TUDO QUE
NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS
(número 20...obs.: eu tive que cortar algumas
páginas finais (e coloquei outras inéditas que falam sobre A TRÍADE ÉTICA-ESTÉTICA-TÉCNICA: A
ÉTICA E A MORAL NOS CONTEXTOS DO CAPITAL E DO AMOR PARTE
II (pequena parte (no total são 470 páginas!!!!) da minha tese de doutorado defendida em 1998 na COPPE/UFRJ) porque
este site tem também limites de números de caracteres...ok..quem quiser os
capítulos anteriores retirados procure na minha página EDUCAÇÃO PARA O TERCEIRO
MILÊNIO as edições anteriores que eu postei lá ver link.... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio...Namastê......ok?)
“Senhor, eu sei que Tu me Sondas...”
“Senhor, eu sei que Tu me Sondas...”
“Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates
(ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Paulo II..
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html)
“All you
need is love” (Lennon/MaCartney)
"o
problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um
então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva
INTRODUÇÃO
Namastê para todos os irmãos e irmãs, recentemente eu postei no facebook um vídeo incrível cujo titulo é I AM (Sobre Tom Shadyac)...após assistir esse vídeo.. ver link (http://www.oprah.com/own-super-soul-sunday/I-AM-Watch-the-Trailer-Video) senti necessidade de compartilhar com vocês minhas experiências espirituais inexplicáveis sobre a essência do Amor Divino. Confesso que não tenho a pretensão de que todos venham me compreender, mas continuo na minha vontade de semear as minhas descobertas inexplicáveis para que possamos ter e viver um mundo melhor do que esse. Em 1988 fui abençoado por uma experiência mística-espiritual com o Amor Divino e a partir dessa experiência decidi escrever e divulgar de forma científica, filosófica e espiritual e não parei até hoje mesmo doente e angustiado como estou agora. A fé de Deus me dá forças para continuar escrevendo minhas reflexões e divulgando para todos o que existe por detrás dessa palavra tão falada, mas pouco vivenciada pela humanidade: Amor Divino. E como se deu esse fenômeno? Tudo começou quando em desespero roguei para Deus que me revelasse a Verdade Dele sobre a nossa vida humana caótica, violenta, acelerada e neurótica. Isso chorando de joelhos copiosamente olhando para um quadro de Jesus, o rosto dele pintado em branco num pano de veludo preto com a coroa de espinho e o sangue escorrendo na face, numa tarde quando morava num quitinete no bairro do Flamengo na zona sul do Rio de Janeiro. Eu era engenheiro e estava começando o meu mestrado na COPPE/UFRJ. Então, numa tarde quando palestrava na minha universidade para um grupo de professores e alunos senti uma voz interior dizendo: "Você está orgulhoso". Eu respondi logo: "de onde fala e quem tu és?". A voz interior me respondeu: "Eu Sou". E eu perguntei novamente: "Eu sou quem?". A Voz interior continuou dizendo: "Eu Sou". E aí sai da universidade chorando e perguntando para mim mesmo: "Quem sou eu?". E a voz continuou respondendo a mesma frase várias e várias vezes. Passei vários dias me questionando sobre a natureza da voz interior misteriosa. Até que um dia Ela me intuiu a ir para o banheiro do meu quitinete e olhar para o espelho. E diante do espelho a Voz Interior falou: "Você quer fazer a sua transformação acordado ou dormindo". Eu respondi: "quero fazer dormindo". E a Voz interior disse: "Não...você vai ficar acordado...e depois vai fazer um trabalho na universidade". Eu não conseguia fazer outra coisa senão "orar e vigiar a mim mesmo a cada segundo". De forma que, fui intuído a buscar ajuda espiritual com uma amiga minha bem próximo de onde eu morava. E ela me deu uma orientação dizendo: "Bernardo, preste atenção...existe em todos nós, dois níveis de existência-consciência: o eu superior e o eu inferior... descubra você mesmo quem é quem em você mesmo". Eu já tinha lido alguns livros da entidade espiritual conhecida como André Luiz psicografados por Chico Xavier. E nesses livros eu detectei e anotei duas frases que me chamaram minha atenção e são elas: "a intuição é a base da espiritualidade" e a outra "o pensamento é energia". Eu colei essas duas frases no papel na minha estante de compensado branco para não esquecê-las. Então, comecei uma jornada de investigação a partir desses três princípios básicos: "existe em nós dois níveis de existência-consciência : a inferior e a superior", "a intuição é base da espiritualidade", "o pensamento é energia". Assim sendo, comecei a prestar a atenção nos meus próprios pensamentos, sentimentos e desejos. Eu parti da hipótese de que a natureza (consciência) inferior era de frequência (vibração) baixa (negativa) e a outra natureza (consciência) superior (positiva) era de frequência (vibração) alta. E com muita força de vontade ferrenha vigiava os meus dois níveis de consciência separando que era inferior e superior dentro de mim mesmo. A minha amiga Ana que me orientou sobre os dois níveis de consciência, um dia me convidou para conhecer um lugar místico-espiritual conhecido como PONTE PARA LIBERDADE (Ver Link... http://www.ponteparaaliberdade.com.br/...até hoje ela existe!). E não é um templo espiritual ou centro espiritual, mas no quarto ou na sala de uma casa comum de uma pessoa que se diz CANAL dos mestres espirituais muito evoluídos que intuíam o CANAL para que todos conhecessem a Verdade da espiritualidade superior. A primeira vez que eu fui fiquei perplexo com o que eu presenciei e comecei a sentir quando a mulher (CANAL) falava sobre as hierarquias divinas e o que eles queriam que a gente fizesse para uma nova era de evolução espiritual. A mulher muita nova e bonita emitia uma energia que vibrava em mim tão forte que eu achei que ela estava num transe. E depois na segunda vez eu senti também uma energia muito estranha de calor no meu corpo. De modo que comprei um livro básico da PONTE PARA LIBERDADE: HAJA LUZ. E levei para casa esse e outros livros que comprei lá mesmo. Mas, tarde da noite desembrulhei o pacote e abri o livro HAJA LUZ e comecei a ler e o que aconteceu de extraordinário? Eu não conseguia parar de ler o livro e entrei pela madrugada assim. Em dado momento, senti que era tarde e precisava dormir, mas ao mesmo tempo sentia que estava cheio de energia estranha, mas gostosa e forte, que não me permitia relaxar para dormir. E foi aí que lembrei de perguntar a minha intuição de como fazer para conseguir dormir. A minha voz interior me disse: “vá para uma página no final do livro e leia uma oração”. E assim, fui e fiz (a oração era de um arcanjo..não me lembro mais o nome dele). E me deitei e “apaguei” (dormi) imediatamente. Antes de dormi eu pedi que quando eu acordasse de manhã eu estivesse com a mesma energia misteriosa durante a leitura do livro. E assim aconteceu, quando eu acordei estava com a mesma energia gostosa. Eu fui para o Aterro do Flamengo (perto do meu apartamento) e comecei a andar e a praticar os ensinamentos e a disciplina espiritual da PONTE PARA A LIBERDADE. A disciplina consistia em invocar uma chama violeta (ou chamar o mestre espiritual daquela chama – Saint Germain). Essa escola mística-espiritual ensina que cada ser humano vibra numa determinada cor (as setes cores do arco-íris). Eu descobri mais tarde que a minha cor era Azul do mestre El Morya – um mestre ascensionado da PONTE PARA A LIBERDADE. Os médiuns videntes já viram ele atrás de mim várias vezes! Voltando ao assunto comecei a praticar também a disciplina da chama violeta para transformar as vibrações negativas em positivas. E fiz com tanta perseverança que comecei a entrar num estado de consciência de paz interior e equilíbrio espiritual. Na minha disciplina espiritual utilizei os mantras (repetições sagradas) da PONTE PARA LIBERDADE por exemplo: “Eu sou Deus” ou “Eu sou a poderosa presença divina em ação” ou “A Vontade de Deus é o Bem, A Vontade de Deus é a Paz, A Vontade de Deus é a Felicidade, A Vontade de Deus é a Bondade”. Essas técnicas todas eu alternava, mas não deixava minha mente desocupada pensando e oscilando entre o passado e o futuro. Eu não poderia em hipótese nenhuma perder a fé e a vontade de continuar minha disciplina de purificação espiritual – durante semanas a fio sem parar! E o que aconteceu percebi em dado momento que eu tinha o domínio de dar ordem e ficar em equilibro quando quisesse. Num final de uma tarde a minha intuição me avisou que eu tinha alcançado o poder de pedir qualquer energia positiva para mim. Então, a cada ordem dada eu experimentava a energia pedida, por exemplo se eu pedisse Paz, a Paz interior se manifestava, se eu pedisse a Alegria eu ficava alegre e assim por diante. De forma que, mantive a disciplina e fui percebendo que eu era o único responsável pelo meu destino e minha felicidade interior. A partir dessa constatação meu nível de consciência já não era mais racional, havia alcançado o estado avançado da intuição. E fiquei totalmente absorvido por essa disciplina a tal ponto que fiquei mais de um mês ausente da UFRJ. Agora eu chego no momento mais fantástico da minha experiência mística-espiritual. Era de tarde do mês de agosto e eu estava fazendo minha disciplina espiritual num estado de consciência transcendental – inexplicável , ou seja, uma sensação de leveza interior, paz e serenidade...até que o telefone tocou e eu de imediato atendi. Do outro lado da linha telefônica (naquela época não existia o celular) estava minha amiga Gláucia que era também aluna de mestrado da minha turma. Gláucia me perguntou: “Bernardo, todos nós aqui estamos preocupados com sua ausência, meu amigo me conte o que está acontecendo com você?”