porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 49... CAPITULO 7

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 49... CAPITULO 7 ... A TRÍADE SABER-SER-SERVIR PARTE I TESE DE DOUTORADO..obs.: Prezados leitores quem quiser continuar acompanhar a série TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS (O QUE É A GRANDE FRATERNIDADE BRANCA: UMA HIERARQUIA ESPIRITUAL CRIADA POR DEUS! – PARTE 1, 2, 3, ...”n”)....por favor visite o site no link http://bernardomelgaco.blogspot.com.br/ .ou o site Educação Para o Terceiro Milênio ver link... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio Obrigado... Namastê! “Senhor, eu sei que Tu me Sondas...” “Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates (ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Paulo II.. http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html) “All you need is love” (Lennon/MaCartney) "o problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva “O Humano e Deus são os dois lados da mesma moeda” Bernardo Melgaço da Silva “A busca da felicidade, é a mesma busca da verdadeira identidade de quem somos nós!” Bernardo Melgaço da Silva “O medo humano é decorrente da falta de fé em Deus. Assim, quando adquirimos a fé em Deus de forma inabalável junto com a fé vem também a coragem, a prudência e a humildade. Por isso, o problema humano se torna um problema divino: a fé pura incondicional de Deus.” Bernardo Melgaço da Silva “Eu Sou a Poderosa Presença Divina em Ação” HAJA LUZ/PONTE PARA A LIBERDADE "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara"- João 8:32 INTRODUÇÃO “All you need is love” (Lennon/MaCartney) 7.1 A PRODUÇÃO DE SENSIBILIDADE E OS TRIELOS A sabedoria não é simplesmente um mero acúmulo de conhecimentos e/ou sinônimo de poder/riqueza material, mas mais do que isso é a capacidade desses conhecimentos produzirem uma ordem no fluxo de experiências que vão desde a luz do sol até a luz dos “sóis sutis” (os chakras). E além disso, deve prover um sentido evolutivo no ato de olhar em busca de uma interpretação da unidade da realidade de quem somos nós, enquanto consciência, enquanto vida e enquanto energia. Em outras palavras, não é o valor de saber ter prazer de acumular para si, mas o valor de saber ser feliz em si. Voltar-nos-emos, portanto, “para uma questão menos ambiciosa, a que se refere àquilo que os próprios homens, por seu comportamento mostram ser o propósito e a intenção de suas vidas. O que pedem eles da vida e o que desejam nela realizar? A resposta mal pode provocar dúvidas. Esforçam-se para obter felicidade; querem ser felizes e assim permanecer. Essa empresa apresenta dois aspectos: uma meta positiva e uma outra negativa. Por um lado, visa a uma ausência de sofrimento e de desprazer; por outro lado, à experiência de intensos sentimentos de prazer. Em seu sentido mais restrito, a palavra "felicidade" só se relaciona a esses últimos. Em conformidade a essa dicotomia de objetivos, a atividade do homem se desenvolve em duas direções, segundo busque realizar - de modo geral ou mesmo exclusivamente - um ou outro desses objetivos. Como vemos, o que decide o propósito da vida é simplesmente o programa do princípio do prazer. Esse princípio domina o funcionamento do aparelho psíquico desde o início. Não pode haver dúvida sobre sua eficácia, ainda que o seu programa se encontre em desacordo com o mundo inteiro, tanto com o macrocosmo quanto o microcosmo" (FREUD, 1974, p.94). Antes de “continuarmos a indagar sobre de que direção uma interferência poderia surgir, o reconhecimento do amor como um dos fundamentos da civilização pode servir de pretexto para uma digressão que nos capacitará preencher uma lacuna por nós deixada num exame anterior (pag.39). Mencionáramos então que a descoberta feita pelo homem de que o amor sexual (genital) lhe proporcionava as mais intensas experiências de satisfação, fornecendo-lhe, na realidade, o protótipo de toda felicidade, deve ter-lhe sugerido que continuasse a buscar a satisfação da felicidade em uma vida seguindo o caminho das relações sexuais e que tornasse o erotismo genital o ponto central dessa mesma vida. Prosseguimos dizendo que fazendo assim, ele se tornou dependente, de uma forma muito perigosa, de uma parte do mundo externo, isto é, de seu objeto amoroso escolhido, expondo-se a um sofrimento externo, caso fosse rejeitada por esse objeto ou o perdesse através da infidelidade ou da morte. Por essa razão, os sábios de todas as épocas nos advertiam enfaticamente contra