TUDO QUE
NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS
(número 22...obs.: eu tive que cortar algumas
páginas finais (e coloquei outras inéditas que falam sobre A TRÍADE ÉTICA-ESTÉTICA-TÉCNICA: A
ÉTICA E A MORAL NOS CONTEXTOS DO CAPITAL E DO AMOR – O ETERNO
CONFLITO ENTRE O PROCEDIMENTO MORAL HUMANO E O MANDAMENTO ÉTICO DIVINO PARTE
IV (pequena parte (no total são 470 páginas!!!!) da minha tese de doutorado defendida em 1998 na COPPE/UFRJ) porque
este site tem também limites de números de caracteres...ok..quem quiser os
capítulos anteriores retirados procure na minha página EDUCAÇÃO PARA O TERCEIRO
MILÊNIO as edições anteriores que eu postei lá ver link.... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio...Namastê......ok?)
“Senhor, eu sei que Tu me Sondas...”
“Senhor, eu sei que Tu me Sondas...”
“Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates
(ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Paulo II..
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html)
“All you
need is love” (Lennon/MaCartney)
"o
problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um
então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva
INTRODUÇÃO
Namastê para todos os irmãos e irmãs, recentemente eu postei no facebook um vídeo incrível cujo titulo é I AM (Sobre Tom Shadyac)...após assistir esse vídeo.. ver link (http://www.oprah.com/own-super-soul-sunday/I-AM-Watch-the-Trailer-Video) senti necessidade de compartilhar com vocês minhas experiências espirituais inexplicáveis sobre a essência do Amor Divino. Confesso que não tenho a pretensão de que todos venham me compreender, mas continuo na minha vontade de semear as minhas descobertas inexplicáveis para que possamos ter e viver um mundo melhor do que esse. Em 1988 fui abençoado por uma experiência mística-espiritual com o Amor Divino e a partir dessa experiência decidi escrever e divulgar de forma científica, filosófica e espiritual e não parei até hoje mesmo doente e angustiado como estou agora. A fé de Deus me dá forças para continuar escrevendo minhas reflexões e divulgando para todos o que existe por detrás dessa palavra tão falada, mas pouco vivenciada pela humanidade: Amor Divino. E como se deu esse fenômeno? Tudo começou quando em desespero roguei para Deus que me revelasse a Verdade Dele sobre a nossa vida humana caótica, violenta, acelerada e neurótica. Isso chorando de joelhos copiosamente olhando para um quadro de Jesus, o rosto dele pintado em branco num pano de veludo preto com a coroa de espinho e o sangue escorrendo na face, numa tarde quando morava num quitinete no bairro do Flamengo na zona sul do Rio de Janeiro. Eu era engenheiro e estava começando o meu mestrado na COPPE/UFRJ. Então, numa tarde quando palestrava na minha universidade para um grupo de professores e alunos senti uma voz interior dizendo: "Você está orgulhoso". Eu respondi logo: "de onde fala e quem tu és?". A voz interior me respondeu: "Eu Sou". E eu perguntei novamente: "Eu sou quem?". A Voz interior continuou dizendo: "Eu Sou". E aí sai da universidade chorando e perguntando para mim mesmo: "Quem sou eu?". E a voz continuou respondendo a mesma frase várias e várias vezes. Passei vários dias me questionando sobre a natureza da voz interior misteriosa. Até que um dia Ela me intuiu a ir para o banheiro do meu quitinete e olhar para o espelho. E diante do espelho a Voz Interior falou: "Você quer fazer a sua transformação acordado ou dormindo". Eu respondi: "quero fazer dormindo". E a Voz interior disse: "Não...você vai ficar acordado...e depois vai fazer um trabalho na universidade". Eu não conseguia fazer outra coisa senão "orar e vigiar a mim mesmo a cada segundo". De forma que, fui intuído a buscar ajuda espiritual com uma amiga minha bem próximo de onde eu morava. E ela me deu uma orientação dizendo: "Bernardo, preste atenção...existe em todos nós, dois níveis de existência-consciência: o eu superior e o eu inferior... descubra você mesmo quem é quem em você mesmo". Eu já tinha lido alguns livros da entidade espiritual conhecida como André Luiz psicografados por Chico Xavier. E nesses livros eu detectei e anotei duas frases que me chamaram minha atenção e são elas: "a intuição é a base da espiritualidade" e a outra "o pensamento é energia". Eu colei essas duas frases no papel na minha estante de compensado branco para não esquecê-las. Então, comecei uma jornada de investigação a partir desses três princípios básicos: "existe em nós dois níveis de existência-consciência : a inferior e a superior", "a intuição é base da espiritualidade", "o pensamento é energia". Assim sendo, comecei a prestar a atenção nos meus próprios pensamentos, sentimentos e desejos. Eu parti da hipótese de que a natureza (consciência) inferior era de frequência (vibração) baixa (negativa) e a outra natureza (consciência) superior (positiva) era de frequência (vibração) alta. E com muita força de vontade ferrenha vigiava os meus dois níveis de consciência separando que era inferior e superior dentro de mim mesmo. A minha amiga Ana que me orientou sobre os dois níveis de consciência, um dia me convidou para conhecer um lugar místico-espiritual conhecido como PONTE PARA LIBERDADE (Ver Link... http://www.ponteparaaliberdade.com.br/...até hoje ela existe!). E não é um templo espiritual ou centro espiritual, mas no quarto ou na sala de uma casa comum de uma pessoa que se diz CANAL dos mestres espirituais muito evoluídos que intuíam o CANAL para que todos conhecessem a Verdade da espiritualidade superior. A primeira vez que eu fui fiquei perplexo com o que eu presenciei e comecei a sentir quando a mulher (CANAL) falava sobre as hierarquias divinas e o que eles queriam que a gente fizesse para uma nova era de evolução espiritual. A mulher muita nova e bonita emitia uma energia que vibrava em mim tão forte que eu achei que ela estava num transe. E depois na segunda vez eu senti também uma energia muito estranha de calor no meu corpo. De modo que comprei um livro básico da PONTE PARA LIBERDADE: HAJA LUZ. E levei para casa esse e outros livros que comprei lá mesmo. Mas, tarde da noite desembrulhei o pacote e abri o livro HAJA LUZ e comecei a ler e o que aconteceu de extraordinário? Eu não conseguia parar de ler o livro e entrei pela madrugada assim. Em dado momento, senti que era tarde e precisava dormir, mas ao mesmo tempo sentia que estava cheio de energia estranha, mas gostosa e forte, que não me permitia relaxar para dormir. E foi aí que lembrei de perguntar a minha intuição de como fazer para conseguir dormir. A minha voz interior me disse: “vá para uma página no final do livro e leia uma oração”. E assim, fui e fiz (a oração era de um arcanjo..não me lembro mais o nome dele). E me deitei e “apaguei” (dormi) imediatamente. Antes de dormi eu pedi que quando eu acordasse de manhã eu estivesse com a mesma energia misteriosa durante a leitura do livro. E assim aconteceu, quando eu acordei estava com a mesma energia gostosa. Eu fui para o Aterro do Flamengo (perto do meu apartamento) e comecei a andar e a praticar os ensinamentos e a disciplina espiritual da PONTE PARA A LIBERDADE. A disciplina consistia em invocar uma chama violeta (ou chamar o mestre espiritual daquela chama – Saint Germain). Essa escola mística-espiritual ensina que cada ser humano vibra numa determinada cor (as setes cores do arco-íris). Eu descobri mais tarde que a minha cor era Azul do mestre El Morya – um mestre ascensionado da PONTE PARA A LIBERDADE. Os médiuns videntes já viram ele atrás de mim várias vezes! Voltando ao assunto comecei a praticar também a disciplina da chama violeta para transformar as vibrações negativas em positivas. E fiz com tanta perseverança que comecei a entrar num estado de consciência de paz interior e equilíbrio espiritual. Na minha disciplina espiritual utilizei os mantras (repetições sagradas) da PONTE PARA LIBERDADE por exemplo: “Eu sou Deus” ou “Eu sou a poderosa presença divina em ação” ou “A Vontade de Deus é o Bem, A Vontade de Deus é a Paz, A Vontade de Deus é a Felicidade, A Vontade de Deus é a Bondade”. Essas técnicas todas eu alternava, mas não deixava minha mente desocupada pensando e oscilando entre o passado e o futuro. Eu não poderia em hipótese nenhuma perder a fé e a vontade de continuar minha disciplina de purificação espiritual – durante semanas a fio sem parar! E o que aconteceu percebi em dado momento que eu tinha o domínio de dar ordem e ficar em equilibro quando quisesse. Num final de uma tarde a minha intuição me avisou que eu tinha alcançado o poder de pedir qualquer energia positiva para mim. Então, a cada ordem dada eu experimentava a energia pedida, por exemplo se eu pedisse Paz, a Paz interior se manifestava, se eu pedisse a Alegria eu ficava alegre e assim por diante. De forma que, mantive a disciplina e fui percebendo que eu era o único responsável pelo meu destino e minha felicidade interior. A partir dessa constatação meu nível de consciência já não era mais racional, havia alcançado o estado avançado da intuição. E fiquei totalmente absorvido por essa disciplina a tal ponto que fiquei mais de um mês ausente da UFRJ. Agora eu chego no momento mais fantástico da minha experiência mística-espiritual. Era de tarde do mês de agosto e eu estava fazendo minha disciplina espiritual num estado de consciência transcendental – inexplicável , ou seja, uma sensação de leveza interior, paz e serenidade...até que o telefone tocou e eu de imediato atendi. Do outro lado da linha telefônica (naquela época não existia o celular) estava minha amiga Gláucia que era também aluna de mestrado da minha turma. Gláucia me perguntou: “Bernardo, todos nós aqui estamos preocupados com sua ausência, meu amigo me conte o que está acontecendo com você?”