. Eu disse: “Você tem tempo para me ouvir?” . E ela respondeu: “tenho, conte!”. Aí comecei a contar a minha história da disciplina espiritual com uma voz doce e serena, com calma absoluta. Em dado momento da história (bonita!) eu mesmo me emocionei e tive vontade de chorar. Tentei segurar as lágrimas, e de repente escuto a minha intuição falar bem alto na minha consciência: “Bernardo, solte a emoção!”. E aí comecei a chorar e soluçar, e falei para minha amiga que eu precisava parar de conversar para me controlar. Nesse instante, senti o fenômeno mais fantástico que um ser humano mortal comum possa vivenciar na face da terra! No centro do meu peito algo girava numa velocidade e frequência altíssima que me deixava num estado emocional inexplicável: era o Amor Divino! E quando fui colocar o telefone na base vertical senti uma energia gostosa muita fina tocar o meu braço direito. Nesse momento, sem entender o que estava acontecendo voltei-me para minha intuição e perguntei: “de onde vem essa energia?” . A intuição me respondeu: “olhe para o centro da sua mão esquerda”. E aí percebi que essa energia maravilhosa vinha do centro da minha mão esquerda. Em seguida a minha intuição me orientou para sentar sobre os meus calcanhares e levantar a mão direita aberta em direção ao céu. E aí descobri que essa energia vinha também do cosmo e entrava pela ponta dos meus dedos da mão direita e percorria um caminho em direção ao centro do meu peito aumentando mais ainda a velocidade e frequência da energia que saía dele. Fiquei extremamente encantado com esse fenômeno, e descobri que a energia estava em diversos pontos do meu apartamento. No dia seguinte, eu ainda estava nesse estado incomum transcendental e fui trabalhar como médium numa instituição espiritualista (IEVE) que ficava em Ipanema (bairro nobre e rico do Rio de Janeiro). Nesse dia, era uma quinta feira aconteceu algo de extraordinário: uma cura milagrosa, que foi anunciada na semana seguinte. O nosso coordenador e dono do centro espiritualista disse: “quero comunicar e parabenizar a todos vocês, porque houve um milagre aqui na quinta-feira passada, eu não sei de qual de vocês foi o responsável por essa cura milagrosa”. Esse texto, não está completo...procurei fazer uma síntese para não cansar os meus leitores...em outra oportunidade conto outros detalhes inexplicáveis que não foram colocados nesse texto.
A
MINHA SÚPLICA A DEUS EM 1988: A CIÊNCIA DE SI MESMO E O VERBO DIVINO
Em
1988 quando me ajoelhei (chorando copiosamente) diante de um quadro de Jesus
Cristo eu estava naquele instante cheio de incertezas, muito sofrimento, mas
também por mais paradoxal que pareça estava repleto de compaixão por mim e pela
humanidade. Eu fiz a seguinte súplica com fervor, com toda a minha alma
sofrida: “Pai, me mostre o Caminho, me mostre a Verdade. Eu não quero o
poder!”. No dia seguinte repeti a mesma súplica do mesmo jeito chorando
copiosamente e a alma sofrida com compaixão. E o que aconteceu de
extraordinário? A partir desse dia todas as noites (por mais de uma semana!) eu
via em sonho uma mulher vestida de noiva que se dirigia para mim dizendo: “Se
você quer encontrar a Verdade case comigo, eu estou te esperando há muito
tempo”. Naquela época eu tinha um psicólogo (o nome dele era Etiene – o
consultório dele era no centro do Rio de Janeiro numa rua paralela à Avenida
Presidente Vargas – local de prédios altos comerciais, bancos, Banco Central,
outros serviços etc.) que além de psicólogo era espiritualista também. De forma
que, procurei Etiene para decifrar os meus sonhos da noiva. Assim, contei para
Etiene os sonhos e perguntei: “Etiene, quem é essa noiva?”. Etiene abriu um
sorriso suave, o rosto dele ficou sereno e os olhos demonstrava uma emoção, e
ele disse: “Bernardo, essa noiva não é humana, não busque ela no nosso mundo
concreto e objetivo, ela está dentro de você...entendeu?”. Eu fui para o meu
apartamento no Bairro do Flamengo me questionado como encontrar a noiva dentro
de mim. Eu não sabia racionalmente o que significava esse fenômeno. Portanto,
fiquei confuso por vários dias. A minha cabeça ficou impressionada com aquelas
visões, eu não parava de pensar nela: a noiva misteriosa dos sonhos! Então,
decidi comprar alguns livros espirituais, da entidade muito conhecida como André
Luiz, psicografados por Chico Xavier. E nessa leitura desses livros descobri as
“pistas” que iriam me ajudar a encontrar a misteriosa noiva dentro de mim. As
duas frases-chaves de André Luiz são: “A intuição é a base da espiritualidade”
e “O pensamento é energia”. E com essas duas “pistas” eu comecei a fazer uma
abstração e imaginação fantástica. É importante frisar, aqui, que eu fiz o
curso de eletricista instalador quando tinha 17 anos no SENAI. E havia trabalhado
em diversas fábricas como eletricista no Rio de Janeiro. E além disso, eu também fiz o meu curso de graduação em
Engenharia Elétrica modalidade Eletrônica. Essa formação no campo da
eletricidade e eletrônica me ajudou muito na minha investigação interior – nada
acontece por acaso! Então, a minha leitura acadêmica no campo elétrico/eletrônico
me permitia abstrair sobre o fenômeno da energia. E a minha própria experiência
direta com a eletricidade como eletricista me dava uma condição de aceitar sem
nenhuma resistência intelectual (racional) o fenômeno do pensamento enquanto
energia - e não apenas como conceito ou ideia simplesmente. O que fiz de
extraordinário? Eu comecei a imaginar que os meus pensamentos seguiam as mesmas
leis da física no campo da eletricidade e do eletromagnetismo. Em outras
palavras, se a energia elétrica e eletrônica faziam funcionar relés,
contactores, bobinas, transformadores, motores, rádios, televisões, radares,
transmissores, receptores, telefones, computadores, microprocessadores,
capacitores, transistores, retificadores, osciladores, enfim um mundo de
tecnologias maravilhosas...então o pensamento poderia ter esse poder
extraordinário das tecnologias que eu conhecia - eu não tinha nenhuma
dúvida!!!!! Caramba!!!! E se isso for verdade, imaginei, eu posso modular,
transformar, captar, perceber, emitir, receber, manipular, mover, acumular,
processar, magnetizar, influenciar tudo a minha volta e dentro de mim. E como
descobrir se isso é verdade? E se a razão é uma forma ou padrão de energia? E a
intuição poderia ser também um outro padrão de energia num nível de frequência
mais alta...imaginei...espetacular!!!! Eu disse a mim mesmo: “Eu tenho que
testar essa hipótese do pensamento-energia e descartar ideia comum de que o
pensamento é uma ideia ou conceito”. Mas, como testar a energia-pensamento se a
razão é energia e a intuição é um outro nível de frequência? Eu fiquei
maravilhado com essa hipótese, bastava apenas testar (experimentar, é
importante frisar que a ciência moderna somente avançou de fato quando percebeu
que deveria formular as hipóteses, testar e confirmar gerando assim o que os
cientistas reconhecem como uma teoria válida (até que seja refutada
(transcendida) por uma nova teoria e experiência inédita!). Mas, a minha questão
era descobrir o fenômeno da energia-pensamento, da energia-sentimento e da
energia-desejo. Tive uma “ideia” brilhante: eu vou me disciplinar e modular a
frequência (tipo no rádio AM (amplitude modulada) e FM (frequência
modulada))!!!! E logo parei de usar e acreditar que meus pensamentos eram
apenas conceitos, ideias e raciocínios intelectuais. Então, me tornei cientista
de mim mesmo, ou seja, eu era o sujeito observador (cientista) e os meus
pensamentos, sentimentos e desejos eram meus objetos de estudo e experiência.
