porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA
dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.
"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber
PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO
O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.
"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber
PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO
O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein
sábado, 17 de agosto de 2013
TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1988 E 1992 (número 15... CAP.7 parte I..
TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1988 E 1992
(número 15... CAP.7 parte I... O SACRO-OFÍCIO DO TRABALHO NA TRANSFORMAÇÃO DO HOMEM....obs.: Prezados leitores quem quiser continuar acompanhar a série TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS....por favor visite o site no link http://bernardomelgaco.blogspot.com.br/ .ou o site Educação Para o Terceiro Milênio ver link... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio
Obrigado... Namastê!
“Senhor, eu sei que Tu me Sondas...”
“Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates (ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Paulo II.. http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html)
“All you need is love” (Lennon/MaCartney)
"o problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva
“O Humano e Deus são os dois lados da mesma moeda” Bernardo Melgaço da Silva
O SACRO-OFÍCIO DO TRABALHO NA TRANSFORMAÇÃO DO HOMEM
Uma falsa condição de normalidade pode se perpetuar numa carapaça de "equilíbrio" e "autodomínio". Esta falsa condição produz uma "dopagem" psíquica impedindo o indivíduo de "acordar" para o seu mundo interior. O seu mundo interior se torna desconhecido e de difícil acesso. A dificuldade de "entrar" em si mesmo aumenta com o poder magnetizador do mundo exterior. Nos tornamos seres insensíveis às gradações de nossos próprios sentimentos. Os sentimentos se manifestam desordenadamente sem controle, de forma "cristalizada". Ao mesmo tempo em que os padrões emocionais de "normalidade" são valorizados nas áreas de convivência dos indivíduos, que acreditam cegamente nas "suas" certezas em relação ao caminho do equilíbrio e da saúde. Vejamos o que diz KNAUT (1991):
"A cabeça fica "cheia do trabalho", a pessoa se transforma e a capacidade de criar fica reduzida. Este verdadeiro zumbi - ou alexitímico, segundo denominação de especialistas- está sendo investigado em pesquisas convergentes dos Estados Unidos, França, Suécia, e entre metroviários e bancários de São Paulo. A busca das vítimas se concentra em ambientes opressivos de trabalho, especialmente quando está envolvido desempenho mental muito denso, sem oportunidade de pausas para se "desligar". Estão na mira desde o alto executivo até o operário não qualificado. Os atingidos se revelam por duas pistas: perseguição desenfreada de competência e total falta de sintonia afetiva com os outros. Como num rádio que captasse apenas uma estação.
Embora possa levar às doenças psicossomáticos, a alexitimia não é uma moléstia à semelhança da "doenca dos yuppies", ou da "fadiga crônica", que desafia pesquisadores e põe em suspeita um vírus rebelde. A alexitimia é uma síndrome psíquica, esclarece a médica psiquiatra Edith Selligmann-Silva, professora do departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP) e pioneira em estudos sobre saúde mental e trabalho no país. As vítimas desse distúrbio se escondem debaixo de uma carapaça de normalidade. Não se queixam de mal estar, dor de cabeça, nervosismo. Revelam-se como "relógios" - frios e certinhos, numa espécie de clone da organização a que pertencem" (p.19).
Imersos numa atmosfera de padrões tidos como "normais" respiramos um "ar" viciado e poluído. Contaminamos e nos deixamos contaminar através desse "ar" . A doença psíquica da "normalidade" se propaga velozmente: raros são aqueles que conseguem perceber seu contágio. Desse modo é muito difícil a detecção do mal, que se manifesta na essência das nossas crenças. Segundo BUDA (apud CLARET,1985):
"O louco que reconhece sua loucura possui algo de prudente; porém, o louco que se presume sábio esse está realmente louco" (p.59).
E MORAIS (1971) complementa:
"Um grupo ou até uma multidão de solitários nunca deixam de ser solitários pelo fato de estarem juntos e, pior ainda, esses contatos o que fazem é exasperar cada vez mais a solidão.
