A história da peregrinação humana pode ser definida como a busca da unidade e do equilíbrio. E nessa busca tivemos que optar ou ceder, criar ou absorver e depois decidir: se adaptar ou “morrer” para si mesmo! E foram tantas as opções que surgiram que optamos (ou cedemos) por caminhos diversificados. E assim formamos civilizações e culturas distintas, porém complementares. E cada povo precisou sair de si em busca de sua unidade na diversidade cultural e natural. E assim houve dispersão por motivos políticos e religiosos - uma diáspora! E nessa dispersão perdemos o sentido da busca da unidade cósmica. A natureza da ciência não fugiu à regra em busca da unidade. Ela se desequilibrou, se dispersou, se fragmentou em diversos pedaços, em pequenos departamentos e em grandes feudos intelectuais. Estamos vivendo atualmente uma diáspora científica. A pressão do poder ideológico dentro dos espaços acadêmicos fez com que muitos saíssem de seu campo e domínio científico, e tentaram viver em espaços estranhos e ideológicos em conflito. A luta pelo poder e conquista de espaço fez com que perdessem o sentido da busca original: a compreensão das leis da vida, dos universos micro e macro, da verdade primeira e fundamental: quem somos nós?
Nesse sentido, tanto os homens comuns como os cientistas perderam a direção da idéia primeira que apontava para uma solução universal: a harmonia na complementariedade dos opostos, dos diferentes e dos desiguais. E esse caminho é a unidade na multidiversidade do multiverso. A condição para se trilhar esse difícil caminho era, e ainda é até hoje, a contemplação e a crítica num processo de criação sensível e inteligente. Mas, infelizmente a consciência crítica se perdeu no processo de dispersão ou diáspora. A crítica (“como revelar o que não se revelou ainda, dizer o que o outro não disse” – Convite à Filosofia de Marilena Chauí) se reduziu a uma crença dogmática ou ideológica oposta ao poder dominante ou dominado. E a contemplação (Theoria em grego) foi reduzida também a uma observação racional direcionada para o mundo concreto e funcional. As leis da vida social estão sendo, portanto, criadas segundo a ótica da negação do ócio (contemplação ou theoria) ou “negócio”. Hoje, o poder político dominante se resume na dispersão racional daqueles que não conseguiram retornar à origem de sua busca primeira e fundamental. A nossa universidade é também retrato fiel dessa incapacidade humana de perceber o desvio que ocorreu desde o início da criação do homem em que ele era uma semente onde deveria germinar o Amor, a Verdade e o Poder Cósmico Transcendental.
Hoje, nos perguntamos: o que estamos fazendo com as nossas consciências? Qual é o sentido da vida e do conhecimento? Que homem queremos ser ou cultivar? Que verdade queremos descobrir ou revelar? O que a nossa universidade pode fazer para devolver a capacidade de cada um de refletir ou fletir sobre si (re-fletir), tal como um fio ou arame flexível que se verga e une circularmente o fim e o início de si mesmo? Infelizmente o conhecimento não percebeu que a sua complementariedade está no seu autoconhecimento (a ponta do fio do conhecimento se vergando sobre si mesmo). Estamos pagando o preço da ignorância das leis cósmicas da evolução da consciência! Por isso, nos chocamos quando se retira a filosofia (e outras disciplinas importantes como p.ex.: a psicologia) dos currículos universitários. A filosofia é a porta para o autoconhecimento contemplativo e crítico. Mas, a vida material, tecnológica, ideológica e supercontrolada diz que não se precisa de filosofia na URCA. Essa forma pragmática e programada de viver quer ardente e inconscientemente inserir e enfraquecer a todos na dispersão de si mesmos. Creio, que foi Pascal quem afirmou que os homens se distraíam (se dispersavam) demais. Todos os grandes Gênios da Humanidade focaram sobre si mesmos: “a maioria prefere olhar para fora do que para dentro de si mesmo” – Albert Einstein.
Então, cabe aquele que tem autocontrole, ou seja com foco sobre si mesmo, alertar a todos sobre o perigo da dispersão racional da vida. “A ciência sem consciência [de si] é a ruína da alma” – Rabelais
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com
Nesse sentido, tanto os homens comuns como os cientistas perderam a direção da idéia primeira que apontava para uma solução universal: a harmonia na complementariedade dos opostos, dos diferentes e dos desiguais. E esse caminho é a unidade na multidiversidade do multiverso. A condição para se trilhar esse difícil caminho era, e ainda é até hoje, a contemplação e a crítica num processo de criação sensível e inteligente. Mas, infelizmente a consciência crítica se perdeu no processo de dispersão ou diáspora. A crítica (“como revelar o que não se revelou ainda, dizer o que o outro não disse” – Convite à Filosofia de Marilena Chauí) se reduziu a uma crença dogmática ou ideológica oposta ao poder dominante ou dominado. E a contemplação (Theoria em grego) foi reduzida também a uma observação racional direcionada para o mundo concreto e funcional. As leis da vida social estão sendo, portanto, criadas segundo a ótica da negação do ócio (contemplação ou theoria) ou “negócio”. Hoje, o poder político dominante se resume na dispersão racional daqueles que não conseguiram retornar à origem de sua busca primeira e fundamental. A nossa universidade é também retrato fiel dessa incapacidade humana de perceber o desvio que ocorreu desde o início da criação do homem em que ele era uma semente onde deveria germinar o Amor, a Verdade e o Poder Cósmico Transcendental.
Hoje, nos perguntamos: o que estamos fazendo com as nossas consciências? Qual é o sentido da vida e do conhecimento? Que homem queremos ser ou cultivar? Que verdade queremos descobrir ou revelar? O que a nossa universidade pode fazer para devolver a capacidade de cada um de refletir ou fletir sobre si (re-fletir), tal como um fio ou arame flexível que se verga e une circularmente o fim e o início de si mesmo? Infelizmente o conhecimento não percebeu que a sua complementariedade está no seu autoconhecimento (a ponta do fio do conhecimento se vergando sobre si mesmo). Estamos pagando o preço da ignorância das leis cósmicas da evolução da consciência! Por isso, nos chocamos quando se retira a filosofia (e outras disciplinas importantes como p.ex.: a psicologia) dos currículos universitários. A filosofia é a porta para o autoconhecimento contemplativo e crítico. Mas, a vida material, tecnológica, ideológica e supercontrolada diz que não se precisa de filosofia na URCA. Essa forma pragmática e programada de viver quer ardente e inconscientemente inserir e enfraquecer a todos na dispersão de si mesmos. Creio, que foi Pascal quem afirmou que os homens se distraíam (se dispersavam) demais. Todos os grandes Gênios da Humanidade focaram sobre si mesmos: “a maioria prefere olhar para fora do que para dentro de si mesmo” – Albert Einstein.
Então, cabe aquele que tem autocontrole, ou seja com foco sobre si mesmo, alertar a todos sobre o perigo da dispersão racional da vida. “A ciência sem consciência [de si] é a ruína da alma” – Rabelais
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com