Mas, como interromper o raciocínio lógico e intelectual que não parava de falar
na minha consciência? Esse problema não poderia ser respondido pela razão,
porque a razão enquanto fenômeno humano era o meu objeto de estudo. Qual era resposta para essa questão:
o que é a energia-razão? Eu somente descobri o instrumento adequado para testar os fenômenos da
energia-pensamento-sentimento-desejo, quando por “acaso” (significa, aqui,
aquilo que é estranho, inesperado ou surpresa) comecei a utilizar as técnicas
espirituais da instituição mística-esotérica da PONTE PARA A LIBERDADE. Eu
aprendi no livro HAJA LUZ a disciplina ou exercício dos mantras (uma disciplina
muito comum dos iogues na Índia!), por exemplo: “Eu sou Deus”, “Eu sou a
poderosa Presença divina em Ação”, “A Vontade de Deus é o Bem; A Vontade De
Deus é a Paz; A Vontade de Deus é a Felicidade; A Vontade de Deus é a Pureza; A
Vontade de Deus é o Equilíbrio; A Vontade de Deus é a Bondade”. Eu percebi de
imediato, que esse exercício ou disciplina interrompia (desde que eu fizesse
ininterruptamente!) o processo contínuo da razão lógica e intelectual. Essa foi
a minha primeira descoberta. A segunda descoberta era como modular e
transformar meus impulsos, desejos e sentimentos de baixa frequência para um
nível superior de alta frequência. E essa segunda questão foi descoberta também
por “acaso” (eu não tive a intenção de fazer com esse fim) quando acreditei
piamente que o uso ou visualização da chama violeta (do mestre ascensionado
Saint Germain) era capaz de transformar minhas energias negativas em positivas
(desde que eu fizesse o exercício ou disciplina ininterruptamente!). Então, eu
alternava as disciplinas o dia inteiro – a cada segundo! A terceira questão era
como observar os meus impulsos automáticos: pensar, sentir e desejar? A
resposta para essa questão também foi por “acaso” (eu não tinha lido nada a
respeito). A única disciplina que eu descobri por “acaso” antes de 1988 era de
fechar os olhos e fixar a atenção na escuridão da minha consciência (fiz isso
quando tinha 18 anos de idade, e naquela época eu percebi que conseguia me
relaxar se ficasse meia hora fazendo esse exercício, também descobri por
“acaso”). É bom frisar que várias e várias descobertas científicas importantes
foram feitas por “acaso” quando o cientista estava distraído, sonhando ou um
viu um fenômeno incomum, sem ter levantado nenhuma hipótese. Em síntese, eu
comecei a fazer um exercício de contemplação inconscientemente, depois - bem
depois - é que eu descobri isso. O ato
de contemplar ou se auto-observar ininterruptamente nos capacita na habilidade
de nos distanciarmos do nosso eu-ego. E nesse processo somos elevados para o
nível superior do Self (termo utilizado pela psicologia ou psicanálise) ou
intuição. A razão humana está cativa dos cinco sentidos comuns. E por isso que
todos os grandes cientistas (como Einstein que descobriu que a mente racional
avança e atravessa a fronteira e chega a intuição...e todas grandes descobertas
foram feitas pela intuição). E Albert Einstein escreveu uma carta para um
filósofo dizendo que ouvia o “Velho” (eu coloquei essa citação na minha
dissertação de mestrado ou na minha tese de doutorado...com certeza) ou a
“Inteligência da Natureza” (ele procurava evitar de usar a expressão “Deus”
para não ser confundido como um religioso). Ele (Einstein) afirmou: “Penso 99
vezes e nada descubro. Mergulho em profundo silêncio. E eis que a Verdade me é
revelada”. Ele utilizou a expressão REVELADA, por que? Porque a revelação é um
fenômeno espiritual que ocorre em qualquer natureza uma vez que se disciplina
para ouvi-la. A disciplina é a base de todas as descobertas tanto no campo
científico quanto espiritual. A disciplina somente se desenvolve através da fé
no exercício ou experiência que o ser humano deseja descobrir, desenvolver ou
revelar. E fé, aqui, não é uma simples crença religiosa ou mesmo científica. É
um fenômeno transcendental no interior da multidimensionalidade (os cientistas
(da física moderna) já descobriram que a nossa existência é constituída de
vários mundos paralelos...pelo menos 12 mundos!!!!!...tem um vídeo na internet
da BBC que mostra essa descoberta) humana. A Verdade a qual o próprio Einstein
se referiu nada mais é do que a intuição divina. E Einstein tinha consciência
disso porque disse: “Estudem a fé”. A fé genuína divina é o caminho para a
Verdade divina no interior do ser humano. Em outras palavras, o problema da
existência humana é o mesmo problema da existência divina, de modo que quando
conseguimos a resposta para um desses dois problemas conseguimos responder o
outro. O Criador e a criatura estão
muito próximos, mais próximos do que o elétron que gira em torno do núcleo
atômico. Nesse contexto, a Verdade divina é indizível. E toda vez que o ser
humano tenta dizer a Verdade ele transforma a energia intuitiva em energia
racional. Por isso, mesmo que cada um tem a sua “verdade” racional. E todos tem
a mesma Verdade divina. Fantástico essa constatação em 1988!!!!! Uma pessoa num
estado intuitivo será sempre incompreendido para todos aqueles que estão no
estado racional da energia-consciência! Isso implica dizer que toda vez que
queremos ter razão numa discussão com o outro criamos inconscientemente um
conflito e geramos uma crise que pode afetar a vida espiritual dos dois. A vida
espiritual é tão sério que se soubéssemos das consequências nunca julgaríamos o
cisco do outro ou suas deficiências ou suas ignorâncias. Por isso, Buda
afirmou: “Não existe conflito entre o mal e o bem, mas entre a ignorância e a
sabedoria”. Nesse sentido, a evolução espiritual (e não apenas
material-tecnológica) é vital para qualquer sociedade humana. O que deseja,
então, o Criador? Eu descobri que Ele deseja que sejamos felizes, que tenhamos
paz, compaixão, Amor, fraternidade, solidariedade, empatia, sinceridade,
fraternidade, cooperação (e não competição) etc. Em resumo, que sejamos a Sua
Imagem e Semelhança, aqui, na Terra. Por isso, a frase espírita maravilhosa:
“sem caridade não há salvação!” (e eu não me considero espírita, mas
espiritualista – são diferentes). Temos que respeitar qualquer ser humano e ser
solidário, amoroso e caridoso. A disciplina espiritual e sua intensidade é que
vai gerar ou produzir um grau de espiritualidade em cada um. A oração ela ajuda
em muito, mas sozinha não produz um efeito de transcendência imediata. O salto
intuitivo depende do “orai e vigiai a si mesmo” e o fundamento “conhece-te a ti
mesmo” (leiam a encíclica do Papa João Paulo II: “Fé e Razão” - “Fides et Ratio”). E se conhecermos a nós
mesmos, profundamente, veremos com certeza absoluta: Deus falando (num profundo
silêncio interior). Confesso que quase “surtei” durante esse processo de
Autoconhecimento. Algumas pessoas acharam que eu estava louco , inclusive, dois
professores da COPPE/UFRJ. Houve uma reunião entre 3 professores (Ronaldo,
Miguel e Roberto) para discutirem o que fazer comigo. Ronaldo (meu orientador
na época) disse (segundo relato de Miguel): “Ele está louco!”. Miguel disse:
“ele está a caminho da loucura”. E Roberto (ele fazia um curso de teologia na
PUC-RJ) disse: “Deixa eu conversar primeiro com ele para saber o que está de
fato acontecendo”. Após uma conversa reservada Roberto disse para mim: “Você
não está louco. Tudo que você contou tem semelhança com as histórias dos
santos, muito provavelmente você alcançou o nível de consciência deles. Eu não
tive a sua experiência mais li muito as histórias dos santos. Você quer que eu
seja o seu novo orientador?”. Eu respondi: “sim. Gostaria muito!”. E assim foi
feito!
