma ação em direção ao núcleo do ser ou do trielo superior. Em outras palavras, não basta apenas memorizar faz-se necessário refletir a energia captada movimentando-a e dinamizando-a segundo a intensidade da força de vontade. E para isso é extremamente necessário que haja um estado de relaxamento e de meditação. As qualidades humanas enfatizadas e inter-relacionadas segundo o poder de propagação das unidades existenciais (a Consciência, o Amor e a Força de vontade) ou trielos serão determinantes nas experiências do equilíbrio cósmico existencial e do sentido transcendental-em-si. A Consciência precisa estar interligada ao Amor e a Força de Vontade. Essas três unidades existenciais ao se dinamizarem num processo de interinfluenciação produz um mútuo fortalecimento gerando e propagando um poder sinergético de crescimento espiralado evolutivo e equilibrado. A força resultante desse processo acelera o crescimento existencial do ser. Um novo nível existencial é naturalmente alcançado permitindo ao ser visualizar questões que antes era impossível perceber. Nesse contexto, o ser ao dinamizar o seu poder interior assume uma nova postura e conduta perante ao mundo social em que está inserido. O rompimento de qualquer elo de interligação entre as unidades existenciais produz um desequilíbrio e portanto uma desagregação no interior do ser. A consciência sem o poder do Amor é vazia de valores. O Amor sem o poder da consciência é totalmente ignorante. E a força de vontade sem a visão da consciência e sem a grandeza do Amor é fraca em seu processo de transformação e execução. Pois, é através da força de vontade que o ser age e transforma a sua ação em criação. E é através do Amor que o ser valoriza a sua relação com o mundo e com Deus. Mas, é através da consciência que o ser se aproxima de si mesmo e, portanto, do seu Criador que se situa num plano superior do si-transcendental. No mundo moderno do indivíduo produtivo insatisfeito a estética é produto de um aprimoramento técnico. E no mundo tradicional da pessoa realizada a estética é produto de um aprimoramento ético. Essa diferença é que determina o grau de força de vontade conquistado pelo ser em seu anseio evolutivo. Para definir melhor as naturezas das duas forças, “podemos acrescentar que a força ativa tem o poder, a inteligência, a capacidade de sopro da vida, a capacidade associativa; a passiva tem os meios de concretizar, no mundo da matéria, a capacidade de prover da energia ativa. A energia ativa é a Energia Cósmica; a energia passiva é toda substância, em estado primário, que compõe a Terra” (ANÔNIMO, idem, p.65). Existe uma correlação entre a natureza da ação humana e os princípios ativo e passivo intrínsecos aos fenômenos da natureza circundante. O Princípio Ativo investe no Princípio Passivo. Essa conjugação de forças se realiza dualmente no plano da existência humana. O Princípio Ativo precisa de um meio adequado para expressão. O Princípio Passivo necessita de uma ordem inteligente para se orientar. A complementaridade dessas duas forças impede a desorganização do potencial criativo no interior do próprio ser. Os princípios das energias ativa e passiva podem ser constatados nas marés dos oceanos, na polaridade da bateria elétrica, no ciclo dia e noite, no fogo e na água. É a ação e a inércia. Em níveis de sentimentos são o ódio e o Amor. Essas últimas sem orientação agridem-se, mas quando direcionadas se equilibram. O Amor quando praticado sem consciência acaba destruindo e levando à desordem e a confusão. Quando empregado em doses excessivas ou irracionais, terá efeitos danosos, atingindo, em reação, aquele que gerou ou doou, mas que não teve a consciência para a identificação de onde, quando ou em que quantidade deveria ser investido. Nesse contexto, apontar o que é falso e verdadeiro se transforma no final numa busca da consciência de si. Uma vez que a visão é o instrumento que possuímos para nos posicionarmos a respeito dos fenômenos com os quais nos relacionamos. Se a visão não está qualificada o fenômeno por sua vez estará distorcido. Isso implica dizer que a construção da visão do indivíduo se realiza numa relação com o mundo. E a construção da visão da pessoa se realiza numa relação com Deus. Para o senso comum, “como para a ciência, a idéia de verdade representa o termo de uma pesquisa, a solução de algum problema . Mas o próprio da metafísica é transformar as próprias soluções em novas questões. Assim é que a verdade, por sua vez, se torna problema para o filósofo [...] Um objeto , um ser (este tapete, esta lâmpada) será qualificado como real. Esta lâmpada é real, em outras palavras, ela existe. Esta escrivaninha é real. Mas não teria nenhum sentido dizer-se: Esta escrivaninha, esta lâmpada, são verdadeiras (ou falsas). A verdade é um valor concernente a um juízo. Assim, por exemplo, o juízo: "essa escrivaninha existe, é vermelha ", é um juízo verdadeiro, ou então, falso. A "verdade" ou a "falsidade", portanto, qualificam, não o próprio objeto, mas o valor de nossa observação" (HUISMAN & VERGEZ, 1980, p.293). Nesse sentido, apontar o que “é errado”, é muito mais fácil do que apontar o que “não é errado”. Vejamos porque. Quando apontamos o erro de algo ou de alguém fazemos através de uma lógica que sustenta uma determinada visão de mundo. E quando queremos apontar o que “não é errado” o problema se complica porque a lógica que construímos para ver o que “é errado” não é a mesma para se ver o que “não é errado”. O que normalmente a maioria dos indivíduos faz é usar a mesma lógica para os dois universos, ou seja, os indivíduos