porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A HISTÓRIA DO SAPO NADADOR E O ESCORPIÃO ENVENENADOR

QUALQUER SEMELHANÇA COM A VIDA HUMANA É PURA VERDADE!
Era uma vez um sapo nadador que num dia de belo sol em sua caminhada matinal encontrou um escorpião envenenador. O sapo sabia da fama da natureza do escorpião. Mas, como ele não era um sapo comum sabia do poder que havia adquirido e por isso não tinha nenhum medo de escorpião. E assim conversou com o escorpião. O sapo indagou ao escorpião se era tudo verdade aquilo que diziam, lá na selva (interior), a respeito do escorpião. O escorpião disse que não era tudo verdade não, daquilo que diziam de sua espécie. Então, o escorpião inumerou uma série de qualidades que uma espécie especial de escorpião havia desenvolvido em sua jornada evolutiva durante várias eras na “vida escorpiosa”. O sapo escutou atentamente a descrição do escorpião. E nada falou.
Assim todas as vezes que o sapo passeava de manhã encontrava com o escorpião naquelas proximidades do rio. O sapo se acostumou com aquela presença. E procurou não indagar a respeito da natureza violenta do escorpião. Dias se passaram. Meses se passaram. Tardes aconteceram. A vida foi então aproximando duas realidades distintas. A realidade do sapo e a realidade do escorpião. Até que de tanto conversarem e trocarem conhecimentos a respeito de suas realidades distintas brotou entre eles uma confiança ilógica, brotou entre eles uma sinceridade anormal, uma amizade inexplicável. O sapo não conseguia ver o escorpião como um escorpião. E o escorpião não conseguia mais ver o sapo como um sapo. As realidades se misturaram como se fossem café com leite. Não havia meios de separar o café do leite, ou seja, a realidade que o sapo via e a realidade que o escorpião via também. Era uma mistura perigosa que as circunstâncias da vida criou.
O escorpião sentindo profundo respeito e amizade pelo sapo afirmou com convicção que iria ajudar o sapo na sua situação material precária de vida de sapo que vivia se escondendo em brejos escuros ou mal iluminados por clarões artificiais. O escorpião disse ao sapo: “não posso deixar de ajudar o meu amigo sapo. Não posso deixar que meu amigo sapo viva nessas condições precárias. Deixa-me ajudar você amigo sapo. Eu sou teu amigo e irmão de selva (interior)”. O sapo perguntou de que forma o escorpião poderia ajudá-lo. Então, o escorpião disse que havia conquistado com certo esforço e luta pessoal um pedaço privilegiado da selva (interior) onde os animais perigosos não conseguiam chegar até lá. Assim, o escorpião levou o amigo sapo para conhecer o lugar seguro onde o escorpião se escondia de vez em quando. O sapo, quando se deparou com o lugar reconheceu a beleza e a segurança do lugar. O lugar era lindo e agradável. Realmente era um privilégio morar e se esconder ali. Foi então, que o sapo fez um acordo com o escorpião no sentido de construir um brejo adequado às condições de vida de sapo. Até porque os modos de viver eram diferentes entre eles. O escorpião concordou e incentivou o amigo sapo a construir o seu brejo particular. Meses e meses foram gastos na construção de um brejo projetado que era modesto mais bonito. A vida parecia que estava indo muito bem naquela amizade entre eles.
Bom, até que um belo dia aconteceu um grande incêndio na floresta.Foi aí que o escorpião se lembrou das qualidades do sapo. O sapo era um exímio nadador e o escorpião era um exímio envenenador. Mas, as qualidades do escorpião não o ajudava naquela situação de desespero entre o fogo da vida e o fogo da morte. Era preciso ação na salvação. O sapo estava tranqüilo e confiante em si. O sapo sabia de suas qualidades de sapo e muito mais ainda. Então, o sapo disse ao escorpião que apesar de serem amigos ele sabia que a natureza do escorpião era perigosa no momento da travessia do rio da salvação. E disse mais ainda que o rio da salvação era a única porta de saída do desespero entre o fogo da vida e o da morte. O escorpião recorre a sua capacidade de diálogo e argumentação, e diz para o sapo que era o momento de se confiar nele porque ele (escorpião) não iria ferrá-lo em caso de sentir medo durante a travessia do rio da salvação (é bom se dizer que a natureza desse escorpião reagia sempre negativamente quando tinha medo). O sapo ponderou, então, que pelos seus conhecimentos somente um escorpião evoluído não agia como escorpião que ferrava. O escorpião respondeu dizendo que já estava evoluído e que deveria acreditar nele. Devia confiar e pronto.