EXISTE
ALGUMA TÉCNICA OU DISCIPLINA ESPIRITUAL PARA DESCOBRIRMOS O NOSSO VERDADEIRO EU
SAGRADO?
Existem várias disciplinas ou técnicas espirituais que uma vez feita com perseverança diária faz com que percebamos a natureza divina do nosso Eu verdadeiro. Durante a história humana várias pessoas (mestres da humanidade) descobriram um caminho próprio para essa empreitada espiritual. O que vou descrever aqui é o caminho que fiz e faço até hoje. Em princípio temos que partir do pressuposto de que a realidade que vemos no lado de fora do mundo objetivo não é exatamente como acreditamos que seja. Em outras palavras, o que vemos uma é uma gota de água num oceano do mundo desconhecido. Isso significa dizer que a realidade nos é oculta porque nossos cinco sentidos e a razão analítica objetiva nos mostra uma parcela da realidade total. Então, para expandirmos a consciência e constatarmos o que existe além dessas aparências dos fatos e fenômenos concretos e subjetivos, devemos iniciar uma BUSCA (ou INVESTIGAÇÃO DE SI) em nós mesmos. O que significa "busca em nós mesmos"? É o caminho do autoconhecimento, autoconsciência ou consciência de si, autosuperação, autotransformação. “O caminho é estreito e a porta pequena” - diz um ditado religioso. Raros são aqueles que descobrem o seu Eu verdadeiro. A maioria ainda não acordou ou não atingiu a consciência da consciência. É uma tarefa árdua implacável que o ser precisa executar no exercício de perceber o mundo e a si mesmo. De um modo geral estamos tão alienados e distraídos que não nos damos conta de uma realidade paralela a nossa no interior de nós mesmos. Vários filósofos, santos, místicos, cientistas e filósofos deixaram "pistas” dos caminhos que eles mesmos fizeram. Por que esse caminho é assim tão difícil? Porque não sabemos formular o problema existencial correto para as nossas vidas. O cientista Einstein, chegou a dizer que a formulação de um problema científico era algo tão importante que uma fez feita corretamente a investigação já estaria meio caminho andado. Estamos acostumados a receber milhões de mensagens vindas do lado de fora sem um filtro que nos possibilite discernir o que é falso e verdadeiro. Por isso mesmo, nossas mentes estão entulhadas de falsas verdades. E o que a mente consegue registrar é uma parcela ínfima do Todo que está ao nosso redor nos impregnando. E se vocês perceberem os pensamentos que se encadeiam um após o outro constatarão que a mente racional analítica voltada para o mundo objetivo está em constante “tagarelice", ou seja, um tumulto mental entre dois polos: ontem (passado) e o amanhã (futuro). Raras vezes nos encontramos no estado de consciência do aqui e agora (presente). Fomos educados sutilmente a usar a mente projetada para o futuro e ao mesmo tempo continuamente lembrando-se do passado. Não fomos educados para controlar a mente e fazer com que ela permaneça no presente vivido intensamente (no aqui e agora). A disciplina para reeducação da mente se chama meditação e/ou descondicionamento. A mente é muito poderosa - o que pensamos e sentimos concretizamos de “bem” (construtivo) ou “mal” (destrutivo) no "futuro", é o resultado de nossas próprias escolhas. Não existem culpados! Somos todos envolvidos desde que nascemos, e por isso continuamos o exercício de percepção que nossos antepassados nos ensinaram. Mas, uma vez que o ser entra numa crise existencial ou de identidade ele volta para si mesmo porque percebe que se faz necessário uma resposta para os seus problemas existenciais. Nossas escolas e universidades, com raríssimas exceções, nunca nos ensinam as técnicas de autoconhecimento para que transcendamos o nível existencial da razão e vivamos de fato guiados pela intuição divina. Esses poucos se destacam pela força de vontade ferrenha, sensibilidade sutilizada e inteligência refinada-intuitiva (p. ex.: Buda, Jesus , Gandhi, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Sócrates, Einstein etc.) porque se diferenciaram da maioria presa nas "suas" próprias convicções a respeito do mundo, da vida e da existência humana. Então, como fazer para sair desse processo condicionado da mente, do sentimento e do desejo? Os mestres orientais, os santos e vários cientistas e filósofos tentaram nos ensinar. O que eu aprendi é que o indivíduo precisa de certas qualidades ou fatores imprescindíveis para trilhar o nobre caminho do autoconhecimento. E são eles:
Existem várias disciplinas ou técnicas espirituais que uma vez feita com perseverança diária faz com que percebamos a natureza divina do nosso Eu verdadeiro. Durante a história humana várias pessoas (mestres da humanidade) descobriram um caminho próprio para essa empreitada espiritual. O que vou descrever aqui é o caminho que fiz e faço até hoje. Em princípio temos que partir do pressuposto de que a realidade que vemos no lado de fora do mundo objetivo não é exatamente como acreditamos que seja. Em outras palavras, o que vemos uma é uma gota de água num oceano do mundo desconhecido. Isso significa dizer que a realidade nos é oculta porque nossos cinco sentidos e a razão analítica objetiva nos mostra uma parcela da realidade total. Então, para expandirmos a consciência e constatarmos o que existe além dessas aparências dos fatos e fenômenos concretos e subjetivos, devemos iniciar uma BUSCA (ou INVESTIGAÇÃO DE SI) em nós mesmos. O que significa "busca em nós mesmos"? É o caminho do autoconhecimento, autoconsciência ou consciência de si, autosuperação, autotransformação. “O caminho é estreito e a porta pequena” - diz um ditado religioso. Raros são aqueles que descobrem o seu Eu verdadeiro. A maioria ainda não acordou ou não atingiu a consciência da consciência. É uma tarefa árdua implacável que o ser precisa executar no exercício de perceber o mundo e a si mesmo. De um modo geral estamos tão alienados e distraídos que não nos damos conta de uma realidade paralela a nossa no interior de nós mesmos. Vários filósofos, santos, místicos, cientistas e filósofos deixaram "pistas” dos caminhos que eles mesmos fizeram. Por que esse caminho é assim tão difícil? Porque não sabemos formular o problema existencial correto para as nossas vidas. O cientista Einstein, chegou a dizer que a formulação de um problema científico era algo tão importante que uma fez feita corretamente a investigação já estaria meio caminho andado. Estamos acostumados a receber milhões de mensagens vindas do lado de fora sem um filtro que nos possibilite discernir o que é falso e verdadeiro. Por isso mesmo, nossas mentes estão entulhadas de falsas verdades. E o que a mente consegue registrar é uma parcela ínfima do Todo que está ao nosso redor nos impregnando. E se vocês perceberem os pensamentos que se encadeiam um após o outro constatarão que a mente racional analítica voltada para o mundo objetivo está em constante “tagarelice", ou seja, um tumulto mental entre dois polos: ontem (passado) e o amanhã (futuro). Raras vezes nos encontramos no estado de consciência do aqui e agora (presente). Fomos educados sutilmente a usar a mente projetada para o futuro e ao mesmo tempo continuamente lembrando-se do passado. Não fomos educados para controlar a mente e fazer com que ela permaneça no presente vivido intensamente (no aqui e agora). A disciplina para reeducação da mente se chama meditação e/ou descondicionamento. A mente é muito poderosa - o que pensamos e sentimos concretizamos de “bem” (construtivo) ou “mal” (destrutivo) no "futuro", é o resultado de nossas próprias escolhas. Não existem culpados! Somos todos envolvidos desde que nascemos, e por isso continuamos o exercício de percepção que nossos antepassados nos ensinaram. Mas, uma vez que o ser entra numa crise existencial ou de identidade ele volta para si mesmo porque percebe que se faz necessário uma resposta para os seus problemas existenciais. Nossas escolas e universidades, com raríssimas exceções, nunca nos ensinam as técnicas de autoconhecimento para que transcendamos o nível existencial da razão e vivamos de fato guiados pela intuição divina. Esses poucos se destacam pela força de vontade ferrenha, sensibilidade sutilizada e inteligência refinada-intuitiva (p. ex.: Buda, Jesus , Gandhi, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Sócrates, Einstein etc.) porque se diferenciaram da maioria presa nas "suas" próprias convicções a respeito do mundo, da vida e da existência humana. Então, como fazer para sair desse processo condicionado da mente, do sentimento e do desejo? Os mestres orientais, os santos e vários cientistas e filósofos tentaram nos ensinar. O que eu aprendi é que o indivíduo precisa de certas qualidades ou fatores imprescindíveis para trilhar o nobre caminho do autoconhecimento. E são eles:
