“O tempo, como processo interno no ser humano, enraíza-se na diferença de percepção entre emoção e raciocínio. Ele gera assim um espaço na consciência, onde se opera um continuo movimento de "telas mentais", numa dinâmica de construção/destruição de equilíbrios/desequilíbrios. Esse movimento engendra a sensação do "tempo", como uma espécie de "imersão existencial", análoga à dos peixes dentro da água. Nesse espaço da consciência criamos uma realidade onde o objeto observado e o sujeito observador são reconstituídos simbolicamente. Assim, cria-se uma história pessoal, onde se diluem as fronteiras entre "ilusão" e "realidade": conversamos, discutimos, amamos e recordamos pessoas e eventos distantes de nós, ou mesmo já mortos.
Einstein assim se referia a esta ilusão (apud PAGELS,1982):
"O amigo de Einstein morreu um mês antes dele, na Suiça. Exprimindo a sua imagem do mundo de determinismo absoluto, Einstein escreveu as seguintes palavras numa carta comovente ao filho e à irmã de Besso: "Agora ele deixou este estranho mundo um pouco antes de mim. Isto não significa nada. As pessoas como nós, que acreditam na física, sabem que a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão obstinadamente persistente" (p.73).
"O amigo de Einstein morreu um mês antes dele, na Suiça. Exprimindo a sua imagem do mundo de determinismo absoluto, Einstein escreveu as seguintes palavras numa carta comovente ao filho e à irmã de Besso: "Agora ele deixou este estranho mundo um pouco antes de mim. Isto não significa nada. As pessoas como nós, que acreditam na física, sabem que a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão obstinadamente persistente" (p.73).
Nenhum comentário:
Postar um comentário