tal modo de vida; apesar disso, ele não perdeu seu atrativo para grande número de pessoas. Apesar de tudo, uma pequena minoria de pessoas acha-se capacitada, por sua constituição, a encontrar a felicidade no caminho do amor. Fazem-se necessárias, porém, alterações mentais de grande alcance na função do amor antes que isso possa acontecer. Essas pessoas se tornam independentes da aquiescência de seu objeto, deslocando o que mais valorizam do ser amado para o amar; protegem-se contra a perda do objeto, voltando seu amor, não para objetos isolados, mas para todos os homens, e, do mesmo modo, evitam as incertezas e as decepções do amor genital, desviando-se de seus objetivos sexuais e transformando o instinto num impulso com uma finalidade inibida. Ocasionam assim, nelas mesmas, um estado de sentimento imparcialmente suspenso, constante e afetuoso, que tem pouca semelhança externa com as tempestuosas agitações do amor genital, do qual, não obstante, se deriva" (FREUD, idem, pp.121-122). A compreensão da felicidade em si-transcendental resulta numa identidade do ser unificado no complexo-todo-cósmico. Se as experiências e os conhecimentos são tais que nos elevam a essa percepção transcendental, então foram válidas e suficientemente boas. Mas, se não produziram essa qualidade de percepção do si-transcendental, então essas experiências e esses conhecimentos foram demasiadamente pobres de valor e de produção de sensibilidade. A natureza humana é em síntese um complexo e sutil processo de produção de sensibilidade. A qualidade da experiência determinará a grandeza da visão e a amplitude do trabalho de percepção do ser na sua relação com o mundo que o cerca e o limita. Olhar a natureza humana por esse prisma exige de qualquer ser uma abstração tal que possibilite compreender a dinâmica de transformação sutil no processo evolutivo da consciência humana. A “matéria-prima” utilizada no processo de transformação são os próprios elementos existenciais inerentes à energia, à consciência e à vida. Cabe aqui uma pergunta: pode existir valor sem a sensibilidade da percepção desse valor? Não pode. Mas, como falar em produção de valor sem se falar em produção de sensibilidade? O modelo científico de produção de mercadorias pode ser útil para se inferir a respeito do processo de produção da sensibilidade. Há uma correspondência entre produção de valor e produção de sensibilidade. Se tomarmos como premissa a existência de um processo de produção de sensibilidade então devemos admitir a existência de um trabalho de percepção como suporte dessa produção. Nesse sentido, a sensibilidade é um resultado ou produto do trabalho de percepção. E a experiência é o processo de produção da sensibilidade em si. Assim sendo, a natureza do trabalho de percepção determinará o sentido de transformação existencial. E conseqüentemente a natureza do insumo utilizado na experiência. Se a natureza do trabalho é objetiva, o seu produto é correspondente à objetividade da sua aplicação e do seu uso. E se a natureza do trabalho é subjetiva, o seu produto é correspondente à subjetividade da sua aplicação e do seu uso. E o consumo do insumo? O consumo está relacionado à capacidade de absorção e processamento dos elementos intrínsecos aos pólos existenciais: a “faculdade do trielo inferior” - ou simplesmente trielo inferior - (o desejo, o intelecto e a emoção) ou a “faculdade trielo superior” - ou simplesmente trielo superior - (a vontade, a consciência e o Amor sagrado). Quando falamos da natureza humana devemos ter em mente que ela é um processo de transformação em si mesma. E que esse processo de transformação na verdade é um sistema complexo altamente dinâmico que converte e qualifica elementos tão sutis como a energia do desejo, a consciência do intelecto e a vida da emoção. Entender esse sistema humano não é uma tarefa muito fácil. Requer de qualquer investigador um intenso trabalho de percepção sobre si mesmo. O resultado desse trabalho de percepção pode ser constatado no grau de sensibilidade alcançado pelo ser em seu processo de criação. A resposta ao ganho de sensibilidade pode ser notada na qualidade da experiência confirmada por suas atitudes, convicções e construções discursivas. A esse processo como um todo Jesus Cristo chamou de “árvore”. Disse o mestre: “Ou façam a árvore boa e o seu fruto bom, ou façam a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore Raça de víboras! Como podem falar coisas boas sendo maus? Pois a boca fala do que há em abundância no