O que significa que a presença dos outros não nos dá o afeto que nunca ou quase nunca tivemos, sobretudo porque esses outros também carecem de afeto, dentro de si. Ainda por cima, nos contagiam pela insegurança mútua, ou as emanações psicológicas inevitáveis dessa própria insegurança, fazem cada vez mais caótico o nosso cambaleante processo mental"(p.198).
O desenvolvimento intelectual necessita ser acompanhado de um desenvolvimento emocional sem o que haverá desequilíbrio, sofrimento e destruição. A harmonia entre esses dois aspectos da nossa natureza é imprescíndivel. O desequilíbrio se reflete no conflito entre cumprir e julgar. WAXEMBERG (1976), assim comenta:
"Reduzir a responsabilidade a um dever que, quando não se cumpre, implica uma sanção, é viver de acordo com um sistema de valores relativamente baixo. O bem reduz-se ao que é correto segundo a lei e as normas preestabelecidas. Ser um homem de bem é "cumprir". Dessa maneira, ser um homem de bem é ser um homem exterior, "dentro" da lei vigente, das normas admitidas. Mas um homem que está "dentro da lei" vigente pode viver fora de sua própria lei. A responsabilidade inerente a seu estado de consciência pode ir muito além do mero cumprimento de seus deveres de cidadão.
O homem percorreu um longo caminho até adquirir o sentido de dever. Cumprir foi uma etapa fundamental no aperfeiçoamento de sua responsabilidade. Cumprir, porém, é unicamente o aspecto exterior da responsabilidade.
Essa responsabilidade é exterior, não só porque se limita a ações exteriores, senão porque expressa uma atitude interior de defrontação. O homem está ante algo. Ante a sociedade, a autoridade, a lei: ante o dever. E também ante a consciência que se tem do dever. O homem se divide, assim, em uma personalidade que cumpre, e outra personalidade que julga" (pp.67-68).
7.1 A CONSCIÊNCIA DA PERCEPÇÃO
O dualismo e a predominância excludente de um aspecto (mental ou emocional) sobre o outro nos leva ao extremismo: se não é branco, deve ser obrigatoriamente negro; se não é melhor, então tem que ser pior, se não é bom é porque é ruim. Surge daí uma distorção maior caracterizada no extremismo, quer racionalista, quer religioso. A educação baseada nesses extremismos alimenta um sistema de organização social doente. A realidade passa ser configurada como um conflito entre dois blocos antagônicos. Assim, percebe SANT'ANNA (1991):
"As mentes primárias dividem sempre a realidade em dois blocos conflitantes. Para elas, o dia se opõe à noite, o claro ao escuro, o interior ao exterior, a vida à morte, o macho à fêmea, e a vida seria um conflito entre o bem e o mal, o certo e o errado, o pobre e o rico, o bandido e o mocinho.
Organizado assim, o Universo tem sua estrutura prefixada. Cada um sabe o seu lugar e a História gira sobre um eixo estável. Isto é apaziguante. Sobretudo para quem se julga do lado certo.
Em séculos anteriores, essa oposição foi representada de diversas maneiras. O Mundo já foi dividido entre o império romano e os bárbaros, entre os cristãos e os mouros, entre a Europa e os selvagens de além-mar. Em nosso século, essa visão simplória do real ganhou consistência na oposição primária entre capitalismo e comunismo. O século XX foi todo gasto dentro deste falso dilema, como se as pessoas só pudessem comer um desses dois pratos, só pudessem viver numa dessas margens e a História tivesse que andar com essas duas pernas contraditórias. Para se resolver o maniqueísmo começou-se a usar a palavra "dialética", como se ela fosse um talismã capaz de solucionar os impasses do pensamento primário. Com o desmonte do bloco soviético e a metamorfose do comunismo em algo que não se sabe bem o que será, muita gente está desnorteada, a História parece ter perdido o eixo, e a vida seu sentido. As pessoas sentem falta do oponente (p.3).
