porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA
dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.
"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber
PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO
O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.
"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber
PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO
O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein
sexta-feira, 31 de julho de 2009
PENSAMENTOS PARA O DIA – CHICO XAVIER
(texto retirado da Internet - SEJAM BEM-VINDOS AO MEU BLOG: http://bernardomelgaco.blogspot.com)
"Eu permito a todos ser como quiserem e a mim como devo ser."
Chico Xavier
3 frases
Concentre-se nas frases abaixo:
'Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez'.
'Quando Deus tira algo de você, Ele não está punindo-o, mas apenas
abrindo suas mãos para receber algo melhor'.
'A Vontade de
Deus nunca irá levá-lo aonde a Graça de
Deus não possa
protegê-lo'.
-----------------------------------------
(http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://botecoliterario.files.wordpress.com/2007/06/chico-xavier.jpg&):
“Cumpramos os nossos deveres, sabendo que a nossa responsabilidade tem o tamanho do nosso conhecimento”
(Chico Xavier, Programa Pinga Fogo 1972)
“Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor… Magoar alguém é terrível!”
“A vida, como a fizeres, estará contigo em qualquer parte. “
ESTRESSE CRÔNICO DIFICULTA DECISÕES
(http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090730/saude/eua_ci__ncia_animais)
Qui, 30 Jul, 07h53
CHICAGO, EUA (AFP) - O estresse crônico afeta o cérebro dos ratos de laboratório de tal modo que tomam decisões de memória no lugar de mudar o comportamento para obter recompensas, revela um estudo da Universidade do Minho (Portugal) publicado nesta quinta-feira na revista Science.
O estresse crônico também modifica o comportamento e a memória, e a liberação de hormônios afeta o cérebro.
Para determinar o impacto sobre a tomada de decisões, os pesquisadores portugueses submeteram a testes diferentes tipos de ratos.
Nestes testes, os ratos podiam mover alavancas para ganhar recompensas, como torrões de açúcar, e os animais estressados empurravam a mesma alavanca, mesmo que não recebessem recompensa.
O exame dos cérebros de ratos submetidos a diversos fatores de estresse durante 21 dias mostrou que duas áreas do cérebro envolvidas na tomada de decisões estavam atrofiadas.
Uma terceira zona do cérebro, que se utiliza para formar a rotina, se expandiu nos ratos estressados.
A alteração para a tomada de decisões por memória pode ser um mecanismo para ajudar os animais estressados a preservar sua energia, mas é algo "altamente contraproducente" quando anula a capacidade de adaptação às mudanças do ambiente, escreveu o autor do estudo, Eduardo Dias-Ferreira, da Universidade do Minho.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
AS DIMENSÕES DO TRABALHO E SUAS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO E NO SER
A "PONTE" DE NIETZSCHE
Num mundo contemporâneo veloz onde as perguntas e as respostas já estão “filmadas”, “apostiladas” e condensadas para o uso imediato, o indivíduo sugestionado e atarefado torna-se um consumidor do conhecimento e raramente usa o seu poder de sensibilidade sutil pessoal para produzir e criar o seu próprio conhecimento. Em outras palavras, o conhecimento acaba também se transformando em matéria-mercadoria para ser comercializada e consumida em larga escala. E o trabalhador inserido num mundo material mercadológico acaba sendo “adestrado” (treinado) para servir apenas a um propósito de crescimento técnico-estético sem uma base de visão ética. Pois, segundo EINSTEIN (idem):
"Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário, que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e a comunidade.
[...] Os excessos do sistema de competição e da especialização prematura, sob o falacioso pretexto de eficácia, assassinam qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro" (pp.27- 29).
Ainda segundo Einstein (idem):
“O mistério da vida me causa a mais forte emoção. É o sentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e a ciência. Se alguém não conhece esta sensação ou não pode mais experimentar espanto ou surpresa, já é um morto-vivo e seus olhos se cegaram (p.12).
A prática ininterrupta do sistema de competição capitalista cria no interior da natureza humana um esquema de pensamento que orienta todas as ações mentais, emocionais e existenciais do fenômeno humano. O indivíduo vive para trabalhar e competir utilitariamente e nunca para desfrutar o valor da sua existência. A sua existência passa despercebida. Ele em nenhum momento se toca de que a existência é muito superior à sobrevivência. Pois, em nenhum momento sequer a prática competitiva capitalista deixa espaço para um autoquestionamento e auto-observação dos impulsos subjacentes responsáveis pelo equilíbrio existencial do verdadeiro Eu.
Isto porque quando o ser age ele faz atendendo a uma ordem de realização e a um impulso de valor que pode ser de origem fisiológica, psicológica ou ontológica. E num sentido específíco, isto é, psico-físico ou onto-psíquico. A ação do ser faz com que ele consuma energia. E por isso ele deve repor a energia gasta, com descanso e na transformação fisiológica, por exemplo, do dinheiro em mercadoria comprando nutrientes com o dinheiro que ganhou na venda de sua força de trabalho. E assim quando o ser sente que precisa organizar melhor a produção do seu trabalho procura transformar psicologicamente o potencial da sua consciência. Devido a isso, naturalmente ele cria uma necessidade no sentido de aprimorar os seus conhecimentos objetivos sobre seu mundo humano, sobre a natureza que lhe cerca e sobre as técnicas inventadas. Da mesma forma, quando o ser percebe a fragilidade de sua vida ele se sente inseguro porque não quer perdê-la. E para tanto ele deseja ardentemente transformar ontologicamente a sua insegurança em segurança. Na ausência de um saber e de um poder apropriado para realizar essa difícil transformação ontológica, ele compensa objetivamente essa transformação acumulando psicologicamente o produto e o valor do seu trabalho para que não lhe falte o quantum (diferente de quantidade) de energia, o quantum de consciência e o quantum de segurança necessários para uma sobrevivência futura. Nesse sentido, o ser acaba “esquecendo” (abstraindo ou cortando ou invalidando) a dimensão existencial do Eu.
Nesses três aspectos, o trabalho está implícito no processo de transformação do dinheiro em mercadoria, de um estado de consciência para um outro estado superior e na insegurança em segurança. Pode-se perceber que três ordens e três níveis de realização estão presentes na transformação: o fisiológico, o psicológico e o ontológico.
Essas três ordens estão sempre presentes no mundo humano. O mundo social reflete a tensão formada entre elas. E como o indivíduo é uma dimensão do ser que “opta” pela ordem social (moral ou imoral), é natural que o conflito surja na medida que a divisão social do trabalho e do seu valor, quando tratados apenas como divisão de tarefas e de dinheiro, descaracteriza um processo amplo e complexo de transformação e harmonização de energia, consciência e vida. E assim inevitavelmente o ser é conduzido a uma prática de transformação incompleta e inconsciente gerando, propagando e aumentando no grupo social um perfeito desequilíbrio ético.
O equilíbrio é a resposta da harmonização na transformação completa onde todos os elementos do conjunto social são atendidos satisfatoriamente em suas necessidades fisiológicas, psicológicas e ontológicas, ou seja, são atendidos tanto no aspecto energético de descanso e distribuição de alimento quanto nos aspectos sutis de crescimento e qualificação da consciência e de oportunidade de se viver seguramente. E na ausência do equilíbrio a saúde social e individual são comprometidas. A sociedade se desorganiza polarizando e distribuindo a divisão da produção coletiva segundo uma orientação sem a força do sentido ético-ontológico (espiritual). A ética se torna psicológica nos modelos políticos-econômicos de sobrevivência. O ser vive sem compreender os aspectos existenciais que o afeta, não conquistando dessa forma a sua identidade existencial e, portanto, não se completando em si mesmo. E por isso mesmo perde a sua saúde ontológica. O indivíduo não adquire a visão de si e do todo que o cerca.
É de vital importância que o conceito de trabalho seja praticado em seu significado mais técnico e humano, ou seja, trabalho é o potencial de energia (e também de consciência e de vida) necessária num determinado processo de transformação. Nesse sentido, é extremamente importante que se diferencie trabalho de emprego. Assim, emprego é o vínculo formal ou informal estabelecido entre o dono dos meios de produção e o trabalhador. O que se faz comumente é misturar os dois conceitos como se os fenômenos fossem um só. Mas, eles não são iguais. E da mesma forma, o trabalho exterior não é o mesmo que o trabalho interior. São trabalhos complementares. A crise do homem moderno é em essência uma questão também do sentido do trabalho humano: para fora de si ou para dentro de si. As práticas de ioga e todas as disciplinas religiosas e espirituais são na verdade trabalho direcionado para uma mudança do mundo interior humano (ético-existencial).
O trabalho que Karl Marx tanto discutiu e brilhantemente esclareceu diz respeito unicamente ao trabalho exterior de mudança individual-social. A nossa incapacidade de compreender os limites e impactos desses dois trabalhos é que produz desequilíbrio e injustiça uma vez que sem o trabalho interior o homem não produz valores verdadeiros e éticos (Grecos-cristãos). E sem essa base ética nada que produzimos ou criamos criará na sociedade um mundo de igualdade e liberdade (lembremos do Cristo quando disse mais ou menos assim: “Quem seguir meus mandamentos [éticos-espirituais] é como construir um alicerce sobre uma rocha...e virá a chuva e a tempestade e ela não cairá. E aquele que não seguir meus mandamentos criará um alicerce sobre a areia...e quando vier a chuva e a tempestade essa casa desabará”. A partir dessa perspectiva cristã muitas “casas-mundo" estão desabando na vida moderna utilitária e produtiva. As doenças, violências e injustiças são conseqüências também desse processo. Nada acontece por acaso e sem um trabalho de transformação específica. A nossa realidade é governada por Energia e Leis! Por isso, a necessidade de se qualificar e expandir a consciência melhorando nossa visão de mundo - fé, vontade, inteligência e sensibilidade. Se não avançarmos estaremos muito próximo do reino animal - agindo como tal! Pois, segundo Nietzsche: “ o homem é uma ponte entre o animal e o supra-humano”.
Num mundo contemporâneo veloz onde as perguntas e as respostas já estão “filmadas”, “apostiladas” e condensadas para o uso imediato, o indivíduo sugestionado e atarefado torna-se um consumidor do conhecimento e raramente usa o seu poder de sensibilidade sutil pessoal para produzir e criar o seu próprio conhecimento. Em outras palavras, o conhecimento acaba também se transformando em matéria-mercadoria para ser comercializada e consumida em larga escala. E o trabalhador inserido num mundo material mercadológico acaba sendo “adestrado” (treinado) para servir apenas a um propósito de crescimento técnico-estético sem uma base de visão ética. Pois, segundo EINSTEIN (idem):
"Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário, que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e a comunidade.
[...] Os excessos do sistema de competição e da especialização prematura, sob o falacioso pretexto de eficácia, assassinam qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro" (pp.27- 29).
Ainda segundo Einstein (idem):
“O mistério da vida me causa a mais forte emoção. É o sentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e a ciência. Se alguém não conhece esta sensação ou não pode mais experimentar espanto ou surpresa, já é um morto-vivo e seus olhos se cegaram (p.12).
A prática ininterrupta do sistema de competição capitalista cria no interior da natureza humana um esquema de pensamento que orienta todas as ações mentais, emocionais e existenciais do fenômeno humano. O indivíduo vive para trabalhar e competir utilitariamente e nunca para desfrutar o valor da sua existência. A sua existência passa despercebida. Ele em nenhum momento se toca de que a existência é muito superior à sobrevivência. Pois, em nenhum momento sequer a prática competitiva capitalista deixa espaço para um autoquestionamento e auto-observação dos impulsos subjacentes responsáveis pelo equilíbrio existencial do verdadeiro Eu.
Isto porque quando o ser age ele faz atendendo a uma ordem de realização e a um impulso de valor que pode ser de origem fisiológica, psicológica ou ontológica. E num sentido específíco, isto é, psico-físico ou onto-psíquico. A ação do ser faz com que ele consuma energia. E por isso ele deve repor a energia gasta, com descanso e na transformação fisiológica, por exemplo, do dinheiro em mercadoria comprando nutrientes com o dinheiro que ganhou na venda de sua força de trabalho. E assim quando o ser sente que precisa organizar melhor a produção do seu trabalho procura transformar psicologicamente o potencial da sua consciência. Devido a isso, naturalmente ele cria uma necessidade no sentido de aprimorar os seus conhecimentos objetivos sobre seu mundo humano, sobre a natureza que lhe cerca e sobre as técnicas inventadas. Da mesma forma, quando o ser percebe a fragilidade de sua vida ele se sente inseguro porque não quer perdê-la. E para tanto ele deseja ardentemente transformar ontologicamente a sua insegurança em segurança. Na ausência de um saber e de um poder apropriado para realizar essa difícil transformação ontológica, ele compensa objetivamente essa transformação acumulando psicologicamente o produto e o valor do seu trabalho para que não lhe falte o quantum (diferente de quantidade) de energia, o quantum de consciência e o quantum de segurança necessários para uma sobrevivência futura. Nesse sentido, o ser acaba “esquecendo” (abstraindo ou cortando ou invalidando) a dimensão existencial do Eu.
Nesses três aspectos, o trabalho está implícito no processo de transformação do dinheiro em mercadoria, de um estado de consciência para um outro estado superior e na insegurança em segurança. Pode-se perceber que três ordens e três níveis de realização estão presentes na transformação: o fisiológico, o psicológico e o ontológico.
Essas três ordens estão sempre presentes no mundo humano. O mundo social reflete a tensão formada entre elas. E como o indivíduo é uma dimensão do ser que “opta” pela ordem social (moral ou imoral), é natural que o conflito surja na medida que a divisão social do trabalho e do seu valor, quando tratados apenas como divisão de tarefas e de dinheiro, descaracteriza um processo amplo e complexo de transformação e harmonização de energia, consciência e vida. E assim inevitavelmente o ser é conduzido a uma prática de transformação incompleta e inconsciente gerando, propagando e aumentando no grupo social um perfeito desequilíbrio ético.
O equilíbrio é a resposta da harmonização na transformação completa onde todos os elementos do conjunto social são atendidos satisfatoriamente em suas necessidades fisiológicas, psicológicas e ontológicas, ou seja, são atendidos tanto no aspecto energético de descanso e distribuição de alimento quanto nos aspectos sutis de crescimento e qualificação da consciência e de oportunidade de se viver seguramente. E na ausência do equilíbrio a saúde social e individual são comprometidas. A sociedade se desorganiza polarizando e distribuindo a divisão da produção coletiva segundo uma orientação sem a força do sentido ético-ontológico (espiritual). A ética se torna psicológica nos modelos políticos-econômicos de sobrevivência. O ser vive sem compreender os aspectos existenciais que o afeta, não conquistando dessa forma a sua identidade existencial e, portanto, não se completando em si mesmo. E por isso mesmo perde a sua saúde ontológica. O indivíduo não adquire a visão de si e do todo que o cerca.
É de vital importância que o conceito de trabalho seja praticado em seu significado mais técnico e humano, ou seja, trabalho é o potencial de energia (e também de consciência e de vida) necessária num determinado processo de transformação. Nesse sentido, é extremamente importante que se diferencie trabalho de emprego. Assim, emprego é o vínculo formal ou informal estabelecido entre o dono dos meios de produção e o trabalhador. O que se faz comumente é misturar os dois conceitos como se os fenômenos fossem um só. Mas, eles não são iguais. E da mesma forma, o trabalho exterior não é o mesmo que o trabalho interior. São trabalhos complementares. A crise do homem moderno é em essência uma questão também do sentido do trabalho humano: para fora de si ou para dentro de si. As práticas de ioga e todas as disciplinas religiosas e espirituais são na verdade trabalho direcionado para uma mudança do mundo interior humano (ético-existencial).
O trabalho que Karl Marx tanto discutiu e brilhantemente esclareceu diz respeito unicamente ao trabalho exterior de mudança individual-social. A nossa incapacidade de compreender os limites e impactos desses dois trabalhos é que produz desequilíbrio e injustiça uma vez que sem o trabalho interior o homem não produz valores verdadeiros e éticos (Grecos-cristãos). E sem essa base ética nada que produzimos ou criamos criará na sociedade um mundo de igualdade e liberdade (lembremos do Cristo quando disse mais ou menos assim: “Quem seguir meus mandamentos [éticos-espirituais] é como construir um alicerce sobre uma rocha...e virá a chuva e a tempestade e ela não cairá. E aquele que não seguir meus mandamentos criará um alicerce sobre a areia...e quando vier a chuva e a tempestade essa casa desabará”. A partir dessa perspectiva cristã muitas “casas-mundo" estão desabando na vida moderna utilitária e produtiva. As doenças, violências e injustiças são conseqüências também desse processo. Nada acontece por acaso e sem um trabalho de transformação específica. A nossa realidade é governada por Energia e Leis! Por isso, a necessidade de se qualificar e expandir a consciência melhorando nossa visão de mundo - fé, vontade, inteligência e sensibilidade. Se não avançarmos estaremos muito próximo do reino animal - agindo como tal! Pois, segundo Nietzsche: “ o homem é uma ponte entre o animal e o supra-humano”.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Mulher consegue ver cores e sentir sabores na música
O Fantástico [TV Globo 26/07/2009] trata de um mistério que a ciência tenta decifrar. Elizabeth vê as cores e sente o gosto de cada canção.
Reprodução
A cor do som (Foto: Reprodução/Getty Images)
Você vai conhecer um caso extraordinário: uma mulher que é capaz não apenas de ouvir música, como todo mundo. Incrivelmente, ela enxerga a música. Como se não bastasse, ela sente, na ponta da língua, o sabor de cada nota musical.
Elizabeth não é apenas um fenômeno. É um caso único, diz um cientista. “Não existe no mundo outro ser humano que tenha esta habilidade”, afirma.