coração O homem bom do seu bom tesouro tira o bem, e o homem mau do seu mau tesouro tira o mal. Eu lhes digo: no dia do Juízo os homens hão de prestar contas de toda palavra vã que tiverem proferido; pois por suas palavras vocês serão justificados, e por suas palavras serão condenados” (apud DUNCAN, 1995, p.61) A expressão “trabalho de percepção” diz respeito ao esforço disciplinado ou não que o ser faz sobre a realidade do mundo e do ser, no intuito de encontrar e equacionar as respostas aos problemas inerentes a inexorabilidade da existência do “ser-vir” (ser) e do “vir-a-ser” (não-ser) novamente. Na tradição chinesa esse ciclo (ser/não-ser) é identificado como sendo consequência das energias “Yin” e “Yang” no fluxo contínuo de mudanças. Os filósofos chineses “viam a realidade, a cuja essência primária chamaram tao, como um processo de contínuo fluxo e mudança. Na concepção deles, todos os fenômenos que observamos participam desse processo cósmico e são, pois, intrinsecamente dinâmicos. A principal característica do tao é a natureza cíclica de seu movimento incessante; a natureza, em todos os seus aspectos - tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológico e social - exibe padrões cíclicos. Os chineses atribuem a essa ideia de padrões cíclicos uma estrutura definida, mediante a introdução dos opostos yin e yang, os dois pólos que fixam os limites para os ciclos de mudança: “Tendo yang atingido seu clímax, retira-se em favor do yin; tendo o yin atingido seu clímax, retira-se em favor do yang”” (CAPRA, 1992, pp.32-33). Nesse sentido, a existência humana é um fluir de energias e ritmos entre o ser e o vir-a-ser. É dentro dessa dinâmica que o ser busca compreender as manifestações do mundo objetivo fenomênico para compreender o seu próprio mundo fenomênico de ser inter-subjetivo. O esforço de compreensão é o próprio trabalho de percepção. Esse trabalho de percepção resulta (como já foi dito) numa produção de sensibilidade. O domínio no qual a produção de sensibilidade avança (sutiliza) ou recua (embrutece) é a própria experiência na produção do saber ser em si. A qualidade, aqui, diz respeito aos níveis mais sutis de sensibilidade e, portanto, de domínios mais elevados de experiências. Nesse sentido, podemos destacar uma graduação de níveis de experiência começando pelo plano (inferior) de produção fisiológica, passando pelo plano (médio) de produção psicológica e concluindo no plano (superior) de produção ontológica. A praticabilidade da experiência designa a própria vontade e o seu poder de intervenção. Esse poder pode ser nocivo ou bom em função da sutilização ou embrutecimento da sensibilidade. A relação entre os planos de experiências determina um sentido de valor e de sensibilidade. Nesse contexto, a relação dos planos fisiológico/psicológico determina um sentido material de experiência profana e a relação dos planos psicológico/ontológico determina um sentido espiritual de experiência sagrada. Esses dois sentidos de experiências determinam a natureza do aprendizado do ser. O sentido material diz respeito ao processo de construção de conhecimento do ser individual. E o sentido espiritual diz respeito ao processo de construção de sabedoria do ser pessoal. A distinção entre indivíduo e pessoa está relacionado, portanto, a sutileza da experiência dos dois trielos: inferior (desejo-intelecto-emoção humana) e superior (vontade-sabedoria-Amor sagrado). A sociedade é análoga a um espelho. Ela apenas reflete a imagem de tudo aquilo que interage com ela. “Os outros são apenas seus espelhos. Você não pode amar ou detestar algo em outra pessoa [indivíduo], a menos que isso reflita algo que você ama ou detesta em si mesmo” (Anônimo). É através da consciência que adquirimos conhecimentos e vivenciamos os diversos planos, corpos e atmosferas. Mas, é por meio dela que também nos espelhamos e refletimos nossas virtudes e deficiências. A vida é um grande jogo de espelhos de consciências em que as peças são feitas de massa, energia e o tablado é um palco chamado "Terra". E seus principais protagonistas representam jogadores, artistas, trabalhadores e “reis” da natureza. Nesse jogo, o próximo e a natureza são só adversários. A vitória é de quem consegue destruir as suas próprias deficiências espelhadas no outro e proteger a natureza espelhada em seu interior. Acreditamos estar jogando ou competindo contra outros adversários, mas a verdade é que estamos jogando ou competindo contra nós mesmos numa batalha de vida x "morte" onde