A cada dia uma multidão está se contaminando. E está se contaminando tanto pelas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) quanto pelas deficiências socialmente transmissíveis (DSTs). A primeira DST (doença sexualmente transmissível) já foi amplamente divulgada e mecanismos já estão sendo empregados para impedir o seu avanço. Mas, a segunda DST (deficiência socialmente transmissível) ainda não foi detectada porque a própria ciência responsável pela sua descoberta ainda está se descobrindo enquanto ciência. Em outras palavras, a sociologia é uma ciência jovem demais para perceber a sutileza dessa síndrome que ataca o caráter e a personalidade de milhões de indivíduos inconscientes. Enquanto as doenças sexualmente transmissíveis são percebidas pelos sintomas no corpo concreto, ou seja, no corpo físico, as deficiências socialmente transmissíveis só podem ser percebidas nos corpos sutis, ou seja, na alma ou psique. A psicologia desenvolveu instrumentos para diagnosticar os desequilíbrios mentais, no entanto a sociologia ainda não conseguiu desenvolver instrumentos para perceber a contaminação sutil provocada nas relações, ou seja, nos contatos psicológicos entre indivíduos. Nesse sentido, a deficiência socialmente transmissível é também um tipo de patologia que ocorre quando um grupo perde a referência dos valores-forças em sua natureza. Esses valores-forças são os princípios responsáveis pela elevação do homem à categoria de ser intuitivo-amoroso. Eles são forças justamente porque são capazes de “puxar” a condição racional-instintiva do homem comum para os níveis mais elevados da consciência. Eles diferem dos valores-fardos que, por sua vez, são responsáveis por “puxar” ou manter preso o homem comum nos níveis de consciência menos elevados. Esse último fenômeno é semelhante à lei da gravidade no plano físico. As deficiências socialmente transmissíveis são tantas e tão sutis que dominam o nosso aparelho psíquico desde a infância. Em verdade, nos tornamos escravos dessas deficiências quando perdemos ou não adquirimos ainda a capacidade de olhar para dentro de si mesmo (A . Einstein chegou afirmar: “A maioria prefere olhar para fora do que para dentro de si mesmo”). O mundo externo dos valores e modelos de comportamentos humanos é responsável pela propagação das deficiências socialmente transmissíveis. Assim, quanto mais nos relacionamos superficialmente com o “outro” no campo social mais propagamos e também nos contaminamos seriamente. Raros são aqueles que conseguem perceber a sua participação na grande cadeia de relações humanas desequilibradas e doentes. A síndrome da insensibilidade (Alexitimia) é uma das doenças provocadas por esse fenômeno social. Essa síndrome torna os indivíduos frios, calculistas e insensíveis, impedindo que o ser humano contaminado tenha empatia, carinho e amor pelos seus semelhantes. Nesse contexto, podemos inferir que o progresso tecnológico não é garantia para a evolução humana. E tudo indica que o mundo tecnicista dos dias de hoje vem tornando os indivíduos mecanicistas e insensíveis para o “outro” semelhante. Os valores humanos, são na verdade, os nutrientes que alimentam a alma de cada indivíduo. Assim, se esses valores carecem de qualidade ontológica-espiritual a sociedade se alimenta pessimamente, o que provoca deficiências nos corpos sutis da natureza humana. A ciência moderna ainda não detectou os vários corpos-consciências que existem na estrutura energética da natureza humana, e por isso mesmo ignora os impactos que os valores produzem nessas dimensões sutis. As “ciências alternativas” ocidentais (p. ex.: a teosofia) e orientais (principalmente hinduístas) já perceberam ou constataram a existência de um sistema energético-multidimensional na realidade humana. Nos EUA os pesquisadores (Dr.) Richard Gerber e a (Dra) Barbara Ann Brennam já detectaram essa multidimensionalidade-energética do ser. Os dois produziram alguns livros mostrando as suas fantásticas descobertas. A Dra Barbara é física da Nasa e publicou um belo livro com o título MÃOS DE LUZ. E o Dr. Richard também escreveu