Tudo começou nos tempos de adolescência. “Quando eu tinha 16 anos, vi que enxergava uma cor para cada nota musical que ouvia”, diz ela. “Perguntei a uma amiga se ela também podia ver cores quando ouvia música. Mas ela me disse que eu era estranha. Vi, então, que eu estava sozinha. Não era igual aos outros”, conta.
Poucas semanas depois, Elizabeth teve outra surpresa: descobriu que as notas musicais que ouvia produziam sabores específicos. Havia notas que, por exemplo, deixavam um sabor amargo na boca. “Fiquei assustada. Quase enlouqueci”, diz.
O fenômeno não acontece só com música. O som de um sino, o barulho de um motor, o toque de um celular ou o latido de um cachorro, tudo produz cores e sabores em Elizabeth. São cores que só ela enxerga e sabores que só ela sente.
É como se os sons da vida produzissem, em Elizabeth, um show que só ela pode ver, um espetáculo que não acaba nunca. Elizabeth não gosta de ir a discotecas, porque as cores e os sabores produzidos pela música que ela ouve nestes ambientes não são atraentes.
Quando ouve o som forte das discotecas, ela enxerga quadrados pretos. O que acontece com Elizabeth é um caso extremo de sinestesia, uma condição neurológica que faz com que os sentidos se combinem.
Há outros casos de gente que enxerga cores nas notas musicais. Mas o caso de Elizabeth é diferente de todos os outros, porque combina a audição, a visão e o paladar. Todos estes sentidos entram em ação, juntos, quando ela ouve um som.
Elizabeth atraiu, é claro, a atenção de médicos e cientistas. O cérebro de Elizabeth passou por um exame detalhado. Os médicos descobriram uma grande atividade nas conexões neurológicas que unem a visão, a audição e o paladar.
Em gente comum, estas conexões parecem adormecidas. Mas, em Elizabeth, elas estão em atividade. Os cientistas estão tentando identificar o gene que produz o fenômeno da sinestesia. Ou seja: a combinação entre vários sentidos.
“É só uma questão de tempo”, diz um cientista, entusiasmado com os grandes avanços da engenharia genética.
Quando a ciência descobrir qual é o gene responsável pelo que acontece com Elizabeth, esta capacidade pode ser estendida a todos os seres humanos. Pode chegar o dia em que será possível ouvir o som, ver a imagem e sentir o gosto da música. Um espetáculo que, por enquanto, tem Elizabeth como única espectadora.
O TAO E O PONTO DE MUTAÇÃO: A PONTE ENTRE O SABER ORIENTAL E O SABER MODERNO OCIDENTAL
“Os filósofos chineses viam a realidade, a cuja essência primária chamaram tao, como um processo de contínuo fluxo e mudança. Na concepção deles, todos os fenômenos que observamos participam desse processo cósmico e são, pois, intrinsecamente dinâmicos. A principal característica do tao é a natureza cíclica de seu movimento incessante; a natureza, em todos os seus aspectos - tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológico e social - exibe padrões cíclicos. Os chineses atribuem a essa idéia de padrões cíclicos uma estrutura definida, mediante a introdução dos opostos yin e yang, os dois pólos que fixam os limites para os ciclos de mudança: “Tendo yang atingido seu clímax, retira-se em favor do yin; tendo o yin atingido seu clímax, retira-se em favor do yang””(p.32-33).
CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação: A Ciência, a Sociedade e a Cultura emergente, Cultrix: São Paulo, 1989, p.447.
O Tao é a espontaneidade natural
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Tao)
"O conceito de Tao é algo que só pode ser apreendido por intuição. É algo muito simples, mas não pode ser explicado. É o que existe e o que inexiste. Só que nós temos demasiados conceitos dentro da cabeça para o entender como um todo uno.
O Tao é o Caminho da espontaneidade natural. É o que produz todas as coisas que existem. O Te 德 (a Virtude) é o modo de caminhar espontâneo que dá às coisas a sua perfeição.
O Tao não transcende o mundo; o Tao é a totalidade da espontaneidade ou «naturalidade» de todas as coisas. Cada coisa é simplesmente o que é e faz. Por isso, o Tao não faz nada; não precisa de o fazer para que tudo o que deve ser feito seja feito. Mas, ao mesmo tempo, tudo que cada coisa é e faz espontaneamente é o Tao. Por isso, o Tao «faz tudo ao fazer nada».
O Tao produz as coisas e é o Te que as sustenta. As coisas surgem espontaneamente e agem espontaneamente. Cada coisa tem o seu modo espontâneo e natural de ser. E todas as coisas são felizes desde que evoluam de acordo com a sua natureza. São as modificações nas suas naturezas que causam a dor e o sofrimento".
A NOVA CONCEPÃO DA REALIDADE PERCEBIDA PELA FÍSICA QUÂNTICA: O PONTO DE MUTAÇÃO
CAPRA (1989, Idem) descreve esta questão da seguinte forma:
"A nova concepção do universo físico não foi facilmente aceita, em absoluto, pelos cientistas do começo do século. A exploração do mundo atômico e subatômico colocou-os em contato com uma estranha e inesperada realidade que parecia desafiar qualquer descrição coerente. Em seu esforço de apreensão dessa nova realidade, os cientistas tornaram-se irremediavelmente conscientes de que seus conceitos básicos, sua linguagem e todo o seu modo de pensar eram inadequados para descrever fenômenos atômicos. Seus problemas não eram meramente intelectuais; remontavam ao significado de uma intensa crise emocional e, poderíamos dizer, até mesmo existencial. Foi preciso muito tempo para que superassem essa crise, no final, foram recompensados por profundos insights sobre a natureza da matéria e sua relação com a mente humana.
Estou convicto de que, hoje, nossa sociedade como um todo encontra-se numa crise análoga. Podemos ler acerca de suas numerosas manifestações todos os dias nos jornais. Temos taxas elevadas de inflação e desemprego, temos uma crise energética, uma crise na assistência à saúde, poluição e outros desastres ambientais, uma onda crescente de violência e crimes, e assim por diante. A tese básica do presente livro é de que tudo isso são facetas diferentes de uma só crise, que é, essencialmente, uma crise de percepção. Tal como a crise da física na década de 20, ela deriva do fato de estarmos tentando aplicar os conceitos de uma visão de mundo obsoleta - a visão de mundo mecanicista da ciência cartesiana-newtoniana - a uma realidade que já não pode ser entendida em função desses conceitos. Vivemos hoje num mundo globalmente interligado, no qual os fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes. Para descrever esse mundo apropriadamente, necessitamos de uma perspectiva ecológica que a visão de mundo cartesiana não nos oferece.
Precisamos, pois, de um novo "paradigma" - uma nova visão da realidade, uma mudança fundamental em nossos pensamentos, percepções e valores" (p.13-14).
Nesse sentido, cabe voltar os olhos para os novos paradigmas da ciência e os velhos valores religiosos cristãos.
"A noção mecanicista segundo a qual a sociedade consiste em unidades isoladas, cada qual a perseguir cegamente seus interesses próprios, não consegue lidar as interligações. Compostos desordenadamente de partes separadas, não coordenadas e, sem embargo, impostos de todas as direções, os sistemas mecanicistas tornaram-se pesados e instáveis. Os antigos modelos de conflito e confronto precisam ceder o passo a novas estruturas de integração dinâmica: estruturas que preservem a identidade dos membros participantes ao mesmo tempo em que os integrem a um todo operante [cooperante] mais amplo.
Em termos globais, vivemos em um mundo de crescente interdependência social, política e econômica. Mesmo os pequenos desvios no interior da sociedade ou de uma parte da sociedade se fazem sentir em todo o mundo. As turbulências no mercado de ações de Tóquio refletem-se em Londres e Nova York. Uma revolução em Beijing suscita esperanças e expectativas na Europa e nas Américas. Os processos de produção das indústrias individuais ou mesmo hábitos domésticos no lar têm efeito direto e duradouro sobre o meio ambiente da Terra. Até o mais privado comportamento dos indivíduos afeta e é afetado pelos padrões sociais em larga escala na sociedade como um todo" (ZOHAR, Donah. Sociedade Quântica. São Paulo: Best Seller. 2000, p.28).
PENSAMENTO PARA O DIA
Se um homem, hoje, está sob a influência da tristeza e da miséria, sua mente é a responsável por isso. Felicidade e tristeza, afetos e aversões, e os prazeres sensuais que o homem experimenta surgem da sua mente. Quando a mente está preenchida com o sentimento da dualidade, você sofre por tudo isso. Quando a mente for treinada para ver a unidade de toda a criação, não haverá perversões de qualquer tipo. Você deveria enfrentar tudo na vida com um sorriso. Nesse mundo dualista, é natural alternar ganho e perda. Você não pode evitar isso. Você não deveria desesperar quando enfrentar as adversidades e nem exultar quando a sorte sorrir para você. A adversidade é o ponto de partida para a bem-aventurança eterna.
SATHYA SAI BABA
domingo, 26 de julho de 2009
A SABEDORIA DIVINA - JACOB BOEHME
“28. DISCÍPULO: “Ó mestre! não posso mais suportar o que me mantém no desgarramento e no erro. Qual o caminho mais curto para encontrar esse amor?
MESTRE: “Toma o caminho mais duro. O que quer que o mundo deprecie, toma para ti. O que quer que o mundo faça, não faças tu. Faz, em tudo, o contrário do mundo. Esse é o caminho mais curto para chegar ao amor de Deus”.
29. DISCÍPULO: “Se, em tudo, tenho de caminhar na direção contrária à todo o mundo, por certo me encontrarei num estado muito intranqüilo e triste, e o mundo me tomará por louco”.
MESTRE: “Não te digo, filho meu, que deves fazer mal a quem quer que seja. Não é isto que quero dizer quando te aconselho a fazer o contrário de todo o mundo. Mas é que o mundo só ama o engano e a vaidade, e anda por caminhos falsos. Portanto, se tua inclinação é agir sempre de uma forma limpa, tens de andar apenas pelo caminho correto, o caminho da luz, que é contrário aos caminhos do mundo, pois o do mundo é propriamente o caminho das Trevas.
“Porém, se tens medo de, com isso, suscitar problemas e inquietudes, sabe que, segundo a carne, isso de fato ocorrerá. No mundo, certamente terás problemas, e tua carne muitas vezes te intranqüilizará. Porém, isso te dará oportunidade para um contínuo arrependimento; além disso, em tal angústia da alma, que provém do mundo da carne, o Amor se inflamará, e seu Fogo conquistador resplandecerá com mais força ainda para destruir tal mal. Também dizes que com isso o mundo te tomará por louco. É certo que o mundo te tomará por louco por caminhar em sentido contrário a ele, e não deves surpreender-te se os filhos do mundo rirem de ti e te chamarem de néscio ou louco. Pois o caminho que conduz ao amor de Deus é loucura para o mundo, mas sabedoria para os filhos de Deus. Por isso, quando o mundo percebe esse santo fogo de amor arder nos filhos de Deus, conclui prontamente que enlouqueceram; mas para os filhos de Deus, esse ardente Fogo de Amor de Deus é seu maior tesouro, um tesouro tão grande que vida alguma pode expressar o que é, nem língua alguma pode nomeá-lo. Ele é mais brilhante que o Sol, mais doce que qualquer doçura, mais forte que toda fortaleza, mais nutritivo que qualquer alimento, mais inebriante ao coração que o vinho, mais prazeroso que todo o gozo e todos os prazeres deste mundo. Quem quer que o obtenha é mais rico que qualquer rei da terra, mais nobre que qualquer imperador e mais forte que todo poder e autoridade” (p.101-102).
BOEHME, Jacob. A Sabedoria Divina, s.ed., São Paulo: ATTAR, 1994, p.146
sábado, 25 de julho de 2009
O CAMINHO DA ESPIRITUALIZAÇÃO
"Para que o ser humano se espiritualize, o caminho não é, como alguns, indevidamente, pensam, permanecer estático em posição de lótus, mas sim, a elaboração constante dos grandes sentimentos e pensamentos. Estes, para serem bem definidos, bem elaborados e polidos, necessitam experimentar as sensações materiais a fim de que, através da sensibilidade, das adversidades da vida e das situações, sejam bem elaborados independentemente das pessoas e das circunstâncias" (ANÔNIMO,1988, p.120).
PENSAMENTO PARA O DIA – 25/07/2009
PENSAMENTO PARA O DIA – 25/07/2009
A pessoa torna-se o que pensa (Yad bhavam thad bhavathi). Portanto, as pessoas devem cuidar para que seus pensamentos sejam puros e bons. A vida humana é a expressão dos pensamentos da pessoa. Os pensamentos que surgem na mente preenchem a atmosfera com ondas de energia. As ondas de pensamento são muito poderosas. Portanto, nossos pensamentos deveriam ser sublimes e sagrados. Nenhuma idéia má deveria afetar nossos pensamentos. Pensamentos maus conduzem inevitavelmente a ações más. Quando pensamentos cruéis vêm à mente, os homens comportam-se como animais cruéis. Quando, ao contrário, existem pensamentos bons e amorosos em um homem, eles o divinizam e o capacitam a executar atos bons e sagrados. Portanto, o coração de todo homem deveria estar preenchido com amor, compaixão e bondade.
SATHYA SAI BABA
quinta-feira, 23 de julho de 2009
PENSAMENTO PARA O DIA – 23/07/2009
PENSAMENTO PARA O DIA – 23/07/2009
"O homem deveria manter sob controle a fonte do prazer e da dor. Mais que o prazer, é a dor que desperta a sabedoria no homem. Se estudar as vidas dos grandes homens, você descobrirá que foi a partir da dificuldade e da dor que eles obtiveram a sabedoria. Sem tristeza não pode haver sabedoria. É a dor que ensina muitas lições ao homem. Não percebendo essa verdade profunda, o homem procura incessantemente o prazer. Sem dúvida, o homem precisa ser feliz. Mas, como essa felicidade pode ser alcançada? O homem percebe a felicidade somente quando a tristeza é superada. Portanto, todos deveriam dar boas-vindas à tristeza com o mesmo espírito que saúdam a felicidade. Dor e prazer estão misturados e ninguém pode separá-los. O prazer nunca é encontrado separadamente. Quando a pessoa é aliviada da dor, ela experimenta o prazer".
SATHYA SAI BABA
------------------------
NOTA: É verdade...no rio da Vida existem duas margens existenciais...temos que ter sabedoria para transmutar do lado negativo para o positivo da existência: da dor para o prazer, da tagarelice da mente para o silêncio de Deus, do homem para a Divindade. Esse é o caminho..
Existem técnicas orientais que nos ajudam nessa travessia.
Em 1988 durante a minha crise de identidade-existencial pude experienciar as duas margens e sou testemunha de que somos os dois lados simultaneamente. Mas, através de técnicas específicas podemos visitar por mais tempo a margem positiva...e assim descobrir todos os valores nobres, inclusive o AMOR MAIOR.
terça-feira, 21 de julho de 2009
PENSAMENTO PARA O DIA – 21/07/2009
Qualquer tarefa enorme pode ser alcançada cantando o Nome Divino. Para práticas espirituais, como meditação e penitência, são requeridos tempo e lugar específicos. Mas, para cantar o Nome Divino, nenhuma restrição precisa ser seguida. Onde quer que você esteja, o que quer que possa estar fazendo, você pode cantar o Nome Divino. Em todos os lugares, a toda hora e sob todas as circunstâncias, contemple Deus (Sarvada Sarva Kaleshu Sarvatra Hari Chintanam).
SATHYA SAI BABA
A PROMOÇÃO DA VIDA (Na troca de produtos psicológicos indesejáveis ganhe muita felicidade)
Esta é uma promoção ilimitada. A promoção é muito simples. Basta você acumular os produtos psicológicos indesejáveis e ir em qualquer posto autorizado e trocar por vários prêmios oferecidos. Assim, se você acumulou muitas mágoas leve tudo para um posto autorizado e lá você poderá trocar por perdão. E com o perdão no coração você poderá viver melhor e distribuí-lo a todos que você encontrar. Não se esqueça que a promoção é por tempo indeterminado!
Se você acumulou muitos aborrecimentos já é hora de trocar por amizade sincera. Se você acumulou vaidades já está no momento de trocá-las por simplicidade. Se você acumulou soberbas já é o momento para trocá-las por humildade. Então, preste atenção, tudo pode ser trocado basta você mesmo querer. Esta promoção é oferecida a todos sem qualquer distinção de raça, credo, nacionalidade, ideologia, sexo ou idade.
A única coisa que você deve fazer é ficar atento à promoção: acumulou...trocou! Outra coisa que você deve saber é identificar o verdadeiro posto autorizado para as trocas. Este posto está muito perto de você – mais perto do que você possa imaginar! O nome do posto é COMPAIXÃO e ele fica situado próximo ao local chamado coração numa “rua” muito sutil cujo nome é CAMINHO DO CORAÇÃO.
Assim, por favor, troque tudo porque a vida é, em síntese, uma grande troca de experiências, de amizades, de verdades, de felicidades, de fraternidades, de carinhos, de alegrias, de encantamentos, de sabedorias, de respeitos, de energias, de consciências e de transcendências. A vida é uma troca maravilhosa onde tudo aquilo que já não nos serve deve ser substituído por outras de real valor e transcendência. Aquele que ainda não percebeu isso está num processo acumulativo ad infinitum. E com certeza inevitavelmente acumulará desequilíbrios e doenças psicossomáticas (úlcera, AIDS, derrame, esquizofrenia, câncer, etc.).