somos e seremos sempre derrotados. O Criador na sua infinita bondade nos faz retornar ao mundo físico para que aprendamos a sair da ignorância desse jogo inútil e sem sentido que nos impede de ver a Luz do Amor por detrás da masmorra de uma pequena consciência atômica de alguns "lhões" de células em que nos aprisionamos. Somos espelhos a cada minuto naquilo que lemos, ouvimos, vemos e sentimos. Assim é que, se alguém do mundo adulto ou do mundo infantil faz uma inovação convincente imediatamente o grupo em que esse ser está inserido tentará espelhar-se nela. Em outras palavras, a nossa consciência funciona em uma de suas partes como se fosse uma memória de computador do tipo RAM (Randomic Acess Memory), ou seja, uma memória para rascunhos e experiências. Ela pode ser gravada e desgravada de acordo com a necessidade de seu dono-usuário. A outra parte é a consciência do tipo ROM (Read Only Memory), ou seja, memória que somente permite ao usuário lê-la. A sua gravação somente pode ser feita pelo dono-criador do programa. Todavia ela tem uma característica muito importante, pois o processo de gravação e desgravação é por magnetismo humano. Os bits e os bytes são os átomos e as células com consciências (os cientistas estão convictos de que os átomos têm consciência). Somando o magnetismo de cada célula temos o magnetismo total do corpo e somando estes últimos teremos o magnetismo da coletividade. Se todos nós (ou a maioria) armazenamos os dados com os mesmos valores, forma-se então um campo biomagnético imenso em torno dessa massa humana que é a coletividade. Esse campo biomagnético induz e é induzido pelo meio em que está inserido. Assim, quando alguém tenta desgravar seus “bits e bytes” é forçado (induzido) a recuar diante da força magnética contrária emitida pela coletividade. A esse efeito JUNG em seus tratados de psicologia chamou de Inconsciente Coletivo. A medida que nos descondicionamos, ou seja, desgravamos aqueles dados e valores dos quais não queremos, resulta numa sensação de leveza e paz, isto porque estamos na verdade cortando o fluxo biomagnético oriundo da coletividade. Um conjunto de dados e informações gravados em nossa memória RAM forma um programa ou condicionamento: social, afetivo, profissional, político, etc. Devido as influências inicialmente de nossos pais e parentes, e em seguida a cultura do bairro, da cidade, da escola, da nação e dos continentes, gravamos um conjunto de microprogramas (microcondicionamentos). Esses microprogramas associados com os sentimentos que nos foram transmitidos vão determinar a nossa conduta moral e, portanto, nossa visão de mundo social. Se gravamos a violência, o medo, o ódio, o apego, etc., atuaremos com esses sentimentos em qualquer espaço-atividade social, familiar, profissional ou religiosa. De forma que se formos um político, procuraremos (se gravamos negativamente) ser tendenciosos, bajuladores, mentirosos e corruptos, etc. O mesmo acontece se formos um cientista. Nos associaremos com idéias-fins de destruição na construção de bombas, no desenvolvimento de processos químicos danosos ao homem e a natureza, etc. Os valores de competição, embutida nessa negatividade, serão passados sutilmente junto com a propaganda do consumo pelo consumo (consciente ou inconscientemente) via sistemas de comunicação (rádio, jornal, cinema, televisão, etc.). Em síntese, somos um enorme computador semiconsciente e que deixamos gravar o que os outros pensam e sentem de acordo com a consciência deles. Tudo isso com o rótulo de "verdade" e "progresso". Assim como a realidade é dual: noite-dia, preto-branco, positivo-negativo, macho-fêmea, feio-bonito, “bem-mal”, matéria-antimatéria, etc., é necessário compreendermos que o homem em sua estrutura física e não-física (Espírito) também é dual. Somos duas consciências: uma ativa e a outra latente. Uma consciência é passível de gravação e a outra impossível de gravação. Somos duas naturezas complementares entre si e em si mesmas. A antimatéria “é em tudo idêntica à matéria, à exceção de os sinais das cargas elétricas de todas as partículas de antimatéria serem contrários aos das correspondentes partículas de matéria. As leis da física implicam que para cada partícula existe uma correspondente antipartícula. Antes da idéia de Dirac sobre a antimatéria, os físicos podiam pensar nas partículas quânticas como sendo imutáveis: o número de partículas de um dado tipo tinha de ser o mesmo antes e depois de uma reação. Mas a descoberta da antimatéria alterou