porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

AMOR A DEUS, TEMOR AO PECADO E MORALIDADE NA SOCIEDADE - PARTE DO DISCURSO DE SATHYA SAI BABA

Organização Sri Sathya Sai do Brasil
www.sathyasai.org.br

Data: 06.07.2009 - Ocasião: Guru Purnima(I)1 - Local: Prashanti Nilayam



Brahma, Vishnu e Shiva são três diferentes nomes e formas da mesma divindade. “Todas são um, mesmo tendo vários nomes”. Embora os nomes e as formas do corpo físico sejam
diferentes, a Divindade em todos os seres é somente uma. Brahma é o criador, Vishnu é o Protetor e Shiva é o Destruidor. Assim, todos os três aspectos representam a única Divindade.

O Deus único, quando em seu aspecto criador, é Brahma; quando está protegendo e
sustentando a vida, é Vishnu; e, finalmente, atuando como Laya (dissolvendo ou destruindo a criação) é conhecido como Shiva.

Para evitar a confusão criada pelo uso de diferentes nomes e formas atribuídos à Divindade,Deus é referido como Atma ou o Absoluto Brahma (o sem nome, o sem forma, a Divindade sem atributos). O único Atma permeia todos os seres vivos.

As religiões são diferentes; o caminho é o mesmo.
As roupas são diferentes; o algodão é o mesmo.
Os seres são diferentes; o Atma é único.
A nacionalidade e o estilo de vida são diferentes, o nascimento dos seres é o mesmo.

Cada ser humano deve desenvolver três qualidades: amor a Deus, temor ao pecado e
moralidade na sociedade. É somente a falta de temor ao pecado a responsável pela atual falta de moralidade na sociedade. O amor é o elemento de ligação que une as pessoas. Onde existir amor, a sociedade estará unida. Desprovido de moralidade, um indivíduo não merece ser chamado de ser humano. Portanto a moralidade é importante para tudo.

Embora Deus mostre Seu amor por todos, é o ser humano que perdeu a sua preciosa
qualidade de temor ao pecado. O homem, atualmente, está cometendo vários pecados com a crença de que Deus é bondoso e irá, no final, perdoar as suas transgressões. Com essa crença, ele se está entregando cada vez mais aos atos pecaminosos. Desenvolveu uma espécie de complacência a esse respeito e pensa que poderá escapar da punição.
Mas o fato é o contrário. Embora Deus seja misericordioso e possa perdoar todos os atos pecaminosos, o ser humano deve, necessariamente, pagar pelos seus pecados.

Portanto cada ser humano deve desenvolver essas três qualidades: amor a Deus, temor ao pecado e moralidade na sociedade. Onde não existe temor ao pecado, não haverá moralidade na sociedade.

As pessoas estão-se comportando irresponsavelmente e empreendendo várias atividades
indesejáveis, guiadas pelo ego fora de controle. Não mais temem o pecado. Nem sequer
pensam, por um momento, nas consequências de seus atos. A pessoa deve, portanto, evitar ver o mal, falar o mal e fazer o mal. Caso contrário, as consequências voltarão cedo ou tarde,como bumerangue, para a pessoa que cometeu tais atos. É também possível que os resultados desses atos pecaminosos voltem para aquela pessoa na mesma hora, de um só golpe.

Se o indivíduo estiver realmente interessado no bem-estar da sociedade, deverá trabalhar para desenvolver a moralidade nela. Aquele a quem falta a moralidade não é, absolutamente, um ser humano, mas é, verdadeiramente, um animal. Dizer mentiras, cometer injustiças com outras pessoas, ser indulgente com atos incorretos e práticas más é muito ruim. O indivíduo deve, portanto, levar uma vida guiando-se pelos três princípios: amor a Deus, temor ao pecado e moralidade na sociedade.
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1 O dia da lua cheia (Purnima), do mês de Ashadh (julho-agosto) do calendário hindu, é tradicionalmente celebrado
como Guru Purnima pelos hindus. Nesse dia, os devotos oferecem puja (adoração) ao seu Guru. Os Gurus são
reverenciados em homenagem à vida e aos ensinamentos de Vyasa, sábio hindu que escreveu o épico sagrado
Mahabharata, que nasceu nesse dia. No ano de 2009, na ocasião, foram dois discursos feitos por Sai Baba: um no dia
06 e outro no dia 07.
2 Shiva, o Grande Senhor.
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É dito que aquele que não tem moralidade consigo mesmo é pior do que um macaco. De fato,um macaco é bem melhor do que tal indivíduo.