. Eu disse: “Você tem tempo para me ouvir?” . E ela respondeu: “tenho, conte!”. Aí comecei a contar a minha história da disciplina espiritual com uma voz doce e serena, com calma absoluta. Em dado momento da história (bonita!) eu mesmo me emocionei e tive vontade de chorar. Tentei segurar as lágrimas, e de repente escuto a minha intuição falar bem alto na minha consciência: “Bernardo, solte a emoção!”. E aí comecei a chorar e soluçar, e falei para minha amiga que eu precisava parar de conversar para me controlar. Nesse instante, senti o fenômeno mais fantástico que um ser humano mortal comum possa vivenciar na face da terra! No centro do meu peito algo girava numa velocidade e frequência altíssima que me deixava num estado emocional inexplicável: era o Amor Divino! E quando fui colocar o telefone na base vertical senti uma energia gostosa muita fina tocar o meu braço direito. Nesse momento, sem entender o que estava acontecendo voltei-me para minha intuição e perguntei: “de onde vem essa energia?” . A intuição me respondeu: “olhe para o centro da sua mão esquerda”. E aí percebi que essa energia maravilhosa vinha do centro da minha mão esquerda. Em seguida a minha intuição me orientou para sentar sobre os meus calcanhares e levantar a mão direita aberta em direção ao céu. E aí descobri que essa energia vinha também do cosmo e entrava pela ponta dos meus dedos da mão direita e percorria um caminho em direção ao centro do meu peito aumentando mais ainda a velocidade e frequência da energia que saía dele. Fiquei extremamente encantado com esse fenômeno, e descobri que a energia estava em diversos pontos do meu apartamento. No dia seguinte, eu ainda estava nesse estado incomum transcendental e fui trabalhar como médium numa instituição espiritualista (IEVE) que ficava em Ipanema (bairro nobre e rico do Rio de Janeiro). Nesse dia, era uma quinta feira aconteceu algo de extraordinário: uma cura milagrosa, que foi anunciada na semana seguinte. O nosso coordenador e dono do centro espiritualista disse: “quero comunicar e parabenizar a todos vocês, porque houve um milagre aqui na quinta-feira passada, eu não sei de qual de vocês foi o responsável por essa cura milagrosa”. Esse texto, não está completo...procurei fazer uma síntese para não cansar os meus leitores...em outra oportunidade conto outros detalhes inexplicáveis que não foram colocados nesse texto.
A
MINHA SÚPLICA A DEUS EM 1988: A CIÊNCIA DE SI MESMO E O VERBO DIVINO
Em
1988 quando me ajoelhei (chorando copiosamente) diante de um quadro de Jesus
Cristo eu estava naquele instante cheio de incertezas, muito sofrimento, mas
também por mais paradoxal que pareça estava repleto de compaixão por mim e pela
humanidade. Eu fiz a seguinte súplica com fervor, com toda a minha alma
sofrida: “Pai, me mostre o Caminho, me mostre a Verdade. Eu não quero o
poder!”. No dia seguinte repeti a mesma súplica do mesmo jeito chorando
copiosamente e a alma sofrida com compaixão. E o que aconteceu de
extraordinário? A partir desse dia todas as noites (por mais de uma semana!) eu
via em sonho uma mulher vestida de noiva que se dirigia para mim dizendo: “Se
você quer encontrar a Verdade case comigo, eu estou te esperando há muito
tempo”. Naquela época eu tinha um psicólogo (o nome dele era Etiene – o
consultório dele era no centro do Rio de Janeiro numa rua paralela à Avenida
Presidente Vargas – local de prédios altos comerciais, bancos, Banco Central,
outros serviços etc.) que além de psicólogo era espiritualista também. De forma
que, procurei Etiene para decifrar os meus sonhos da noiva. Assim, contei para
Etiene os sonhos e perguntei: “Etiene, quem é essa noiva?”. Etiene abriu um
sorriso suave, o rosto dele ficou sereno e os olhos demonstrava uma emoção, e
ele disse: “Bernardo, essa noiva não é humana, não busque ela no nosso mundo
concreto e objetivo, ela está dentro de você...entendeu?”. Eu fui para o meu
apartamento no Bairro do Flamengo me questionado como encontrar a noiva dentro
de mim. Eu não sabia racionalmente o que significava esse fenômeno. Portanto,
fiquei confuso por vários dias. A minha cabeça ficou impressionada com aquelas
visões, eu não parava de pensar nela: a noiva misteriosa dos sonhos! Então,
decidi comprar alguns livros espirituais, da entidade muito conhecida como André
Luiz, psicografados por Chico Xavier. E nessa leitura desses livros descobri as
“pistas” que iriam me ajudar a encontrar a misteriosa noiva dentro de mim. As
duas frases-chaves de André Luiz são: “A intuição é a base da espiritualidade”
e “O pensamento é energia”. E com essas duas “pistas” eu comecei a fazer uma
abstração e imaginação fantástica. É importante frisar, aqui, que eu fiz o
curso de eletricista instalador quando tinha 17 anos no SENAI. E havia trabalhado
em diversas fábricas como eletricista no Rio de Janeiro. E além disso, eu também fiz o meu curso de graduação em
Engenharia Elétrica modalidade Eletrônica. Essa formação no campo da
eletricidade e eletrônica me ajudou muito na minha investigação interior – nada
acontece por acaso! Então, a minha leitura acadêmica no campo elétrico/eletrônico
me permitia abstrair sobre o fenômeno da energia. E a minha própria experiência
direta com a eletricidade como eletricista me dava uma condição de aceitar sem
nenhuma resistência intelectual (racional) o fenômeno do pensamento enquanto
energia - e não apenas como conceito ou ideia simplesmente. O que fiz de
extraordinário? Eu comecei a imaginar que os meus pensamentos seguiam as mesmas
leis da física no campo da eletricidade e do eletromagnetismo. Em outras
palavras, se a energia elétrica e eletrônica faziam funcionar relés,
contactores, bobinas, transformadores, motores, rádios, televisões, radares,
transmissores, receptores, telefones, computadores, microprocessadores,
capacitores, transistores, retificadores, osciladores, enfim um mundo de
tecnologias maravilhosas...então o pensamento poderia ter esse poder
extraordinário das tecnologias que eu conhecia - eu não tinha nenhuma
dúvida!!!!! Caramba!!!! E se isso for verdade, imaginei, eu posso modular,
transformar, captar, perceber, emitir, receber, manipular, mover, acumular,
processar, magnetizar, influenciar tudo a minha volta e dentro de mim. E como
descobrir se isso é verdade? E se a razão é uma forma ou padrão de energia? E a
intuição poderia ser também um outro padrão de energia num nível de frequência
mais alta...imaginei...espetacular!!!! Eu disse a mim mesmo: “Eu tenho que
testar essa hipótese do pensamento-energia e descartar ideia comum de que o
pensamento é uma ideia ou conceito”. Mas, como testar a energia-pensamento se a
razão é energia e a intuição é um outro nível de frequência? Eu fiquei
maravilhado com essa hipótese, bastava apenas testar (experimentar, é
importante frisar que a ciência moderna somente avançou de fato quando percebeu
que deveria formular as hipóteses, testar e confirmar gerando assim o que os
cientistas reconhecem como uma teoria válida (até que seja refutada
(transcendida) por uma nova teoria e experiência inédita!). Mas, a minha questão
era descobrir o fenômeno da energia-pensamento, da energia-sentimento e da
energia-desejo. Tive uma “ideia” brilhante: eu vou me disciplinar e modular a
frequência (tipo no rádio AM (amplitude modulada) e FM (frequência
modulada))!!!! E logo parei de usar e acreditar que meus pensamentos eram
apenas conceitos, ideias e raciocínios intelectuais. Então, me tornei cientista
de mim mesmo, ou seja, eu era o sujeito observador (cientista) e os meus
pensamentos, sentimentos e desejos eram meus objetos de estudo e experiência.