O sapo sabia do risco que corria. Ele relembrou, para si mesmo, que sua missão era salvar escorpiões evoluídos e não sapos nadadores como ele. Foi então que o sapo, depois dessa estranha reflexão, concordou com aquela travessia perigosa no rio da salvação. O escorpião pulou nas costas do sapo e se agarrou nela. O sapo então se jogou no rio e começou a nadar com segurança total. O escorpião nas costas do sapo se sentia seguro. Mas, quando estavam chegando no meio do rio um tronco de árvore em chamas atravessou na frente deles. Nesse momento, o escorpião impulsionado pelo medo agiu automaticamente com seu poderoso ferrão e - “záp” - picou o sapo. O sapo sentiu profunda dor com o terrível veneno do escorpião. A dor era insuportável. A dor física e moral de ser picado pelo seu amigo escorpião. Durante alguns segundos o sapo lutou entre a sua fé na vida e a sua dor da morte. Por alguns instantes de consciência o sapo visitou o seu céu e o seu inferno interior. Quando a sua fé transcendeu a dor ele retornou a sua consciência desperta recobrando plenamente os sentidos. O sapo, então, olhou para trás e perguntou ao amigo escorpião porque ele havia feito aquilo. O escorpião disse que era assim mesmo. Era sua natureza de escorpião pouco evoluído. O sapo então disse ao escorpião: “puxa vida! se você tivesse confiado em mim sinceramente eu poderia carregar você para o outro lado do rio da salvação. Do outro lado você encontraria com certeza a felicidade Real, encontraria o verdadeiro Amor Incondicional e a Vida Eterna. Perdoe-me. Agora é tarde demais! Eu não poderia falar antes a você porque sabia que você não entenderia a minha metalinguagem. Isto porque a travessia é feita na confiança e na amizade entre dois seres de mundos distintos. Nesse momento eu posso lhe falar porque somente agora aconteceu uma grande prova de “fogo” da amizade e confiança entre nós. Sinceramente, quero que saibas que eu não sou um sapo de verdade. Eu era a tua oportunidade de travessia no rio da salvação. Agora eu não posso mais atravessar você porque perdeu-se o poder e o encanto da confiança e amizade. Esse poder mágico e encantador é a prova de “fogo”, nessa relação, para se atravessar o rio da salvação. Eu tenho que ir embora sozinho para o outro lado do rio. Você terá que voltar sozinho para o seu mundo em chamas. Não posso fazer mais nada por você. Fique vigilante para descobrir um novo sapo encantado (consigo mesmo!) e amigo que aceite fazer essa travessia perigosa. Eu sou, em verdade, um enviado do Rei Todo Poderoso Senhor de Todas as Florestas. A sua oportunidade, infelizmente, comigo foi perdida. Quero que você compreenda caro amigo escorpião que existem somente duas maneiras de você atravessar o rio da salvação. A primeira, e mais difícil, é você atravessar uma profunda crise existencial sem você ficar completamente louco. E a segunda, é o Rei Todo Poderoso Senhor de Todas as Florestas, enviar de tempos em tempos um sapo encantado e amigo, para ajudar os escorpiões evoluídos nessa perigosa travessia do rio da salvação. Esta última condição é uma dádiva do Rei Todo Poderoso Senhor de Todas as Florestas. Por isso, preste bem atenção NUNCA MAIS PERCA UMA OPORTUNIDADE DESSA, a vítima pode ser você mesmo. E mais ainda se liberte dos valores “ego-escorpio-nômicos” de sua espécie que fazem você ter medo de “troncos de árvores incendiadas”. Assim sendo, terei que encerrar por aqui mesmo essa minha nobre missão. O Rei me chama, para uma outra importante missão, do outro lado do rio da salvação. Até breve (Quem sabe!) e Adeus”.
O sapo depois de falar tudo isso, olhou para o céu e murmurou algumas palavras de agradecimento. Do céu uma luz de cor violeta muito forte iluminou o rio de uma margem a outra. No instante seguinte o sapo foi se iluminando no centro do peito. E aí se transformou em luz e desapareceu do campo de visão do escorpião. O escorpião de repente se viu sozinho no meio do rio da salvação. O seu sincero amigo de verdade havia transcendido e deixado esse mundo. O escorpião teve de se esforçar para voltar sozinho e enfrentar de novo o seu mundo em chamas. Aqui, esse conto termina. Qualquer semelhança com a vida humana é pura verdade.
Bernardo Melgaço da Silva

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