Vejamos um pouco mais o pensamento deste autor:
"Como um monge medieval que tivesse passado a vida inteira pelejando contra o demônio e um dia desperta com a notícia de que o diabo não existe; como um soldado que tivesse partido para a frente de batalha e quixotescamente se dá conta de que não há senão moinhos de vento onde pensou haver dragões e tropas inimigas; como um sentinela que tivesse passado toda a vida na torre de uma fortaleza no deserto esperando o ataque inimigo e descobre que nenhum inimigo surgirá no horizonte esperado; como o atleta que tivesse exercitado o músculo para uma olimpíada e descobre que o adversário não virá; enfim, como todas essas metáforas que a literatura contemporânea, a partir de Kafka, utilizou para mostrar o absurdo da condição humana, muitos se acharam com essa perplexidade na boca: - O oponente, onde está o oponente?
Metafísica e subjetivamente, muitos preferiram dizer; - Meu oponente sou eu. É dentro de mim que está a luta. Isto tem lá a sua parcela de verdade. Projeta-se para fora ou para dentro um drama imaginário. Mas isto é também perigoso. Internalizar as dualidades pode ser apenas uma nova forma de exercitar o conflito.
Portanto, depois dessa penosa e secular experiência, seria aconselhável que não saíssemos por aí buscando bandeiras novas apenas para substituir as velhas. A própria metáfora da bandeira é velha. Parece coisa de um universo militar antigo, quando havia o exército do bem e o exército do mal.
O oponente, onde está o oponente?
Revisando a questão do oponente chegaremos inevitavelmente à revisão do eu. E é aí dentro que uma vez mais a História recomeça" (p.3).
A revisão do eu (que SANT'ANNA se refere) é uma transformação desse estado perceptivo de "normalidade". As "normalidades" são expressões de estados do ego que se manifestam através de ego-ísmos, ego-centrismo, ego-latría, etc. Essa predominância do ego cria uma falsa condição de normalidade, onde o padrão emocional de "conforto" acaba substituindo a verdadeira felicidade. Vejamos o que diz BARRIOS (1990):
"O ego. Uma ideia falsa a respeito de nós mesmos, um falso eu. Quanto maior é o ego, mais a gente pensa que é melhor do que os demais. O ego faz a gente se sentir com autorização para desprezar, fazer dano, dominar e utilizar os demais; inclusive dispor de suas vidas. Como o ego é uma barreira ao amor, nos impede de sentir compaixão, ternura, carinho, afeto... amor. O ego nos insensibiliza frente à vida, é alimentado por falsas ideias, por conceitos errados a respeito de nós mesmos, dos demais e da vida mesma. Veja: egoísta, se interessa por si mesmo e não pelos outros. Ego-latra, que se adora a si mesmo e a mais ninguém. Egotista, só fala de si. Ego-cêntrico, pensa que o universo gira ao redor de si. A evolução humana consiste em diminuir o ego para que o amor possa crescer" (p.74).
As energias do pensamento e da consciência podem engendrar dois universos: a percepção do ter e a consciência do ser. A consciência do ser nos faz retornar a nossa percepção de indivíduos pessoais. WAXEWMBERG (1976), assim percebe:
"Quando se fala do homem, pensa-se no homem genérico e não em um homem. Quando se diz que um homem é igual a outro, pensa-se que um homem é o mesmo que outro. Porém cada homem é um homem. A humanidade é um todo, porém cada homem é um indivíduo, com um estado de consciência (p.15).
Analisemos um pouco mais o pensamento deste autor:
"Quando se reconhece o próprio estado de consciência como temporário e limitado, pode-se conhecê-lo. E conhecer o próprio estado de consciência é começar a expandi-lo.