Lembre-se – sempre! – que uma das teorias da Criação nos diz que “Nada se cria. Nada se perde. Tudo se troca (transforma)”. Nesse sentido, se oito horas de trabalho são desgastantes troque-as por quatro horas porque “mais vale uma saúde na mão do que mil dinheiros voando”; se quatro horas de televisão são alienantes troque-as por quatro horas de uma boa leitura de um bom livro porque mais vale a sabedoria conquistada do que mil sugestões estúpidas doadas; se o teu sentido de vida está governado pelo mercado troque-o pela orientação do Espírito porque “o discurso do dinheiro mata o Espírito”; se você não agüenta mais doar “dez dez por cento do seu salário” então troque o seu valor reduzindo essa doação para um por cento porque para Deus o que vale é a sua boa intenção; se sua alma é mercenária e violenta troque-a por uma alma cooperativa e santa porque Deus com certeza recompensa no ato um bom ato de coração doador; se a sua vida social é acelerada troque-a pela paz das montanhas porque “o bom pastor dá a vida pela paz da oração-meditação mesmo num pequeno monte (lembre-se do exemplo de Jesus (“orai e meditai” (vigiai)) no monte das Oliveiras)”.
Caros irmãos e irmãs, nunca esqueçam dessa promoção. Ela sempre existiu e sempre existirá. O Criador dessa promoção fez pensando na felicidade de Suas Criaturas. Por isso, não deixe de atender o chamado da promoção. Ela vale uma Vida de Bem-aventurança eterna. Ela vale um bônus de felicidade perene. Ela vale o quanto vale o seu esforço de troca. Ela vale o próprio Amor do Criador. Eu já fiz a experiência da troca e posso garantir a todos que o prêmio do Amor é fantástico que nenhum tesouro da terra pode ser comparado a Ele.
Por isso, não deixe de trocar a sua vida velha, ranzinza e mesquinha por uma vida nova, carinhosa e fraterna. A recompensa é a sua própria salvação e exemplo para os demais.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
AMIGOS - DO POETA VINICIUS DE MORAIS
HOJE É DIA DOS AMIGOS!(TEXOS E FIGURAS RETIRADOS DA INTERNET)
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o
amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que
tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus
amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ..
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem
noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em
síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus
amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o
amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que
tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus
amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ..
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem
noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em
síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus
amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Religiões adaptam tradições em razão da gripe suína
(http://br.noticias.yahoo.com/s/20072009/25/manchetes-religioes-adaptam-tradicoes-razao-da.html)
2 horas, 44 minutos atrás
Cristãos e muçulmanos estão sendo obrigados a mudar de hábitos diante da gripe suína. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem se reunindo com o Vaticano, com lideranças muçulmanas e de outras religiões para estabelecer um guia sobre como se deve agir caso a pandemia avance. Ontem, uma fatwa - espécie de lei religiosa do Islã - sugeriu que muçulmanos possam deixar de fazer a peregrinação a Meca por causa da gripe.
"Pela primeira vez, líderes religiosos e a OMS estão conversando", explicou Ted Karpf ao Estado. Ele é o responsável, na OMS, por manter o diálogo com entidades religiosas. Sua meta é estabelecer um guia para as religiões até o fim do ano. "Durante a peste na Idade Média, tudo fechou. Mas as igrejas ficaram abertas. Em 1918, ocorreu o mesmo com a gripe espanhola", afirmou Karpf. "Desta vez, atuamos com base na ciência e estamos conseguindo de líderes religiosos que estabeleçam orientações aos centros espalhados pelo mundo sobre eventuais mudanças de comportamentos e rituais, além da possibilidade futura de fecharem suas paróquias."
Ontem, a principal liderança xiita do Líbano, o aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah, alertou as pessoas que temem o novo vírus a não fazer neste ano a peregrinação a Meca e Medina, na Árabia Saudita. Mas, na fatwa que emitiu, avisou que o hajj - o evento de ir até Meca - não deveria ser cancelado por inteiro. O hajj ocorre em dezembro e autoridades sanitárias dos países islâmicos estão preocupadas, pois o evento chega a reunir 3 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde da Arábia Saudita já recomendou que crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas evitem o hajj.
Cristãos
Cristãos também se adaptaram. Na Argentina, a Igreja Católica recomendou a padres que façam a comunhão sem colocar a hóstia na boca dos fiéis. A saudação de paz também foi suspensa. No Reino Unido, a Igreja Anglicana recomendou evitar água benta. Nos EUA, a Igreja Batista cancelou missas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE SAÚDE QUÂNTICA E QUALIDADE DE VIDA
[TEXTOS E FIGURAS RETIRADOS DA INTERNET]
Pela primeira vez em Recife, e possivelmente no Brasil, estarão reunidos um grupo de cientistas de renome internacional, pela consistência e importância dos seus trabalhos científicos dentro da Física Quântica e com importantes contribuições na área de saúde e qualidade de vida.
A temática da saúde e qualidade de vida nunca foi tão urgente, haja visto os altos índices de problemas de saúde em nível mundial, com índices alarmantes que preocupam a todos nós. Além da fundamental contribuição para as tecnologias de ponta, com as quais convivemos hoje em diversas áreas, a Física Quântica tem sido uma eficaz ferramenta para compreender a mente humana e o seu funcionamento, bem como as micro-estruturas do nosso corpo, onde se originam os desequilíbrios que poderão vir a se manifestar no corpo físico como doenças. O papel da mente nos processos de cura já possui inúmeras comprovações científicas. A eficácia de processos terapêuticos como a Acupuntura, Homeopatia, EFT, PNL, EMDR, Medicina dos Chacras e da Medicina Psicossomática, entre outros, serão apresentados nesse simpósio por cientistas reconhecidos mundialmente. Uma nova percepção da realidade se apresenta de maneira contundente.
Os duzentos primeiros inscritos receberão um livro com artigos revolucionários com os palestrantes do evento e ainda com Stanislav Grof, Humberto Maturana, Pierre Weil, Alan Wallace, Jean Yves-Leloup e Vitor da Fonseca. Teremos ainda a participação especial do Prof. Dr. Marcelo Pelizzoli e do Terapeuta Holístico Eduardo Chianca, Co-criador da Terapia Energética Quântica-Holográfica, Frequências de Luz.
Sinta-se convidado(a) a compartilhar desse raro e especial momento. Acesse o site www.saudequantum.com (em construção) e veja vídeos e entrevistas com os palestrantes. O formulário para inscrições antecipadas com desconto e com direito a um livro como brinde, encontra-se disponível para download aqui.
Abraços Quânticos!
Prof. Wallace Carvalho
INSCRIÇÃO
O formulário para inscrições antecipadas com desconto e com direito a um livro como brinde, encontra-se disponível para download aqui.
INVESTIMENTO
==>Até 10 / 07/ 2009 (Promocionalmente)
Profissionais: À vista: R$ 240,00 ou 1 entrada de R$ 90,00 + 2 parcelas de R$ 90,00.
Estudantes ( de graduação) :À vista: R$ 190,00 ou 1 entrada de R$ 70,00 + 2 parcelas de R$ 70,00.
==>Após 10/ 07/ 2009 Profissionais : Valores majorados
Estudantes ( de Graduação): Valores majorados
Como fazer a sua inscrição:
1º - Preencha os dados do formulário acima (download aqui);
2º - Envie-o para o email saudequantum@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ;
3º - Proceda o depósito do valor no qual se enquadra, na Caixa Econômica Federal, Conta Poupança nº 121 575-6, Operação: 013, Agência 0368, ou, em caso de parcelamento, proceder o depósito da entrada e enviar os cheques com as demais parcelas; ou proceder o depósito das outras parcelas no prazo de 30 e 60 dias após a primeira parcela.
4º - Envie um e-mail para saudequantum@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. contendo em anexo comprovante de depósito. A efetivação da inscrição se fará mediante envio da cópia do comprovante do depósito do valor integral ou da cópia do comprovante do depósito da primeira parcela e a entrega dos 2 cheques pré-datados para 30 e 60 dias após o pagamento da 1ª parcela, ou o comprovante dos outros depósitos, nos prazos de 30 e 60 dias.
OBS: A inscrição só será concretizada após a confirmação dos procedimentos acima, o que viabilizará o recebimento do Livro (brinde) para os 200 primeiros inscritos.
Atenciosamente,
Coordenação do Simpósio Internacional Saúde Quântica e Qualidade de Vida
Instituto de Ciência, Cultura e Filosofia Hindu
(http://www.iccfh.net.br/)
Pela primeira vez em Recife, e possivelmente no Brasil, estarão reunidos um grupo de cientistas de renome internacional, pela consistência e importância dos seus trabalhos científicos dentro da Física Quântica e com importantes contribuições na área de saúde e qualidade de vida.
A temática da saúde e qualidade de vida nunca foi tão urgente, haja visto os altos índices de problemas de saúde em nível mundial, com índices alarmantes que preocupam a todos nós. Além da fundamental contribuição para as tecnologias de ponta, com as quais convivemos hoje em diversas áreas, a Física Quântica tem sido uma eficaz ferramenta para compreender a mente humana e o seu funcionamento, bem como as micro-estruturas do nosso corpo, onde se originam os desequilíbrios que poderão vir a se manifestar no corpo físico como doenças. O papel da mente nos processos de cura já possui inúmeras comprovações científicas. A eficácia de processos terapêuticos como a Acupuntura, Homeopatia, EFT, PNL, EMDR, Medicina dos Chacras e da Medicina Psicossomática, entre outros, serão apresentados nesse simpósio por cientistas reconhecidos mundialmente. Uma nova percepção da realidade se apresenta de maneira contundente.
Os duzentos primeiros inscritos receberão um livro com artigos revolucionários com os palestrantes do evento e ainda com Stanislav Grof, Humberto Maturana, Pierre Weil, Alan Wallace, Jean Yves-Leloup e Vitor da Fonseca. Teremos ainda a participação especial do Prof. Dr. Marcelo Pelizzoli e do Terapeuta Holístico Eduardo Chianca, Co-criador da Terapia Energética Quântica-Holográfica, Frequências de Luz.
Sinta-se convidado(a) a compartilhar desse raro e especial momento. Acesse o site www.saudequantum.com (em construção) e veja vídeos e entrevistas com os palestrantes. O formulário para inscrições antecipadas com desconto e com direito a um livro como brinde, encontra-se disponível para download aqui.
Abraços Quânticos!
Prof. Wallace Carvalho
INSCRIÇÃO
O formulário para inscrições antecipadas com desconto e com direito a um livro como brinde, encontra-se disponível para download aqui.
INVESTIMENTO
==>Até 10 / 07/ 2009 (Promocionalmente)
Profissionais: À vista: R$ 240,00 ou 1 entrada de R$ 90,00 + 2 parcelas de R$ 90,00.
Estudantes ( de graduação) :À vista: R$ 190,00 ou 1 entrada de R$ 70,00 + 2 parcelas de R$ 70,00.
==>Após 10/ 07/ 2009 Profissionais : Valores majorados
Estudantes ( de Graduação): Valores majorados
Como fazer a sua inscrição:
1º - Preencha os dados do formulário acima (download aqui);
2º - Envie-o para o email saudequantum@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ;
3º - Proceda o depósito do valor no qual se enquadra, na Caixa Econômica Federal, Conta Poupança nº 121 575-6, Operação: 013, Agência 0368, ou, em caso de parcelamento, proceder o depósito da entrada e enviar os cheques com as demais parcelas; ou proceder o depósito das outras parcelas no prazo de 30 e 60 dias após a primeira parcela.
4º - Envie um e-mail para saudequantum@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. contendo em anexo comprovante de depósito. A efetivação da inscrição se fará mediante envio da cópia do comprovante do depósito do valor integral ou da cópia do comprovante do depósito da primeira parcela e a entrega dos 2 cheques pré-datados para 30 e 60 dias após o pagamento da 1ª parcela, ou o comprovante dos outros depósitos, nos prazos de 30 e 60 dias.
OBS: A inscrição só será concretizada após a confirmação dos procedimentos acima, o que viabilizará o recebimento do Livro (brinde) para os 200 primeiros inscritos.
Atenciosamente,
Coordenação do Simpósio Internacional Saúde Quântica e Qualidade de Vida
Instituto de Ciência, Cultura e Filosofia Hindu
(http://www.iccfh.net.br/)
MEDICINA E HOLISMO: DECLARAÇÃO DE VENEZA
Trechos do Artigo do Prof. Hélio Teixeira* retirado da Internet
Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica
Universidade Federal de Uberlândia
Uberlândia (MG). Brasil
E-mail: hteixeira@ufu.br
As escolas médicas, como salientamos, enfatizam a doença em detrimento do doente e para ela [doença] direcionam os recursos diagnósticos e terapêuticos; não levam em conta que a doença representa apenas uma manifestação exteriorizada de problemas interiores do ser4. Ênfase na parte, negligência no todo. Visão mecanicista ou organicista do ser, ausência de avaliação global. É de observação comum que os médicos modernos são mais preparados para ouvir, sentir e perceber melhor os órgãos; ao contrário, os médicos antigos percebiam melhor as pessoas. A tecnologia moderna investiga bem a doença, mas é fria, impessoal, insensível e incapaz de adentrar na alma do paciente. Este não aguarda ansiosamente apenas pela modernidade na condução de seu caso, mas espera encontrar diante de si um técnico competente (médico) que seja também um confessor, um protetor e um amigo. Do técnico, ele espera soluções; ao confessor, revela seus problemas íntimos, às vezes timidamente, mas com coragem; ao protetor, entrega seu destino; e do amigo, espera solidariedade, compreensão e calor humano. Fica então evidente porque o computador não substitui o médico nessa função perante o paciente, que é essencialmente humana.4 Uma outra abordagem mais complexa do ser humano visualiza quatro dimensões do mesmo e foram desenvolvidas por Philon de Alexandria e Karlfried Graf Dürckheim: soma, psique, nous e pneuma8. A figura 3 mostra uma representação gráfica do ser humano com suas quatro dimensões:
“Declaração de Veneza
Em 1986 reuniram-se em Veneza 19 celebridades nas diversas áreas do conhecimento humano, incluindo2 ganhadores de Prêmio Nobel, além do presidente do Comitê Nobel de Estocolmo, oriundos de 16 países, entre eles o Brasil, aqui representado pelo Prof. Ubiratan D'Ambrosio, da UNICAMP, para, sob a organização da UNESCO, discutirem o futuro da ciência no mundo. Ao final, divulgaram as conclusões dos trabalhos em um relatório que ficou conhecido como Declaração de Veneza1, 2, cujo teor reproduzimos abaixo, por julgarmos pertinente ao assunto em pauta:
Comunicado final do Colóquio:
A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento Veneza, 7 de março de 1986.
Os participantes do colóquio "A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento", organizado pela UNESCO, com a colaboração da Fundação Giorgio Cini (Veneza, 3-7 de março de 1986), animados por um espírito de abertura e de questionamento dos valores de nosso tempo, ficaram de acordo sobre os seguintes pontos:
• 1. Somos testemunhas de uma revolução muito importante no domínio da ciência, provocada pela ciência fundamental (em particular a física e a biologia), devido a transformação que ela traz à lógica, à epistemologia e também, através das aplicações tecnológicas, à vida de todos os dias. Mas, constatamos, ao mesmo tempo, a existência de uma importante defasagem entre a nova visão do mundo que emerge do estudo dos sistemas naturais e os valores que ainda predominam na filosofia, nas ciências do homem e na vida da sociedade moderna. Pois estes valores baseiam-se em grande parte no determinismo mecanicista, no positivismo ou no niilismo. Sentimos esta defasagem como fortemente nociva e portadora de grandes ameaças de destruição de nossa espécie.
• 2. O conhecimento científico, devido a seu próprio movimento interno, chegou aos limites onde pode começar o diálogo com outras formas de conhecimento. Neste sentido, reconhecendo as diferenças fundamentais entre a ciência e a tradição, constatamos não sua oposição, mas sua complementaridade. O encontro inesperado e enriquecedor entre a ciência e as diferentes tradições do mundo permite pensar no aparecimento de uma nova visão da humanidade, até mesmo num novo racionalismo, que poderia levar a uma nova perspectiva metafísica.
• 3. Recusando qualquer projeto globalizante, qualquer sistema fechado de pensamento, qualquer nova utopia, reconhecemos ao mesmo tempo a urgência de uma procura verdadeiramente transdisciplinar, de uma troca dinâmica entre as ciências "exatas", as ciências "humanas", a arte e a tradição. Pode-se dizer que este enfoque transdisciplinar está inscrito em nosso próprio cérebro, pela interação dinâmica entre seus dois hemisférios. O estudo conjunto da natureza e do imaginário, do universo e do homem, poderia assim nos aproximar mais do real e nos permitir enfrentar melhor os diferentes desafios de nossa época.
• 4. O ensino convencional da ciência, por uma apresentação linear dos conhecimentos, dissimula a ruptura entre a ciência contemporânea e as visões anteriores do mundo. Reconhecemos a urgência da busca de novos métodos de educação que levem em conta os avanços da ciência, que agora se harmonizam com as grandes tradições culturais, cuja preservação e estudo aprofundado parecem fundamentais. A UNESCO seria a organização apropriada para promover tais idéias.
• 5. Os desafios de nossa época: o desafio da autodestruição de nossa espécie, o desafio da informática, o desafio da genética, etc. mostram, de ua maneira nova, a responsabilidade social dos cientistas no que diz respeito à iniciativa e à aplicação da pesquisa. Se os cientistas não podem decidir sobre a aplicação da pesquisa, se não podem decidir sobre a aplicação de suas próprias descobertas, eles não devem assistir passivamente à aplicação cega destas descobertas. Em nossa opinião, a amplidão dos desafios contemporâneos exige, por um lado, a informação rigorosa e permanente da opinião pública e, por outro lado, a criação de organismos de orientação e até de decisão de natureza pluri e transdisciplinar.