Ninguém respeitará um indivíduo que se entrega a atos imorais neste mundo. Somente uma pessoa que segue os princípios morais terá o respeito de todos. E aqueles que tentarem causar danos a tal pessoa serão contidos pelos outros com uma advertência: “Essa pessoa é boa. Não tente feri-la”. Aqueles que são desprovidos de moralidade são menosprezados pela sociedade como se fossem piores do que cães. Portanto cada ser humano deve desenvolver a moralidade e levar uma vida de princípios morais todo o tempo.

Há três sadhanas (práticas espirituais) pelas quais o amor a Deus, o temor ao pecado e moralidade na sociedade podem ser desenvolvidos. São elas: bhakti (devoção a Deus) jnana (o caminho do conhecimento) e vairagya (desapego). O karma (ação) é um atributo natural e essencial do corpo físico. É somente quando o corpo empreende bons karmas que a mente funciona bem. Quando a mente está saudável, o amor a Deus pode desenvolver-se. Então, bhakti, jnana e vairagya estão conectados com o amor a Deus, temor ao pecado e moralidade na sociedade. São como as três pás do ventilador: somente quando as três giram, podemos ter o ar refrescado. De outra forma, nos sentiremos desconfortáveis.

Atualmente, as pessoas questionam por que devemos desenvolver o amor a Deus. O amor a
Deus permite que a pessoa desenvolva o temor ao pecado, o que, por sua vez, desenvolverá a moralidade na sociedade. Todos precisam saber discriminar o bem do mal, o pecado da virtude. Tendo analisado, precisamos tentar fazer o bem somente.

Sejam bons, façam o bem,vejam o bem; esse é o caminho para Deus. Desprovidos desses três, qualquer número de rituais e adoração, japa (recitar o nome de Deus) e tapa (penitência) serão inúteis.

São nove as formas de devoção: sravanam (ouvir), kirtanam (cantar), Vishnusmaram
(contemplação de Vishnu), Padasevanam (servir aos Seus Pés de Lotus), vandanam
(saudação), archanam (adoração), dasyam (servir) sneham (amizade) e Atmanivedanam
(autoentrega).

O primeiro passo é sravanam (ouvir). Depois, devemos analisar se o que foi ouvido é bom ou mau. Se vocês consideram que é uma sugestão ruim e, portanto, que não é de seu agrado,como poderão colocá-la em prática?

Atualmente, é possível uma pessoa conseguir que um trabalho seja feito mediante mentiras e obtenha o sucesso sobre os outros por meios falsos e injustos. Assim, devemos nos indagar sobre a santidade de cada ato que realizamos. Não se pode ser complacente com as consequências que se seguirão; cedo ou tarde, o resultado de um ato pecaminoso aparecerá.

Pode ocorrer agora ou um pouco mais tarde, a qualquer momento. Dessa forma, estejam
preparados para somente realizar atos bons e nobres com a mente pura.

Mais do que qualquer outra coisa, a pureza de consciência é de extrema importância.

É o Atma Thatthwa (Princípio Átmico). Ninguém consegue entender o que é o Atma. Desde que os corpos e as formas são muitos, alguns nomes devem ser dados para se fazer a distinção entre eles. Contudo, Atma3 ou Brahman4 não têm nascimento ou morte, como acontece com os corpos físicos. Portanto não pode ser identificado como sendo isto ou aquilo.

Atma, embora além da compreensão de cada um, tem sido descrito como nitya, shuddha,
budha, mukta, nirmala swarupinam (eterno, puro, iluminado, livre e encarnação do sagrado). É niranjanam, sanathana niketanam (a morada final, sem máculas). Há somente um Atma, que é imanente em todos os seres. Essa é a natureza essencial do Atma.

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