profundamente este estado de coisas. Heinsenberg afirma: "Acredito que a descoberta de partículas e antipartículas por Dirac transformou completamente a nossa concepção da física atômica ... Assim que chegamos à conclusão de que se podem criar pares, temos de considerar as partículas elementares como sistemas compostos, porque, ao considerar uma partícula, podemos estar em presença dela, ou dela e de um par, ou de dois pares, e assim por diante; e, assim, a concepção de partícula elementar modificou-se subitamente. Até essa altura julgo que todos os físicos tinham pensado nas partículas elementares à boa maneira de Demócrito, considerando essas partículas unidades incorruptíveis dadas pela natureza que nunca se transformam essencialmente e que não podem ser transmutadas noutra coisa". Como estes comentários indicam, o advento da antimatéria provocou o fim da noção de conservação do número de partículas e tornou concebível a hipótese do bootstrap. As partículas como o eletrão podem ser criadas e aniquiladas; podem também transmutar-se uma nas outras" (PAGELS, 1982, p.288-289). Nesse contexto, o trabalho de percepção do mundo dual pode ser executado de dois modos distintos: o induzido e o consciente. O modo induzido é o estado de percepção do indivíduo que participa da cadeia produtiva de visão de mundo, ou seja, a mente de cada indivíduo é um elo na imensa cadeia produtiva de sensibilidade racional-instintiva. Cada indivíduo participa fornecendo uma parcela de esforço na produção de sensibilidade do coletivo de indivíduos. E esse esforço é realizado pelo processo de indução de sensibilidade de outros indivíduos na relação social ao longo da vida. Cada pensamento, cada emoção e cada gesto é captado pelo indivíduo desde a sua idade infantil até a idade adulta. O conjunto de pensamentos, emoções e fatos é registrado sutilmente no espaço psíquico do indivíduo. Isto ocorre porque os canais sensoriais (os cinco sentidos) voltados para o mundo objetivo social estão mais vulneráveis do que os canais subjetivos. No decorrer do tempo os processos de captação e processamento se tornam autônomos. Essa autonomia acarreta um processo de realimentação nas repetições das funções sensoriais. Em outras palavras, o indivíduo fica condicionado ao processo de captação em que inicialmente foi educado (orientado a usar), ou seja, a energia vital que circula pelos canais sensoriais condicionam o funcionamento ad infinitum. Nesse sentido, o indivíduo é parte de um processo de indução em dois sentidos a saber: o induzido e o indutor. O sentido induzido é o estado passivo onde o ser capta as energias vitais oriundas de outros seres. O sentido indutor é o estado ativo onde o ser transmite e propaga energias vitais para outros seres que fazem parte do meio social em volta de si. Os indivíduos atuam oscilando entre esses dois sentidos de indução. Alguns mais passivos e outros mais ativos. O modo consciente é o estado de percepção da pessoa que participa na cadeia produtiva unificadora de visão de mundo. 7.2 OS CAMPOS UNIFICADOS E OS CAMPOS DUAIS: AS PESSOAS E OS INDIVÍDUOS Uma outra diferença básica entre o indivíduo e a pessoa está na formação do campo unificado de percepção. O campo unificado de percepção é o espaço onde a dualidade (induzido/indutor) é transformada numa unidade ontológica. A pessoa é o fenômeno da manifestação desse campo unificado. Em outras palavras, a pessoa é una em seus propósitos existenciais. Ela tem consciência da força da dualidade mas não é dominada por ela. Enquanto o indivíduo é inconsciente dessa força dual, e por isso mesmo é dominado por ela. A dualidade segue leis cósmicas que determinam uma polaridade dinâmica no processo de formação do mundo. E o indivíduo como parte desse mundo dual é susceptível a essas leis. E o conceito de “polaridade” tem seu significado na ciência, especificamente na Física. A Física é um ramo da ciência moderna que vem estudando os fenômenos físicos da matéria e os seus sub-níveis. A polaridade é observada na diferença de potencial elétrico entre dois corpos ou partículas carregadas de energias. Minhas descobertas apontam para uma polaridade no interior da consciência humana. Nesse domínio encontramos também sub-níveis de consciências, da mesma forma que encontramos na matéria. A questão de se observar os sub-níveis da consciência e as suas polaridades está diretamente relacionado à (in)capacidade de percepção nesse espaço tão sutil. No domínio da matéria os físicos precisaram inventar instrumentos