• 6. Expressamos a esperança que a UNESCO dê prosseguimento a esta iniciativa, estimulando uma reflexão dirigida para a universalidade e a transdisciplinaridade. Agradecemos a UNESCO que tomou a iniciativa de organizar este encontro, de acordo com sua vocação de universalidade. Agradecemos também a Fundação Giorgio Cini por ter oferecido este local privilegiado para a realização deste fórum.
Signatários:
• Professor D. A. Akyeampong (Gana), físico-matemático, Universidade de Gana.
• Professor Ubiratan D'Ambrosio (Brasil), matemático, coordenador geral dos Institutos, Universidade Estadual de Campinas.
• Professor René Berger (Suíça), professor honorário, Universidade de Lausanne.
• Professor Nicolo Dallaporta (Itália), professor honorário da Escola Internacional dos Altos Estudos em Trieste.
• Professor Jean Dausset (França), Prêmio Nobel de Fisiologia e de Medicina (1980), Presidente do Movimento Universal da Responsabilidade Científica (MURS França).
• Senhora Maîtraye Devi (Índia), poeta-escritora.
• Professor Gilbert Durand (França), filósofo, fundador do Centro de Pesquisa sobre o Imaginário.
• Dr. Santiago Genovès (México), pesquisador no Instituto de Pesquisa Antropológica, acadêmico titular da Academia Nacional de Medicina.
• Dr. Susantha Goonatilake (Sri Lanka), pesquisador, antropologia cultural. Prof. Avishai Margalit (Israel), filósofo, Universidade Hebraica de Jerusalém.
• Prof. Yujiro Nakamura (Japão), filósofo-escritor, professor na Universidade de Meiji.
• Dr. Basarab Nicolescu (França), físico, C.N.R.S.
• Prof. David Ottoson (Suécia), Presidente do Comitê Nobel pela Fisiologia ou Medicina, professor e diretor do Departamento de Fisiologia, Instituto Karolinska.
• Sr. Michel Random (França), filósofo, escritor.
• Sr. Facques G. Richardson (França - Estados Unidos), escritor científico. Prof. Abdus Salam (Paquistão), Prêmio Nobel de Física (1979), diretor do Centro Internacional de Física Teórica, Trieste, Itália, representado pelo Dr. L.K. Shayo (Nigéria), professor de matemáticas.
• Dr. Rupert Sheldrake (Reino Unido), Ph.D. em bioquímica, Universidade de Cambridge.
• Prof. Henry Stapp (Estados Unidos da América), físico, Laboratório Lawrence Berkeley, Universidade da Califórnia Berkeley.
• Dr. David Suzuki (Canadá), geneticista, Universidade de British Columbia. “
Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica
Universidade Federal de Uberlândia
Uberlândia (MG). Brasil
E-mail: hteixeira@ufu.br
As escolas médicas, como salientamos, enfatizam a doença em detrimento do doente e para ela [doença] direcionam os recursos diagnósticos e terapêuticos; não levam em conta que a doença representa apenas uma manifestação exteriorizada de problemas interiores do ser4. Ênfase na parte, negligência no todo. Visão mecanicista ou organicista do ser, ausência de avaliação global. É de observação comum que os médicos modernos são mais preparados para ouvir, sentir e perceber melhor os órgãos; ao contrário, os médicos antigos percebiam melhor as pessoas. A tecnologia moderna investiga bem a doença, mas é fria, impessoal, insensível e incapaz de adentrar na alma do paciente. Este não aguarda ansiosamente apenas pela modernidade na condução de seu caso, mas espera encontrar diante de si um técnico competente (médico) que seja também um confessor, um protetor e um amigo. Do técnico, ele espera soluções; ao confessor, revela seus problemas íntimos, às vezes timidamente, mas com coragem; ao protetor, entrega seu destino; e do amigo, espera solidariedade, compreensão e calor humano. Fica então evidente porque o computador não substitui o médico nessa função perante o paciente, que é essencialmente humana.4 Uma outra abordagem mais complexa do ser humano visualiza quatro dimensões do mesmo e foram desenvolvidas por Philon de Alexandria e Karlfried Graf Dürckheim: soma, psique, nous e pneuma8. A figura 3 mostra uma representação gráfica do ser humano com suas quatro dimensões:
“Declaração de Veneza
Em 1986 reuniram-se em Veneza 19 celebridades nas diversas áreas do conhecimento humano, incluindo2 ganhadores de Prêmio Nobel, além do presidente do Comitê Nobel de Estocolmo, oriundos de 16 países, entre eles o Brasil, aqui representado pelo Prof. Ubiratan D'Ambrosio, da UNICAMP, para, sob a organização da UNESCO, discutirem o futuro da ciência no mundo. Ao final, divulgaram as conclusões dos trabalhos em um relatório que ficou conhecido como Declaração de Veneza1, 2, cujo teor reproduzimos abaixo, por julgarmos pertinente ao assunto em pauta:
Comunicado final do Colóquio:
A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento Veneza, 7 de março de 1986.
Os participantes do colóquio "A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento", organizado pela UNESCO, com a colaboração da Fundação Giorgio Cini (Veneza, 3-7 de março de 1986), animados por um espírito de abertura e de questionamento dos valores de nosso tempo, ficaram de acordo sobre os seguintes pontos:
• 1. Somos testemunhas de uma revolução muito importante no domínio da ciência, provocada pela ciência fundamental (em particular a física e a biologia), devido a transformação que ela traz à lógica, à epistemologia e também, através das aplicações tecnológicas, à vida de todos os dias. Mas, constatamos, ao mesmo tempo, a existência de uma importante defasagem entre a nova visão do mundo que emerge do estudo dos sistemas naturais e os valores que ainda predominam na filosofia, nas ciências do homem e na vida da sociedade moderna. Pois estes valores baseiam-se em grande parte no determinismo mecanicista, no positivismo ou no niilismo. Sentimos esta defasagem como fortemente nociva e portadora de grandes ameaças de destruição de nossa espécie.
• 2. O conhecimento científico, devido a seu próprio movimento interno, chegou aos limites onde pode começar o diálogo com outras formas de conhecimento. Neste sentido, reconhecendo as diferenças fundamentais entre a ciência e a tradição, constatamos não sua oposição, mas sua complementaridade. O encontro inesperado e enriquecedor entre a ciência e as diferentes tradições do mundo permite pensar no aparecimento de uma nova visão da humanidade, até mesmo num novo racionalismo, que poderia levar a uma nova perspectiva metafísica.
• 3. Recusando qualquer projeto globalizante, qualquer sistema fechado de pensamento, qualquer nova utopia, reconhecemos ao mesmo tempo a urgência de uma procura verdadeiramente transdisciplinar, de uma troca dinâmica entre as ciências "exatas", as ciências "humanas", a arte e a tradição. Pode-se dizer que este enfoque transdisciplinar está inscrito em nosso próprio cérebro, pela interação dinâmica entre seus dois hemisférios. O estudo conjunto da natureza e do imaginário, do universo e do homem, poderia assim nos aproximar mais do real e nos permitir enfrentar melhor os diferentes desafios de nossa época.
• 4. O ensino convencional da ciência, por uma apresentação linear dos conhecimentos, dissimula a ruptura entre a ciência contemporânea e as visões anteriores do mundo. Reconhecemos a urgência da busca de novos métodos de educação que levem em conta os avanços da ciência, que agora se harmonizam com as grandes tradições culturais, cuja preservação e estudo aprofundado parecem fundamentais. A UNESCO seria a organização apropriada para promover tais idéias.
• 5. Os desafios de nossa época: o desafio da autodestruição de nossa espécie, o desafio da informática, o desafio da genética, etc. mostram, de ua maneira nova, a responsabilidade social dos cientistas no que diz respeito à iniciativa e à aplicação da pesquisa. Se os cientistas não podem decidir sobre a aplicação da pesquisa, se não podem decidir sobre a aplicação de suas próprias descobertas, eles não devem assistir passivamente à aplicação cega destas descobertas. Em nossa opinião, a amplidão dos desafios contemporâneos exige, por um lado, a informação rigorosa e permanente da opinião pública e, por outro lado, a criação de organismos de orientação e até de decisão de natureza pluri e transdisciplinar.
• 6. Expressamos a esperança que a UNESCO dê prosseguimento a esta iniciativa, estimulando uma reflexão dirigida para a universalidade e a transdisciplinaridade. Agradecemos a UNESCO que tomou a iniciativa de organizar este encontro, de acordo com sua vocação de universalidade. Agradecemos também a Fundação Giorgio Cini por ter oferecido este local privilegiado para a realização deste fórum.
Signatários:
• Professor D. A. Akyeampong (Gana), físico-matemático, Universidade de Gana.
• Professor Ubiratan D'Ambrosio (Brasil), matemático, coordenador geral dos Institutos, Universidade Estadual de Campinas.
• Professor René Berger (Suíça), professor honorário, Universidade de Lausanne.
• Professor Nicolo Dallaporta (Itália), professor honorário da Escola Internacional dos Altos Estudos em Trieste.
• Professor Jean Dausset (França), Prêmio Nobel de Fisiologia e de Medicina (1980), Presidente do Movimento Universal da Responsabilidade Científica (MURS França).
• Senhora Maîtraye Devi (Índia), poeta-escritora.
• Professor Gilbert Durand (França), filósofo, fundador do Centro de Pesquisa sobre o Imaginário.
• Dr. Santiago Genovès (México), pesquisador no Instituto de Pesquisa Antropológica, acadêmico titular da Academia Nacional de Medicina.
• Dr. Susantha Goonatilake (Sri Lanka), pesquisador, antropologia cultural. Prof. Avishai Margalit (Israel), filósofo, Universidade Hebraica de Jerusalém.
• Prof. Yujiro Nakamura (Japão), filósofo-escritor, professor na Universidade de Meiji.
• Dr. Basarab Nicolescu (França), físico, C.N.R.S.
• Prof. David Ottoson (Suécia), Presidente do Comitê Nobel pela Fisiologia ou Medicina, professor e diretor do Departamento de Fisiologia, Instituto Karolinska.
• Sr. Michel Random (França), filósofo, escritor.
• Sr. Facques G. Richardson (França - Estados Unidos), escritor científico. Prof. Abdus Salam (Paquistão), Prêmio Nobel de Física (1979), diretor do Centro Internacional de Física Teórica, Trieste, Itália, representado pelo Dr. L.K. Shayo (Nigéria), professor de matemáticas.
• Dr. Rupert Sheldrake (Reino Unido), Ph.D. em bioquímica, Universidade de Cambridge.
• Prof. Henry Stapp (Estados Unidos da América), físico, Laboratório Lawrence Berkeley, Universidade da Califórnia Berkeley.
• Dr. David Suzuki (Canadá), geneticista, Universidade de British Columbia. “
PENSAMENTO PARA O DIA – 19/07/2009
Conte-me sobre sua companhia e Eu lhe direi quem você é. Quando você se associa com coisas efêmeras, os resultados também estão fadados a serem efêmeros. Você deveria desenvolver amizade com a Divindade, porque somente Ela é verdadeira e eterna. A Divindade está imensamente presente em você. O mundo externo está sujeito à mudança. O mundo é somente uma combinação de matéria. Tudo, nesse mundo, é transitório. Nada é permanente. Somente o invisível princípio do Atma é verdadeiro e eterno.
SATHYA SAI BABA
sexta-feira, 17 de julho de 2009
CHAKRAS: AS "CHAVES" DO REINO DOS CÉUS-CONSCIÊNCIA
(TRECHOS DA MINHA TESE DE DOUTORADO DEFENDIDA EM 1998 NA COPPE/UFRJ)
Bernardo Melgaço da Silva
Todo e qualquer princípio da natureza é uma manifestação de uma forma, entre milhões ou bilhões delas, de energia. E qualquer trabalho emprega energia em seu processo de transformação. Seja o trabalho material quanto o trabalho espiritual. Trabalho humano ou não-humano. Assim sendo podemos afirmar que a energia tem uma qualidade de densificação e uma outra de sutilização (para maiores detalhes ver a teoria da Relatividade de Einstein - E = m.c2 ). Em outras palavras, uma qualidade de materialização e outra qualidade de espiritualização.
Se trabalhamos com energia é compreensível que queiramos saber aonde se encontra a fonte dessa energia. É uma curiosidade natural. Deve existir algum centro ou núcleo que emana ou gera essa energia. Vejamos o exemplo de um eletricista que vai fazer um conserto nas instalações elétricas de uma hipotética casa ou prédio. Qual é o primeiro procedimento que ele vai procurar logo saber? Certamente que é a localização do quadro de força ou quadro de alimentação de energia. É a partir desse quadro que ele vai começar a operar o seu trabalho de conserto. Esse quadro de alimentação de energia é a referência principal do técnico eletricista. Então o segundo passo é verificar se existe energia no quadro de alimentação, e se existe ele começa a investigar porque essa energia não está chegando no ponto especificado do defeito ou em casos mais graves porque essa energia está em desarmonia (em curto-circuito).
O que acontece quando alguém que vai operar uma determinada rede elétrica não sabe ou não foi educado para lhe dar com a rede elétrica? Em outras palavras, o que acontece ou pode acontecer com um eletricista "curioso"? Será que ele vai dar importância as recomendações técnicas de segurança? Será que esse eletricista curioso sabe que existe balanceamento de carga elétrica entre as fases da rede? Certamente que não sabe. Então com toda certeza esse eletricista curioso vai desobedecer todas as normas técnicas de segurança. E além disso é muito provável que ele no decorrer de algum tempo de intervenção nessa rede venha desbalanceá-la completamente. O que vai acontecer com os instrumentos ligados a essa rede? Serão prejudicados. E se algum dia acontecer um incêndio, será que foi por acaso?
Muito bem, agora retornemos ao plano das energias sutis humanas. A ignorância a respeito da localização dos “quadros de força” das energias sutis e das normas de segurança no uso dessas energias, aonde refletirá na natureza humana? No corpo e na psique. Esse é o nosso maior problema existencial. O homem moderno ignora por completo esse contexto de energia. Por isso, a ignorância desse homem vem causando sérios danos ao indivíduo e à sociedade. Esses "quadros de força" são conhecidos pelos orientais como centros de energias sutis ou chakras. E o mestre Jesus Cristo apontou para essa questão quando afirmou: “Eu lhe darei as chaves do reino dos céus, e o que você ligar na terra será ligado nos céus, e o que você desligar na terra será desligado nos céus” (apud DUNCAN, 1986, p.114).
As “chaves” que Jesus Cristo apontou são os próprios chakras. Existem diversos centros de energias que alimentam as diversas redes de condutores de energia tanto no corpo físico quanto nos diversos corpos não-físicos. Os milhares de fios nervosos espalhados pelo corpo físico é um exemplo bem próximo de nossa realidade objetiva (ver figura-analogia no ANEXO). E se estudarmos com cuidado e com a visão de um especialista de eletricidade poderemos constatar que os nossos quadros de comando industrial são cópias fiéis desse sistema complexo humano formado por uma fonte com suas duas polaridades (positivo e negativo) distribuindo energia para o sistema através desses fios nervosos e não-nervosos (os nadis). Essa fonte no corpo físico é o cérebro humano. O cérebro é uma fonte secundária. Os chakras são os “quadros de força” de alimentação e estão interligados entre si. E formam dessa maneira uma poderosa fonte (principal) de alimentação de consciência bioenergética.
Em suma, a fonte principal de consciência bioenergética da natureza humana está relacionada aos chakras. No campo da eletricidade temos os autotransformadores que são equipamentos que transformam valores de tensão por meio do deslocamento de vários "center-tape" (terminais de conexão de energia). Num mesmo enrolamento temos tanto a entrada quanto a saída de tensão. O valor da tensão de saída vai depender do nível do center tape que está ligado à entrada. Essa visão dos autotransformadores elétricos pode agora nos auxiliar para compreendermos como se dá a diferença de nível de consciência e de autotransformação sutil no contexto da energia humana. A mudança de ligação de chakras provoca na pessoa uma mudança de nível de energia e consciência. Os chakras "superiores" (no campo místico são conhecidos como os mais sutis) fornecem mais energias e estados de consciência mais elevados. O que nós ocidentais denominamos de "valores ou princípios éticos" são na verdade níveis bioenergéticos mais elevados desses chakras superiores.
A ativação consciente desses chakras pertence ao domínio dos estudos da ioga. Os iogues são em síntese verdadeiros "eletricistas" e mestres que aprenderam há milhares de anos a ligarem as “chaves” desses "quadros de força": lembremos o que disse o mestre Jesus Cristo "orai e vigia" (o "vigiai" é uma ação de meditação dos iogues). A verdadeira religião é uma ação de religamento ("religare") desses centros de energias-consciências (chakras).
Cada "quadro de força" (chakra) tem uma função complexa e específica. O chakra do coração tem a função de religar a energia-consciência do ser humano ao amor divino. E por isso é vital no conjunto dos chakras. O chakra do coração é de alto nível de transformação. E para se religar esse chakra faz-se necessário religar também os outros chakras inferiores. Nessa mudança de um "center-tape bioenergético" para outro podemos sentir a sensação das energias de paz, de felicidade, de harmonia, de bem-aventurança, de equilíbrio, etc. Essa afirmação não deve ser considerada como uma tese, mas uma vivência, ou seja, não é uma hipótese mas uma constatação. Digo isso, com humildade mas também com fé, na esperança de um dia a ciência moderna tentar se abrir para esse domínio de investigação. Mas, paradoxalmente o estudo desse domínio depende da intenção sincera com fé do cientista. Nesse sentido, o método racional se torna impraticável porque ele se apoia fortemente na dúvida do cientista como elemento propulsor de novas descobertas.