realizam uma dedução racional dizendo “se tal coisa é errada, então.....não é errado (“certo”)”. E nesse ponto a maioria peca por usar uma lógica num contexto onde devia se usar uma outra lógica. A definição do que “é errado” e do que “não é errado” perpassa pelas duas relações de questões básicas que afligem o ser humano: falso/verdadeiro X liberdade/felicidade. A maioria procura definir ou apontar o contexto da felicidade pela sua não-felicidade (“infelicidade”). O mesmo ocorre no contexto da liberdade e da não-liberdade. Assim, quando cada um descobrir o contexto da liberdade saberá responder para si mesmo o contexto da não-liberdade, ou seja, cada um aprenderá a ver o limite de sua ação e inserção no mundo. E assim cada um saberá dizer para si mesmo quando deve ou não corrigir o lado falso em si mesmo. Não é apenas uma questão moral. É antes de tudo saber usar a lógica certa no lugar certo (contexto certo). Haja visto que muita gente já morreu, e está morrendo ainda, porque muitos indivíduos decidiram e estão decidindo intervir, em nome de uma “paz moral”, com violência no mundo sem perceberem os seus limites de liberdade. Assim, se um avaliador da verdade é resistente ou desconhece os princípios da sua natureza, a sua avaliação-juízo será feita sob a interferência de suas próprias convicções racionais, e não sob os princípios universais. Os princípios da natureza intrínseca humana somente podem ser descobertos através de uma vivência que é um princípio de ordem superior à experiência social. Podemos avaliar a fé? Não podemos, porque a avaliação racional é um mecanismo que tem por base o princípio da incerteza. Da mesma forma podemos avaliar a paciência, a responsabilidade, a tolerância, a perfeição e outros princípios superiores e desconhecidos da nossa própria razão? Somente podemos inferir se somos estes princípios, pois, caso contrário, avaliaremos de acordo com os “princípios e as verdades”, que codificamos em nosso ser. Precisamos sair do campo da experiência lógica para alcançarmos o campo da vivência ontológica: a verdade eu posso conhecer enquanto o princípio da natureza intrínseca eu preciso “conhe-ser” (aqui aparece o paradoxo, pois posso conhecer sem ser aquilo que conheço). Se não sou “certos princípios”, não tenho condições de conhe-ser os princípios que são superiores à minha natureza extrínseca (a personalidade ou ego). Existe uma hierarquia (de princípios) que deve ser autodescoberta. Sem essa autodescoberta e mudança qualitativa de percepção, não conseguimos entender a nós mesmos, quanto mais ao “outro” a nossa frente. O ideal e objetivo da ciência “não consistem em dar uma descrição, a mais exata possível, dos fatos - a ciência não pode competir com a câmara fotográfica ou com o gravador de som - mas em estabelecer a lei que nada mais é do que a expressão abreviada de processos múltiplos que, no entanto, mantêm certa unidade. Este objetivo se sobrepõe, por intermédio da concepção, ao puramente empírico, mas será sempre, apesar de sua validade geral e comprovada, um produto da constelação psicológica subjetiva do pesquisador. Na elaboração de teorias e conceitos científicos há muita coisa de sorte pessoal. Há também uma equação pessoal psicológica e não apenas psicofísica. Enxergamos cores, mas não o comprimento das ondas. Esta realidade bem conhecida deve ser levada em conta na psicologia, mais do que em qualquer outro campo. O efeito dessa equação pessoal já começa na observação. Vemos aquilo que melhor podemos ver a partir de nós mesmos. Assim, vemos, em primeiro lugar, o cisco no olho do irmão. Sem dúvida o cisco está lá, mas a trave está no nosso olho - e perturbará de certa forma o ato de ver. Desconfio do princípio da "pura observação" na assim chamada psicologia objetiva, a não ser que nos limitemos á lente do cronoscópio, taquistoscópio e outros aparelhos "psicológicos". Assim nos garantimos também contra uma demasia exploração dos fatos psicológicos da experiência. Esta equação pessoal psicológica aparece mais ainda guando se trata de expor ou comunicar o que se observou, sem falar da concepção e abstração do material experimental. Em parte alguma, como no campo da psicologia, é exigência absolutamente básica que o observador e pesquisador sejam adequados a seu objeto, no sentido de serem capazes de ver uma e outra coisa. Exigir que só se olhe objetivamente nem entra em cogitação, pois isto é demais. O fato de a observação e a interpretação subjetivas concordarem com os fatos objetivos prova a verdade da concepção apenas na medida em que esta última não pretenda ser válida em geral, mas tão-somente para aquela área do objeto que está sendo considerada. Nesse sentido, é exatamente a trave no nosso próprio olho que nos possibilita ver o cisco no olho do irmão. E nesse caso a trave no nosso olho não prova que o irmão não tenha um cisco no seu olho, como ficou dito. Mas a perturbação de nossa visão leva facilmente a uma teoria geral de que todos os ciscos são traves. Reconhecer e levar em consideração o condicionamento subjetivo dos conhecimentos em geral e dos conhecimentos psicológicos em particular é a condição essencial e correta de uma psique diferente da do sujeito que observa. Esta condição só será satisfeita quando o observador estiver suficientemente informado sobre a extensão e a natureza de sua própria personalidade. E só poderá estar suficientemente informado quando se tiver libertado da influência niveladora das opiniões coletivas e, assim, tiver chegado a uma concepção clara de sua própria individualidade" (JUNG, 1991, pp.25-27). Nesse contexto, a