um belíssimo livro a respeito com o título MEDICINA VIBRACIONAL: A MEDICINA DO FUTURO. Em vários países, cientistas tentam quebrar a hegemonia da ciência racional reducionista, para poder ampliar a esfera do conhecimento na direção dos mundos metafísicos. A Física Quântica tem possibilitado avançar nesse intuito porque ela mesma vem quebrando o paradigma mecanicista da visão clássica newtoniana e cartesiana. No futuro a ciência precisará se abrir para as novas descobertas realizadas por esses dois cientistas citados acima. De modo que a partir do cientista (físico) Fritjof Capra (com o livro Tao da Física) um mundo de possibilidades vem se abrindo e assim novos cientistas começam a ousar e sair da camisa-de-força do modelo newtoniano-cartesiano de construção do conhecimento da realidade. As deficiências socialmente transmissíveis somente podem ser detectadas a partir de uma abordagem da ciência moderna e das “ciências alternativas” (a ioga é uma delas também). Enquanto isso, nos preocupamos com as doenças sexualmente transmissíveis e não vemos as deficiências socialmente transmissíveis. E o pior de tudo não conseguimos perceber a conexão entre elas. Um dia a ciência avançará de fato e de forma holística, e por causa disso os dois mundos (externo e interno) serão compreensíveis de modo a permitir relacionar doenças biológicas com deficiências de personalidade. Algumas pesquisas já demonstraram alguns sinais, por exemplo, de que a maneira como o ser se posiciona ontologicamente (com fé, por exemplo) modifica o seu quadro de saúde.
As deficiências socialmente transmissíveis podem ser caracterizadas como doenças que afetam o caráter ético. Em outras palavras, adoecemos porque perdemos o sentido ético greco-cristão da vida. Os sintomas podem ser facilmente percebidos: egoísmo, corporativismo, individualismo, niilismo, capitalismo, competitivismo, produtivismo, reducionismo, bairrismo, racismo, dogmatismo, cientificismo, ideologismo etc. As deficiências socialmente transmissíveis operam no mecanismo emocional das psiques tornando-as violentas, corruptas, idolatras, indiferentes, inimigas, insensíveis, gananciosas, mesquinhas, retóricas e instintivas. Nesse contexto, o homem perde a sua referência transcendental espiritual tornando-se um animal que defende ou ataca para assegurar a sua propriedade ou domínio. O homem entra num processo de decadência e a sociedade o estimula a permanecer nessa jornada até a sua morte. A evolução humana freia os seus passos e a maioria se cristaliza ou se hipnotiza a continuar inconsciente ad infinitum. Por isso mesmo, CRISTO afirmou que poucos conseguiriam entrar no Reino do Céu. Esse Reino, em verdade, é a transcendência das deficiências humanas.
Prof. Bernardo Melgaço – bernardomelga10@hotmail.com – Tel.: (088) 9201-9234
As deficiências socialmente transmissíveis podem ser caracterizadas como doenças que afetam o caráter ético. Em outras palavras, adoecemos porque perdemos o sentido ético greco-cristão da vida. Os sintomas podem ser facilmente percebidos: egoísmo, corporativismo, individualismo, niilismo, capitalismo, competitivismo, produtivismo, reducionismo, bairrismo, racismo, dogmatismo, cientificismo, ideologismo etc. As deficiências socialmente transmissíveis operam no mecanismo emocional das psiques tornando-as violentas, corruptas, idolatras, indiferentes, inimigas, insensíveis, gananciosas, mesquinhas, retóricas e instintivas. Nesse contexto, o homem perde a sua referência transcendental espiritual tornando-se um animal que defende ou ataca para assegurar a sua propriedade ou domínio. O homem entra num processo de decadência e a sociedade o estimula a permanecer nessa jornada até a sua morte. A evolução humana freia os seus passos e a maioria se cristaliza ou se hipnotiza a continuar inconsciente ad infinitum. Por isso mesmo, CRISTO afirmou que poucos conseguiriam entrar no Reino do Céu. Esse Reino, em verdade, é a transcendência das deficiências humanas.
Prof. Bernardo Melgaço – bernardomelga10@hotmail.com – Tel.: (088) 9201-9234
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