Existe um milhão de coisas que podem ser ditas. E existe somente uma que pode ser vivenciada: a Verdade de Deus. Esse é o dilema de mulheres e homens em busca da verdade superior. A Verdade de Deus é uma revelação de Visão superior e Valores genuínos. E, portanto, não é uma descoberta utilitária. A evolução ontológica é uma vivência pessoal na manipulação de níveis de energias-consciências demasiadamente sutis como a paz interior, a felicidade, a fraternidade, o equilíbrio, a bondade, etc. Nesse sentido, o trabalho de investigação nesse contexto de energia humana altamente sutil, transforma a consciência, a vida e o caminho de qualquer ser humano. O mistério é a nossa própria ignorância a respeito desse caminho de conhecimento com transformação sustentada na fé e na verdade genuína divina.
Tudo existe para ser compreendido de acordo com um esforço apropriado e determinado num contexto e num significado específico.
Os chakras são, portanto, complexos geradores e armazenadores de energias sutis. É importante frisar que todo gerador é um sistema transformador. De um lado ele recebe uma entrada de “energia” e do outro ele “oferece” uma saída numa outra forma ou grandeza ou intensidade de “energia”.
O senso comum diz que a relação entre a visão e o mundo é um fenômeno onde o mundo é um objeto externo a uma visão interna no homem. E que ambos estão separados assim como mostra a figura 1.
O que eu posso perceber é que a natureza humana está inserida num contexto entre dois pólos-conjuntos de chakras (ver Anexo) como mostra a figura 2.
Podemos ver como mostra a figura 2 que o foco (O’) da energia-percepção se localiza “fora” do ser (ser-mundo). É claro que isso é uma representação para se poder definir parâmetros e posicionamentos de análises. Mas, essa representação se faz necessário para se poder falar ou descrever o foco complementar e “simétrico” (O). Essa representação nos diz que o foco da percepção objetiva do homem é “fora” dele. Em outras palavras, a visão começa “fora” de nós e termina em nós (o mundo-ser).
O mundo objetivo não está fora de nós. Nós é que o percebemos fora de nós. O que está “fora” de nós é o foco ou vértice da visão desse mundo. Tudo o que vemos fora de nós na verdade não está efetivamente “fora” de nós. Vamos usar a analogia do olho físico para compreendermos esse sutil processo. Se por hipótese considerarmos o olho como sendo um foco ou vértice da visão física o mundo estaria dentro de nós, não é mesmo! Logo sendo o olho um foco ou vértice da visão ele (o olho) não consegue enxergar a si mesmo como um foco. Assim também é analogamente falando a nossa percepção psíquica (que transcende o olho físico e o cérebro).
Existe uma diferença sutil entre percepção e consciência. O foco da percepção está “fora” do domínio ou espaço sagrado. E o foco da consciência está “fora” do domínio ou espaço humano. Podemos dizer também que a percepção está “dentro” do espaço humano. E da mesma forma o foco da consciência está “dentro” do espaço sagrado. Essa diferença na verdade é em decorrência do funcionamento complementar e simétrico dos dois conjuntos, inferior e superior, de chakras responsáveis pela geração da energia sutil formadora da percepção e da consciência respectivamente.
A vivência é a visão da diferença entre o “conceito” (a percepção) e o “conteúdo” (a consciência”). Foi nesse domínio sutil entre a percepção e a consciência que Einstein desenvolveu toda a sua teoria da Relatividade. É claro sustentado por uma lógica matemática. Mas, o fenômeno em si foi obtido por um processo de mudança de percepção para a consciência e vice-versa. Esse movimento é que nos proporciona a “vivência” de qualquer fenômeno “externo” ou “interno”. O domínio do “externo” (humano) está relacionado com três chakras inferiores. E o domínio do “interno” (sagrado) está relacionado com quatro (chakras) superiores (localizados na altura do “coração, garganta, testa e topo da cabeça”).
Nesse contexto, a vida humana está, no mundo moderno, centrada na percepção. E a vida humana, no mundo tradicional oriental, estava (e está ainda) centrada na consciência. Foi nesse domínio da consciência que Jesus Cristo se tornou o mestre dos mestres. E foi por isso que ele afirmou “eu não sou desse Reino”. A mudança de foco é a questão chave para entendermos de fato o domínio do Reino da consciência sagrada. E essa mudança é conhecida como “conversão religiosa”. Mas, na essência da questão, é também uma conversão de energia-consciência sutil e de formação de visão de mundo e VISÃO DO SER. E a mudança de conjunto de chakras é responsável por essa transformação de percepção para a consciência.
Bernardo Melgaço da Silva
Todo e qualquer princípio da natureza é uma manifestação de uma forma, entre milhões ou bilhões delas, de energia. E qualquer trabalho emprega energia em seu processo de transformação. Seja o trabalho material quanto o trabalho espiritual. Trabalho humano ou não-humano. Assim sendo podemos afirmar que a energia tem uma qualidade de densificação e uma outra de sutilização (para maiores detalhes ver a teoria da Relatividade de Einstein - E = m.c2 ). Em outras palavras, uma qualidade de materialização e outra qualidade de espiritualização.
Se trabalhamos com energia é compreensível que queiramos saber aonde se encontra a fonte dessa energia. É uma curiosidade natural. Deve existir algum centro ou núcleo que emana ou gera essa energia. Vejamos o exemplo de um eletricista que vai fazer um conserto nas instalações elétricas de uma hipotética casa ou prédio. Qual é o primeiro procedimento que ele vai procurar logo saber? Certamente que é a localização do quadro de força ou quadro de alimentação de energia. É a partir desse quadro que ele vai começar a operar o seu trabalho de conserto. Esse quadro de alimentação de energia é a referência principal do técnico eletricista. Então o segundo passo é verificar se existe energia no quadro de alimentação, e se existe ele começa a investigar porque essa energia não está chegando no ponto especificado do defeito ou em casos mais graves porque essa energia está em desarmonia (em curto-circuito).
O que acontece quando alguém que vai operar uma determinada rede elétrica não sabe ou não foi educado para lhe dar com a rede elétrica? Em outras palavras, o que acontece ou pode acontecer com um eletricista "curioso"? Será que ele vai dar importância as recomendações técnicas de segurança? Será que esse eletricista curioso sabe que existe balanceamento de carga elétrica entre as fases da rede? Certamente que não sabe. Então com toda certeza esse eletricista curioso vai desobedecer todas as normas técnicas de segurança. E além disso é muito provável que ele no decorrer de algum tempo de intervenção nessa rede venha desbalanceá-la completamente. O que vai acontecer com os instrumentos ligados a essa rede? Serão prejudicados. E se algum dia acontecer um incêndio, será que foi por acaso?
Muito bem, agora retornemos ao plano das energias sutis humanas. A ignorância a respeito da localização dos “quadros de força” das energias sutis e das normas de segurança no uso dessas energias, aonde refletirá na natureza humana? No corpo e na psique. Esse é o nosso maior problema existencial. O homem moderno ignora por completo esse contexto de energia. Por isso, a ignorância desse homem vem causando sérios danos ao indivíduo e à sociedade. Esses "quadros de força" são conhecidos pelos orientais como centros de energias sutis ou chakras. E o mestre Jesus Cristo apontou para essa questão quando afirmou: “Eu lhe darei as chaves do reino dos céus, e o que você ligar na terra será ligado nos céus, e o que você desligar na terra será desligado nos céus” (apud DUNCAN, 1986, p.114).
As “chaves” que Jesus Cristo apontou são os próprios chakras. Existem diversos centros de energias que alimentam as diversas redes de condutores de energia tanto no corpo físico quanto nos diversos corpos não-físicos. Os milhares de fios nervosos espalhados pelo corpo físico é um exemplo bem próximo de nossa realidade objetiva (ver figura-analogia no ANEXO). E se estudarmos com cuidado e com a visão de um especialista de eletricidade poderemos constatar que os nossos quadros de comando industrial são cópias fiéis desse sistema complexo humano formado por uma fonte com suas duas polaridades (positivo e negativo) distribuindo energia para o sistema através desses fios nervosos e não-nervosos (os nadis). Essa fonte no corpo físico é o cérebro humano. O cérebro é uma fonte secundária. Os chakras são os “quadros de força” de alimentação e estão interligados entre si. E formam dessa maneira uma poderosa fonte (principal) de alimentação de consciência bioenergética.
Em suma, a fonte principal de consciência bioenergética da natureza humana está relacionada aos chakras. No campo da eletricidade temos os autotransformadores que são equipamentos que transformam valores de tensão por meio do deslocamento de vários "center-tape" (terminais de conexão de energia). Num mesmo enrolamento temos tanto a entrada quanto a saída de tensão. O valor da tensão de saída vai depender do nível do center tape que está ligado à entrada. Essa visão dos autotransformadores elétricos pode agora nos auxiliar para compreendermos como se dá a diferença de nível de consciência e de autotransformação sutil no contexto da energia humana. A mudança de ligação de chakras provoca na pessoa uma mudança de nível de energia e consciência. Os chakras "superiores" (no campo místico são conhecidos como os mais sutis) fornecem mais energias e estados de consciência mais elevados. O que nós ocidentais denominamos de "valores ou princípios éticos" são na verdade níveis bioenergéticos mais elevados desses chakras superiores.
A ativação consciente desses chakras pertence ao domínio dos estudos da ioga. Os iogues são em síntese verdadeiros "eletricistas" e mestres que aprenderam há milhares de anos a ligarem as “chaves” desses "quadros de força": lembremos o que disse o mestre Jesus Cristo "orai e vigia" (o "vigiai" é uma ação de meditação dos iogues). A verdadeira religião é uma ação de religamento ("religare") desses centros de energias-consciências (chakras).
Cada "quadro de força" (chakra) tem uma função complexa e específica. O chakra do coração tem a função de religar a energia-consciência do ser humano ao amor divino. E por isso é vital no conjunto dos chakras. O chakra do coração é de alto nível de transformação. E para se religar esse chakra faz-se necessário religar também os outros chakras inferiores. Nessa mudança de um "center-tape bioenergético" para outro podemos sentir a sensação das energias de paz, de felicidade, de harmonia, de bem-aventurança, de equilíbrio, etc. Essa afirmação não deve ser considerada como uma tese, mas uma vivência, ou seja, não é uma hipótese mas uma constatação. Digo isso, com humildade mas também com fé, na esperança de um dia a ciência moderna tentar se abrir para esse domínio de investigação. Mas, paradoxalmente o estudo desse domínio depende da intenção sincera com fé do cientista. Nesse sentido, o método racional se torna impraticável porque ele se apoia fortemente na dúvida do cientista como elemento propulsor de novas descobertas.
Existe um milhão de coisas que podem ser ditas. E existe somente uma que pode ser vivenciada: a Verdade de Deus. Esse é o dilema de mulheres e homens em busca da verdade superior. A Verdade de Deus é uma revelação de Visão superior e Valores genuínos. E, portanto, não é uma descoberta utilitária. A evolução ontológica é uma vivência pessoal na manipulação de níveis de energias-consciências demasiadamente sutis como a paz interior, a felicidade, a fraternidade, o equilíbrio, a bondade, etc. Nesse sentido, o trabalho de investigação nesse contexto de energia humana altamente sutil, transforma a consciência, a vida e o caminho de qualquer ser humano. O mistério é a nossa própria ignorância a respeito desse caminho de conhecimento com transformação sustentada na fé e na verdade genuína divina.
Tudo existe para ser compreendido de acordo com um esforço apropriado e determinado num contexto e num significado específico.
Os chakras são, portanto, complexos geradores e armazenadores de energias sutis. É importante frisar que todo gerador é um sistema transformador. De um lado ele recebe uma entrada de “energia” e do outro ele “oferece” uma saída numa outra forma ou grandeza ou intensidade de “energia”.
O senso comum diz que a relação entre a visão e o mundo é um fenômeno onde o mundo é um objeto externo a uma visão interna no homem. E que ambos estão separados assim como mostra a figura 1.
O que eu posso perceber é que a natureza humana está inserida num contexto entre dois pólos-conjuntos de chakras (ver Anexo) como mostra a figura 2.
Podemos ver como mostra a figura 2 que o foco (O’) da energia-percepção se localiza “fora” do ser (ser-mundo). É claro que isso é uma representação para se poder definir parâmetros e posicionamentos de análises. Mas, essa representação se faz necessário para se poder falar ou descrever o foco complementar e “simétrico” (O). Essa representação nos diz que o foco da percepção objetiva do homem é “fora” dele. Em outras palavras, a visão começa “fora” de nós e termina em nós (o mundo-ser).
O mundo objetivo não está fora de nós. Nós é que o percebemos fora de nós. O que está “fora” de nós é o foco ou vértice da visão desse mundo. Tudo o que vemos fora de nós na verdade não está efetivamente “fora” de nós. Vamos usar a analogia do olho físico para compreendermos esse sutil processo. Se por hipótese considerarmos o olho como sendo um foco ou vértice da visão física o mundo estaria dentro de nós, não é mesmo! Logo sendo o olho um foco ou vértice da visão ele (o olho) não consegue enxergar a si mesmo como um foco. Assim também é analogamente falando a nossa percepção psíquica (que transcende o olho físico e o cérebro).
Existe uma diferença sutil entre percepção e consciência. O foco da percepção está “fora” do domínio ou espaço sagrado. E o foco da consciência está “fora” do domínio ou espaço humano. Podemos dizer também que a percepção está “dentro” do espaço humano. E da mesma forma o foco da consciência está “dentro” do espaço sagrado. Essa diferença na verdade é em decorrência do funcionamento complementar e simétrico dos dois conjuntos, inferior e superior, de chakras responsáveis pela geração da energia sutil formadora da percepção e da consciência respectivamente.
A vivência é a visão da diferença entre o “conceito” (a percepção) e o “conteúdo” (a consciência”). Foi nesse domínio sutil entre a percepção e a consciência que Einstein desenvolveu toda a sua teoria da Relatividade. É claro sustentado por uma lógica matemática. Mas, o fenômeno em si foi obtido por um processo de mudança de percepção para a consciência e vice-versa. Esse movimento é que nos proporciona a “vivência” de qualquer fenômeno “externo” ou “interno”. O domínio do “externo” (humano) está relacionado com três chakras inferiores. E o domínio do “interno” (sagrado) está relacionado com quatro (chakras) superiores (localizados na altura do “coração, garganta, testa e topo da cabeça”).
Nesse contexto, a vida humana está, no mundo moderno, centrada na percepção. E a vida humana, no mundo tradicional oriental, estava (e está ainda) centrada na consciência. Foi nesse domínio da consciência que Jesus Cristo se tornou o mestre dos mestres. E foi por isso que ele afirmou “eu não sou desse Reino”. A mudança de foco é a questão chave para entendermos de fato o domínio do Reino da consciência sagrada. E essa mudança é conhecida como “conversão religiosa”. Mas, na essência da questão, é também uma conversão de energia-consciência sutil e de formação de visão de mundo e VISÃO DO SER. E a mudança de conjunto de chakras é responsável por essa transformação de percepção para a consciência.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
A FELICIDADE VERDADEIRA: A RESPOSTA QUE PRECISAMOS ENCONTRAR
(Trechos da minha tese de doutorado defendida em 1998 na COPPE/UFRJ)
Bernardo Melgaço da Silva
A sabedoria não é simplesmente um mero acúmulo de conhecimentos e/ou sinônimo de poder/riqueza material, mas mais do que isso é a capacidade desses conhecimentos produzirem uma ordem no fluxo de experiências que vão desde a luz do sol até a luz dos “sóis sutis” (os chakras). E além disso, deve prover um sentido evolutivo no ato de olhar em busca de uma interpretação da unidade da realidade de quem somos nós, enquanto consciência, enquanto vida e enquanto energia. Em outras palavras, não é o valor de saber ter prazer de acumular para si, mas o valor de saber ser feliz em si.
Voltar-nos-emos, portanto, “para uma questão menos ambiciosa, a que se refere àquilo que os próprios homens, por seu comportamento mostram ser o propósito e a intenção de suas vidas. O que pedem eles da vida e o que desejam nela realizar? A resposta mal pode provocar dúvidas. Esforçam-se para obter felicidade; querem ser felizes e assim permanecer. Essa empresa apresenta dois aspectos: uma meta positiva e uma outra negativa. Por um lado, visa a uma ausência de sofrimento e de desprazer; por outro lado, à experiência de intensos sentimentos de prazer. Em seu sentido mais restrito, a palavra "felicidade" só se relaciona a esses últimos. Em conformidade a essa dicotomia de objetivos, a atividade do homem se desenvolve em duas direções, segundo busque realizar - de modo geral ou mesmo exclusivamente - um ou outro desses objetivos. Como vemos, o que decide o propósito da vida é simplesmente o programa do princípio do prazer. Esse princípio domina o funcionamento do aparelho psíquico desde o início. Não pode haver dúvida sobre sua eficácia, ainda que o seu programa se encontre em desacordo com o mundo inteiro, tanto com o macrocosmo quanto o microcosmo" (FREUD, Mal-Estar da Civilização, 1974, p.94).