Mas, como interromper o raciocínio lógico e intelectual que não parava de falar
na minha consciência? Esse problema não poderia ser respondido pela razão,
porque a razão enquanto fenômeno humano era o meu objeto de estudo. Qual era resposta para essa questão:
o que é a energia-razão? Eu somente descobri o instrumento adequado para testar os fenômenos da
energia-pensamento-sentimento-desejo, quando por “acaso” (significa, aqui,
aquilo que é estranho, inesperado ou surpresa) comecei a utilizar as técnicas
espirituais da instituição mística-esotérica da PONTE PARA A LIBERDADE. Eu
aprendi no livro HAJA LUZ a disciplina ou exercício dos mantras (uma disciplina
muito comum dos iogues na Índia!), por exemplo: “Eu sou Deus”, “Eu sou a
poderosa Presença divina em Ação”, “A Vontade de Deus é o Bem; A Vontade De
Deus é a Paz; A Vontade de Deus é a Felicidade; A Vontade de Deus é a Pureza; A
Vontade de Deus é o Equilíbrio; A Vontade de Deus é a Bondade”. Eu percebi de
imediato, que esse exercício ou disciplina interrompia (desde que eu fizesse
ininterruptamente!) o processo contínuo da razão lógica e intelectual. Essa foi
a minha primeira descoberta. A segunda descoberta era como modular e
transformar meus impulsos, desejos e sentimentos de baixa frequência para um
nível superior de alta frequência. E essa segunda questão foi descoberta também
por “acaso” (eu não tive a intenção de fazer com esse fim) quando acreditei
piamente que o uso ou visualização da chama violeta (do mestre ascensionado
Saint Germain) era capaz de transformar minhas energias negativas em positivas
(desde que eu fizesse o exercício ou disciplina ininterruptamente!). Então, eu
alternava as disciplinas o dia inteiro – a cada segundo! A terceira questão era
como observar os meus impulsos automáticos: pensar, sentir e desejar? A
resposta para essa questão também foi por “acaso” (eu não tinha lido nada a
respeito). A única disciplina que eu descobri por “acaso” antes de 1988 era de
fechar os olhos e fixar a atenção na escuridão da minha consciência (fiz isso
quando tinha 18 anos de idade, e naquela época eu percebi que conseguia me
relaxar se ficasse meia hora fazendo esse exercício, também descobri por
“acaso”). É bom frisar que várias e várias descobertas científicas importantes
foram feitas por “acaso” quando o cientista estava distraído, sonhando ou um
viu um fenômeno incomum, sem ter levantado nenhuma hipótese. Em síntese, eu
comecei a fazer um exercício de contemplação inconscientemente, depois - bem
depois - é que eu descobri isso. O ato
de contemplar ou se auto-observar ininterruptamente nos capacita na habilidade
de nos distanciarmos do nosso eu-ego. E nesse processo somos elevados para o
nível superior do Self (termo utilizado pela psicologia ou psicanálise) ou
intuição. A razão humana está cativa dos cinco sentidos comuns. E por isso que
todos os grandes cientistas (como Einstein que descobriu que a mente racional
avança e atravessa a fronteira e chega a intuição...e todas grandes descobertas
foram feitas pela intuição). E Albert Einstein escreveu uma carta para um
filósofo dizendo que ouvia o “Velho” (eu coloquei essa citação na minha
dissertação de mestrado ou na minha tese de doutorado...com certeza) ou a
“Inteligência da Natureza” (ele procurava evitar de usar a expressão “Deus”
para não ser confundido como um religioso). Ele (Einstein) afirmou: “Penso 99
vezes e nada descubro. Mergulho em profundo silêncio. E eis que a Verdade me é
revelada”. Ele utilizou a expressão REVELADA, por que? Porque a revelação é um
fenômeno espiritual que ocorre em qualquer natureza uma vez que se disciplina
para ouvi-la. A disciplina é a base de todas as descobertas tanto no campo
científico quanto espiritual. A disciplina somente se desenvolve através da fé
no exercício ou experiência que o ser humano deseja descobrir, desenvolver ou
revelar. E fé, aqui, não é uma simples crença religiosa ou mesmo científica. É
um fenômeno transcendental no interior da multidimensionalidade (os cientistas
(da física moderna) já descobriram que a nossa existência é constituída de
vários mundos paralelos...pelo menos 12 mundos!!!!!...tem um vídeo na internet
da BBC que mostra essa descoberta) humana. A Verdade a qual o próprio Einstein
se referiu nada mais é do que a intuição divina. E Einstein tinha consciência
disso porque disse: “Estudem a fé”. A fé genuína divina é o caminho para a
Verdade divina no interior do ser humano. Em outras palavras, o problema da
existência humana é o mesmo problema da existência divina, de modo que quando
conseguimos a resposta para um desses dois problemas conseguimos responder o
outro. O Criador e a criatura estão
muito próximos, mais próximos do que o elétron que gira em torno do núcleo
atômico. Nesse contexto, a Verdade divina é indizível. E toda vez que o ser
humano tenta dizer a Verdade ele transforma a energia intuitiva em energia
racional. Por isso, mesmo que cada um tem a sua “verdade” racional. E todos tem
a mesma Verdade divina. Fantástico essa constatação em 1988!!!!! Uma pessoa num
estado intuitivo será sempre incompreendido para todos aqueles que estão no
estado racional da energia-consciência! Isso implica dizer que toda vez que
queremos ter razão numa discussão com o outro criamos inconscientemente um
conflito e geramos uma crise que pode afetar a vida espiritual dos dois. A vida
espiritual é tão sério que se soubéssemos das consequências nunca julgaríamos o
cisco do outro ou suas deficiências ou suas ignorâncias. Por isso, Buda
afirmou: “Não existe conflito entre o mal e o bem, mas entre a ignorância e a
sabedoria”. Nesse sentido, a evolução espiritual (e não apenas
material-tecnológica) é vital para qualquer sociedade humana. O que deseja,
então, o Criador? Eu descobri que Ele deseja que sejamos felizes, que tenhamos
paz, compaixão, Amor, fraternidade, solidariedade, empatia, sinceridade,
fraternidade, cooperação (e não competição) etc. Em resumo, que sejamos a Sua
Imagem e Semelhança, aqui, na Terra. Por isso, a frase espírita maravilhosa:
“sem caridade não há salvação!” (e eu não me considero espírita, mas
espiritualista – são diferentes). Temos que respeitar qualquer ser humano e ser
solidário, amoroso e caridoso. A disciplina espiritual e sua intensidade é que
vai gerar ou produzir um grau de espiritualidade em cada um. A oração ela ajuda
em muito, mas sozinha não produz um efeito de transcendência imediata. O salto
intuitivo depende do “orai e vigiai a si mesmo” e o fundamento “conhece-te a ti
mesmo” (leiam a encíclica do Papa João Paulo II: “Fé e Razão” - “Fides et Ratio”). E se conhecermos a nós
mesmos, profundamente, veremos com certeza absoluta: Deus falando (num profundo
silêncio interior). Confesso que quase “surtei” durante esse processo de
Autoconhecimento. Algumas pessoas acharam que eu estava louco , inclusive, dois
professores da COPPE/UFRJ. Houve uma reunião entre 3 professores (Ronaldo,
Miguel e Roberto) para discutirem o que fazer comigo. Ronaldo (meu orientador
na época) disse (segundo relato de Miguel): “Ele está louco!”. Miguel disse:
“ele está a caminho da loucura”. E Roberto (ele fazia um curso de teologia na
PUC-RJ) disse: “Deixa eu conversar primeiro com ele para saber o que está de
fato acontecendo”. Após uma conversa reservada Roberto disse para mim: “Você
não está louco. Tudo que você contou tem semelhança com as histórias dos
santos, muito provavelmente você alcançou o nível de consciência deles. Eu não
tive a sua experiência mais li muito as histórias dos santos. Você quer que eu
seja o seu novo orientador?”. Eu respondi: “sim. Gostaria muito!”. E assim foi
feito!