natureza humana para poder evoluir precisa responder intuitivamente para si mesmo “quem ela é”. É a partir desse esforço de compreensão que o homem vai visualizar o seu limite de ação no mundo descobrindo os princípios (de sua própria natureza) que separam a felicidade da não-felicidade, e a liberdade e da não-liberdade. Tudo mais depende dessa percepção. Isso implica dizer que o ser humano nunca conseguirá definir o que “é errado” e “não errado” usando apenas a sua dedução racional. A dedução racional aponta para o que “é errado”, mas é incapaz de apontar o que “não é errado”. Esse é o grande paradoxo da vida humana. Jesus Cristo percebeu brilhantemente essas duas lógicas. Podemos relembrar a sua intervenção no caso da prostituta que ia ser apedrejada pela lógica dedutiva racional (moral) que via o que era errado na sua conduta moral. Então magistralmente e rapidamente (sabiamente) Jesus muda de lógica e inverte a questão. Naquele momento Jesus procura questionar o que essa lógica estava deixando de perceber do domínio do que não era errado: “atire a primeira pedra aquele que não errou nessa vida”, ou seja, “atire a primeira pedra aquele que não errou na vida e em si mesmo”. Em síntese, todos já erraram mas não viram as conseqüências de suas ações éticas no mundo e em si mesmo. O homem se preocupa em conhecer o mundo “e atuar sobre as coisas antes de se voltar para si mesmo, de "re-fletir" sobre a fonte do conhecimento e da ação. Todo homem, entretanto, seja o mais frívolo, o mais inclinado a se esquecer na ação, a se "di-vertir", como dizia Pascal, se encontrou, mais uma vez, numa hora de dissabor, a sós consigo mesmo. Como o poeta, ele disse para si: "Eis-te aí". Os convidados já se foram, na escada já não mais ressoa o rumor de seus risos; encontramo-nos, brusca e unicamente, em face de nós mesmos. E nos interrogamos: "Quem sou?" e "Que é esse eu que existe?" Essas duas perguntas não são idênticas e a primeira nos faz, muito facilmente, esquecer a segunda. "Quem sou?" A resposta é bastante fácil. Indicaríamos nossa profissão, nossos hábitos, nosso caráter [...] Mas tudo isso, o problema metafísico do eu não é abordado. Trata-se apenas de fazer análise do conteúdo do eu, de explorar sua personalidade, não de definir porque somos uma pessoa [...] Cada um de nós é pessoa e não coisa, sujeito e não objeto" (HUISMAN & VERGEZ, 1980, p.305). Gradativamente, a ciência vem percebendo que o objeto é apenas o alcance da nossa experiência. O ser humano, portanto, não é totalmente objetivável, porque sua natureza intrínseca possui princípios que extrapolam o campo da experiência social. No que diz respeito as percepções intuitivas temos que “a suprema tarefa do físico consiste, então, em procurar as leis elementares mais gerais, a partir das quais, por pura dedução, se adquire a imagem do mundo. Nenhum caminho lógico leva a tais leis elementares. Seria antes exclusivamente uma intuição a se desenvolver paralelamente à experiência" (EINSTEIN, 1981, p.140). E o estado afetivo “que condiciona semelhantes proezas mais se assemelha ao estado de alma dos religiosos ou dos amantes” (EINSTEIN, idem, pp.140-141). O indivíduo ainda está em lento processo evolutivo no atual estágio em que se encontra. Ele necessita de uma orientação proveniente de um estágio superior que vai lhe ordenar os sentidos e estabelecer um parâmetro de referência ética espiritual. Só existe sentido numa mudança quando essa ocorre proveniente da incapacidade de se continuar a dar forma naquilo que não mais se comporta. Em outras palavras, quando o limite estabelece a necessidade de mudança daquilo que normalmente cumpria o seu objetivo. Enquanto o indivíduo permanecer necessitado de um modo moral de viver dificilmente ele vai aceitar um novo modo de comportar-se e portanto de crescer eticamente. Há que haver uma revolução interior em relação as formas de pensar, sentir e agir que configuram a sua visão de mundo. 7.3 A MÃE-DOR E A CONSCIENTIZAÇÃO EM SI Toda ação tem uma resposta reativa. Cada pensamento desordenado tem um retorno desequilibrado. E como a energia segue princípios de propagação, a ação do pensamento busca um meio para se expressar e propagar. Isso equivale dizer que a ação do pensamento segue uma reação do sentimento. Se a qualidade do pensamento do emissor é correspondente à qualidade do sentimento do receptor, então a correspondência se dinamiza criando uma ressonância, uma relação de crescimento. Esse ato não é inconsequente, por isso mesmo adquire um valor positivo que afeta o meio de forma construtiva. O caminho oposto é do indivíduo inconsequente. Certos homens “vivem de forma indefinida, indecifrável, pois emitem golfadas e golfadas de ações que não têm nenhum retorno satisfatório, ficando nesta descompensação, utilizando o Princípio Ativo de maneira improdutiva, tanto no que se refere à evolução das ideias como a dos resultados, ocupando, negativamente, a vacuidade que lhes foi predeterminada para um conteúdo mais produtivo. Praticam atos impensados, ocupando estas vacuidades com conteúdos de péssima qualidade, criando um ar atmosférico pessoal [individual] que se refletirá em outras mentes nas mesmas condições para evadir-se posteriormente, no sentido cósmico, gerando uma atmosfera terrestre pesada em consequência desse uso negativo dos meios ativos” (ANÔNIMO, A Consciência, 1988, p.71). A energia emitida precisa de um meio para circular e um espaço gravitacional para ser armazenada. As energias emitidas pelas chaminés das fábricas podem circular pelo planeta devido a ação dos ventos. E elas podem também