O desenvolvimento do estado de consciência é o campo da mística. Tem-se entendido sempre por mística a relação da alma com o Divino. A relação da alma com o Divino indica seu estado de consciência.
Se se deixa de limitar a mística a um objetivo, de encaixá-la dentro de uma definição que implica uma teologia e uma filosofia, pode-se lhe dar uma amplitude na qual cada alma se encontre a si mesma, se compreenda a si mesma, descubra como é, que é o que lhe ocorre, qual é o caminho de seu próprio desenvolvimento.
A primeira coisa que a alma deve fazer é reconhecer seu estado de consciência. Esse reconhecimento é a base fundamental que, ao mesmo tempo que é o seu ponto de partida, lhe indica a direção que deve seguir seu desenvolvimento.
Todas as almas querem desenvolver-se, porém nem sempre podem fazê-lo porque não sabem com clareza o que é desenvolver-se" (p.16).
Estar consciente implica estar aberto para reformular o que foi verdadeiro até um determinado momento. É caminhar (re)descobrindo o que já se descobriu, e refletir na busca de uma unidade coerente. Estar consciente é um processo de "produção" de energias de elevada "frequência". "Viver" no estado de consciência implica "morrer" para o estado de simples percepção. Mas a recíproca não é verdadeira: "viver" no estado de percepção não implica em "morrer" para o estado de consciência. BACH (1970) assim se refere (no livro "A História de Fernão Capelo Gaivota") de maneira simbólica ao salto para um novo estado de consciência:
"Pobre Chico! Não creia no que os seus olhos lhe dizem. Tudo que mostram é limitação. Olhe com o entendimento, descubra o que você já sabe e saberá como voar" (p.150).
As palavras são formas de energia de baixa "frequência" manipuladas, como "dados" pelos nossos cérebros e nossos sentidos objetivos. Os pensamentos são formas de energia de "frequência" superior às palavras, manipulados como "informações" pelos nossos cérebros e pelos nossos sentidos subjetivos. A palavra escrita ou falada pode ser materializada e transmitida no plano físico, mas o pensamento não. Quando escrevemos ou falamos produzimos uma transformação do nível superior do pensamento para o nível inferior da palavra. O processo de leitura racional opera em dois sentidos: de transformação do pensamento para a palavra e da palavra para o pensamento. O comportamento humano pode também ser caracterizado pelos níveis hierarquicamente estruturados das palavras, do pensamento, da consciência e do amor. De acordo com esses níveis existem quatro tipos de manifestação do ser que são: a) o escravo das palavras; b) o escravo dos pensamentos; c) o liberto na consciência; d) o liberto e realizado no Amor.
Os dois primeiros tipos caracterizam a personalidade ou ego, os dois últimos o Eu ou Self (individualidade). O "escravo das palavras" está quase sempre subjugando sua consciência ao mundo das palavras, distanciando-se cada vez mais do mundo dos fatos. Ele pouco vivencia a sua realidade. Vive construindo sua realidade a partir do que lhe dizem. Age sob o domínio das emoções "densas". Não encontra forças para repensar sua realidade, e se torna escravo das crenças percebidas no meio social. Vejamos o que diz KRISHNAMURTI (1966):
"É sempre um tanto difícil entrar-se em comunicação. Tem-se de fazer uso de palavras, e cada palavra tem determinado sentido. Mas, devemos ter sempre presente que a palavra não é a coisa, não transmite o significado total da coisa. Se atemos semanticamente às palavras, receio que não tenhamos possibilidade de ir muito longe. Para podermos entrar, real e profundamente, em comunicação, requer-se não só atenção, mas também uma certa afeição. Mas, isso não significa que devemos aceitar, indiscriminadamente, tudo o que se diz. Não só devemos manter-nos intelectualmente vigilantes, mas também devemos evitar a armadilha das palavras" (p.7).