EXISTE
ALGUMA TÉCNICA OU DISCIPLINA ESPIRITUAL PARA DESCOBRIRMOS O NOSSO VERDADEIRO EU
SAGRADO?
Existem várias disciplinas ou técnicas espirituais que uma vez feita com perseverança diária faz com que percebamos a natureza divina do nosso Eu verdadeiro. Durante a história humana várias pessoas (mestres da humanidade) descobriram um caminho próprio para essa empreitada espiritual. O que vou descrever aqui é o caminho que fiz e faço até hoje. Em princípio temos que partir do pressuposto de que a realidade que vemos no lado de fora do mundo objetivo não é exatamente como acreditamos que seja. Em outras palavras, o que vemos uma é uma gota de água num oceano do mundo desconhecido. Isso significa dizer que a realidade nos é oculta porque nossos cinco sentidos e a razão analítica objetiva nos mostra uma parcela da realidade total. Então, para expandirmos a consciência e constatarmos o que existe além dessas aparências dos fatos e fenômenos concretos e subjetivos, devemos iniciar uma BUSCA (ou INVESTIGAÇÃO DE SI) em nós mesmos. O que significa "busca em nós mesmos"? É o caminho do autoconhecimento, autoconsciência ou consciência de si, autosuperação, autotransformação. “O caminho é estreito e a porta pequena” - diz um ditado religioso. Raros são aqueles que descobrem o seu Eu verdadeiro. A maioria ainda não acordou ou não atingiu a consciência da consciência. É uma tarefa árdua implacável que o ser precisa executar no exercício de perceber o mundo e a si mesmo. De um modo geral estamos tão alienados e distraídos que não nos damos conta de uma realidade paralela a nossa no interior de nós mesmos. Vários filósofos, santos, místicos, cientistas e filósofos deixaram "pistas” dos caminhos que eles mesmos fizeram. Por que esse caminho é assim tão difícil? Porque não sabemos formular o problema existencial correto para as nossas vidas. O cientista Einstein, chegou a dizer que a formulação de um problema científico era algo tão importante que uma fez feita corretamente a investigação já estaria meio caminho andado. Estamos acostumados a receber milhões de mensagens vindas do lado de fora sem um filtro que nos possibilite discernir o que é falso e verdadeiro. Por isso mesmo, nossas mentes estão entulhadas de falsas verdades. E o que a mente consegue registrar é uma parcela ínfima do Todo que está ao nosso redor nos impregnando. E se vocês perceberem os pensamentos que se encadeiam um após o outro constatarão que a mente racional analítica voltada para o mundo objetivo está em constante “tagarelice", ou seja, um tumulto mental entre dois polos: ontem (passado) e o amanhã (futuro). Raras vezes nos encontramos no estado de consciência do aqui e agora (presente). Fomos educados sutilmente a usar a mente projetada para o futuro e ao mesmo tempo continuamente lembrando-se do passado. Não fomos educados para controlar a mente e fazer com que ela permaneça no presente vivido intensamente (no aqui e agora). A disciplina para reeducação da mente se chama meditação e/ou descondicionamento. A mente é muito poderosa - o que pensamos e sentimos concretizamos de “bem” (construtivo) ou “mal” (destrutivo) no "futuro", é o resultado de nossas próprias escolhas. Não existem culpados! Somos todos envolvidos desde que nascemos, e por isso continuamos o exercício de percepção que nossos antepassados nos ensinaram. Mas, uma vez que o ser entra numa crise existencial ou de identidade ele volta para si mesmo porque percebe que se faz necessário uma resposta para os seus problemas existenciais. Nossas escolas e universidades, com raríssimas exceções, nunca nos ensinam as técnicas de autoconhecimento para que transcendamos o nível existencial da razão e vivamos de fato guiados pela intuição divina. Esses poucos se destacam pela força de vontade ferrenha, sensibilidade sutilizada e inteligência refinada-intuitiva (p. ex.: Buda, Jesus , Gandhi, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Sócrates, Einstein etc.) porque se diferenciaram da maioria presa nas "suas" próprias convicções a respeito do mundo, da vida e da existência humana. Então, como fazer para sair desse processo condicionado da mente, do sentimento e do desejo? Os mestres orientais, os santos e vários cientistas e filósofos tentaram nos ensinar. O que eu aprendi é que o indivíduo precisa de certas qualidades ou fatores imprescindíveis para trilhar o nobre caminho do autoconhecimento. E são eles:
Existem várias disciplinas ou técnicas espirituais que uma vez feita com perseverança diária faz com que percebamos a natureza divina do nosso Eu verdadeiro. Durante a história humana várias pessoas (mestres da humanidade) descobriram um caminho próprio para essa empreitada espiritual. O que vou descrever aqui é o caminho que fiz e faço até hoje. Em princípio temos que partir do pressuposto de que a realidade que vemos no lado de fora do mundo objetivo não é exatamente como acreditamos que seja. Em outras palavras, o que vemos uma é uma gota de água num oceano do mundo desconhecido. Isso significa dizer que a realidade nos é oculta porque nossos cinco sentidos e a razão analítica objetiva nos mostra uma parcela da realidade total. Então, para expandirmos a consciência e constatarmos o que existe além dessas aparências dos fatos e fenômenos concretos e subjetivos, devemos iniciar uma BUSCA (ou INVESTIGAÇÃO DE SI) em nós mesmos. O que significa "busca em nós mesmos"? É o caminho do autoconhecimento, autoconsciência ou consciência de si, autosuperação, autotransformação. “O caminho é estreito e a porta pequena” - diz um ditado religioso. Raros são aqueles que descobrem o seu Eu verdadeiro. A maioria ainda não acordou ou não atingiu a consciência da consciência. É uma tarefa árdua implacável que o ser precisa executar no exercício de perceber o mundo e a si mesmo. De um modo geral estamos tão alienados e distraídos que não nos damos conta de uma realidade paralela a nossa no interior de nós mesmos. Vários filósofos, santos, místicos, cientistas e filósofos deixaram "pistas” dos caminhos que eles mesmos fizeram. Por que esse caminho é assim tão difícil? Porque não sabemos formular o problema existencial correto para as nossas vidas. O cientista Einstein, chegou a dizer que a formulação de um problema científico era algo tão importante que uma fez feita corretamente a investigação já estaria meio caminho andado. Estamos acostumados a receber milhões de mensagens vindas do lado de fora sem um filtro que nos possibilite discernir o que é falso e verdadeiro. Por isso mesmo, nossas mentes estão entulhadas de falsas verdades. E o que a mente consegue registrar é uma parcela ínfima do Todo que está ao nosso redor nos impregnando. E se vocês perceberem os pensamentos que se encadeiam um após o outro constatarão que a mente racional analítica voltada para o mundo objetivo está em constante “tagarelice", ou seja, um tumulto mental entre dois polos: ontem (passado) e o amanhã (futuro). Raras vezes nos encontramos no estado de consciência do aqui e agora (presente). Fomos educados sutilmente a usar a mente projetada para o futuro e ao mesmo tempo continuamente lembrando-se do passado. Não fomos educados para controlar a mente e fazer com que ela permaneça no presente vivido intensamente (no aqui e agora). A disciplina para reeducação da mente se chama meditação e/ou descondicionamento. A mente é muito poderosa - o que pensamos e sentimos concretizamos de “bem” (construtivo) ou “mal” (destrutivo) no "futuro", é o resultado de nossas próprias escolhas. Não existem culpados! Somos todos envolvidos desde que nascemos, e por isso continuamos o exercício de percepção que nossos antepassados nos ensinaram. Mas, uma vez que o ser entra numa crise existencial ou de identidade ele volta para si mesmo porque percebe que se faz necessário uma resposta para os seus problemas existenciais. Nossas escolas e universidades, com raríssimas exceções, nunca nos ensinam as técnicas de autoconhecimento para que transcendamos o nível existencial da razão e vivamos de fato guiados pela intuição divina. Esses poucos se destacam pela força de vontade ferrenha, sensibilidade sutilizada e inteligência refinada-intuitiva (p. ex.: Buda, Jesus , Gandhi, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Sócrates, Einstein etc.) porque se diferenciaram da maioria presa nas "suas" próprias convicções a respeito do mundo, da vida e da existência humana. Então, como fazer para sair desse processo condicionado da mente, do sentimento e do desejo? Os mestres orientais, os santos e vários cientistas e filósofos tentaram nos ensinar. O que eu aprendi é que o indivíduo precisa de certas qualidades ou fatores imprescindíveis para trilhar o nobre caminho do autoconhecimento. E são eles:
a) força de vontade focada na
autosuperação;
b) sensibilidade sutilizada para o processo de discernimento entre os traços psicológicos fardos (negativos) e fortes (positivos);
c) fé ou convicção profunda na voz interior silenciosa (não confundir com uma simples crença);
d) perseverança no processo ou disciplina espiritual (se possível a cada segundo!);
e) inteligência desenvolvida (intuitiva) para elaborar novos questionamentos e buscar as respostas para as hipóteses levantadas;
f) nunca duvidar de que somos seres de várias dimensões e níveis de consciências abstratas;
g) prestar atenção total em si mesmo sem julgar ou se culpar dos pensamentos e sentimentos mal elaborados;
h) confiar no caminho solitário que está fazendo consigo mesmo;
i) se aproximar de pessoas experientes (de preferência mestres espirituais muito experientes – muito cuidado na escolha!) que estão também nessa busca incomum (a massa está se distraindo com outros acontecimentos: futebol, televisão, política partidária (ser político e ser político partidário são fenômenos sociais diferentes...p.ex.: os monges tibetanos são políticos mas não são partidários...porque eles fazem movimentos sociais contra o regime comunista autocrático chinês que interfere na vida espiritual e material deles – quem escolhe atualmente o líder espiritual tibetano é o governo Chinês, ou seja, retiraram o poder dos monges de escolher quem deve ser o líder espiritual e de Estado deles);
j) ser tolerante e perdoar a si mesmo e os seus semelhantes;
b) sensibilidade sutilizada para o processo de discernimento entre os traços psicológicos fardos (negativos) e fortes (positivos);
c) fé ou convicção profunda na voz interior silenciosa (não confundir com uma simples crença);
d) perseverança no processo ou disciplina espiritual (se possível a cada segundo!);
e) inteligência desenvolvida (intuitiva) para elaborar novos questionamentos e buscar as respostas para as hipóteses levantadas;
f) nunca duvidar de que somos seres de várias dimensões e níveis de consciências abstratas;
g) prestar atenção total em si mesmo sem julgar ou se culpar dos pensamentos e sentimentos mal elaborados;
h) confiar no caminho solitário que está fazendo consigo mesmo;
i) se aproximar de pessoas experientes (de preferência mestres espirituais muito experientes – muito cuidado na escolha!) que estão também nessa busca incomum (a massa está se distraindo com outros acontecimentos: futebol, televisão, política partidária (ser político e ser político partidário são fenômenos sociais diferentes...p.ex.: os monges tibetanos são políticos mas não são partidários...porque eles fazem movimentos sociais contra o regime comunista autocrático chinês que interfere na vida espiritual e material deles – quem escolhe atualmente o líder espiritual tibetano é o governo Chinês, ou seja, retiraram o poder dos monges de escolher quem deve ser o líder espiritual e de Estado deles);
j) ser tolerante e perdoar a si mesmo e os seus semelhantes;
k) ler bons livros espirituais (p.
ex.: Jesus Cristo, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Alan Kardec, Yogananda,
Krisnamurti, Buda, PONTE PARA A
LIBERDADE, etc.) de grandes mestres espirituais (de preferência o original);
l) tomar muito cuidado em não se
perder na disciplina espiritual – porque sem um acompanhamento espiritual o
indivíduo pode “surtar” (a escolha de seguir esse caminho é de responsabilidade
de cada um – todo cuidado é pouco, pois todo caminho espiritual tem seu
risco!).
Uma vez que se determina entrar nesse caminho mantenha-se firme, mesmo na doença, corajoso e determinado porque é algo que se alcançado de fato vai nos beneficiar para sempre e melhorar o caráter do mundo. Lembrando-se sempre em estar atento para com os seus semelhantes ajudando-os na medida do possível para amenizar o sofrimento e aumentar a paz deles. A felicidade não é dada a ninguém, ela é conquistada com trabalho árduo e continuo. E se fizeres esse caminho encontrarás definitivamente a tua espera: ELE - DEUS!
A
TRÍADE ÉTICA-ESTÉTICA-TÉCNICA
“Aliás, o
que caracteriza o homem, o que o diferencia dos demais seres vivos, é a sua
capacidade de aspirar, de ir além da sua realidade presente, para alcançar
outra realidade projetada, elaborada com a inteligência e o coração. O homem,
neste sentido, é um projetista. Projetista de sua própria vida. Aliás, o homem
começa a definhar e mesmo morrer quando não mais projeta e só se atem a
satisfazer necessidades...”
(ANÔNIMO,
Caderno de Estudos JM)
A ÉTICA E A MORAL NOS
CONTEXTOS DO CAPITAL E DO AMOR PARTE IV
Fala-se
muito no exemplo do mestre Jesus Cristo. Mas, a prática individual social
(exemplo recíproco) é sempre a mesma: "raciocinai e negociai".
Negociamos as amizades. Negociamos os cargos políticos. Negociamos o prazer do
sexo. Negociamos o saber. Negociamos a vida. Negociamos a morte. Negociamos a
saúde. Negociamos a caridade. Negociamos tudo que não deveria ser negociado.
Negociamos porque raciocinamos excessivamente. E somente negociamos porque
raciocinamos excessivamente. Isto porque a negociação é produto do raciocínio
sem limites. Não podemos praticar os princípios sagrados através do raciocínio
ilimitado. São momentos existenciais incompatíveis: o princípio sagrado e o
raciocínio sem pausa. Se raciocinamos continuamente, fatalmente negociamos. Se
praticamos os princípios éticos genuinamente sagrados se torna impossível
negociar e portanto raciocinar. Por isso negociamos os valores de heroísmos nos
filmes. E por ser um ato de negociação são sempre valores falsos. O mestre
indiano Krisnamurti afirmou que “a propaganda é uma inverdade”. Oswald de Andrade afirmou com muita propriedade e
sabedoria: "o negócio é a negação do
ócio".
Podemos imaginar Jesus Cristo
"orando e vigiando" numa atividade de produção de dinheiro? Ou de
produção da sua "mãe-filha" (a mercadoria)? O ócio é o espaço que se
abre para uma prática espiritual: "orai e vigiai". Sem o ócio não
sobra espaço nenhum para uma verdadeira e genuína prática espiritual
("orai e vigiai"). Alguém pode "assobiar e comer cana ao mesmo
tempo"? Não, não pode de maneira nenhuma. É preciso se optar e decidir. Se
queremos paz e fraternidade entre todos então o caminho é (sem dúvida):
"orai e vigiai". Se queremos dinheiro e guerra então o caminho é (sem
dúvida): "raciocinai e negociai". Não existe caminho intermediário de
compatibilização entre o sagrado e o profano, ou seja, não existe negociação. O
que pode existir é um ato de integração ou união. Em outras palavras, não
podemos querer negociar com Deus. Deus é inegociável. Com Deus tudo que é feito
e deve ser feito de Graça (e com sabedoria!).
O homem moderno contemporâneo vive
submerso num oceano de valores morais
econômicos. Ele vive dentro de um processo psicológico de construção de
visão de mundo. Ele respira e produz valores econômicos. Em síntese, a sua
visão tem uma base de sensibilidade econômica.
Tudo em volta desse homem é de natureza econômica. O seu ar é uma brisa
econômica assoprada pela natureza tecnicista de seus inventos. Ele é econômico
no pensar, no sentir, no agir e no criar. Os seus sentimentos são impulsos
econômicos. As suas ações são decisões econômicas. E a sua criação é
economicamente planejada.
Nesse sentido, a sua relação com o
meio ambiente é uma relação de exploração econômica. O mineral, o vegetal o
animal e o seu próprio semelhante se tornam fatores no processo de produção
econômica. A ciência que faz é econômica. A religião que faz é econômica. A
filosofia que faz é econômica. A busca de respostas da sua origem e do seu
destino tem uma base econômica. E por conseguinte a sua realização é econômica.