a) força de vontade focada na
autosuperação;
b) sensibilidade sutilizada para o processo de discernimento entre os traços psicológicos fardos (negativos) e fortes (positivos);
c) fé ou convicção profunda na voz interior silenciosa (não confundir com uma simples crença);
d) perseverança no processo ou disciplina espiritual (se possível a cada segundo!);
e) inteligência desenvolvida (intuitiva) para elaborar novos questionamentos e buscar as respostas para as hipóteses levantadas;
f) nunca duvidar de que somos seres de várias dimensões e níveis de consciências abstratas;
g) prestar atenção total em si mesmo sem julgar ou se culpar dos pensamentos e sentimentos mal elaborados;
h) confiar no caminho solitário que está fazendo consigo mesmo;
i) se aproximar de pessoas experientes (de preferência mestres espirituais muito experientes – muito cuidado na escolha!) que estão também nessa busca incomum (a massa está se distraindo com outros acontecimentos: futebol, televisão, política partidária (ser político e ser político partidário são fenômenos sociais diferentes...p.ex.: os monges tibetanos são políticos mas não são partidários...porque eles fazem movimentos sociais contra o regime comunista autocrático chinês que interfere na vida espiritual e material deles – quem escolhe atualmente o líder espiritual tibetano é o governo Chinês, ou seja, retiraram o poder dos monges de escolher quem deve ser o líder espiritual e de Estado deles);
j) ser tolerante e perdoar a si mesmo e os seus semelhantes;
b) sensibilidade sutilizada para o processo de discernimento entre os traços psicológicos fardos (negativos) e fortes (positivos);
c) fé ou convicção profunda na voz interior silenciosa (não confundir com uma simples crença);
d) perseverança no processo ou disciplina espiritual (se possível a cada segundo!);
e) inteligência desenvolvida (intuitiva) para elaborar novos questionamentos e buscar as respostas para as hipóteses levantadas;
f) nunca duvidar de que somos seres de várias dimensões e níveis de consciências abstratas;
g) prestar atenção total em si mesmo sem julgar ou se culpar dos pensamentos e sentimentos mal elaborados;
h) confiar no caminho solitário que está fazendo consigo mesmo;
i) se aproximar de pessoas experientes (de preferência mestres espirituais muito experientes – muito cuidado na escolha!) que estão também nessa busca incomum (a massa está se distraindo com outros acontecimentos: futebol, televisão, política partidária (ser político e ser político partidário são fenômenos sociais diferentes...p.ex.: os monges tibetanos são políticos mas não são partidários...porque eles fazem movimentos sociais contra o regime comunista autocrático chinês que interfere na vida espiritual e material deles – quem escolhe atualmente o líder espiritual tibetano é o governo Chinês, ou seja, retiraram o poder dos monges de escolher quem deve ser o líder espiritual e de Estado deles);
j) ser tolerante e perdoar a si mesmo e os seus semelhantes;
k) ler bons livros espirituais (p.
ex.: Jesus Cristo, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, Alan Kardec, Yogananda,
Krisnamurti, Buda, PONTE PARA A
LIBERDADE, etc.) de grandes mestres espirituais (de preferência o original);
l) tomar muito cuidado em não se
perder na disciplina espiritual – porque sem um acompanhamento espiritual o
indivíduo pode “surtar” (a escolha de seguir esse caminho é de responsabilidade
de cada um – todo cuidado é pouco, pois todo caminho espiritual tem seu
risco!).
Uma vez que se determina entrar nesse caminho mantenha-se firme, mesmo na doença, corajoso e determinado porque é algo que se alcançado de fato vai nos beneficiar para sempre e melhorar o caráter do mundo. Lembrando-se sempre em estar atento para com os seus semelhantes ajudando-os na medida do possível para amenizar o sofrimento e aumentar a paz deles. A felicidade não é dada a ninguém, ela é conquistada com trabalho árduo e continuo. E se fizeres esse caminho encontrarás definitivamente a tua espera: ELE - DEUS!
A
TRÍADE ÉTICA-ESTÉTICA-TÉCNICA
“Aliás, o
que caracteriza o homem, o que o diferencia dos demais seres vivos, é a sua
capacidade de aspirar, de ir além da sua realidade presente, para alcançar
outra realidade projetada, elaborada com a inteligência e o coração. O homem,
neste sentido, é um projetista. Projetista de sua própria vida. Aliás, o homem
começa a definhar e mesmo morrer quando não mais projeta e só se atem a
satisfazer necessidades...”
(ANÔNIMO,
Caderno de Estudos JM)
A ÉTICA E A MORAL NOS
CONTEXTOS DO CAPITAL E DO AMOR PARTE II
A questão é
saber qual é o verdadeiro sentido da mudança. Se a mudança eleva ou diminui a
consciência do ser e da natureza que lhe cerca. Vivemos nas sociedades modernas
uma espécie de síndrome da mudança. E os chavões dessa síndrome são: “mude
antes que se desvalorize”, “mude para melhor”, “mude para impressionar”, “mude
para ganhar”, “mude para consumir o meu produto”, “mude para garantir a sua
salvação”. O indivíduo vive sob o efeito das sugestões das mudanças urgentes, ou
seja, ele vive numa sociedade consumidora de mudanças efêmeras. "Se a vida moderna está de fato tão permeada
pelo sentido do fugidio, do efêmero, do fragmentário e do contigente, há
algumas profundas conseqüências. Para começar, a modernidade não pode respeitar
sequer o seu próprio passado, para não falar do de qualquer ordem social
pré-moderna. A transitoriedade das coisas dificulta a preservação de todo
sentido de continuidade histórica. Se há algum sentido na história, há que
descobri-lo e defini-lo a partir de dentro do turbilhão da mudança, um
turbilhão que afeta tanto os termos da discussão como o que está sendo
discutido. A modernidade, por conseguinte, não apenas envolve uma implacável
ruptura com todas e quaisquer condições históricas precedentes, como é
caracterizada por um interminável processo de rupturas e fragmentações internas
inerentes” (HARVEY, 1989, p.22).
Cabe aqui uma pergunta: será o
sentido da vida moderna orientado por esses dois modos complementares de
construir destruindo ou destruir criando “eternamente” sem que o ser de fato se
dê conta da necessidade de transcender essa (sua) própria lógica ilógica
absurda? Pois, “a essência eterna e
imutável da humanidade encontrava sua representação adequada na figura mítica
de Dioniso: “Ser a um só e mesmo tempo “destrutivamente criativo”(isto é,
formar o mundo temporal da individualização e do vir-a-ser, um processo
destruidor da unidade) e “criativamente destrutivo” (isto é, devorar o universo
ilusório da individualização, um processo que envolve a reação da unidade)”
(loc. cit.). O único caminho para a afirmação do eu era agir, manifestar a
vontade, no turbilhão da criação destrutiva
e da destruição criativa, mesmo que o desfecho esteja fadado à tragédia”
(HARVEY, idem, p.26)
Fomos educados, desde o berço,
que somente seríamos úteis a sociedade se trabalhássemos em prol das mudanças
sociais. Assim, implicitamente ficou estabelecido que “quem não pertencer ao
“SINDICATO DA MUDANÇA UTILITÁRIA””, seria alijado do grupo. E assim estaria desempregado e, portanto,
marginalizado e inferiorizado em sua identidade social. E assim naturalmente
surgiu a “SÍNDROME DA MUDANÇA MODERNA”, ou seja, a ordem é mudar, reconstruir e
inovar, principalmente quando as eleições políticas estiverem próximas de se realizarem.