ficar confinadas na atmosfera devido a ação da força de gravidade. De maneira análoga acontece no domínio subjetivo dos pensamentos humanos. A energia do pensamento tanto circula quanto se confina devido ao princípio de gravidade que existe no plano ontológico. Nesse contexto, a poluição não existe apenas no plano das substâncias químicas agressivas ao meio ambiente físico-social, mas também no plano das substâncias alquimicas agressivas ao meio ambiente metafísico-existencial. A afinidade entre pensamentos e sentimentos ocorre de rua para rua, de bairro para bairro, de cidade para cidade, de país para país, etc. Essas afinidades são a base do princípio utilizado para tecer-se as mentes coletivas dos países, das cidades, dos bairros, das ruas e dos grupos de indivíduos. Os reservatórios formados se subdividem e se organizam através das identidades das mentes coletivas, formando redes e sub-redes, sistemas e subsistemas interligados. As Duas Forças Antagônicas estão na raiz da árvore evolutiva dos agrupamentos humanos. Os princípios Ativo e Passivo se ramificam em todas as facetas humanas como a ciência, a religião, a arte, a filosofia, etc. O princípio Ativo é notado no caráter humano. Esse princípio norteia a conduta humana em seu caminho de paz evolutiva espiritual. O indivíduo precisa conquistar na paz a sua parte negada pela sua própria ignorância. Faz-se necessário que ele se conscientize da sua polaridade em si mesmo e busque casar-se com a sua contraparte. E para isso ele precisa impulsionar-se em direção ao amor a fim de se equilibrar e contrabalançar As Duas Forças Antagônicas. Esse impulso leva-o a um despertamento pessoal que se propagará no espaço social, contribuindo para a evolução social da humanidade. Esse processo não é apenas a iluminação do ser humano, mas de conquistar aquilo que lhe é de direito possuir. O indivíduo preso ainda ao eu instintivo nega a sua própria evolução quando não se liberta da força da comodidade presente no mundo fácil de conquistas ditadas pelos sentidos objetivos e por uma racionalidade que corrobora com esses sentidos. A única maneira que se apresenta ao indivíduo preso a sua própria ignorância é através da experiência da dor. A dor age como uma mãe que sofrendo no íntimo repreende o filho quando intui ser necessário para o bem do filho. A Mãe-Dor recorre a certos atos um pouco desagradáveis no sentido de provocar um questionamento quanto a falta que o filho cometeu. Ela pode tanto recorrer as palavras adequadas para conscientizar quanto poderá aplicar algumas palmadas na criança a fim de alertá-la da sua ação desviada. O que é a Mãe-Dor? “A Mãe-Dor é o Amor que se reveste com uma imagem não muito apreciável, é verdade, mas ele tem a humildade necessária para assumir esta forma porque sabe que seu empenho, apesar de doloroso, é extremamente recompensador. A Mãe-Dor age como uma boa mãe. Esta, mesmo sofrendo no íntimo, repreende o filho quando é necessário, pois não o faz por maldade e sim, por sabedoria. Expressa-se por breves palavras, repetindo a lição que, em fase anterior, o filho não quis aprender. Por isso, para ganhar a atenção da criança, desta vez, aplica-lhe palmadas amorosas, estimulando um ponto de seu corpo. Quando a criança sente dor, logo pergunta: “Por que estou apanhando?”, “Que foi que eu fiz?” A mãe, objetivamente, limita-se a dizer: “Está apanhando porque deixou de cumprir suas obrigações, não foi obediente e está fazendo o que não deve”. E assim é na vida do homem: A Mãe-Dor age com muita consciência, trazendo consigo uma visão ampla de sua intenção - desperta-lhe e desenvolve-lhe o discernimento. Para isso, ela sensibiliza e ativa a faceta mais primitiva do ser humano: a sensibilidade material que é estimulada pelo sistema nervoso. Ela pressiona e ativa a consciência instintiva que rege as sensações, os atos momentâneos e sacode o ser em desequilíbrio através da dor, no intuito de provocar-lhe a reflexão sobre aquilo que está querendo incutir. Este ser, que não foi guiado pelo discernimento, vai sendo, então, pelos próprios instintos, pois, para elevar este indivíduo, o Amor utiliza os mesmos meios que o rebaixam. Através deste mecanismo, pressiona-o, estimula-o e procura jogar com a vontade que imediatamente lhe surgirá: a de ficar livre de incômodo o mais breve possível” (ANÔNIMO, A Consciência, 1988, p.79). Muitos indivíduos diante da dor procuram se libertar dessa situação incômoda, mas o melhor para eles é que não fiquem livres tão rapidamente sem antes de exercitarem os mecanismos dos Trielos Superiores (vontade-inteligência-amor). O modo mais rápido instintivo é fazer tudo para se livrar dessa situação, mas isso não ajudará muito uma vez que os motivos são profundamente íntimos e estão relacionados a uma tomada de consciência. Nesse sentido, eles querem se livrar dessa situação sem ter que trabalhar para crescerem. A Mãe-Dor, é então, enviada pelo Espírito do próprio indivíduo em desequilíbrio no sentido do ser para o próprio ser, ou seja, da consciência suprema pessoal, na sua autodefesa, para a consciência instintiva. Esta última é altamente rebelde, imediatista e os planos superiores lhes são inacessíveis enquanto não se esforçar num ritmo evolutivo em busca da unificação das consciências. O que está em jogo nessa relação é a autodefesa da consciência pessoal que procura proteger os outros estágios superiores intermediários da contaminação proveniente do estágio da consciência instintiva ligada ao corpo físico. Vamos dar um exemplo cotidiano: “a consciência instintiva sabe que brincar com fogos de artifício é