Esse homem planta economia no seu chão psicológico e colhe frutos econômicos.
De forma que os resultados são sempre
avaliados economicamente. Tudo que ele produz tem um fim econômico. A economia
se tornou um culto e uma cultura: o passado e o futuro de bens econômicos. Nesse sentido, o Deus desse homem
é o poder econômico que tudo pode transformar, criar e restaurar.
O
homo economicus quando fala em Deus, fala da sua idéia de Deus. Pois, sendo
a consciência-de-Deus a natureza dos princípios que somente podem ser
vivenciados, ELE nunca é reconhecido de fato por esse homem. O homo economicus, se contenta com a idéia
de Deus porque na prática ele serve a outro deus virtual: a economia. Para
entendermos “os hippies temos de entender
a sociedade que eles rejeitaram e contra a qual seu protesto é dirigido. Para a
maioria dos norte-americanos, o chamado American way of life é sua verdadeira
religião. Seu deus é o dinheiro, sua liturgia, a maximização dos lucros. A
bandeira americana tornou-se o símbolo desse estilo de vida e é adorada com
fervor religioso...” (CAPRA,
1990, p.169).
A profissão que realiza esse homem é
um esforço direcionado para um bem econômico: o salário. Enquanto “pro-fissão”,
essa atividade - como o próprio nome já diz! - é um esforço em prol da divisão
de interesses. Ganha mais aquele que “pro-fissiona” melhor. Essa base
“pro-fissional” conduz cada vez mais a divisão do trabalho e dos valores
econômicos. O indivíduo moderno pretende através da “pro-fissão” uma real
divisão e distribuição social (igualitária) do trabalho e dos valores
econômicos, mas isso é uma grande utopia. Nunca se alcança a perfeita divisão e
distribuição igualitária para todos. Formam-se dessa maneira várias classes
econômicas e conseqüentemente vários poderes com níveis de representações
diferentes e, portanto, desiguais.
O que se pode constatar, sem a
fantasia dos discursos intelectuais, é que
as forças que regem o mundo econômico atuam sempre na divisão de
interesses e nunca na integração deles. Quando ocorre uma integração não é
proveniente do mundo econômico, mas sim do mundo humano - verdadeiro e
genuinamente humano! - no interior de cada pessoa. Por isso, muitos defendem as
vantagens do mundo econômico porque atribuem ao poder econômico os resultados
positivos e nobres das relações sociais. Esses confundem o “joio” com o
“trigo”. E por não verem o mundo humano, identificam a origem dos valores como
sendo econômica. Quando na verdade ela não é.
O homem é escravo de seu próprio
espelho lógico consciencial e, portanto, é também escravo de sua própria
confusão gerada pela falta de sensibilidade de si mesmo. Esse é o drama humano:
não saber discernir em si mesmo o veneno, a cobra e a cura. O ser humano usa os
seus poderes contra si mesmo. E raramente a seu favor. Por isso, vive um
caminho de dor e muita escuridão. O homo
economicus não percebe a perigosa mistura.
Nesse contexto, a liberdade perpassa
por um processo de transformação da base racional humana. E não é apenas um
acordo lógico estratégico político-econômico. Fala-se atualmente em liberdade
econômica, como sendo o princípio da vida social dos países capitalistas. É muita
racionalização! Pensa-se apenas na liberdade do capitalista, mas esquece-se da
liberdade per se, ou seja, a essência da
liberdade - a liberdade primeira. Não se corrige um caminho produzindo mais
erros, enganos e desvios. Embora “nós
geralmente pensemos em liberdade num sentido muito positivo, a palavra moksa é
definida num sentido negativo. Se há algo limitando você, do qual você quer
tornar-se livre, esta liberdade é chamada moksa. Se eu estou sempre procurando
segurança e prazer, quando é que eu serei
capaz de dizer “Eu consegui”? Somente quando me vejo como uma pessoa segura e
satisfeita. Quando eu não mais sinto a necessidade de procurar prazer e
segurança, então eu posso dizer que sou livre...Quando nós analisamos nossas
várias buscas - segurança, prazer e até mesmo dharma- nós descobrimos que não buscamos realmente
nenhuma delas. Por fim, todos estão buscando apenas moksa, porque liberação de
qualquer tipo de sentimento de falta é o que procuramos em nossas buscas” (DAYANANDA SARASTI, Dez.1996, pp.1-2).
Resumindo: o significado do
valor “liberdade” não pode ser
expressado em termos racionais ou através de modelos ideológicos. Ele é parte
de uma unidade existencial e fundamental
inerente à vivência ética da pessoa em sua busca de compreensão dos
princípios que regem o seu universo ontológico. A idéia moral de liberdade é a
sua forma exterior que “traduz” a maneira do indivíduo perceber o mundo e as
conseqüências dos princípios éticos na sua relação com a pessoa em si mesma.
Pois, “são várias as conclusões que se
pode tirar das páginas precedentes. A primeira é que, quando se fala em
liberalismo, é preciso ter em mente que existem muitas doutrinas que têm este
nome ou nomes parecidos. Assim, neste livro [do próprio VERGARA], distinguimos
pelo menos quatro dessas doutrinas: o liberalismo utilitarista de Adam Smith, o
liberalismo de Direito natural de Turgot, o ultraliberalismo de Bastiat, que
propõe um Direito natural reduzindo ao mínimo de deveres do Estado. Pode-se até
chamar de “liberal” o pensamento de Keynes, dada sua aceitação global das
liberdades civis e (com algumas restrições) da liberdade econômica. Tampouco é
absurdo chamar de liberais a maioria dos economistas neoclássicos
contemporâneos (Paul Samuelson, James Tobin, etc.); apesar das muitas tarefas
que eles reconhecem como sendo do Estado, aceitam a liberdade econômica (o
mercado) como base da sociedade.
Deste modo, toda vez que o leitor deparar com uma
corrente de pensamento chamada de “liberal”, deve se perguntar de qual
liberalismo se trata, de qual corpo de doutrinas está se falando. E
freqüentemente, tanto nos escritos dos jornalistas quanto nos dos acadêmicos, o
leitor não estará diante de uma das doutrinas coerentes que expusemos e sim de
uma mistura eclética de várias doutrinas.
Uma segunda conclusão é que não se pode considerar o
liberalismo clássico como a forma definitiva de organização da sociedade
humana. A razão é que este tipo de organização já foi superado e não existe
mais em nenhum país do mundo, nem nas cidades e países mais “livres” como
Hong-Kong ou a Suíça. O liberalismo clássico como forma de organização da
sociedade humana foi apenas um momento na história do mundo ocidental, um
momento precedido pelo dirigismo de tipo mercantilista ou despótico e seguido
por uma forma de organização em que o Estado intervém bem mais que o previsto
pelos clássicos. É praticamente impossível que os Estados modernos andem para
trás para voltar ao ideal do liberalismo clássico. Mesmo no Reino Unido, onde o
thatcherismo durou dez anos, o movimento de volta ao passado foi, neste
período, bastante limitado. Quanto ao ultraliberalismo como forma de
organização da sociedade humana, não se pode dizer que tenha sido um momento na
história da humanidade; o ideal que propõe, o de um Estado mínimo, nunca chegou
a existir, nem no Reino Unido por volta de 1860. Ao contrário do liberalismo
clássico, o ultraliberalismo é pura utopia.
Uma terceira conclusão é que, se quisermos reformular
nossas leis e instituições, se quisermos adotar as melhores leis possíveis,
somos obrigados a recorrer a um critério ético único, sem o qual estaremos no
meio de um conjunto heterogêneo e incoerente de instituições. Mas qual critério
ético devemos usar? O princípio da utilidade? O Direito natural? Um outro
critério? A lógica filosófica ensina-nos que devemos usar um só critério ético,
mas cada um dos grandes critérios parece ter simultaneamente vantagens e
desvantagens. Estaríamos então aqui diante de uma contradição própria da
natureza humana que não poderia, pela sua própria essência, ser perfeitamente
coerente em termos de ética? Estaríamos condenados a um ecletismo ético que,
como sabemos, não pode ser ideal?”
(VERGARA, 1995, pp.131-132).