Antes de “continuarmos a indagar sobre de que direção uma interferência poderia surgir, o reconhecimento do amor como um dos fundamentos da civilização pode servir de pretexto para uma digressão que nos capacitará preencher uma lacuna por nós deixada num exame anterior (pag.39). Mencionáramos então que a descoberta feita pelo homem de que o amor sexual (genital) lhe proporcionava as mais intensas experiências de satisfação, fornecendo-lhe, na realidade, o protótipo de toda felicidade, deve ter-lhe sugerido que continuasse a buscar a satisfação da felicidade em uma vida seguindo o caminho das relações sexuais e que tornasse o erotismo genital o ponto central dessa mesma vida. Prosseguimos dizendo que fazendo assim, ele se tornou dependente, de uma forma muito perigosa, de uma parte do mundo externo, isto é, de seu objeto amoroso escolhido, expondo-se a um sofrimento externo, caso fosse rejeitada por esse objeto ou o perdesse através da infidelidade ou da morte. Por essa razão, os sábios de todas as épocas nos advertiam enfaticamente contra tal modo de vida; apesar disso, ele não perdeu seu atrativo para grande número de pessoas. Apesar de tudo, uma pequena minoria de pessoas acha-se capacitada, por sua constituição, a encontrar a felicidade no caminho do amor. Fazem-se necessárias, porém, alterações mentais de grande alcance na função do amor antes que isso possa acontecer. Essas pessoas se tornam independentes da aquiescência de seu objeto, deslocando o que mais valorizam do ser amado para o amar; protegem-se contra a perda do objeto, voltando seu amor, não para objetos isolados, mas para todos os homens, e, do mesmo modo, evitam as incertezas e as decepções do amor genital, desviando-se de seus objetivos sexuais e transformando o instinto num impulso com uma finalidade inibida. Ocasionam assim, nelas mesmas, um estado de sentimento imparcialmente suspenso, constante e afetuoso, que tem pouca semelhança externa com as tempestuosas agitações do amor genital, do qual, não obstante, se deriva" (FREUD, idem, p.121-122).
A ciência vem da consciência (polo criador)? Ou a consciência (polo criador) vem da ação de se fazer ciência? Qual é o status da ciência moderna (racional): criadora ou criação? Na minha visão ela pertence ao domínio da criação. Nesse sentido, a única ciência que de fato realiza o homem dando-lhe a visão da verdade criadora é a autotransformação em si (da ignorância de si mesmo em sabedoria de si mesmo). Viva Sócrates, Platão, Descartes, Jesus, Marx, Einstein, Buda, Gandhi e tantos outros homens e mulheres que aprenderam o milagre da autotransformação! Esses espelharam o poder do pólo criador em si mesmos.
Nesse contexto, a natureza humana se dedica durante uma vida toda em milhões de coisas pequenas, e assim esquece de se dedicar naquilo que é mais importante para toda a sua vida existencial: a sua autotransformação. O milagre nela e só dela, vivenciado, saboreado, conquistado e amado. Em outras palavras, o homem vive transformando a sua maneira de compreender a sua história, a sua existência, a sua tecnologia, e a sua psicologia. No entanto, não percebe o caminho simétrico de compreender a transformação em si mesmo (o caminho da autotransformação) para alcançar o Bem último: o Amor Matriz ou Divino.
O Amor tão falado, é tão ignorado. O Amor tão musicado, está tão distante da natureza do indivíduo. O Amor tão idolatrado, é tão desamado. O Amor é vilão e herói. O Amor é conhecido e desconhecido. O Amor é virtual e virtuoso. O Amor é princípio e fim de tudo. O Amor é lógico e ilógico. O Amor é prisão e salvação. O Amor é humano e Divino.
É dentro desse contexto paradoxal que faço a minha reflexão filosófica do Amor. Entender a dimensão do Amor é compreender os seus dois planos de conquista e realização. Não tenho dúvidas sobre a sua manifestação paradoxal. É preciso sensibilidade para se poder ver as diferenças sutis desses dois planos de Amor.
A vida moderna carece do verdadeiro Amor. Ela carece da verdade do Amor para realizar os anseios existenciais de cada indivíduo inconsciente de si. O mundo está se tornando um caos existencial devido a falta do verdadeiro Amor. O homem social moderno vive inconsciente do poder do Amor Matriz (o verdadeiro!). Apesar de a mídia falar do Amor, o homem cego, surdo e iludido não consegue perceber a sua falsidade. As músicas invocam um “Amor tesão” ou um “Amor Paixão”. As novelas repetem a fórmula de sempre e não ajudam o indivíduo a se autodescobrir no Amor Matriz.
O homem sem Amor Matriz é o mesmo que uma ponte sem sustentação e equilíbrio: com certeza vai desabar! O Amor - com certeza absoluta! - é a última força criadora e integradora que a ciência falta descobrir para compreender o mistério da formação do universo. Em outras palavras, o Amor é uma fantástica força criadora e integradora do universo. O Amor é consciência. O Amor é energia. O Amor é vida. O Amor é sinônimo de união e evolução.
Quando se vive o Amor, sente-se a energia, a força, o impulso, a vitalidade, a beleza, o êxtase, a alegria, a felicidade, a harmonia, a verdade, e a fé do Poder Criador, em si mesmo. O Amor é a própria Centelha Divina do Espírito Criador.
O Amor somente retornará ao mundo moderno quando o homem moderno decidir caminhar em direção a ele. O Amor “é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (apóstolo Paulo - Saulo). A vivência do Amor Matriz implica numa morte existencial: a autotransformação ou autoconhecimento metamorfósico. "Meu benfeitor explicou-me então que a passagem de um feiticeiro para a liberdade era a sua morte" (índio D. Juan, apud CASTÃNEDA, 1988, p.190).
Disse [D.Juan] que “nós, como homens comuns, não sabíamos, nem jamais iríamos saber, que havia algo inteiramente real e funcional - nosso elo de ligação com o intento - que nos dava nossa preocupação hereditária com o destino. Assegurou que durante nossas vidas ativas nunca temos a chance de ir além do nível da mera preocupação, porque desde tempos imemoriais a rotina dos afazeres diários nos entorpeceu. É apenas quando nossas vidas quase se encontram para terminar que nossa preocupação com o destino começa a assumir um caráter diferente. Começa a fazer-nos ver através da neblina das ocupações diárias. Infelizmente, esse despertar sempre vem de mãos dadas com a perda da energia causada pelo envelhecimento, quando não temos mais força para transformar nossa preocupação em descoberta pragmática e positiva. Nesse ponto, tudo que é deixado é uma angústia amorfa e penetrante, um desejo por algo indescritível, e simples raiva por ter errado o alvo” (apud CASTÃNEDA, idem, p. 64).
É extremamente importante que a leitura dessas afirmações não sejam apenas racionalizadas, mas que adquira uma certa “viscosidade mental” no leitor e produza um estímulo nas “fibras mentais” no sentido de criar uma ressonância intelectual. A constatação dessas afirmações se dá por um estímulo e por uma ação em direção ao núcleo do ser ou do trielo superior. Em outras palavras, não basta apenas memorizar faz-se necessário refletir a energia captada movimentando-a e dinamizando-a segundo a intensidade da força de vontade. E para isso é extremamente necessário que haja um estado de relaxamento e de meditação.
As qualidades humanas enfatizadas e inter-relacionadas segundo o poder de propagação das unidades existenciais (a Consciência, o Amor e a Força de vontade) ou trielos serão determinantes nas experiências do equilíbrio cósmico existencial e do sentido transcendental-em-si.
A Consciência precisa estar interligada ao Amor e a Força de Vontade. Essas três unidades existenciais ao se dinamizarem num processo de interinfluenciação produz um mútuo fortalecimento gerando e propagando um poder sinergético de crescimento espiralado evolutivo e equilibrado. A força resultante desse processo acelera o crescimento existencial do ser. Um novo nível existencial é naturalmente alcançado permitindo ao ser visualizar questões que antes era impossível perceber. Nesse contexto, o ser ao dinamizar o seu poder interior assume uma nova postura e conduta perante ao mundo social em que está inserido.
O rompimento de qualquer elo de interligação entre as unidades existenciais produz um desequilíbrio e portanto uma desagregação no interior do ser. A consciência sem o poder do Amor é vazia de valores. O Amor sem o poder da consciência é totalmente ignorante. E a força de vontade sem a visão da consciência e sem a grandeza do Amor é fraca em seu processo de transformação e execução. Pois, é através da força de vontade que o ser age e transforma a sua ação em criação. E é através do Amor que o ser valoriza a sua relação com o mundo e com Deus. Mas, é através da consciência que o ser se aproxima de si mesmo e, portanto, do seu Criador que se situa num plano superior do si-transcendental.
No mundo moderno do indivíduo produtivo insatisfeito a estética é produto de um aprimoramento técnico. E no mundo tradicional da pessoa realizada a estética é produto de um aprimoramento ético. Essa diferença é que determina o grau de força de vontade conquistado pelo ser em seu anseio evolutivo. Para definir melhor as naturezas das duas forças, “podemos acrescentar que a força ativa tem o poder, a inteligência, a capacidade de sopro da vida, a capacidade associativa; a passiva tem os meios de concretizar, no mundo da matéria, a capacidade de prover da energia ativa. A energia ativa é a Energia Cósmica; a energia passiva é toda substância, em estado primário, que compõe a Terra” (ANÔNIMO, idem, p.65).
Existe uma correlação entre a natureza da ação humana e os princípios ativo e passivo intrínsecos aos fenômenos da natureza circundante. O Princípio Ativo investe no Princípio Passivo. Essa conjugação de forças se realiza dualmente no plano da existência humana. O Princípio Ativo precisa de um meio adequado para expressão. O Princípio Passivo necessita de uma ordem inteligente para se orientar. A complementaridade dessas duas forças impede a desorganização do potencial criativo no interior do próprio ser.
Os princípios das energias ativa e passiva podem ser constatados nas marés dos oceanos, na polaridade da bateria elétrica, no ciclo dia e noite, no fogo e na água. É a ação e a inércia. Em níveis de sentimentos são o ódio e o Amor. Essas últimas sem orientação agridem-se, mas quando direcionadas se equilibram. O Amor quando praticado sem consciência acaba destruindo e levando à desordem e a confusão. Quando empregado em doses excessivas ou irracionais, terá efeitos danosos, atingindo, em reação, aquele que gerou ou doou, mas que não teve a consciência para a identificação de onde, quando ou em que quantidade deveria ser investido.
Bernardo Melgaço da Silva
A sabedoria não é simplesmente um mero acúmulo de conhecimentos e/ou sinônimo de poder/riqueza material, mas mais do que isso é a capacidade desses conhecimentos produzirem uma ordem no fluxo de experiências que vão desde a luz do sol até a luz dos “sóis sutis” (os chakras). E além disso, deve prover um sentido evolutivo no ato de olhar em busca de uma interpretação da unidade da realidade de quem somos nós, enquanto consciência, enquanto vida e enquanto energia. Em outras palavras, não é o valor de saber ter prazer de acumular para si, mas o valor de saber ser feliz em si.
Voltar-nos-emos, portanto, “para uma questão menos ambiciosa, a que se refere àquilo que os próprios homens, por seu comportamento mostram ser o propósito e a intenção de suas vidas. O que pedem eles da vida e o que desejam nela realizar? A resposta mal pode provocar dúvidas. Esforçam-se para obter felicidade; querem ser felizes e assim permanecer. Essa empresa apresenta dois aspectos: uma meta positiva e uma outra negativa. Por um lado, visa a uma ausência de sofrimento e de desprazer; por outro lado, à experiência de intensos sentimentos de prazer. Em seu sentido mais restrito, a palavra "felicidade" só se relaciona a esses últimos. Em conformidade a essa dicotomia de objetivos, a atividade do homem se desenvolve em duas direções, segundo busque realizar - de modo geral ou mesmo exclusivamente - um ou outro desses objetivos. Como vemos, o que decide o propósito da vida é simplesmente o programa do princípio do prazer. Esse princípio domina o funcionamento do aparelho psíquico desde o início. Não pode haver dúvida sobre sua eficácia, ainda que o seu programa se encontre em desacordo com o mundo inteiro, tanto com o macrocosmo quanto o microcosmo" (FREUD, Mal-Estar da Civilização, 1974, p.94).
Antes de “continuarmos a indagar sobre de que direção uma interferência poderia surgir, o reconhecimento do amor como um dos fundamentos da civilização pode servir de pretexto para uma digressão que nos capacitará preencher uma lacuna por nós deixada num exame anterior (pag.39). Mencionáramos então que a descoberta feita pelo homem de que o amor sexual (genital) lhe proporcionava as mais intensas experiências de satisfação, fornecendo-lhe, na realidade, o protótipo de toda felicidade, deve ter-lhe sugerido que continuasse a buscar a satisfação da felicidade em uma vida seguindo o caminho das relações sexuais e que tornasse o erotismo genital o ponto central dessa mesma vida. Prosseguimos dizendo que fazendo assim, ele se tornou dependente, de uma forma muito perigosa, de uma parte do mundo externo, isto é, de seu objeto amoroso escolhido, expondo-se a um sofrimento externo, caso fosse rejeitada por esse objeto ou o perdesse através da infidelidade ou da morte. Por essa razão, os sábios de todas as épocas nos advertiam enfaticamente contra tal modo de vida; apesar disso, ele não perdeu seu atrativo para grande número de pessoas. Apesar de tudo, uma pequena minoria de pessoas acha-se capacitada, por sua constituição, a encontrar a felicidade no caminho do amor. Fazem-se necessárias, porém, alterações mentais de grande alcance na função do amor antes que isso possa acontecer. Essas pessoas se tornam independentes da aquiescência de seu objeto, deslocando o que mais valorizam do ser amado para o amar; protegem-se contra a perda do objeto, voltando seu amor, não para objetos isolados, mas para todos os homens, e, do mesmo modo, evitam as incertezas e as decepções do amor genital, desviando-se de seus objetivos sexuais e transformando o instinto num impulso com uma finalidade inibida. Ocasionam assim, nelas mesmas, um estado de sentimento imparcialmente suspenso, constante e afetuoso, que tem pouca semelhança externa com as tempestuosas agitações do amor genital, do qual, não obstante, se deriva" (FREUD, idem, p.121-122).
A ciência vem da consciência (polo criador)? Ou a consciência (polo criador) vem da ação de se fazer ciência? Qual é o status da ciência moderna (racional): criadora ou criação? Na minha visão ela pertence ao domínio da criação. Nesse sentido, a única ciência que de fato realiza o homem dando-lhe a visão da verdade criadora é a autotransformação em si (da ignorância de si mesmo em sabedoria de si mesmo). Viva Sócrates, Platão, Descartes, Jesus, Marx, Einstein, Buda, Gandhi e tantos outros homens e mulheres que aprenderam o milagre da autotransformação! Esses espelharam o poder do pólo criador em si mesmos.
Nesse contexto, a natureza humana se dedica durante uma vida toda em milhões de coisas pequenas, e assim esquece de se dedicar naquilo que é mais importante para toda a sua vida existencial: a sua autotransformação. O milagre nela e só dela, vivenciado, saboreado, conquistado e amado. Em outras palavras, o homem vive transformando a sua maneira de compreender a sua história, a sua existência, a sua tecnologia, e a sua psicologia. No entanto, não percebe o caminho simétrico de compreender a transformação em si mesmo (o caminho da autotransformação) para alcançar o Bem último: o Amor Matriz ou Divino.
O Amor tão falado, é tão ignorado. O Amor tão musicado, está tão distante da natureza do indivíduo. O Amor tão idolatrado, é tão desamado. O Amor é vilão e herói. O Amor é conhecido e desconhecido. O Amor é virtual e virtuoso. O Amor é princípio e fim de tudo. O Amor é lógico e ilógico. O Amor é prisão e salvação. O Amor é humano e Divino.
É dentro desse contexto paradoxal que faço a minha reflexão filosófica do Amor. Entender a dimensão do Amor é compreender os seus dois planos de conquista e realização. Não tenho dúvidas sobre a sua manifestação paradoxal. É preciso sensibilidade para se poder ver as diferenças sutis desses dois planos de Amor.
A vida moderna carece do verdadeiro Amor. Ela carece da verdade do Amor para realizar os anseios existenciais de cada indivíduo inconsciente de si. O mundo está se tornando um caos existencial devido a falta do verdadeiro Amor. O homem social moderno vive inconsciente do poder do Amor Matriz (o verdadeiro!). Apesar de a mídia falar do Amor, o homem cego, surdo e iludido não consegue perceber a sua falsidade. As músicas invocam um “Amor tesão” ou um “Amor Paixão”. As novelas repetem a fórmula de sempre e não ajudam o indivíduo a se autodescobrir no Amor Matriz.
O homem sem Amor Matriz é o mesmo que uma ponte sem sustentação e equilíbrio: com certeza vai desabar! O Amor - com certeza absoluta! - é a última força criadora e integradora que a ciência falta descobrir para compreender o mistério da formação do universo. Em outras palavras, o Amor é uma fantástica força criadora e integradora do universo. O Amor é consciência. O Amor é energia. O Amor é vida. O Amor é sinônimo de união e evolução.
Quando se vive o Amor, sente-se a energia, a força, o impulso, a vitalidade, a beleza, o êxtase, a alegria, a felicidade, a harmonia, a verdade, e a fé do Poder Criador, em si mesmo. O Amor é a própria Centelha Divina do Espírito Criador.
O Amor somente retornará ao mundo moderno quando o homem moderno decidir caminhar em direção a ele. O Amor “é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (apóstolo Paulo - Saulo). A vivência do Amor Matriz implica numa morte existencial: a autotransformação ou autoconhecimento metamorfósico. "Meu benfeitor explicou-me então que a passagem de um feiticeiro para a liberdade era a sua morte" (índio D. Juan, apud CASTÃNEDA, 1988, p.190).
Disse [D.Juan] que “nós, como homens comuns, não sabíamos, nem jamais iríamos saber, que havia algo inteiramente real e funcional - nosso elo de ligação com o intento - que nos dava nossa preocupação hereditária com o destino. Assegurou que durante nossas vidas ativas nunca temos a chance de ir além do nível da mera preocupação, porque desde tempos imemoriais a rotina dos afazeres diários nos entorpeceu. É apenas quando nossas vidas quase se encontram para terminar que nossa preocupação com o destino começa a assumir um caráter diferente. Começa a fazer-nos ver através da neblina das ocupações diárias. Infelizmente, esse despertar sempre vem de mãos dadas com a perda da energia causada pelo envelhecimento, quando não temos mais força para transformar nossa preocupação em descoberta pragmática e positiva. Nesse ponto, tudo que é deixado é uma angústia amorfa e penetrante, um desejo por algo indescritível, e simples raiva por ter errado o alvo” (apud CASTÃNEDA, idem, p. 64).