perigoso e que estes podem danificar o corpo físico. Mas, quando ela não está bem orientada e educada, apesar de ter ciência do perigo, coloca um momento de prazer, de sensação forte, de alimentação do próprio ego acima do cuidado consigo própria e, por isso, ela se entrega à emoção. Porém, por um descuido qualquer, cuja origem a própria consciência não percebe, sua atenção é desviada e queima-se a ponta de um dedo. Que foi que provocou a queimadura? Foi a consciência suprema individual [pessoal] que desviou-lhe a atenção em um momento calculado, usando as próprias informações que a consciência instintiva lhe forneceu inconscientemente. Sempre que não se está devidamente educado e não se tem sensibilidade suficiente para perceber tudo o que acontece consigo próprio, este tipo de passagem informativa se faz de maneira inconsciente. Esse desvio de atenção provocou a queimadura no dedo, que é um sinal de alerta para que não se comprometa, nessa brincadeira insana, toda a estrutura. Este sinal de alerta vem, primeiro, em forma de mensagem endereçada à própria consciência instintiva, mas pode ocorrer que ela não se intimide e seja necessária a conscientização com a ajuda do emprego de estímulos grotescos. O Eu Superior [consciência pessoal] recorre, então, à Mãe-Dor que investe na queimadura da ponta do dedo, alertando a consciência instintiva desta maneira mais direta e grosseira. Diante do acontecido, ela pára e pensa: “Queimei meu dedo, devo ter mais cuidado e vou parar de brincar com fogos, antes que o perca”. Essa dor é uma forma de investimento do ser em si mesmo. Este é apenas um entre os milhões de exemplos que ocorrem no dia-a-dia, caracterizando o investimento interno que os seres fazem neles próprios, mas as pressões do meio ambiente que os rodeiam são, ainda, mais fortes e constantes neste despertamento pela dor” (ANÔNIMO, idem, pp.80-81). A Mãe-Dor põe limite nos atos desequilibradores dirigidos ao ser e a natureza. E se ela não existisse a Terra já estaria aniquilada pela insensibilidade da consciência instintiva que limitada pela sua visão destruiria e queimaria as imensas reservas biológicas e psicológicas ainda disponíveis. Nesse sentido, a Mãe-Dor é a garantia do equilíbrio universal. Ela é a rainha, a Mãe-sensibilidade que atua com sua faceta educativa-repreendedora no sentido de oferecer à consciência instintiva uma resposta positiva aos desvios inconscientes que por ventura escolheu seguir. O que está corrompido é detectado pela sensibilidade da Mãe-Dor que orienta outros esforços a investirem naquele ponto que está degenerando-se. O objetivo sempre é reconstituir o equilíbrio tanto no sistema agressor quanto naquele que é agredido. A Mãe-Dor “investe em todas as facetas do ser humano, até mesmo na própria estrutura orgânica, atuando nos aspectos pessoais, familiares, profissionais, psíquicos, educativos, morais, espirituais...Não somente o Amor mas a Mãe-Dor também, esta mestra orientadora da vida de todos, estão presentes em todos os lugares e situações. Por isto, ninguém poderá livrar-se dela, pois, nesta hipótese, estará ficando livre de si mesmo e despindo-se do próprio Amor, pois a Mãe-Dor é o Amor na sua maneira mais sábia de doar-se, muito mais sábia que na simples manifestação recompensadora e gratificante dos sentidos, que, porém, não conduz a grande coisa” (ANÔNIMO, idem, pp.83-84). Os trielos, composto de Consciência (intuitiva), Amor e Força de Vontade, se faz não só a nível do ser humano terrestre mas também em outros planos (e contextos da realidade) imperceptíveis à sensibilidade instintiva do indivíduo. A consciência intrinsecamente possui as energias do Amor. É o Amor o potencial agregador e equilibrador das energias e substâncias presentes nos compostos da natureza. Baseando-se na lei das probabilidades e “por meio da observação pessoal, o cientista verifica quais os elementos que têm mais possibilidades de se unirem. Mas o que vai fazer com que esses elementos se agrupem, se unam, é a lei da afinidade, da atratividade, e essa lei é dependente do Amor. As células e moléculas das substâncias que se aproximam têm de ter Amor umas pelas outras. Há necessidade de agrupamento, de união, para que ocorra a reação química. Em tudo isso está a complexidade do ser humano, do ser superior, do mundo e do Universo. Essa complexidade está muito presente no Amor. Por isso o Amor tem seu lado educativo; é para que existam boas relações, grandes afinidades, agrupamentos mais definidos, uma produtividade eficaz e para que os produtos desses empenhos sejam vigorosos, Divinos e tudo mais que se possa denominar de bom” (ANÔNIMO, idem, p.86). Na ausência do Amor ou quando o Amor está desajustado, é natural que se busque o auxílio da consciência intuitiva para estabelecer o contato e a harmonia perdida. Mas quando essa busca não ocorre de forma satisfatória, então, é ativada a super-sensibilidade da Mãe-Dor infringindo à consciência instintiva uma cobrança e um alerta de seu “pecado” de ignorar as leis que regem o universo da sensibilidade e, portanto, do Amor Matriz. A dor incômoda não deve ser rejeitada mas compreendida e bem aceita para que possa fluir o autoquestionamento das causas e dos efeitos também. Essa atitude é difícil de ser compreendida pela consciência instintiva que sempre prefere o caminho mais curto da ignorância e das respostas prontas e fáceis de serem consumidas. Como compreender uma determinada polaridade sendo uma parte dessa polaridade em dor? Essa é a questão que dificilmente a consciência instintiva do indivíduo consegue admitir, mesmo por hipótese. O