É a palavra, e não a consciência, que, no início de nossa infância, produz uma forte influência em nosso ser. Os cuidados e as orientações de nossos pais são as principais energias com as quais convivemos. Nesta fase, a cada instante somos "forçados" a prestar atenção nas palavras. A palavra passa ser o nosso guia para sobrevivência. Não pode... não deve ... não faça..., são algumas das afirmações que vão sendo paulatinamente gravadas em nossa psique. Num segundo momento a escola nos prepara para operar no plano dos pensamentos a partir das palavras. A energia necessária para saltar para o nível do pensamento é relativamente grande. Um esforço de anos e anos de trabalho mental nos é solicitado, às vezes até mesmo contra nossas vontades. Esse esforço mental produz e fortalece o nível do pensamento e assim começamos a operar na lógica do pensamento. Vejamos o que diz MORAIS (1971):
"A estrutura psicológica do ser humano é de ordem que, já nos dias iniciais da infância, nasce diferente dos animais, completamente indefeso e desamparado. Não possui sequer, como aqueles, mecanismos instintivos, fortemente prefixados na hereditariedade biológica, estabelecendo muitos dos detalhes de sua conduta. A extrema maioria de tudo quanto pensa, age, sente, ou experimenta lhe é ensinado" (p.243-244).
O "escravo dos pensamentos" aparentemente é um tipo "inteligente", com um poder de análise que lhe permite ter confiança em si mesmo para abordagem de diversos universos de conhecimento. Entretanto essa "confiança" é ilusória pois, quando surge a oportunidade de decidir em momentos difíceis, age emocionalmente. O "escravo dos pensamentos" acredita que o pensamento é o nível máximo de expansão de sua natureza. Tudo ele precisa descrever e analisar. Não consegue "sentir" ou se sensibilizar diante do universo que o cerca. A todo momento sua mente lhe "rouba" a consciência e o prazer de existir como ser livre nesta vida. Sua mente está constantemente num processo de "tagarelice", impedindo-o de saltar para um nível superior de consciência. Sua razão lhe prende a um mundo de objetos e solidez. CASTÃNEDA (1974) em seu livro PORTA PARA O INFINITO relata os conhecimentos místicos que D. Juan (indío feiticeiro mexicano) lhe havia transmitido durante sua iniciação mística:
"Somos percebedores. Somos uma consciência; não somos objetos; não temos solidez. Somos ilimitáveis. O mundo dos objetos e solidez é um modo de tornar cômoda nossa passagem pela Terra. É apenas uma descrição que foi criada para nos ajudar. Nós, ou antes, nossa razão, nos esquecemos de que a descrição é apenas uma descrição e assim encerramos a totalidade de nós num círculo vicioso do qual raramente emergimos em nossa vida. Nesse momento, por exemplo, você está empenhado em libertar-se das teias da razão.
[...] O mundo que percebemos, porém, é uma ilusão. Foi criado por uma descrição que nos foi contada desde o momento em que nascemos. Nós, os seres luminosos, nascemos com dois círculos de poder, mas só usamos um para criar o mundo. Esse círculo, que é preso logo depois que nascemos, é a razão, e seu companheiro é falar. Entre eles, inventam e mantêm o mundo. Assim, em essência, o mundo que sua razão quer sustentar é o mundo criado por uma descrição e suas regras dogmáticas e invioláveis, que a razão aprende aceitar e defender. O segredo dos seres luminosos é que têm um outro círculo de poder que nunca é usado, a vontade. O truque do feiticeiro é o mesmo truque do homem normal. Ambos têm suas regras e essas regras são percebíveis, mas a vantagem do feiticeiro é que a vontade é mais absorvente do que a razão. A sugestão que quero fazer aqui é que hoje em diante você se deixe perceber se a descrição é mantida pela sua razão ou a sua vontade. Acho que é esse o único meio de você usar seu mundo de todo dia como desafio e veículo para acumular suficiente poder pessoal a fim de chegar à totalidade de seu ser. Talvez que da próxima vez que você vier, já terá suficiente poder. De qualquer forma, espere até sentir, como sentiu hoje na vala de irrigação, que uma voz interior lhe está dizendo para agir assim" (p.90).