A famosa lei de Lavoisier vem sendo aplicada principalmente nas relações
econômicas e políticas: “Nada se cria. Nada se perde. Tudo se transforma [em
questões políticas e econômicas]”. Mas, sem uma visão ética sagrada, a
transformação nunca alcança a dimensão do ser e do Amor em ser. Ela sempre fica
na dimensão do ter, da propriedade e da racionalidade do ganho utilitário e
iníquo: “Tudo passa menos o ser. Tudo vai mas o ser fica. Tudo se transforma,
mas somente o ser permanece. Tudo progride, mas o ser não evolui”. Em períodos
“de intenso progresso técnico, como o
nosso, as máquinas envelhecem rapidamente: em 1957, o avião, o automóvel de
1956 estão fora de moda, ultrapassados. É preciso por-se em dia para um
rendimento dos mais altos, com grandes despesas. Assim nasce e se desenvolve um
desejo excessivo de mudança, uma instabilidade psicológica...É preciso falar
das influências nocivas da técnica sobre a psicologia dos operários e das
massas populares...No período de artesanato, o operário tinha domicílio perto
de sua oficina; depois que a técnica venceu o espaço, milhões de operários
fazem todos os dias fatigantes deslocamentos! Assim, também, se a técnica
transformou aldeias pobres e sujas, mas, de economia estável em cidades
miseráveis, repugnantes, de economia instável e de psicologia neurótica, onde
está o progresso?” (LALOUP e NÉLIS, 1965, pp.102-104). Aonde está o tão desejado e
falado “amor de uns para com os outros”?
A inserção do ser no mundo de
mudanças social e existencial assume um contexto paradoxal nas relações
dinâmicas capital/indivíduo (efêmera) e pessoa/amor sagrado (eterna). O capital
como subproduto da criação e o amor sagrado como “subproduto” da pessoa. Tanto
o capital quanto o amor são valores. O primeiro é de natureza psicológica. E o
segundo é de natureza ontológica. A transformação do valor psicológico em
ontológico é que determina o sentido de evolução
espiritual no interior da natureza humana. Nesse sentido, podemos
visualizar um fluxo de transformação de
energia, de consciência e de vida:
capital---->indivíduo/pessoa---->amor
matriz sagrado
Esse fluxo diz respeito do
serviço do capital em relação ao indivíduo. E o serviço da pessoa em relação ao
amor sagrado. O capital como processo de valoração ao servir o indivíduo
empresta-lhe poder para equacionar os problemas de produção de produtos
necessários à sobrevivência. A pessoa ao servir ao amor sagrado empresta-lhe
obediência no processo de valoração dos princípios da vida existencial. O ser
como um todo procura se manter em equilíbrio atendendo as necessidades tanto do
plano da sobrevivência profana quanto
do plano da existência sagrada. E em todos os dois planos a repetição da relação (“o valor
(relação) aplicado sobre o próprio valor (relação) gera autovalor (autorelação)”
é a base do crescimento e evolução. A relação face a face “também tem uma dimensão teológica, como insiste Levinas, pois quanto
mais fundo entrarmos no relacionamento face a face, mais somos impelidos e
urgidos por um amor que não conhece limites, ou, em outras palavras, por uma
experiência de Deus. Encontramos Deus na, e através da, face do outro no
sentido de que encontramos aqui uma autoridade além da qual não há apelo e que
é infinito em suas implicações” (GORRINGE,
1997, p.24-25).
Nesse contexto, podemos destacar
uma descontinuidade ontológica formada entre os planos capital-indivíduo e
pessoa-amor sagrado. O sentido oposto complementar
“capital<----indiv a="" amor="" ao="" assim="" capital="" cio-econ="" consci="" convers="" d="" da="" de="" destacar="" diz="" do="" duo.="" duo="" e="" em="" energia="" essa="" forma="" gica="" i="" indiv="" individual="" matriz="" mico.="" mundo="" na="" ncia="" no="" o="" ontol="" pessoa="" pessoal="" podemos="" processo="" quanto="" realizado="" rela="" respeito="" retribui="" s="" sagrado.="" sagrado="" se="" sendo="" servi="" style="mso-bidi-font-style: normal;" tanto="" trabalho="" transforma="" uma="" verdadeira="" vida="" vital=""> revolução
material----indiv>
As reflexões éticas “dizem respeito às questões do “bem” e do “mal”.
Recorrem, portanto, frequentemente a conceitos tais como “bem último”, “bem
superior”, “critério último”, etc.; convém averiguar o que estes conceitos
recobrem. Fala-se de bem “último” em oposição a bem “instrumental”; não são
desejados por si mesmos, mas unicamente como instrumentos que permitem adquirir
uma outra coisa - uma casa ou uma roupa, por exemplo. Essas “outras coisas”,
por sua vez, podem também ser bens instrumentais; as roupas, por exemplo, são
desejadas porque protegem do frio, nos tornam bonitos, etc. Assim, parece que
se quer A como instrumento para se obter B, que se quer B para se obter C, e
assim por diante. Podemos questionar se essa cadeia pára em algum momento, se
em sua extremidade se chega a algum bem que é desejado por si mesmo e não com
vistas a outra coisa. O conceito de bem “supremo” opõe-se ao de bem
“subordinado”. O bem “supremo” é, numa doutrina ética, aquele ao qual sempre se
dá a preferência quando uma escolha deve ser feita. No liberalismo
utilitarista, por exemplo, o bem “supremo” consiste na felicidade da coletividade;
o bem “subordinado” é a liberdade. Se uma liberdade particular contribui para a
felicidade coletiva, é considerada desejável; se diminui a massa global de
felicidade, é não desejável. Deste modo, considera-se desejável que os
indivíduos disponham de liberdade de escolher seu local de moradia ou sua
profissão, pois estas liberdades aumentam a felicidade coletiva. No entanto,
não é considerado desejável que os pais disponham da liberdade de decidir se
vão propiciar ou não instrução para seus filhos. Tal liberdade diminuiria a
felicidade coletiva. A liberdade é assim rejeitada quando entra em conflito com
a felicidade; portanto é “subordinada” à felicidade, que é o bem “supremo””(VERGARA, 1995, pp.25-27).
O homem industrial sempre viveu o
conflito entre esses dois sentidos-caminhos básicos: a sensibilidade do bem último do amor (caminho de saber
tradicional) e a racionalidade do último
bem do mercado-dinheiro (caminho de saber moderno). Pretendo nesse capítulo
fazer uma profunda reflexão apontando as suas diferenças e seus impactos na
psique humana. Por que será que é difícil seguir, ao mesmo tempo, o caminho do
bem último essencial (amor matriz sagrado) e o caminho do último bem utilitário
(dinheiro)? Eu diria que não é apenas difícil mas impossível. A questão passa
pela compreensão do processo de produção de valor. Pois, tanto o amor sagrado
quanto o dinheiro são, como já foi dito anteriormente, valores, ou seja, são
bens. O primeiro é de natureza ontológica e o segundo de natureza psicológica.
Isso equivale dizer que não podemos estar e viver em dois lugares ao mesmo
tempo. Ou estamos nos beneficiando, ou seja, produzindo psicologicamente
(individualmente) o valor-dinheiro ou estamos nos beneficiando, ou seja,
produzindo ontologicamente (pessoalmente) o valor-amor sagrado. São dois
domínios que estão em planos de realidades diferentes. O que normalmente
chamamos, no mundo moderno, de amor é
uma racionalização do efeito emocional de sentimentos que designamos como tal
(p.ex.: sensualidade, sexualidade, afetividade, carinho, etc.).
Assim como o acúmulo de dinheiro
eleva o ser a uma transcendência material, o acúmulo de amor sagrado eleva o
ser a uma transcendência espiritual. Tanto um domínio como outro gera poder. O primeiro gera o poder de
domínio utilitário sobre os recursos humanos e naturais. O segundo gera poder
transcendental de visão e cura. Quem tem muito dinheiro pode utilizar-se do seu
poder para controlar a natureza material circundante. E quem tem muito amor
sagrado pode utilizar esse poder para realizar milagres e curas fantásticas. O
caminho de sabedoria de acúmulo de
dinheiro tem no desenvolvimento da razão o seu centro e o seu ponto de
referência. O caminho de sabedoria de acúmulo de amor matriz tem no
desenvolvimento da sensibilidade humana (eu disse HUMANA!) o seu centro e ponto
de referência. A graça divina é sem
dúvida um caminho de bem-sabedoria do Amor Matriz. E não é um simples prazer,
mas um fantástico êxtase de bem-aventurança. E o lugar onde se acumula amor
matriz é o centro do peito (ver Anexo). A sabedoria védica hindu já vem
mapeando há milhares de anos esse caminho de (cons)ciência sagrada do amor
matriz ou divino. O mundo atual está submerso em bens-valores materiais
centrados na produção e acúmulo de dinheiro. Esse mesmo mundo, paradoxalmente,
está seco de bens-valores espirituais centrados na produção e acúmulo de Amor
Matriz. Por isso, a violência aumentará, caso se continue produzindo
unilateralmente valores utilitários, junto com as desgraças. Sem produção e
acúmulo de amor matriz, não existe (e nunca existirá!) paz interior e nem graça
divina.