indivíduo vive uma fase infanto-juvenil e para chegar à maturidade ontológica, falta muito e o “tempo disponível” está ficando cada vez mais escasso. A Mãe-Dor está investindo “todo potencial que tem para que o sol não tarde a raiar na plenitude de seu esplendor. É necessário, entretanto, que o homem deixe que os pequenos sóis da sua constituição individual, os chakras, brilhem e, quando todos brilharem em uma intensidade única, formarão um sol único que será, efetivamente, a luz de sua própria consciência suprema individual [pessoal]. Ocorrerá, então, a unificação dos seus sete planos de consciência, em uma ampliação única, através da reunião de toda lucidez e capacidades destas consciências que se encontram subdivididas. O homem tem vivido na escuridão. Seu ar atmosférico está muito pesado e esses sóis que ele possui não conseguem expandir seus raios. Que o homem, entretanto, não se negue a essa oportunidade nem a esse esplendor pessoal e deixe que esses sóis brilhem com toda capacidade. Pois está programada, no estágio em que o homem se encontra, uma exercitação das capacidades de seus veículos. O resultado será o esplendor de cada chakra, como um sol brilhante que levará todas suas consciências ao estágio máximo, para que elas tenham a condição de eclodir em outra fase evolutiva de uma nova consciência. Quando o homem passar para outro nível de consciência, todos esses sóis resumir-se-ão em um, e essa unidade terá de se projetar em outras propagações, para uma nova unificação posterior. Assim, cumprir-se-á a escala evolutiva da consciência suprema individual [pessoal]. Deverá exercitar-se a tal ponto que, diante de tanta luz emanada do espírito, o corpo ficará translúcido. O homem não poderá negar-se a esta luz, a este sol, que é de tamanha beleza, mas que só poderá ser ativado e só far-se-á reinante através de seus próprios esforços e empenhos” (ANÔNIMO, idem, p.90). Nesse contexto, “as coisas boas da vida” não são doadas mas conquistadas porque todos - sem exceção! - possuem todas as características e potencialidades infinitas em si mesmos. A doação quando feita é de si mesmo no conjunto das relações interpessoais. Como é que alguém pode doar o que ontologicamente não lhe pertence? É preciso, portanto, se conquistar os sóis interiores dos chakras (na cultura dos índios toltecas esses centros de energia eram conhecidos como “pontos de aglutinação”). "Estou dizendo que em primeiro lugar este é um mundo de energia, e depois um mundo de objetos. Se não partirmos da premissa de que este é um mundo de energia, nunca poderemos perceber a energia diretamente. Seremos sempre impedidos pela certeza física do que acabamos de mostrar: dureza dos objetos...Nosso modo de perceber é o modo do predador - ele [D.Juan] me disse uma ocasião - Um jeito muito eficiente de avaliar e classificar a comida e o perigo. Mas não é o único jeito que temos de perceber. Há outro modo, aquele com o qual estou familiarizando você; o ato de perceber diretamente a essência de tudo, da própria energia. "Perceber a essência de tudo irá nos fazer compreender, classificar e descrever o mundo em termos completamente novos, mais emocionantes e mais sofisticados". Isso era o que Dom Juan dizia. E os termos mais sofisticados aos quais aludia eram os que havia aprendido com seus predecessores; termos que correspondiam as verdades da feitiçaria, que não têm fundamento racional nem qualquer relação com os fatos de nosso mundo cotidiano, mas que são verdades auto-evidentes para os feiticeiros que percebem diretamente a energia, e que vêem a essência de tudo. Para esses feiticeiros o ato mais significativo da feitiçaria é ver a essência do universo. A versão de Dom Juan é que os feiticeiros da antigüidade, os primeiros a ver a essência do universo, descreveram-na da melhor maneira. Disseram que a essência do universo lembra fios incandescentes, esticados até o infinito em todas as direções concebíveis; filamentos luminosos com uma consciência de si próprios impossível de ser compreendida pela mente humana. Depois de ver a essência do universo, os feiticeiros da antiguidade passaram a ver a essência energética dos seres humanos. Dom Juan afirmou que eles descreviam os seres humanos como formas cheias de brilho que lembravam ovos gigantes, e chamavam-nos de ovos luminosos...A conclusão a que os feiticeiros antigos chegaram é que, quanto maior o deslocamento do ponto de aglutinação, mais incomum será o comportamento conseqüente e, claro, a consciência e a percepção consequentes. _ Observe que quando falo de ver, sempre digo "tendo aparência de", ou "parecia" _ alertou-me Dom Juan. _ Tudo que vemos é tão especial que não há como falar a respeito, a não ser comparando com algo que nos seja familiar. Ele disse que o exemplo mais adequado dessa dificuldade é o modo como os feiticeiros falam do ponto de aglutinação e do brilho que o rodeia. Descreveram-nos como brilho, e no entanto não pode ser brilho, porque são vistos sem os olhos. Eles têm de descontar a diferença e dizer que o ponto de aglutinação é um núcleo de luz, e ao redor dele existe um halo, um brilho. Dom Juan lembrou que somos tão visuais, tão regulados por nossa percepção de predador que tudo que vemos deve ser descrito em termos do que o olho do predador normalmente vê" (CASTÃNEDA, 1993, pp.18-21). Assim conhecedor do seu universo interior o ser compreenderá e amará aquele que lhe fez sofrer. Ele respeitará aqueles que estão em condições evolutivas inferiores. E se esforçará em alcançar a sabedoria de uma pessoa que está evolutivamente mais a frente. Pois, esses sóis