A vida moderna tende a piorar cada vez mais no aumento da desgraça,
da pobreza, da riqueza material, do crime, do tráfico de drogas, da corrupção,
da lavagem de dinheiro, da agiotagem “legal”,
do abuso sexual de menores, da sensualidade, das revistas pornográficas,
da angústia, da neurose, do desemprego, da informação técnica, da falta de Amor
Matriz e da ignorância espiritual. A maior exclusão do nosso século é o saber
ético espiritual crístico.
O sistema industrial moderno não
produz apenas visando o patamar da utilidade e da necessidade dos incluídos e
dos excluídos do mundo do consumo. Esse sistema procura ir “além” (do tipo
“compre dois e leve três” ou “compre isso e leve no sorteio aquilo também” ou
“compre isso e seja mais ainda reconhecido”) direcionando esteticamente e
tecnicamente as mercadorias (e conseqüentemente, também, vendedores-mercadores)
em correspondência aos desejos estéticos e técnicos dos consumidores em
potencial. Em outras palavras, o consumidor moderno de renda (boa ou razoável)
não procura apenas atender as exigências daquilo que lhe é necessário e útil. Esse
consumidor está sendo educado (ou “adestrado” ou induzido) a consumir o mais
recente, o último bem produzido, ou
seja, aquilo que é mais do que útil. Ele quer e deseja consumir o que é
estético e técnico (e o seu subproduto: a retórica da informação do valor
adquirido). Esse indivíduo não busca, por exemplo, a casa útil e necessária,
mas busca a casa bela e tecnicamente “boa”. Ele não procura apenas o
conhecimento bom, mas aquele que seja tecnicamente “bom”, ou seja, que dê um
retorno seguro e rápido. A lógica que impera é a
econômica-capitalista-concentradora. A meta de eliminação da pobreza é uma
lógica-apologia utilizada nos discursos políticos das campanhas eleitoreiras.
Nessa lógica econômica, os atributos estéticos e técnicos estão sendo incorporados
sutil e propositadamente no desejo do consumidor-eleitor. O produto deixou há
muito tempo de ser apenas objetos físicos, hoje ele se confunde com o próprio
consumidor: no gosto e nas fantasias de “poder se avançar tecnicamente em
direção ao futuro melhor, seguro e que dê o status melhor e maior”. E pode-se
observar visivelmente na tecnologia do computador. O melhor, não é mais o
computador útil e necessário, mas aquele computador que detém em sua tecnologia
os aspectos inerentes à beleza estética e às inovações técnicas (cada vez mais
avançadas): o “turbo”, o “plus”, etc.
Segundo FRIAS (JORNAL DO BRASIL,
16/02/97): “Para Muniz Sodré, as idéias
que os pensadores vinham desenvolvendo sobre a cultura contemporânea, tanto a
cultura de massa quanto a indústria cultural foram abafadas por um fato
grandioso e arrasador, que obriga a uma releitura funcional do mundo: o advento
do espaço cibernético ou virtual, o primado da máquina informática que,
ultrapassando o sentido puramente utilitário de ferramenta, estabeleceu pontes
no imaginário do homem moderno. A máquina investiu-se como objeto de desejo,
mistério erótico, diante da qual se sofre e se goza. Inclusive no sentido
literal do sexo virtual” (p.4).
E segundo SODRÉ (apud FRIAS, JB,
16/02/97): “Esse momento que eu chamo de tecnocultural abrange desde as redes
cibernéticas interativas à parafernália de imagens emocionantes, que constituem
uma espécie de cultura tecnológica das aparências. Estamos vivendo um outro
momento do Ocidente, caracterizado por uma estetização ou uma culturalização da
realidade social. Estetizar significa transformar tudo em espetáculo e
aparência. A estetização corresponde ao império do agradável, a partir de uma
vulgarização de pílulas da cultura clássica...Os produtos que se disseminam são
aqueles que bajulam e adulam a consciência do consumidor e facilitam a emoção,
embora não estimulem a reflexão” (p.4).
A cultura tecnológica das aparências
está relacionada - ainda segundo SODRÉ
(idem) - “a um estilo de vida e a uma
autoconsciência epidérmica, vestida pelas máquinas de comunicar e pode até
mesmo ser a roupagem pública da ideologia neoliberal..Metaforicamente, estamos
vivendo a hora do diabo” (p.4).
Esse aspecto de “mutação identitária” (”uma espécie de
choque sobre a identidade pessoal sob o impacto da teletecnocultura, “que põe
em crise as noções tradicionais de identidade pessoal”. Por exemplo, os drag
queens casados e com filhos são “mutações identitárias. São maridos - lésbicos
- transexuados”), apontado por Muniz
Sodré, muda drasticamente as
análises sobre a formação cultural no espaço psicológico das sociedades
capitalistas.
Faz-se necessário investigar as
implicações dessas novas identidades orientadas pela liberdade de realização
“transcendental da felicidade” do mundo utilitário. A palavra ““felicidade” pode ser definida de várias
maneiras; os autores que afirmam que a felicidade é o bem supremo não entendem
necessariamente o mesmo através desta afirmação. Spinoza, por exemplo, teria
provavelmente concordado que o bem e a felicidade são uma mesma coisa; mas ele
teria precisado que a verdadeira felicidade consiste na união completa do homem
com Deus. De acordo com outras doutrinas, a felicidade é um estado que o homem
alcança quando, através de rígidos exercícios espirituais, se liberta de
qualquer desejo. Os autores da tradição utilitarista simpatizam mais com uma
concepção da felicidade bem mais “materialista” que a de Spinoza ou a dos
ascetas, que pregam a renúncia do desejo. Assim, Adam Smith escreve: “A
felicidade consiste em estar em paz e usufruir.” Obviamente, é para os autores
que utilizam a palavra “felicidade” neste sentido que se deve reservar a
denominação de utilitaristas.
Muitas vezes os utilitaristas empregaram a palavra
“prazer” no lugar da palavra “felicidade” para designar seu bem supremo. Assim,
Locke (que provavelmente não é um utilitarista conseqüente, mas que influenciou
muito esta escola) escreve: “O bem e o mal não são nada além do prazer e da
dor.” Se a palavra “prazer” é utilizada, é no sentido de enfatizar o fato de
que a felicidade que eles propõem como bem supremo não é a dos ascetas
(felicidade alcançada renunciando-se ao prazer), mas antes aquela, muito mais
rasteira, da filosofia grega clássica. Assim, a felicidade dos utilitaristas
não depende unicamente (como em Spinoza) da relação com Deus, nem
principalmente (como para os ascetas) de um estado espiritual atingido através
de exercícios penosos; depende fundamentalmente das condições materiais que
cercam o ser consciente. O liberalismo utilitarista vai por isso fornecer uma
definição da felicidade que atribui uma grande importância ao fato de se
desfrutar uma saúde física satisfatória
e - o que nos interessa particularmente em economia - de se dispor de um
mínimo de prosperidade material”
(VERGARA, 1995, p.28).
Assim como acontece com a idéia de
liberdade, a idéia de felicidade não tem “pátria” ideológica e nem pode ser
enquadrada em contextos racionais. O valor da felicidade também faz parte da
formação da unidade ética na pessoa. A idéia moral de felicidade determina um
comportamento segundo uma cultura específica e um modo particular de viver de
um indivíduo ou sociedade de indivíduos.
O que se pode perceber é uma
constante “transcendentalização” de estetização cultural (que transforma tudo em
espetáculo e aparência) complementada por uma tecnização cultural (que
transforma tudo em progresso material e conveniência). É evidente que uma
grande parcela da população carente não consegue se perceber identificada e
envolvida por esses dois processos utilitários “transcendentais”, e além disso não consegue alcançar nem mesmo
o patamar de consumo do “útil e do necessário” de modo a se tornar “feliz”.
Mas, esse fato é “atenuado” pela idéia, e propaganda intensiva, de um futuro
ideológico promissor, ou seja, de um
mercado em crescimento globalizante que possibilitará finalmente uma produção
estética e técnica de grande valor comercial acessível a todos os consumidores,
independente do grau de assimilação e poder de aquisição de cada um: “o mercado
vai felizmente beneficiar a todos!”- dizem os apóstolos da nova doutrina do
mercado.