O capital sem fronteiras vem se
firmando como a nova ordem globalizante, mas o Amor Matriz sem limites
(transcendental) sempre foi - e sempre será! - a ordem cósmica universalizante.
Essa é a diferença básica entre o poder do dinheiro e o poder do Amor Matriz. E
agora? Globalizar ou Universalizar?
3.2 A “ÉTICA” DO HOMO ECONOMICUS: MELHORAR
PARA SER (ILUSORIAMENTE) “MELHOR” DO QUE O OUTRO
A existência humana pode ser
entendida também como a relação do ser com o mundo-natureza. O mundo-natureza
envolvendo e afetando o ser. E o ser inserido, modifica o seu espaço
circundante construindo um novo mundo, uma nova natureza. Essa relação
simbiótica e complementar dá o sentido da vida humana. O trabalho é o meio de
transformação e realização do ser no esforço de construção e reconstrução do
processo civilizatório.
Nesse sentido, o ser se descobre
criador quando modifica positivamente, com amor, o mundo social e a natureza de acordo com as
suas necessidades básicas de sobrevivência e existência. Na ausência do amor o
indivíduo explora e destrói o que há de mais sagrado na natureza: a liberdade
de existir de forma independente, condição básica de harmonia para ligação ao AMOR DO TODO CRIADOR. Que tipo de
sacrifício foi preciso o homem moderno fazer para engendrar um novo processo
civilizatório altamente dinâmico e racional?
O processo civilizatório
industrial “expressa um processo de
dessacralização da Natureza, pois “...primeiro o mundo exterior teve que ser
magicamente neutralizado e esvaziado dos deuses nele existentes antes de que a
vontade racional de conhecer pudesse se lançar sem entraves sobre este campo
que agora se liberava”. A Natureza dessacralizada do processo civilizatório
industrial se transforma em um “mundo exterior de fatos”, que tem no Homem seu
“mestre e possuidor” cartesiano. A profundidade das raízes
metafísicos-religiosas da idéia moderna de progresso técnico encontra uma de
suas mais claras expressões na filosofia da técnica de F. Dessauer, que aponta
o mandamento bíblico do Livro Gênesis I, 28 “crescei e multiplicai-vos, enchei
a terra e submetei-a” como a “Carta
Magna” da técnica moderna, entendida como o instrumento fornecido pelo
Criador para assegurar o domínio de seus
herdeiros sobre a Terra. A técnica, como instrumento potencializador do poder
do Homem sobre a Natureza, recebe assim uma vigorosa sanção legitimadora, que a
faz um instrumento de dupla realização da liberdade humana: liberdade da
subordinação às forças naturais e
liberdade para a execução de um projeto
próprio. Isto vai ser equivalente a se assumir como verdadeira a idéia de uma
neutralidade ética do evento técnico em si. A técnica é então considerada como
não sendo em si mesma nem boa e nem má, e sim como podendo estar posta a
serviço de fins bons e maus.
A
neutralização ética da técnica abre o caminho para a idéia de um poder
ilimitado de intervenção do “homo industrialis” sobre a Natureza de modo que
“...o grande relógio do mundo de Descartes pudesse ser então simultaneamente o
mundo potencialmente dominável de maneira total”...Na era da verdade científica
experimental a ciência natural e a técnica passam a ser duas dimensões do mesmo
processo que reduz a Natureza a um “mundo exterior de fatos”, objeto da
experiência racionalista construtiva. Como diz M. Heidegger: “...tudo isso
conduz à tese de Max Planck sobre o Ser:
real é aquilo que é mensurável. O sentido do Ser é então a mensurabilidade, com
o que não se pretende tanto ter em vista a constatação do “quanto”, mas sim em
última análise apenas servir ao controle e domínio sobre aquilo que existe como
objeto”(BARTHOLO JR., 1986,
pp.16-17).
3.3 A DIVISÃO DO PÃO EM PARTES JUSTAS E
INJUSTAS
No mundo moderno da cultura
microeletrônica, as forças produtivas deslocam-se de acordo com a resultante
das variáveis técnicas e econômicas no interior do espaço social e geográfico
do mercado, da mercadoria e da mão-de-obra produtiva. O espaço empresarial
começa a extrapolar o domínio real e entrar no domínio virtual. A rede internet
vem possibilitando a expansão do processo de comunicação. Um mundo de
informações e imagens possibilita o crescimento dos negócios e das relações
inter-individuais. O próximo está racionalmente cada vez mais próximo de nós.
Um horizonte de transações técnicas-comerciais se descortina no novo milênio
que se aproxima. Inserido nesse mundo de informações o ser se questiona a
respeito da sua liberdade de ser e de agir num mundo altamente competitivo onde
por um lado cresce as chances de progresso técnico e por outro decresce as
chances de obter um bom emprego. De um lado um esforço de se criar novas
consciências consumidoras. E de outro um esforço em reduzir custos de produção,
reduzindo postos de trabalho humano ou aumentando e concentrando o ritmo e o
compromisso de execução de várias atividades num determinado posto de trabalho
e num menor espaço de tempo. Fala-se em qualidade de vida, mas na prática a
tendência é diminuir essa qualidade na excessiva cobrança de uma alto patamar
de produtividade. Busca-se a qualidade
do ciclo de desenvolvimento do produto e do espaço organizacional
social, e com isso perde-se a qualidade de vida do ser inserido nesse contexto.
Os planos de saúde mirabolantes oferecidos apenas dão uma falsa aparência de
que algo está sendo realizado em prol da saúde do trabalhador.
O que está acontecendo? Será que
é o paradoxo da lei da vida? Ou será que algo não foi levado em conta no
projeto multicultural e multicomercial? Ao contrário da “imagem propagada pelos defensores da produção enxuta, do fordismo ao
toyotismo aconteceram poucas mudanças no que se refere a qualidade de vida do
trabalhador. Atualmente, além do desemprego, que atinge vários países, ele tem
que sobreviver ao estresse provocado
pelos novos sistemas de produção atrelados às modernas tecnologias. Alguns anos
atrás, quando os trabalhadores atingiam uma certa idade eram realocados em
serviços menos sacrificados. Mas hoje em dia os serviços mais simples são
terceirizados, as empresas pagam US$6/h por um serviço que custaria US$19/h.
Atualmente os trabalhadores mais velhos têm que acompanhar o ritmo dos jovens
até a aposentadoria. Numa pesquisa realizada entre empregados de fábricas sobre
o tema, apenas 27% dos entrevistados acreditavam que conseguiriam chegar à
aposentadoria com saúde. Os outros 73% afirmaram que não agüentariam o ritmo de
trabalho e terminariam abandonando o emprego ou que sofreriam algum acidente de
trabalho antes de se aposentar. Segundo Slaughter, a Lean Production está
começando a fazer vítimas entre os próprios tigres asiáticos. Recentemente os
operários japoneses das grandes fábricas automobilísticas solicitaram a redução da jornada de trabalho
de 2 mil e 200 para 1 mil e 800 horas/ano. Ou seja, nem o milenar espírito
oriental de trabalho resistiu à voracidade dos tempos modernos” (JORNAL ELETRÔNICO INTERATIVO DO COPPE, edição 28 de maio de 1997).
A dessacralização da natureza (“e
a sacralização do poder individual capitalista”) é decorrente da ausência
ontológica de uma ética amorosa. Uma ética que não nega a técnica, mas que
reconhece, e transcende, os seus limites racionais. E sem essa ética que dá
sentido ao amor sagrado, a natureza se desequilibra na sua relação com o ser
humano. E com isso o projeto sócio-técnico gera em si mesmo um sistema de
iniqüidades e distúrbios físicos, psicológicos e ecológicos. A liberdade perde
o sentido de ser e o trabalho perde o seu significado sublime de dignificar a
natureza humana. Em outras palavras, a natureza humana não é apenas uma relação
dinâmica fisiológica-psicológica. Ela guarda em si em seu mais profundo íntimo
uma terceira parte-natureza responsável pela paz e felicidade incondicional: a
ontológica. “Quando falo de ética falo de
dois princípios: ama a Deus e ama o próximo. Sem o princípio amar o próximo,
não existe civilização. Amar é muito além de gostar, tem gente que eu não
gosto, mas amar é aceitar. Todo processo de exclusão funciona em mão dupla.