interiores impulsionarão o ser para mais um degrau evolutivo na difícil e penosa jornada humana. A paz interior deve ser um referencial para quem já vislumbrou a imensa potencialidade que tem dentro de si. Uma vez que os atritos se tornam verdadeiros obstáculos no progresso pessoal. Isso porque cada ser humano independente de sua condição social é um espelho dessa força cósmica do Amor e possui as mesmas potencialidades. Assim, quando um atrito é criado, cria-se também uma energia contrária que pode criar dificuldades porque acaba envolvendo outras potencialidades em torno expandindo a crise e os seus efeitos. Toda prudência se faz necessária. A Mãe-Dor, se for necessário investirá no ser humano por intermédio de outro ser humano. Isso acontece porque todos carregam a potencialidade de ser parte de um todo Divino. E por isso podem ser utilizados como instrumentos desse poder Divino em seu plano de ação e equilíbrio cósmico. Por isso, o discernimento e a meditação deverão ser instrumentos imprescindíveis para qualquer individualidade. Nesse contexto, a vida é um laboratório onde são depuradas as substâncias fisiológicas e psicológicas em busca de uma qualificação supra-moral, ou seja, ética. O homem deverá “selecionar as boas atitudes, os bom gestos, para que sejam os mais aproximados e capacitados a transmitir e expressar seu verdadeiro potencial de sensações, de sentimentos e para que seus microlaboratórios se façam, também, expressão do macrolaboratório que ele é. O homem necessita conscientizar-se de que é um laboratório, que contém em si infinitos laboratórios, pois a natureza humana é infinita...O homem deve abandonar a forma condicionada de pensar, julgando o que é bom e o que é ruim, o que é pecaminoso e o que é virtuoso, baseado somente em informações que passam de geração em geração e às vezes de maneira infundada e ilógica. Preso a esses condicionamentos, permanece tão vazio quanto aquelas expressões e conceitos, pois se deve ter lógica em tudo” (ANÔNIMO, 1988, p.94). Nesse contexto, cada um deve ser cientista e pesquisador de si mesmo de modo a ajustar os diversos níveis e naturezas de substâncias, de corpos, de condutos, de energias e consciências no todo complexo da estrutura multidimensional humana. A verdadeira e sábia religião é a tomada de consciência de que cada um deve se esforçar em reconhecer o seu próprio universo laboratorial e multidimensional em si mesmo a fim de que no processo de depuração ou purificação alcancem o estágio da unidade do Amor. Ao invés de serem locais para pedintes, “as igrejas deveriam transformar-se em laboratórios e os santos de barro, em instrumentos laboratoriais, motivando o homem a usar seu próprio potencial de inteligência para projetar-se neste mundo dinâmico que a Física e a Química demonstraram plenamente. Transformar-se-á ele, então, em um ser muito mais indagador de si próprio e menos conformista no sentido de acomodação, ativando com mais intensidade as capacidades intelectuais indagadoras, no intuito de obter uma maior reação, um maior empenho em adquirir informações e, consequentemente, um maior autoconhecimento” (ANÔNIMO, A Consciência, 1988, p.95). E R. Descartes com certeza percorreu um bom pedaço desse caminho do autoconhecimento: “Era meu constante desejo aprender a distinguir o verdadeiro do falso, para ver claro nas minhas ações e proceder com segurança nesse sentido. Mas, depois de ter empregado alguns anos em estudar dessa forma no livro do mundo em procurar adquirir um pouco de experiência, tomei um dia a resolução de estudar em mim mesmo e de empregar todas as forças da minha mente em escolher o caminho a seguir: e me saí melhor, parece, do que se nunca me tivesse afastado do meu país e dos meus livros” (DESCARTES, 1935, p.18). O esforço de autoconhecimento potencializará a consciência instintiva para um giro mais forte em si mesma de maneira a alcançar um novo patamar de compreensão. Esse esforço ajudará no equilíbrio das Duas Forças Antagônicas propiciando um ajuste energético. É importante frisar que a tomada de consciência de elevados patamares de sensibilidade educará a consciência instintiva de forma que ela constate que a contagem inicial não parte da matéria para o Espírito, mas do Espírito para a matéria. E isso implica ver que a formação das estruturas dos organismos depende desse ponto de partida espiritual. E todas as intervenções na estrutura da natureza humana dependerá do conhecimento dessa referência básica. A mudança da consciência “deve começar dentro de cada um e é um problema que data de séculos e depende, em primeiro lugar, de saber até onde alcança a capacidade de evolução da psique. Tudo o que sabemos hoje é que há indivíduos capazes de se desenvolver. Contudo, o seu número total escapa ao nosso conhecimento, da mesma forma como não sabemos qual seja a força sugestiva de uma consciência ampliada, isto é, não sabemos a influência que ela pode exercer sobre um círculo mais vasto. Efeitos desta espécie jamais dependem da racionalidade de uma ideia, mas bem mais da questão (que só podemos responder ex effectu - depois dos fatos): Uma época está madura ou não para mudança?" (JUNG, 1984, p.159). Existe, portanto, um sistema complexo e sutil que ocupa o espaço entre a matéria e o Espírito. São órgãos, canais e corpos sutis. De maneira que a natureza humana é um sistema multidimensional extremamente complexo e altamente vibracional. Tanto a medicina chinesa com as práticas da acupuntura quanto as técnicas de alinhamento dos chakras da meditação oriental hindu trabalham em cima dessa estrutura sutil