O "liberto na consciência" já conseguiu "silenciar" seus pensamentos. Ele percebe conscientemente o poder das palavras e se relaciona com a natureza a sua volta de forma equilibrada. Usa seus pensamentos como se usa uma roupa comum: veste de acordo com o clima e a ocasião. Suas emoções estão sob seu controle e "atenção", não vive nos extremismos. Ele já se libertou da tutela dos modelos criados pelo meio social. Mas respeita as outras pessoas, procurando não impor-lhes suas ideias. Vivencia uma espécie de contrato "pré-nupcial" com o Amor. O "liberto e realizado no Amor" pode "arrastar" em sua passagem multidões devido a sua clareza de espírito. É um ser realizado que procura "trabalhar" para o bem-estar material-espiritual da humanidade. GANDHI deixou um grande legado para a humanidade através de sua conduta e modo de pensar, vejamos o que ele diz(apud CLARET,1985):
"O silêncio é um grande auxílio para quem como eu, está em busca da verdade" (p.59).
O Eu é a relação entre o nível da energia da consciência e o nível da energia do Amor. A percepção do "fenômeno observado" é a relação entre o nível da energia do pensamento e o nível da energia da palavra. Todo conflito interior provém dessa interação entre essas duas naturezas: o "quem" e o "que" se observa (o observador e a percepção do "fenômeno observado").
"Na teoria quântica, as grandezas e propriedades físicas são historicamente chamadas de observáveis para deixar em aberto a questão da correspondência entre a natureza intrínseca do sistema e aquilo que se observa"(BROWN,1983,p.24).
A energia do Eu é uma energia de poder do Criador. A energia do ego é a energia do fenômeno da Criação. Criamos dentro de nós tudo aquilo em que acreditamos, por isso, em parte somos e experienciamos o que acreditamos. Vejamos o que diz PAGELS (1982):
"A realidade quântica é em parte uma realidade criada pelo observador. Como diz o físico John Wheeler, "Nenhum fenômeno é fenômeno até ser um fenômeno observado"" (p.113).
A crença no passado e no futuro é uma das principais responsáveis pelo crescimento do ego. A menos que nos esforcemos para viver o "presente", estaremos construindo e aumentando nossas ilusões. A "sutilização da sensibilidade" é imprescindível para o processo de "descarga" ou "diminuição" do ego. O presente é o equilíbrio na integração das diversas forças: as da natureza do observador, e da natureza da percepção do "fenômeno observado". Essa integração equilibrada expressa o Criador em Amor com sua Criação.
Senhor, Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/ ). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!!
Senhor,
Eu sei que tu me sondas
Sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto
Conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras
Sei que em tudo me conheces
Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão
Deus, tu me cercaste em volta
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência, é grandiosa
Não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu
Sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma
Sei que aí também me amas
Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão
Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes) Refrão
Sugiro que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”, “Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale Donald Walsch ... Conversando com Deus (título original em inglês: Conversations with God) é uma série de três livros publicada por Neale Donald Walsch, que afirma ter sido inspirado diretamente por Deus em seus escritos. Cada livro é escrito como um diálogo no qual Walsch faz perguntas e "Deus" as responde. Walsch afirma ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações divinas. Em 2006, um filme foi lançado sobre a história do autor e seus livros... Ver link http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus), “A Unidade das Religiões: O Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil”.
Livros recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”, “Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado – Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini – Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”.
Namastê!
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo (praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE).
e-mail: bernardomelgaco@gmail.com
Facebook: Bernardo Melgaço da Silva/ Educação Para o Terceiro Milênio
bernardomelgaco.blogspot.com
Nota: Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de Tecnologia –CT - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim, pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!
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