porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

sexta-feira, 17 de julho de 2009

CHAKRAS: AS "CHAVES" DO REINO DOS CÉUS-CONSCIÊNCIA

(TRECHOS DA MINHA TESE DE DOUTORADO DEFENDIDA EM 1998 NA COPPE/UFRJ)
Bernardo Melgaço da Silva

Todo e qualquer princípio da natureza é uma manifestação de uma forma, entre milhões ou bilhões delas, de energia. E qualquer trabalho emprega energia em seu processo de transformação. Seja o trabalho material quanto o trabalho espiritual. Trabalho humano ou não-humano. Assim sendo podemos afirmar que a energia tem uma qualidade de densificação e uma outra de sutilização (para maiores detalhes ver a teoria da Relatividade de Einstein - E = m.c2 ). Em outras palavras, uma qualidade de materialização e outra qualidade de espiritualização.

Se trabalhamos com energia é compreensível que queiramos saber aonde se encontra a fonte dessa energia. É uma curiosidade natural. Deve existir algum centro ou núcleo que emana ou gera essa energia. Vejamos o exemplo de um eletricista que vai fazer um conserto nas instalações elétricas de uma hipotética casa ou prédio. Qual é o primeiro procedimento que ele vai procurar logo saber? Certamente que é a localização do quadro de força ou quadro de alimentação de energia. É a partir desse quadro que ele vai começar a operar o seu trabalho de conserto. Esse quadro de alimentação de energia é a referência principal do técnico eletricista. Então o segundo passo é verificar se existe energia no quadro de alimentação, e se existe ele começa a investigar porque essa energia não está chegando no ponto especificado do defeito ou em casos mais graves porque essa energia está em desarmonia (em curto-circuito).

O que acontece quando alguém que vai operar uma determinada rede elétrica não sabe ou não foi educado para lhe dar com a rede elétrica? Em outras palavras, o que acontece ou pode acontecer com um eletricista "curioso"? Será que ele vai dar importância as recomendações técnicas de segurança? Será que esse eletricista curioso sabe que existe balanceamento de carga elétrica entre as fases da rede? Certamente que não sabe. Então com toda certeza esse eletricista curioso vai desobedecer todas as normas técnicas de segurança. E além disso é muito provável que ele no decorrer de algum tempo de intervenção nessa rede venha desbalanceá-la completamente. O que vai acontecer com os instrumentos ligados a essa rede? Serão prejudicados. E se algum dia acontecer um incêndio, será que foi por acaso?

Muito bem, agora retornemos ao plano das energias sutis humanas. A ignorância a respeito da localização dos “quadros de força” das energias sutis e das normas de segurança no uso dessas energias, aonde refletirá na natureza humana? No corpo e na psique. Esse é o nosso maior problema existencial. O homem moderno ignora por completo esse contexto de energia. Por isso, a ignorância desse homem vem causando sérios danos ao indivíduo e à sociedade. Esses "quadros de força" são conhecidos pelos orientais como centros de energias sutis ou chakras. E o mestre Jesus Cristo apontou para essa questão quando afirmou: “Eu lhe darei as chaves do reino dos céus, e o que você ligar na terra será ligado nos céus, e o que você desligar na terra será desligado nos céus” (apud DUNCAN, 1986, p.114).

As “chaves” que Jesus Cristo apontou são os próprios chakras. Existem diversos centros de energias que alimentam as diversas redes de condutores de energia tanto no corpo físico quanto nos diversos corpos não-físicos. Os milhares de fios nervosos espalhados pelo corpo físico é um exemplo bem próximo de nossa realidade objetiva (ver figura-analogia no ANEXO). E se estudarmos com cuidado e com a visão de um especialista de eletricidade poderemos constatar que os nossos quadros de comando industrial são cópias fiéis desse sistema complexo humano formado por uma fonte com suas duas polaridades (positivo e negativo) distribuindo energia para o sistema através desses fios nervosos e não-nervosos (os nadis). Essa fonte no corpo físico é o cérebro humano. O cérebro é uma fonte secundária. Os chakras são os “quadros de força” de alimentação e estão interligados entre si. E formam dessa maneira uma poderosa fonte (principal) de alimentação de consciência bioenergética.

Em suma, a fonte principal de consciência bioenergética da natureza humana está relacionada aos chakras. No campo da eletricidade temos os autotransformadores que são equipamentos que transformam valores de tensão por meio do deslocamento de vários "center-tape" (terminais de conexão de energia). Num mesmo enrolamento temos tanto a entrada quanto a saída de tensão. O valor da tensão de saída vai depender do nível do center tape que está ligado à entrada. Essa visão dos autotransformadores elétricos pode agora nos auxiliar para compreendermos como se dá a diferença de nível de consciência e de autotransformação sutil no contexto da energia humana. A mudança de ligação de chakras provoca na pessoa uma mudança de nível de energia e consciência. Os chakras "superiores" (no campo místico são conhecidos como os mais sutis) fornecem mais energias e estados de consciência mais elevados. O que nós ocidentais denominamos de "valores ou princípios éticos" são na verdade níveis bioenergéticos mais elevados desses chakras superiores.

A ativação consciente desses chakras pertence ao domínio dos estudos da ioga. Os iogues são em síntese verdadeiros "eletricistas" e mestres que aprenderam há milhares de anos a ligarem as “chaves” desses "quadros de força": lembremos o que disse o mestre Jesus Cristo "orai e vigia" (o "vigiai" é uma ação de meditação dos iogues). A verdadeira religião é uma ação de religamento ("religare") desses centros de energias-consciências (chakras).