vibracional. A medicina humana, “que se empenha tanto nas recomposições orgânicas através de transplantes, terá de sofisticar muito mais ainda a engrenagem de implantação, se quiser atingir o sucesso tão almejado. O que ignora é que cada órgão exerce, também, uma função a nível da metabolização psico-espiritual, tendo, portanto, a propriedade de reproduzir as deficiências do quadro matriz que se situa nos planos mais sutis da individualidade [pessoalidade]. Queremos dizer, com isso, que as problemáticas do nível físico refletem as problemáticas das estruturas espirituais, ou seja, as disfunções do revestimento biológico são simples pontos de referência das necessidades de aprimoramento espiritual. Quando, portanto, o ser humano sofre deficiências que se instalam gradativamente em seu organismo, a causa está em alguma carência desta parte mais sutil que se encontra acoplada à estrutura corpórea” (ANÔNIMO, A Consciência, 1988, pp.103-104). Os sete chakras são canais que interligam o corpo energético ao corpo físico. “São transformadores que dão passagem ao intercâmbio energético dos corpos. Por eles circulam energias que são transformadas, podendo tanto receber como transmitir do plano material para o energético ou espiritual e vice-versa. São portas que, quando se abrem, ligam ambientes energéticos e planos diversos” (ANÔNIMO, idem, p.183). A aproximação do saber científico com o saber mítico-religioso (apoiado nas práticas de autoconhecimento) possibilitará desenvolver a sensibilidade humana de modo a detectar níveis energéticos e níveis de consciência cada vez mais sutis aumentando assim a chance de se executar um transplante sem prejudicar o receptor dos órgãos. Uma vez que o transplante de órgãos não se dá apenas no nível do sistema biológico mas que deve se levar em consideração os diversos ritmos e comandos de sistemas superiores sutis. Em outras palavras, a “natureza humana” pode ser vista como sistemas dentro de sistemas numa organização e interação hierárquica de tal ordem que aparenta não ter fim. A idéia e iniciativa de substituição dos órgãos são da consciência instintiva em busca da realização do menor esforço no uso de sua inteligência racional. O caminho de análise dos atos e hábitos sempre fica a desejar porque a consciência instintiva acredita que sempre evoluirá a sua inteligência e assim corrigirá qualquer deficiência que por ventura vier ocorrer devido a intensidade de certas práticas viciadas validadas pelo mundo do consumo. E assim a consciência instintiva sempre vai justificar a sua irresponsabilidade porque sabe que se danificar algum órgão poderá contar com um recurso “milagroso” para retornar ao estado de equilíbrio da saúde. Dessa forma, a consciência instintiva está sempre se recusando a reformular os seus maus hábitos e maus modos de se relacionar equilibradamente com a natureza. Ela prefere acreditar em algo milagroso fora dela mesma. Ou, então, não acreditar absolutamente em nada que seja de ordem espiritual, mas apenas na sua egoística possibilidade e probabilidade de crescimento apenas material. A consciência instintiva desconhece a complexidade de coordenação das frequências que deve existir com os outros corpos sutis. Ela vive o momento dela sem perceber que está inserida num contexto amplo onde se processa e metaboliza as altas frequências vitais. E essas altas frequências são operadas por “transformadores de frequências”: os chakras. Senhor, Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/ ). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!! Senhor, Eu sei que tu me sondas Sei também que me conheces Se me assento ou me levanto Conheces meus pensamentos Quer deitado ou quer andando Sabes todos os meus passos E antes que haja em mim palavras Sei que em tudo me conheces Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Deus, tu me cercaste em volta Tuas mãos em mim repousam Tal ciência, é grandiosa Não alcanço de tão alta Se eu subo até o céu Sei que ali também te encontro Se no abismo está minh'alma Sei que aí também me amas Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes) Refrão Sugiro que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”, “Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale Donald Walsch ... Conversando com Deus (título original em inglês: Conversations with God) é uma série de três livros publicada por Neale Donald Walsch, que afirma ter sido inspirado diretamente por Deus em seus escritos. Cada livro é escrito como um diálogo no qual Walsch faz perguntas e "Deus" as responde. Walsch afirma ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações divinas. Em 2006, um filme foi lançado sobre a história do autor e seus livros... Ver link http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus), “A Unidade das Religiões: O Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Livros recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”, “Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado – Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini – Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Namastê! Prof. Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo (praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE). e-mail: bernardomelgaco@gmail.com Facebook: Bernardo Melgaço da Silva/página Educação Para o Terceiro Milênio bernardomelgaco.blogspot.com Nota: Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de Tecnologia –CT - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim, pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!

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