Você exclui, mas se exclui e perde todas as possibilidades que aquele universo
que acabou de excluir poderia oferecer. É um momento de falta de visão, pode
ser de um segundo, de um minuto, de horas, de anos ou de séculos. Mas em algum
momento a situação poderá mudar e você verificar que aquilo que excluiu era o
melhor que tinha a ganhar” (COELHO,
25/01/98, p.10).
O progresso técnico-industrial
tem um limite ético natural. A insensibilidade desse limite vem provocando
inúmeras mazelas no espaço produtivo das fábricas e das empresas no contexto
competitivo da moral moderna. O homem moderno inserido num contexto altamente
dinâmico vem perdendo a referência do seu verdadeiro EU.
Uma nova consciência ética precisará nascer no seio da vida
moderna cooperativa. Isso se queremos de fato viver em paz e liberdade num
futuro de graça e abundância onde pobres e ricos não mais se diferenciarão pelo
poder de acumular capital. Uma nova empresa holística precisará nascer para
substituir a velha empresa limitada em sua pequena visão do domínio humano.
O mistério da verdade e da ética
sagrada amorosa no interior da natureza humana é de tal forma sutil que alguns
percebens e outros não. De modo, “não importa o que se revela e o que se
guarda para si. Tudo o que fizemos, tudo o que somos, reside em nosso poder
pessoal. Se temos o suficiente [poder], uma palavra que nos for pronunciada
pode ser suficiente para mudar o rumo das nossas vidas. Mas, se não tivermos
suficiente [poder] para mudar o rumo de novas vidas. Mas, se não tivermos
suficiente poder pessoal, o fato de sabedoria mais magnífico nos poderá ser
revelado sem que tal revelação faça a menor diferença - Ele aí baixou a voz,
como se estivesse me contando algo de confidencial - Vou pronunciar o que é
talvez o maior fato de sabedoria que qualquer pessoa possa exprimir. Vejamos o
que você pode fazer com isso: sabe que nesse momento você está cercado pela
eternidade? E sabe que pode usar essa eternidade, se o desejar (...) - Você
antes não possuía esse conhecimento - disse ele, sorrindo - Mas agora possui.
Eu o revelei a você, mas não faz a menor diferença, pois você não tem
suficiente poder pessoal para utilizar minha revelação. No entanto, se você
tivesse suficiente poder, minhas palavras bastariam para lhe permitir a
totalidade de você e fazer com que a parte importante saísse dos limites em que
está confinada” (CASTÃNEDA,
1974, p.16-17).
Essa reflexão é oportuna visto
que a linguagem racional (falada e escrita) é o veículo de comunicação mais
utilizado no processo de formação cultural do mundo moral moderno. A cultura
técnica-estética industrial se apoia fortemente numa linguagem racional bem
construída objetivando conquistar espaços psicológicos de novos adeptos da
“bem-aventurança do capital”. É através de uma
linguagem técnica e esteticamente bem construída que se propaga as
benesses do liberalismo capitalista. O indivíduo sensorialmente inserido num
mundo de vozes esteticamente convincentes produz muito pouca resistência ao “chamado” do poder moral “sagrado do capital”.
Na ausência de uma prática de
transformação ontológica, em si mesmo, o ser é atraído pela idéia de um
contexto contemporizador denominado “empresário cristão”. E assim o indivíduo
se satisfaz realizando uma ideologia criada para amenizar o conflito inerente à
pseudo-transformação positiva.
Têm muitos empresários que se
dizem cristãos, mas na hora de agir como tal o papel de empresário é mais forte
e assim acabam negando na prática o papel de cristão. Principalmente quando a
decisão de perda ou ganho material envolve muito dinheiro.
E como é que o empresário cristão
faz para disfarçar essa questão? Ele reza a Ave Maria todos os dias na sua
empresa. Ele tem, por exemplo, um altar de Nossa Senhora para ilustrar a sua
fé. E até paga propagandas em rádios evangélicas, espíritas e católicas. É
provável que até dê algum dinheiro para alguma paróquia ou templo evangélico. E
assim fica com a “consciência tranqüila” pela caridade que realizou em nome da
“fé” em Jesus. “Muitos se escondem atrás
do capital” - José Fernandes de Oliveira
(conhecido como padre Zézinho) foi
muito feliz nessa frase em sua música SOCIOLOGIA no disco QUANDO A GENTE
ENCONTRA DEUS, lado A, gravadora Paulinas:
“Meu professor de sociologia
costumava sempre
nos dizer que não,
que não existe solução onde
um povo não responde
à sua velha questão
E a questão é repartir o pão,
em partes justas, de maneira tal,
que faz sucesso o povo que reparte,
e o que não reparte sempre se dá
mal.
Pois eu vivi pra ver esta verdade,
fui viver lá fora e constatei que
não,
que não existe solução onde
um povo não responde à mais velha
questão.
E a questão é mais que social,
que faz sucesso o povo que reparte
e o que não reparte fica na pior!
Já vi miséria em cima de miséria,
mas a brasileira é muito mais
boçal.
Temos de tudo mas nos falta tudo,
porque nesta terra tudo é colossal.
E é colossal também a ilusão
de quem se esconde atrás do
capital.
Se em cada 100, 70 não têm nada,
os 30 que têm tudo não sossegarão.
Por isso, aquele que tiver dinheiro
faça o que é preciso pelo seu
irmão.
Se falta pão na casa do operário,
o lucro do empresário é coisa de
ladrão.
Pois a questão é repartir o pão,
em partes justas de maneira tal,
que o pão que tem na casa do
empresário,
na do operário seja o mesmo pão.
Que o que se come em casa do empresário,
na do operário...seja tal e qual”.
O relatório de 1997 do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) corrobora com a letra da música de OLIVEIRA (pe. Zézinho). O relatório “confirma o velho bordão: nem sempre dinheiro
traz felicidade. Vários países com renda alta têm baixo desenvolvimento
humano...O Brasil é um dos cinco casos em que a classificação pela renda per
capita é idêntica à colocação em desenvolvimento humano. O IDH [índice de
Desenvolvimento Humano] e o PIB real per capita brasileiros estão, ambos, em 68o
lugar no mundo. A coincidência só se repete com Japão, Bahamas, México, Ilhas
Salomão e Bangladesh. O relatório do Pnud revela também que o custo de um bom
desenvolvimento humano das populações varia de país para país” (JORNAL FOLHA DE S.PAULO, 15/06/97,
p.21).
Senhor,
Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/ ). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!!
Senhor,
Eu sei que tu me sondas
Sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto
Conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras
Sei que em tudo me conheces
Eu sei que tu me sondas
Sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto
Conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras
Sei que em tudo me conheces
Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes)
Refrão
Deus, tu me cercaste em volta
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência, é grandiosa
Não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu
Sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma
Sei que aí também me amas
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência, é grandiosa
Não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu
Sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma
Sei que aí também me amas
Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes)
Refrão
Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes)
Refrão
Sugiro
que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física
quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak
Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”,
“Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale
Donald Walsch ...
Conversando com Deus (título original em inglês: Conversations with God) é uma
série de três livros publicada por Neale
Donald Walsch, que
afirma ter sido inspirado diretamente por Deus
em seus escritos. Cada livro é escrito como um diálogo no qual Walsch faz perguntas e
"Deus" as responde. Walsch afirma ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações divinas. Em 2006,
um filme foi lançado sobre a história do autor
e seus livros... Ver link http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus),
“A Unidade das Religiões: O Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya
Sai Baba do Brasil”.
Livros
recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”,
“Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado –
Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini –
Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”.
Namastê!
Prof.
Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo
(praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado
da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE).
e-mail:
bernardomelga10@hotmail.com
Facebook:
Bernardo Melgaço da Silva/ Educação Para o Terceiro Milênio
bernardomelgaco.blogspot.com
Nota:
Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese
de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de
cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de
Tecnologia –CT - Universidade Federal do
Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o
Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus
trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim,
pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas
na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!
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