É extremamente importante que a leitura dessas afirmações não sejam apenas racionalizadas, mas que adquira uma certa “viscosidade mental” no leitor e produza um estímulo nas “fibras mentais” no sentido de criar uma ressonância intelectual. A constatação dessas afirmações se dá por um estímulo e por uma ação em direção ao núcleo do ser ou do trielo superior. Em outras palavras, não basta apenas memorizar faz-se necessário refletir a energia captada movimentando-a e dinamizando-a segundo a intensidade da força de vontade. E para isso é extremamente necessário que haja um estado de relaxamento e de meditação.
As qualidades humanas enfatizadas e inter-relacionadas segundo o poder de propagação das unidades existenciais (a Consciência, o Amor e a Força de vontade) ou trielos serão determinantes nas experiências do equilíbrio cósmico existencial e do sentido transcendental-em-si.
A Consciência precisa estar interligada ao Amor e a Força de Vontade. Essas três unidades existenciais ao se dinamizarem num processo de interinfluenciação produz um mútuo fortalecimento gerando e propagando um poder sinergético de crescimento espiralado evolutivo e equilibrado. A força resultante desse processo acelera o crescimento existencial do ser. Um novo nível existencial é naturalmente alcançado permitindo ao ser visualizar questões que antes era impossível perceber. Nesse contexto, o ser ao dinamizar o seu poder interior assume uma nova postura e conduta perante ao mundo social em que está inserido.
O rompimento de qualquer elo de interligação entre as unidades existenciais produz um desequilíbrio e portanto uma desagregação no interior do ser. A consciência sem o poder do Amor é vazia de valores. O Amor sem o poder da consciência é totalmente ignorante. E a força de vontade sem a visão da consciência e sem a grandeza do Amor é fraca em seu processo de transformação e execução. Pois, é através da força de vontade que o ser age e transforma a sua ação em criação. E é através do Amor que o ser valoriza a sua relação com o mundo e com Deus. Mas, é através da consciência que o ser se aproxima de si mesmo e, portanto, do seu Criador que se situa num plano superior do si-transcendental.
No mundo moderno do indivíduo produtivo insatisfeito a estética é produto de um aprimoramento técnico. E no mundo tradicional da pessoa realizada a estética é produto de um aprimoramento ético. Essa diferença é que determina o grau de força de vontade conquistado pelo ser em seu anseio evolutivo. Para definir melhor as naturezas das duas forças, “podemos acrescentar que a força ativa tem o poder, a inteligência, a capacidade de sopro da vida, a capacidade associativa; a passiva tem os meios de concretizar, no mundo da matéria, a capacidade de prover da energia ativa. A energia ativa é a Energia Cósmica; a energia passiva é toda substância, em estado primário, que compõe a Terra” (ANÔNIMO, idem, p.65).
Existe uma correlação entre a natureza da ação humana e os princípios ativo e passivo intrínsecos aos fenômenos da natureza circundante. O Princípio Ativo investe no Princípio Passivo. Essa conjugação de forças se realiza dualmente no plano da existência humana. O Princípio Ativo precisa de um meio adequado para expressão. O Princípio Passivo necessita de uma ordem inteligente para se orientar. A complementaridade dessas duas forças impede a desorganização do potencial criativo no interior do próprio ser.
Os princípios das energias ativa e passiva podem ser constatados nas marés dos oceanos, na polaridade da bateria elétrica, no ciclo dia e noite, no fogo e na água. É a ação e a inércia. Em níveis de sentimentos são o ódio e o Amor. Essas últimas sem orientação agridem-se, mas quando direcionadas se equilibram. O Amor quando praticado sem consciência acaba destruindo e levando à desordem e a confusão. Quando empregado em doses excessivas ou irracionais, terá efeitos danosos, atingindo, em reação, aquele que gerou ou doou, mas que não teve a consciência para a identificação de onde, quando ou em que quantidade deveria ser investido.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
PRINCÍPIOS E VERDADES NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS EINSTEINIANA E POSITIVISTA
(TRECHOS DA MINHA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEFENDIDA EM 1992 NA COPPE/UFRJ)
Bernardo Melgaço da Silva
Nossa compreensão das coisas depende essencialmente de nossa percepção íntima do significado das palavras "princípio" e "verdade". Faz-se necessário descobrir e vivenciar estes significados para não ficarmos confusos diante dos vários conceitos que formulamos para eles, não conseguindo distinguir entre os princípios e as formas diferenciadas de expressão das suas verdades.
A verdade é a forma de percepção de princípios que se manifestam como fenômeno. Pois, conforme VERGEZ e HUISMAN (1980):
"O homem se preocupa em conhecer o mundo e atuar sobre as coisas antes de se voltar para si mesmo, de "re-fletir" sobre a fonte do conhecimento e da ação. Todo homem, entretanto, seja o mais frívolo, o mais inclinado a se esquecer na ação, a se "di-vertir", como dizia Pascal, se encontrou, mais uma vez, numa hora de dissabor, a sós consigo mesmo. Como o poeta, ele disse para si: "Eis-te aí". Os convidados já se foram, na escada já não mais ressoa o rumor de seus risos; encontramo-nos, brusca e unicamente, em face de nós mesmos. E nos interrogamos: "Quem sou?" e "Que é esse eu que existe?"
Essas duas perguntas não são idênticas e a primeira nos faz, muito facilmente, esquecer a segunda. "Quem sou?" A resposta é bastante fácil. Indicaríamos nossa profissão, nossos hábitos, nosso caráter [...] Mas tudo isso, o problema metafísico do eu não é abordado. Trata-se apenas de fazer análise do conteúdo do eu, de explorar sua personalidade, não de definir porque somos uma pessoa [...] Cada um de nós é pessoa e não coisa, sujeito e não objeto" (p.305).
Como muito bem abordaram VERGEZ e HUISMAN, existem duas questões importantes a serem esclarecidas: a "Quem sou" e "Que é esse eu que existe"? A primeira dessas perguntas está relacionada à sensibilidade de percepção dos princípios formadores do conteúdo do eu. A segunda geralmente está associada às nossas verdades ,ou seja, aos nossos valores de juízo e conceitos. Esta sensibilidade a que me refiro corresponde à intuição. Em analogia ao "sinal de entrada" - em eletrônica, FERREIRA (1975) assim define sensibilidade:
"Sensibilidade: [...] Fís. Medição da capacidade de resposta de um instrumento de medida, usualmente expressa pelo quociente da intensidade do sinal de saída pela intensidade do sinal de entrada.[...] Automat. O minímo sinal de entrada capaz de causar, num sistema , um sinal de saída com características determinadas" (p.1287).
Em eletrônica a percepção do sinal de saída depende de como o medimos. Se não tenho um instrumento adequado para realizar a medição, a minha resposta será insatisfatória. Na natureza humana se não utilizarmos os "instrumentos" (sentidos) adequados operando em condições ideais (ambiente, método, frequência ,etc.) também teremos respostas bastante aquém do esperado.
4.1 VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIA
A expressão "realidade" muitas vezes é utilizada no lugar de princípios. Isso faz com que quase sempre demos "saltos" em nossas explicações das diversas questões. Isto porque nossa realidade é resultante da interação das vivências e experiências dos princípios, manifestos em nossa existência. Sobre este "produto" fazemos um trabalho de codificação, que denominamos "verdades". Assim pensam VERGEZ e HUISMAN (1980) a respeito dessa questão:
"Para o senso comum , como para a ciência, a idéia de verdade representa o termo de uma pesquisa, a solução de algum problema. Mas o próprio da metafísica é transformar as próprias soluções em novas questões. Assim é que a verdade, por sua vez, se torna problema para o filósofo.
[...] Um objeto , um ser (este tapete, esta lâmpada) será qualificado como real. Esta lâmpada é real, em outras palavras, ela existe. Esta escrivaninha é real. Mas não teria nenhum sentido dizer-se: Esta escrivaninha, esta lâmpada, são verdadeiras (ou falsas). A verdade é um valor concernente a um juízo. Assim , por exemplo, o juízo: "essa escrivaninha existe, é vermelha ", é um juízo verdadeiro, ou então, falso. A "verdade" ou a "falsidade", portanto, qualificam, não o próprio objeto, mas o valor de nossa observação"(p.293).
A verdade formada a partir da percepção resultante das experiências e/ou das vivências dos princípios, é incompleta quando apenas experienciada. Para ser completa é necessário que seja vivenciada. A própria palavra "vivência" necessita ser vivenciada, e não ser confundida com a expressão "experiência". A vivência é uma experiência intíma, que transcende a experiência comum. Podemos vivenciar uma experiência, mas não podemos experienciar uma vivência, pois existe aquí uma hierarquia de princípios:
"ERLEBNIS- Termo alemão que se pode traduzir por "vivência", "experiência viva" ou "vivida" e com o qual se designa toda a atitude ou expressão da consciência. Dilthey serviu-se especialmente da noção, assumindo-a como instrumento fundamental da compreensão histórica e, em geral, da compreensão inter-humana" (ABBAGNANO,1982,p.322).
Essa hierarquia de princípios operante entre vivência e experiência diz respeito à pesquisa científica. Se experiencio mas não vivencio "minha" pesquisa como cientista não exercito o princípio de verdade. Não conseguirei por conseguinte ser autêntico nas verdades de princípios que me proponho divulgar. Einstein era uma dessas poucas pessoas que possuía sensibilidade para distinção entre experiência e vivência. Assim, ele comentava:
"Encontramos e respeitamos esta segurança na matemática. Mas ela se obtém à custa de um continente sem conteúdo. Porque os conceitos não correspondem a um conteúdo a não ser que estejam unidos, mesmo de modo muito indireto, às experiências sensíveis. Contudo, nenhuma pesquisa lógica pode afirmar esta união. Ela só pode ser vivida. E é justamente esta união que determina o valor epistemológico dos sistemas de conceitos.
[...] Porque com os conceitos arcaicos de nosso pensamento , nós nos achamos em face da realidade da mesma maneira que nosso arqueólogo diante de Euclides" (EINSTEIN, 1981,pp. 164-165).
O que será que Einstein queria dizer com as expressões "experiências sensíveis" e "vividas" ? A verdade einsteiniana de vivência e experiência era a mesma que a do cientista-padrão contemporâneo?
Analisemos mais um pouco o pensamento de Einstein:
"Não sabemos praticamente quais imagens do mundo da experiência nos determinaram à formação de nossos conceitos e sofremos terrivelmente ao tentar representar o mundo da experiência, para além das vantagens da figuração abstrata, com a qual somos forçados a nos habituar. Enfim, nossa linguagem emprega, deve empregar palavras inextrincavelmente ligadas aos conceitos primitivos e com isso aumenta a dificuldade para separá-los. Eis portanto os obstáculos que barram nosso caminho, quando procuramos compreender a natureza do conceito de espaço pré-científico" (idem, pp.164 e 165).
Ao afirmar que "não sabemos praticamente quais imagens do mundo da experiência nos determinaram a formação de nossos conceitos", ele faz referência a um mundo de experiências que influencia nossa verdade a respeito da realidade. E quando queremos ir "para além das figurações abstratas", sofremos terrivelmente. Podemos ver que Einstein faz uma distinção entre experiência e vivência, o que me faz crer que ele tinha essa noção e aplicava em seu processo de pesquisa. Quando ele diz "Estudem a fé", ele certamente toma estudar no sentido de pesquisa interior.
Um princípio superior não é objetivado por um princípio inferior: a razão não consegue objetivar a intuição intelectual. A ação de medir não objetiva o padrão de medida que é representado, por exemplo, por uma régua : "conseguimos medir através da régua mas não a régua", pois a ação de medir é um princípio de ordem inferior ao princípio da medição. DESCARTES (1935) era consciente dessa relação. Assim ele diz:
"Era meu constante desejo aprender a distinguir o verdadeiro do falso, para ver claro nas minhas ações e proceder com segurança nesse sentido.
[...] Mas , depois de ter empregado alguns anos em estudar dessa forma no livro do mundo, em procurar adquirir um pouco de experiência, tomei um dia a resolução de estudar em mim mesmo e de empregar todas as forças da minha mente em escolher o caminho a seguir: e me saí melhor, parece, do que se nunca me tivesse afastado do meu país e dos meus livros" (p.18).
Continuemos a analisar o pensamento de Descartes:
"Minha terceira máxima consistia em procurar sempre vencer antes a mim do que a fortuna, em mudar antes os meus desejos do que a ordem do mundo e, de um modo geral, em habituar-me a acreditar que não há nada que esteja tanto em nosso poder como os nossos pensamentos, de maneira que, depois de têrmos feito todo o possível no que diz respeito às coisas que nos são exteriores, tudo o mais que não conseguimos, a nosso respeito, é absolutamente impossível" (p. 36).
Nessa afirmação Descartes procura mostrar que, depois de ter experienciado a realidade no "livro do mundo", tomou "um dia a resolução de estudá-la nele mesmo". Em sua terceira máxima ele mostra a sua decisão de vivenciar: "procurar sempre vencer antes a mim do que a fortuna, em mudar antes os meus desejos do que a ordem do mundo ...".
Somente se pode demonstrar aquilo que é passível de experiência. No plano da experiência podemos realizar experimento e depois demonstrá-lo em diversos momentos, reproduzindo-o para um número indefinido de pessoas. No plano da vivência isso não é possível porque contradiria o princípio da fé, uma vez que a fé só pode ser vivenciada. Sendo assim, a própria fé é um dos princípios fundamentadores da vivência.
"Qualquer teoria física é sempre provisória, no sentido de que não passa de uma hipótese: não pode ser comprovada jamais. Não importa quantas vezes os resultados de experiências concordem com uma teoria, não se pode ter certeza de que , da próxima vez, o resultado não vá contradizê-lo" (HAWKING,1988,p.29).
A lei científica é uma das diversas formas de interpretação dos princípios que governam a natureza. Não é nem exlusiva nem exludente de outros tipos diversos de verdade sobre o mundo (verdades de estética, religião, metafísica):
"A natureza é, no todo, mais rica que o conhecimento a que a física chega através de seus métodos quantitativos e que são seletivos tanto em seus dados quanto na interpretação destes. A física é uma ciência da natureza limitada pelas próprias seleções que faz da realidade externa, bem semelhante ao ictiólogo que usa uma pequena rede de pesca, exemplo que Eddington tornou bem conhecido. Igualmente, o próprio fato de suas conclusões se basearem em experimentos implica que sua validade mantém-se apenas dentro das condições destes experimentos. A física então, como as outras ciências da natureza, é uma ciência específica das coisas, legítima dentro de suas próprias suposições e limitações, mas não é a única ciência válida do mundo natural. A física nos dá um certo conhecimento do mundo físico, mas não todo o conhecimento de que se necessita, especialmente na medida em que diz respeito à relação integral entre homem e natureza. As próprias qualidades, formas e harmonias que a física deixa de lado devido a seu ponto de vista quantitativo, muito longe de serem acidentais ou desprezíveis, são os aspectos mais estreitamente ligados à raiz ontológica das coisas. É por isso que a aplicação de uma ciência que despreza estes elementos provoca desequilíbrio e gera desordem e feiúra, especialmente num mundo onde não existem outras ciências da natureza e não há sabedoria ou sapientia que possa colocar as ciências quantitativas da natureza em seus devidos lugares no esquema total do conhecimento.
Devido à ausência desta ciência total esquece-se também que os fenômenos participam de muitos níveis cósmicos e sua realidade não se esgota num único nível de existência, o último de todos, o material. [...] Por esta razão não há uma única ciência da natureza, mas sim diferentes quadros e visões do mundo, cada um válido até o ponto em que pode descrever um denominado aspecto da realidade cósmica. Não é verdadeiro dizer-se que o sol é apenas gás incandescente, embora isto seja um aspecto da realidade. É também tão verdadeiro quanto dizer-se que o Sol é o símbolo do princípio inteligente do Universo, sendo que este elemento é um aspecto de sua realidade ontológica tanto quanto as características físicas descobertas pela astronomia moderna" (NASR,1977,p.120).
Os princípios de natureza intrínseca são vivenciados; os princípios de natureza extrínseca são experienciados. Aqui radica a distinção entre revelação e descoberta. Vejamos o que diz Einstein (apud, ROHDEN, 1989):
"Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar, mergulho num grande silêncio - e a verdade me é revelada" (p.55).
A descoberta é o lado exterior da revelação e a revelação é o lado interior da descoberta. O princípio da complementariedade ocorre na relação entre esses dois universos. O conhecimento é o produto da descoberta, enquanto o autoconhecimento é o produto da revelação. A descoberta ocorre por intermédio de um trabalho de percepção (y). A revelação por sua vez ocorre por intermédio de um trabalho de percepção (z). Uma analogia com o processo de fotografia nos dá uma idéia da importância da revelação. Assim como um filme ("negativo") de uma fotografia, não conseguiremos ver com nitidez a realidade sem uma revelação. A revelação é um salto para níveis superiores à mente racional. EINSTEIN (apud CLARET, 1986) estava consciente desse salto pois assim ele pensava:
"O mecanismo do descobrimento não é lógico e intelectual - é uma iluminação subtânea, quase um êxtase. Em seguida, é certo, a inteligência analisa e a experiência confirma a intuição. Além disso, há uma conexão com a imaginação" (p.59).
Continuando com o pensamento de EINSTEIN (apud, CLARET, 1986) temos:
"A mente avança até o ponto onde pode chegar; mas depois passa para uma dimensão superior, sem saber como lá chegou. Todas as grandes descobertas realizaram esse salto" (p.60).