Cada "quadro de força" (chakra) tem uma função complexa e específica. O chakra do coração tem a função de religar a energia-consciência do ser humano ao amor divino. E por isso é vital no conjunto dos chakras. O chakra do coração é de alto nível de transformação. E para se religar esse chakra faz-se necessário religar também os outros chakras inferiores. Nessa mudança de um "center-tape bioenergético" para outro podemos sentir a sensação das energias de paz, de felicidade, de harmonia, de bem-aventurança, de equilíbrio, etc. Essa afirmação não deve ser considerada como uma tese, mas uma vivência, ou seja, não é uma hipótese mas uma constatação. Digo isso, com humildade mas também com fé, na esperança de um dia a ciência moderna tentar se abrir para esse domínio de investigação. Mas, paradoxalmente o estudo desse domínio depende da intenção sincera com fé do cientista. Nesse sentido, o método racional se torna impraticável porque ele se apoia fortemente na dúvida do cientista como elemento propulsor de novas descobertas.

Existe um milhão de coisas que podem ser ditas. E existe somente uma que pode ser vivenciada: a Verdade de Deus. Esse é o dilema de mulheres e homens em busca da verdade superior. A Verdade de Deus é uma revelação de Visão superior e Valores genuínos. E, portanto, não é uma descoberta utilitária. A evolução ontológica é uma vivência pessoal na manipulação de níveis de energias-consciências demasiadamente sutis como a paz interior, a felicidade, a fraternidade, o equilíbrio, a bondade, etc. Nesse sentido, o trabalho de investigação nesse contexto de energia humana altamente sutil, transforma a consciência, a vida e o caminho de qualquer ser humano. O mistério é a nossa própria ignorância a respeito desse caminho de conhecimento com transformação sustentada na fé e na verdade genuína divina.

Tudo existe para ser compreendido de acordo com um esforço apropriado e determinado num contexto e num significado específico.

Os chakras são, portanto, complexos geradores e armazenadores de energias sutis. É importante frisar que todo gerador é um sistema transformador. De um lado ele recebe uma entrada de “energia” e do outro ele “oferece” uma saída numa outra forma ou grandeza ou intensidade de “energia”.
O senso comum diz que a relação entre a visão e o mundo é um fenômeno onde o mundo é um objeto externo a uma visão interna no homem. E que ambos estão separados assim como mostra a figura 1.


O que eu posso perceber é que a natureza humana está inserida num contexto entre dois pólos-conjuntos de chakras (ver Anexo) como mostra a figura 2.

Podemos ver como mostra a figura 2 que o foco (O’) da energia-percepção se localiza “fora” do ser (ser-mundo). É claro que isso é uma representação para se poder definir parâmetros e posicionamentos de análises. Mas, essa representação se faz necessário para se poder falar ou descrever o foco complementar e “simétrico” (O). Essa representação nos diz que o foco da percepção objetiva do homem é “fora” dele. Em outras palavras, a visão começa “fora” de nós e termina em nós (o mundo-ser).

O mundo objetivo não está fora de nós. Nós é que o percebemos fora de nós. O que está “fora” de nós é o foco ou vértice da visão desse mundo. Tudo o que vemos fora de nós na verdade não está efetivamente “fora” de nós. Vamos usar a analogia do olho físico para compreendermos esse sutil processo. Se por hipótese considerarmos o olho como sendo um foco ou vértice da visão física o mundo estaria dentro de nós, não é mesmo! Logo sendo o olho um foco ou vértice da visão ele (o olho) não consegue enxergar a si mesmo como um foco. Assim também é analogamente falando a nossa percepção psíquica (que transcende o olho físico e o cérebro).

Existe uma diferença sutil entre percepção e consciência. O foco da percepção está “fora” do domínio ou espaço sagrado. E o foco da consciência está “fora” do domínio ou espaço humano. Podemos dizer também que a percepção está “dentro” do espaço humano. E da mesma forma o foco da consciência está “dentro” do espaço sagrado. Essa diferença na verdade é em decorrência do funcionamento complementar e simétrico dos dois conjuntos, inferior e superior, de chakras responsáveis pela geração da energia sutil formadora da percepção e da consciência respectivamente.

A vivência é a visão da diferença entre o “conceito” (a percepção) e o “conteúdo” (a consciência”). Foi nesse domínio sutil entre a percepção e a consciência que Einstein desenvolveu toda a sua teoria da Relatividade. É claro sustentado por uma lógica matemática. Mas, o fenômeno em si foi obtido por um processo de mudança de percepção para a consciência e vice-versa. Esse movimento é que nos proporciona a “vivência” de qualquer fenômeno “externo” ou “interno”. O domínio do “externo” (humano) está relacionado com três chakras inferiores. E o domínio do “interno” (sagrado) está relacionado com quatro (chakras) superiores (localizados na altura do “coração, garganta, testa e topo da cabeça”).

Nesse contexto, a vida humana está, no mundo moderno, centrada na percepção. E a vida humana, no mundo tradicional oriental, estava (e está ainda) centrada na consciência. Foi nesse domínio da consciência que Jesus Cristo se tornou o mestre dos mestres. E foi por isso que ele afirmou “eu não sou desse Reino”. A mudança de foco é a questão chave para entendermos de fato o domínio do Reino da consciência sagrada. E essa mudança é conhecida como “conversão religiosa”. Mas, na essência da questão, é também uma conversão de energia-consciência sutil e de formação de visão de mundo e VISÃO DO SER. E a mudança de conjunto de chakras é responsável por essa transformação de percepção para a consciência.

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