A medicina moderna é um exemplo bem
concreto dessa utopia tecnicista e esteticista (uma minoria está sempre
projetando “viagens e mais viagens a vários planetas”, enquanto uma grande
maioria vive em condições de somente poder “visitar e viver dentro de uma
caverna ou barraco”). Qual é o preço da saúde? Quanto cada um seria capaz de
pagar para viver mais e melhor? “Saúde
pode não ter preço. Mas tem custos. E eles são cada vez mais altos. No Brasil -
e em todo o mundo - nunca se pagou tanto a médicos e a hospitais. “Saúde vale
ouro” é, hoje, muito mais que um lugar-comum. A conta de uma operação de ponte
de safena feita nos melhores centros médicos brasileiros pode chegar perto de
60 000 reais. Um transplante de fígado, em muitos casos, custa mais do que um
apartamento de alto padrão em bairros nobres de São Paulo ou do Rio de Janeiro.
Estamos falando em algo como 300 000 reais. A despeito da maré baixa da
inflação, os custos e preços da saúde continuam a subir no Brasil - e no mundo.
Segundo dados da Fipe, a inflação do setor, de março de 1996 a fevereiro de
1977, chegou a 19,3%. No mesmo período, a inflação do país ficou em 8,9%.
Coisas do Brasil? Hummmm. No ano passado, a inflação americana foi de 2,5%. E
os custos médicos subiram 3,5%. Em 1996, os Estados Unidos investiram 14% de
seu PIB (cerca de 1 trilhão de dólares) em saúde. É percentualmente o dobro do
que o país gastou em 1970” (REVISTA
EXAME, ed.635, 1997, pp.84-86).
A produção estética e técnica
dirigida apenas e somente para o consumo utilitário imediato produz graves
distorções sociais principalmente no terreno da educação. É de assustar “o percentual de livros didáticos rejeitados
pelo Ministério da Educação. Da soma dos não recomendados (44,91%) e dos
excluídos (16,63%) resultam quase dois terços de livros que se oferecem aos
professores como didáticos. São, na verdade, iniciação ao não-saber. Se o livro
apresenta insuficiências consideráveis - caso dos não recomendados - o
aprendizado será inevitavelmente insuficiente, tão poucos são os professores em
condição de repará-las. Pior ainda se o livro contém erros, ou a eles induz. É
a situação dos excluídos: na melhor hipótese, usá-los fará da educação
posterior um difícil trabalho de reeducação” (JORNAL O GLOBO, 16/05/97, p.9).
3.5
O ETERNO CONFLITO ENTRE O PROCEDIMENTO
MORAL HUMANO E O MANDAMENTO ÉTICO DIVINO
Diz a famosa frase que “o homem foi
feito a semelhança de Deus”. E disse Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros
como eu vos amei”. ELE disse que deveríamos perdoar. Ajudar o próximo e curar
as suas feridas. Deveríamos dar tanto quanto recebemos. Mas, parece que o homem
não entendeu muito bem, ou seja, em verdade ele se perdeu! Esse homem moderno parece ser dessemelhante de
Deus. Pois, ao invés de Amar o outro ele consegue ser indiferente ao outro. Ao
invés de perdoar, ele em muitas situações prefere torturar (física ou
psicologicamente) o outro. Ao invés de ajudar ele quer retirar do outro. Ao
invés de querer curar a ferida ele sente prazer em apertar a ferida do outro.
Ao invés de dar ele quer é receber muito mais ainda.
Se a esse estado de coisas chamamos
de leis democráticas, que me perdoem os intelectuais mas acho que nos desviamos pois o que vejo é
o DEMO a frente dessa ideologia (DEMOcrática). Não existe lei eticamente
correta que coloque a vida do outro como suporte do ganho financeiro. Isso não
é lei, mas apenas uma regra que o homem social moderno (indivíduo) segue cegamente a risca. A única
lei que merece ser cumprida é a lei da
empatia ao outro. E essa grande lei nossos empresários e
administradores, com raras exceções, estão longe de cumprirem.
A vida comercial tem as suas leis
próprias que muitas das vezes não contém no seu conteúdo um dado importante: a
dor do outro. O administrador, com rara
exceção, é guiado por regras bastantes rígidas. Ainda mais se o administrador
for um sujeito subordinado dentro de uma hierarquia da burocracia racional. Ele
só faz aquilo que as regras permitem. Ele é eficiente nas regras. Ele não se
desvia nem por um instante sequer. O caso citado a seguir mostra um pouco o
verdadeiro comportamento “cristalizado-programado” dos “clones robôcráticus”: “Durante quatro anos, a doméstica Analete de
Azevedo Moreira, 24 anos, pagou em dia o plano de assistência médica ASSIM para
a mãe diabética e hipertensa. No mês passado, ela atrasou em 19 dias a
mensalidade. Motivo suficiente para que sua mãe não conseguisse na Casa de
Saúde Nossa Senhora do Carmo, em Campo Grande (Zona Oeste), a única internação
de que precisou em todo esse período. A dona de casa Zenaide de Azevedo
Moreira, 57 anos, morreu à 1h 30 de domingo, depois que o convênio negou o
pedido do hospital para a internação no CTI. Revoltada,
Analete quebrou a porta de vidro na entrada do hospital e derrubou no chão o computador da recepção. “Não me
arrependo de nada do que fiz. Pra que serve o nome da minha mãe no computador,
se na hora em que mais precisou ninguém fez nada por ela?”, protestava, depois
de ter sido levada por policiais para a 35a DP (Campo Grande), de onde
foi logo liberada” (JORNAL DO BRASIL,
16/06/97, p.16).
O crescimento vertiginoso da
violência e da neurose urbana não é obra do acaso, mas é obra de uma natureza
humana que não consegue se libertar da burocracia das regras rígidas para olhar
o outro não como um “cliente” mas como um ser humano que sofre. Mas, o “homo
robôcráticus” (conceito que criei e que significa a “fusão” da ação padronizada
de um hipotético homem burocrático com
ação mecanizada do robô) não foi criado para ser verdadeiramente humano. Ele
foi criado para ser um servidor das leis técnicas-estéticas capitalistas. E
para servir dessa forma é preciso que ele perca ou camufle a sua sensibilidade
verdadeiramente humana. Infelizmente é esse o mundo que estamos criando com
essas regras de concentração do lucro e da expansão econômica sem limites. O
humano pobre e carente não tem vez nesse mundo veloz e competitivo da
eficiência turbocapitalista. É a mais recente e espetacular invenção da ciência
econômica e social. A ciência econômica há muito tempo vem criando vários
clones dessas espécies “robôcrática” e
“turborobôcrática”. E poucos foram aqueles que viram porque não se deixaram
manipular e se transformar também em clones dessa espécie.
Evoluímos em tecnologia, mas não
evoluímos nas leis compreensíveis e sensíveis do Amor (não-humano). Rezo para
que ainda dê tempo de mudar essa balança ontológica desequilibrada. Pois, se
não mudarmos rapidamente muita coisa de ruim vai acontecer com toda essa
tecnologia super-avançada. E não estou falando como um teórico social, mas como
alguém que já viu a Luz de Deus. Ou o homem melhora a sua qualidade de
percepção ou então ele sucumbe na dor e na guerra projetada pela falta de
sensibilidade de seu próprio valor humano.
Senhor,
Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/
). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!!
Senhor,
Eu sei que tu me sondas
Sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto
Conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras
Sei que em tudo me conheces
Eu sei que tu me sondas
Sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto
Conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras
Sei que em tudo me conheces
Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes)
Refrão
Deus, tu me cercaste em volta
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência, é grandiosa
Não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu
Sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma
Sei que aí também me amas
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência, é grandiosa
Não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu
Sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma
Sei que aí também me amas
Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes)
Refrão
Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes)
Refrão
Sugiro
que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física
quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak
Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”,
“Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale Donald Walsch ... Conversando com Deus
(título original em inglês: Conversations with God) é uma série
de três livros publicada por Neale Donald Walsch, que afirma ter sido
inspirado diretamente por Deus em seus escritos. Cada livro é escrito como
um diálogo
no qual Walsch faz perguntas e "Deus" as responde. Walsch afirma
ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações
divinas. Em 2006, um
filme foi lançado
sobre a história do autor e seus livros... Ver link
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus), “A Unidade das Religiões: O
Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil”.
Livros
recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”,
“Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado –
Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini –
Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”.
Namastê!
Prof.
Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo
(praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado
da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE).
e-mail:
bernardomelga10@hotmail.com
Facebook:
Bernardo Melgaço da Silva/ Educação Para o Terceiro Milênio
bernardomelgaco.blogspot.com
Nota:
Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese
de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de
cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de
Tecnologia –CT - Universidade Federal do
Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o
Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus
trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim,
pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas
na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!
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