Einstein desenvolveu um método de investigação que muito se assemelha com o método de sutilização da sensibilidade. Podemos ver alguns indícios das técnicas de sutilização na seguinte afirmação: "é uma iluminação subtânea, quase um êxtase". Numa carta ao filósofo Maurice Solovine, Einstein descreve esse método particular (apud PAGELS, 1982):
"Einstein descreveu mais tarde o seu próprio método numa carta ao filósofo Maurice Solovine, um amigo dos seus tempos de Berna na repartição de patentes. Este método poderia ser chamado "método postulacional de Einstein".
Na sua carta a Solovine, Einstein incluia um diagrama que ilustra o seu método. O diagrama é:
O cientista parte do mundo da experiência e das experiências. Com base apenas na intuiçào física, ele salta da experiência para a abstração de um postulado absoluto - tal como Einstein se apercebeu de que o princípio de equivalência implicava que a gravidade é geometria. Einstein realizou este salto conceitual muito para além daquilo que qualquer experiência poderia verificar e antes de ter qualquer dado que o apoiasse. Como poderiam existir tais dados? Nenhum físico tinha sequer imaginado que poderia haver uma relação entre gravidade e geometria" (p.67-68).
Poderíamos, então, perguntar se Einstein tivesse permanecido fiel ao pensamento positivista, ele teria conseguido descobrir a teoria da relatividade? A respeito disso, vejamos o que diz PAGELS (1982):
"O positivista insiste em que devemos falar apenas daquilo que podemos conhecer através de operações diretas com a medição. A realidade física é definida por operações empíricas reais, não por fantasias da nossa mente.
No entanto, depois de se ter estabelecido em Berlim, Einstein afastou-se da posição de um estrito positivismo, e isto apenas parcialmente, devido aos argumentos persuasivos oferecidos pelo seu colega Planck. Foi em grande parte o próprio sucesso de Einstein com a teoria da relatividade generalizada e o método de pensamento que utilizou para chegar a ela que o convenceram das limitações do método do positivismo estrito. Se Einstein tivesse permanecido positivista, duvido que ele houvesse alguma vez formulado a sua teoria da relatividade" (p.66-67).
Bernardo Melgaço da Silva
Nossa compreensão das coisas depende essencialmente de nossa percepção íntima do significado das palavras "princípio" e "verdade". Faz-se necessário descobrir e vivenciar estes significados para não ficarmos confusos diante dos vários conceitos que formulamos para eles, não conseguindo distinguir entre os princípios e as formas diferenciadas de expressão das suas verdades.
A verdade é a forma de percepção de princípios que se manifestam como fenômeno. Pois, conforme VERGEZ e HUISMAN (1980):
"O homem se preocupa em conhecer o mundo e atuar sobre as coisas antes de se voltar para si mesmo, de "re-fletir" sobre a fonte do conhecimento e da ação. Todo homem, entretanto, seja o mais frívolo, o mais inclinado a se esquecer na ação, a se "di-vertir", como dizia Pascal, se encontrou, mais uma vez, numa hora de dissabor, a sós consigo mesmo. Como o poeta, ele disse para si: "Eis-te aí". Os convidados já se foram, na escada já não mais ressoa o rumor de seus risos; encontramo-nos, brusca e unicamente, em face de nós mesmos. E nos interrogamos: "Quem sou?" e "Que é esse eu que existe?"
Essas duas perguntas não são idênticas e a primeira nos faz, muito facilmente, esquecer a segunda. "Quem sou?" A resposta é bastante fácil. Indicaríamos nossa profissão, nossos hábitos, nosso caráter [...] Mas tudo isso, o problema metafísico do eu não é abordado. Trata-se apenas de fazer análise do conteúdo do eu, de explorar sua personalidade, não de definir porque somos uma pessoa [...] Cada um de nós é pessoa e não coisa, sujeito e não objeto" (p.305).
Como muito bem abordaram VERGEZ e HUISMAN, existem duas questões importantes a serem esclarecidas: a "Quem sou" e "Que é esse eu que existe"? A primeira dessas perguntas está relacionada à sensibilidade de percepção dos princípios formadores do conteúdo do eu. A segunda geralmente está associada às nossas verdades ,ou seja, aos nossos valores de juízo e conceitos. Esta sensibilidade a que me refiro corresponde à intuição. Em analogia ao "sinal de entrada" - em eletrônica, FERREIRA (1975) assim define sensibilidade:
"Sensibilidade: [...] Fís. Medição da capacidade de resposta de um instrumento de medida, usualmente expressa pelo quociente da intensidade do sinal de saída pela intensidade do sinal de entrada.[...] Automat. O minímo sinal de entrada capaz de causar, num sistema , um sinal de saída com características determinadas" (p.1287).
Em eletrônica a percepção do sinal de saída depende de como o medimos. Se não tenho um instrumento adequado para realizar a medição, a minha resposta será insatisfatória. Na natureza humana se não utilizarmos os "instrumentos" (sentidos) adequados operando em condições ideais (ambiente, método, frequência ,etc.) também teremos respostas bastante aquém do esperado.
4.1 VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIA
A expressão "realidade" muitas vezes é utilizada no lugar de princípios. Isso faz com que quase sempre demos "saltos" em nossas explicações das diversas questões. Isto porque nossa realidade é resultante da interação das vivências e experiências dos princípios, manifestos em nossa existência. Sobre este "produto" fazemos um trabalho de codificação, que denominamos "verdades". Assim pensam VERGEZ e HUISMAN (1980) a respeito dessa questão:
"Para o senso comum , como para a ciência, a idéia de verdade representa o termo de uma pesquisa, a solução de algum problema. Mas o próprio da metafísica é transformar as próprias soluções em novas questões. Assim é que a verdade, por sua vez, se torna problema para o filósofo.
[...] Um objeto , um ser (este tapete, esta lâmpada) será qualificado como real. Esta lâmpada é real, em outras palavras, ela existe. Esta escrivaninha é real. Mas não teria nenhum sentido dizer-se: Esta escrivaninha, esta lâmpada, são verdadeiras (ou falsas). A verdade é um valor concernente a um juízo. Assim , por exemplo, o juízo: "essa escrivaninha existe, é vermelha ", é um juízo verdadeiro, ou então, falso. A "verdade" ou a "falsidade", portanto, qualificam, não o próprio objeto, mas o valor de nossa observação"(p.293).
A verdade formada a partir da percepção resultante das experiências e/ou das vivências dos princípios, é incompleta quando apenas experienciada. Para ser completa é necessário que seja vivenciada. A própria palavra "vivência" necessita ser vivenciada, e não ser confundida com a expressão "experiência". A vivência é uma experiência intíma, que transcende a experiência comum. Podemos vivenciar uma experiência, mas não podemos experienciar uma vivência, pois existe aquí uma hierarquia de princípios:
"ERLEBNIS- Termo alemão que se pode traduzir por "vivência", "experiência viva" ou "vivida" e com o qual se designa toda a atitude ou expressão da consciência. Dilthey serviu-se especialmente da noção, assumindo-a como instrumento fundamental da compreensão histórica e, em geral, da compreensão inter-humana" (ABBAGNANO,1982,p.322).
Essa hierarquia de princípios operante entre vivência e experiência diz respeito à pesquisa científica. Se experiencio mas não vivencio "minha" pesquisa como cientista não exercito o princípio de verdade. Não conseguirei por conseguinte ser autêntico nas verdades de princípios que me proponho divulgar. Einstein era uma dessas poucas pessoas que possuía sensibilidade para distinção entre experiência e vivência. Assim, ele comentava:
"Encontramos e respeitamos esta segurança na matemática. Mas ela se obtém à custa de um continente sem conteúdo. Porque os conceitos não correspondem a um conteúdo a não ser que estejam unidos, mesmo de modo muito indireto, às experiências sensíveis. Contudo, nenhuma pesquisa lógica pode afirmar esta união. Ela só pode ser vivida. E é justamente esta união que determina o valor epistemológico dos sistemas de conceitos.
[...] Porque com os conceitos arcaicos de nosso pensamento , nós nos achamos em face da realidade da mesma maneira que nosso arqueólogo diante de Euclides" (EINSTEIN, 1981,pp. 164-165).
O que será que Einstein queria dizer com as expressões "experiências sensíveis" e "vividas" ? A verdade einsteiniana de vivência e experiência era a mesma que a do cientista-padrão contemporâneo?
Analisemos mais um pouco o pensamento de Einstein:
"Não sabemos praticamente quais imagens do mundo da experiência nos determinaram à formação de nossos conceitos e sofremos terrivelmente ao tentar representar o mundo da experiência, para além das vantagens da figuração abstrata, com a qual somos forçados a nos habituar. Enfim, nossa linguagem emprega, deve empregar palavras inextrincavelmente ligadas aos conceitos primitivos e com isso aumenta a dificuldade para separá-los. Eis portanto os obstáculos que barram nosso caminho, quando procuramos compreender a natureza do conceito de espaço pré-científico" (idem, pp.164 e 165).
Ao afirmar que "não sabemos praticamente quais imagens do mundo da experiência nos determinaram a formação de nossos conceitos", ele faz referência a um mundo de experiências que influencia nossa verdade a respeito da realidade. E quando queremos ir "para além das figurações abstratas", sofremos terrivelmente. Podemos ver que Einstein faz uma distinção entre experiência e vivência, o que me faz crer que ele tinha essa noção e aplicava em seu processo de pesquisa. Quando ele diz "Estudem a fé", ele certamente toma estudar no sentido de pesquisa interior.
Um princípio superior não é objetivado por um princípio inferior: a razão não consegue objetivar a intuição intelectual. A ação de medir não objetiva o padrão de medida que é representado, por exemplo, por uma régua : "conseguimos medir através da régua mas não a régua", pois a ação de medir é um princípio de ordem inferior ao princípio da medição. DESCARTES (1935) era consciente dessa relação. Assim ele diz:
"Era meu constante desejo aprender a distinguir o verdadeiro do falso, para ver claro nas minhas ações e proceder com segurança nesse sentido.
[...] Mas , depois de ter empregado alguns anos em estudar dessa forma no livro do mundo, em procurar adquirir um pouco de experiência, tomei um dia a resolução de estudar em mim mesmo e de empregar todas as forças da minha mente em escolher o caminho a seguir: e me saí melhor, parece, do que se nunca me tivesse afastado do meu país e dos meus livros" (p.18).
Continuemos a analisar o pensamento de Descartes:
"Minha terceira máxima consistia em procurar sempre vencer antes a mim do que a fortuna, em mudar antes os meus desejos do que a ordem do mundo e, de um modo geral, em habituar-me a acreditar que não há nada que esteja tanto em nosso poder como os nossos pensamentos, de maneira que, depois de têrmos feito todo o possível no que diz respeito às coisas que nos são exteriores, tudo o mais que não conseguimos, a nosso respeito, é absolutamente impossível" (p. 36).
Nessa afirmação Descartes procura mostrar que, depois de ter experienciado a realidade no "livro do mundo", tomou "um dia a resolução de estudá-la nele mesmo". Em sua terceira máxima ele mostra a sua decisão de vivenciar: "procurar sempre vencer antes a mim do que a fortuna, em mudar antes os meus desejos do que a ordem do mundo ...".
Somente se pode demonstrar aquilo que é passível de experiência. No plano da experiência podemos realizar experimento e depois demonstrá-lo em diversos momentos, reproduzindo-o para um número indefinido de pessoas. No plano da vivência isso não é possível porque contradiria o princípio da fé, uma vez que a fé só pode ser vivenciada. Sendo assim, a própria fé é um dos princípios fundamentadores da vivência.
"Qualquer teoria física é sempre provisória, no sentido de que não passa de uma hipótese: não pode ser comprovada jamais. Não importa quantas vezes os resultados de experiências concordem com uma teoria, não se pode ter certeza de que , da próxima vez, o resultado não vá contradizê-lo" (HAWKING,1988,p.29).
A lei científica é uma das diversas formas de interpretação dos princípios que governam a natureza. Não é nem exlusiva nem exludente de outros tipos diversos de verdade sobre o mundo (verdades de estética, religião, metafísica):
"A natureza é, no todo, mais rica que o conhecimento a que a física chega através de seus métodos quantitativos e que são seletivos tanto em seus dados quanto na interpretação destes. A física é uma ciência da natureza limitada pelas próprias seleções que faz da realidade externa, bem semelhante ao ictiólogo que usa uma pequena rede de pesca, exemplo que Eddington tornou bem conhecido. Igualmente, o próprio fato de suas conclusões se basearem em experimentos implica que sua validade mantém-se apenas dentro das condições destes experimentos. A física então, como as outras ciências da natureza, é uma ciência específica das coisas, legítima dentro de suas próprias suposições e limitações, mas não é a única ciência válida do mundo natural. A física nos dá um certo conhecimento do mundo físico, mas não todo o conhecimento de que se necessita, especialmente na medida em que diz respeito à relação integral entre homem e natureza. As próprias qualidades, formas e harmonias que a física deixa de lado devido a seu ponto de vista quantitativo, muito longe de serem acidentais ou desprezíveis, são os aspectos mais estreitamente ligados à raiz ontológica das coisas. É por isso que a aplicação de uma ciência que despreza estes elementos provoca desequilíbrio e gera desordem e feiúra, especialmente num mundo onde não existem outras ciências da natureza e não há sabedoria ou sapientia que possa colocar as ciências quantitativas da natureza em seus devidos lugares no esquema total do conhecimento.
Devido à ausência desta ciência total esquece-se também que os fenômenos participam de muitos níveis cósmicos e sua realidade não se esgota num único nível de existência, o último de todos, o material. [...] Por esta razão não há uma única ciência da natureza, mas sim diferentes quadros e visões do mundo, cada um válido até o ponto em que pode descrever um denominado aspecto da realidade cósmica. Não é verdadeiro dizer-se que o sol é apenas gás incandescente, embora isto seja um aspecto da realidade. É também tão verdadeiro quanto dizer-se que o Sol é o símbolo do princípio inteligente do Universo, sendo que este elemento é um aspecto de sua realidade ontológica tanto quanto as características físicas descobertas pela astronomia moderna" (NASR,1977,p.120).
Os princípios de natureza intrínseca são vivenciados; os princípios de natureza extrínseca são experienciados. Aqui radica a distinção entre revelação e descoberta. Vejamos o que diz Einstein (apud, ROHDEN, 1989):
"Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar, mergulho num grande silêncio - e a verdade me é revelada" (p.55).
A descoberta é o lado exterior da revelação e a revelação é o lado interior da descoberta. O princípio da complementariedade ocorre na relação entre esses dois universos. O conhecimento é o produto da descoberta, enquanto o autoconhecimento é o produto da revelação. A descoberta ocorre por intermédio de um trabalho de percepção (y). A revelação por sua vez ocorre por intermédio de um trabalho de percepção (z). Uma analogia com o processo de fotografia nos dá uma idéia da importância da revelação. Assim como um filme ("negativo") de uma fotografia, não conseguiremos ver com nitidez a realidade sem uma revelação. A revelação é um salto para níveis superiores à mente racional. EINSTEIN (apud CLARET, 1986) estava consciente desse salto pois assim ele pensava:
"O mecanismo do descobrimento não é lógico e intelectual - é uma iluminação subtânea, quase um êxtase. Em seguida, é certo, a inteligência analisa e a experiência confirma a intuição. Além disso, há uma conexão com a imaginação" (p.59).
Continuando com o pensamento de EINSTEIN (apud, CLARET, 1986) temos:
"A mente avança até o ponto onde pode chegar; mas depois passa para uma dimensão superior, sem saber como lá chegou. Todas as grandes descobertas realizaram esse salto" (p.60).
Einstein desenvolveu um método de investigação que muito se assemelha com o método de sutilização da sensibilidade. Podemos ver alguns indícios das técnicas de sutilização na seguinte afirmação: "é uma iluminação subtânea, quase um êxtase". Numa carta ao filósofo Maurice Solovine, Einstein descreve esse método particular (apud PAGELS, 1982):
"Einstein descreveu mais tarde o seu próprio método numa carta ao filósofo Maurice Solovine, um amigo dos seus tempos de Berna na repartição de patentes. Este método poderia ser chamado "método postulacional de Einstein".
Na sua carta a Solovine, Einstein incluia um diagrama que ilustra o seu método. O diagrama é:
O cientista parte do mundo da experiência e das experiências. Com base apenas na intuiçào física, ele salta da experiência para a abstração de um postulado absoluto - tal como Einstein se apercebeu de que o princípio de equivalência implicava que a gravidade é geometria. Einstein realizou este salto conceitual muito para além daquilo que qualquer experiência poderia verificar e antes de ter qualquer dado que o apoiasse. Como poderiam existir tais dados? Nenhum físico tinha sequer imaginado que poderia haver uma relação entre gravidade e geometria" (p.67-68).
Poderíamos, então, perguntar se Einstein tivesse permanecido fiel ao pensamento positivista, ele teria conseguido descobrir a teoria da relatividade? A respeito disso, vejamos o que diz PAGELS (1982):
"O positivista insiste em que devemos falar apenas daquilo que podemos conhecer através de operações diretas com a medição. A realidade física é definida por operações empíricas reais, não por fantasias da nossa mente.
No entanto, depois de se ter estabelecido em Berlim, Einstein afastou-se da posição de um estrito positivismo, e isto apenas parcialmente, devido aos argumentos persuasivos oferecidos pelo seu colega Planck. Foi em grande parte o próprio sucesso de Einstein com a teoria da relatividade generalizada e o método de pensamento que utilizou para chegar a ela que o convenceram das limitações do método do positivismo estrito. Se Einstein tivesse permanecido positivista, duvido que ele houvesse alguma vez formulado a sua teoria da relatividade" (p.66-67).
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