complexos, caros e ultra-sensíveis. E no domínio da consciência humana? Quem será capaz de inventar um “instrumento” ultra-sensível? A própria razão não seria um “instrumento” de impedimento? Creio, e não tenho dúvidas, que a Física está mapeando, através de uma linguagem e uma lógica altamente abstrata, uma realidade paralela à realidade da consciência humana. O problema humano está centrado na incapacidade do ser humano perceber a sua própria polaridade em si mesmo. Essa incapacidade é então projetada para o mundo externo nas diversas formas de manifestações científicas, culturais, sociais, religiosas, filosóficas, etc. Na ciência tem-se os pólos “positivo” e “negativo”. Na filosofia temos a questão da dialética. Na religião a questão é entre o céu divino e a terra humana. No social, o “mais desenvolvido” e o “menos desenvolvido”, ou seja, criamos nossos conceitos e pré-conceitos em cima do “bom e mau”, do “bem e mal”, do “melhor e pior”, do “superior e inferior”, e do “rico e pobre”. Isso tudo são conceitos criados pela razão. O que existe de verdade é uma polaridade ontológica que separa o “ego” do “self”. E essa polaridade é somente superada na dimensão ontológica do Cristo (que transcende a dimensão ontológica do “homem” e da “mulher”). Cristo não era desse “reino” (nível de consciência) humano. É, no contexto humano, um abismo insuperável. Assim, quanto “mais” rico se é, “mais” pobre se torna, em algum lugar, o mundo social. As Leis supremas regentes deste Universo “estão sujeitas a modificações e transformações segundo as influências evolutivas resultantes da interinfluenciação dos mundos paralelos, isto é, dos mundos sutis e concretos. Toda ação é o efeito de uma causa maior do que a própria ação em si; e toda ação converter-se-á em indução, sendo que cada indução dá início a uma sequência de causas e efeitos que induzem outras causas e efeitos de forma sucessiva, até ser atingido o ponto extremo receptivo a estas induções, a estes reflexos da primeira ação. Por conseguinte, nunca o homem poderá isolar-se ou isolar seu campo de ação, uma vez que este campo de ação reflete-se em um campo de irradiação que dará origem a uma outra ação, sendo que esta, por sua vez, resultará num motivo de reação à ação. Assim, cumpre-se uma das Leis básicas - a lei da propagação - a qual atua formando um campo único que é esse Universo a que nos referimos” (ANÔNIMO, A Consciência, 1988, p.9). Assim, cada indivíduo ativamente indutor é caminho de propagação de sensibilidade racional-instintiva para um outro indivíduo potencialmente induzido. As relações entre indivíduos forma uma imensa cadeia interinfluenciativa se propagando no contexto social produzindo uma espécie de “consciência coletiva”. Essa “consciência coletiva” influencia novamente o indivíduo induzindo-o a agir de acordo com os interesses e desejos da coletividade. Nesse sentido, os semelhantes se atraem e os opostos também em busca de uma complementaridade da ação maior existencial da pessoa em seu interior. Cada indivíduo irradia uma força oriunda de seu próprio campo de percepção. A proximidade dos propósitos aumenta essa força atraindo consequentemente outros indivíduos ainda enfraquecidos em seu poder pessoal. Nesse contexto, nenhum indivíduo está fora dessa poderosa irradiação. Todos participam. Todos contribuem. Todos ficam submetidos ao campo de percepção coletiva. O campo coletivo maior é formado por inúmeros campos menores. Assim sendo, quando se age no campo coletivo esse reage devolvendo a irradiação ampliada pelas consciências receptivas-geradoras, ou seja, toda ação iniciada tem um fim em si mesma. E da mesma forma toda ação concluída tem um princípio de retorno. Nada é estanque e descontínuo. O egoísmo é a idéia falsa de isolamento da ação e do campo formado. O indivíduo egoísta imagina que a sua ação não irá repercutir no todo da coletividade individual. Ele somente percebe a ação dentro de um espaço de seu próprio desejo. Essa ação produz outras tantas ações. E assim a sua ação reflete e é refletida pelo campo coletivo. O sofrimento e a desgraça das violências humanas é uma resposta do campo coletivo desequilibrado. O indivíduo enquanto parte de uma totalidade de indivíduos sofre a influência do seu meio ambiente psíquico. Quando esse meio ambiente se deteriora o indivíduo “respira” e consome as poluições psíquicas desse meio. Nesse sentido, cada indivíduo é um núcleo irradiador de energias vitais tanto a nível fisiológico quanto a nível psicológico. E é também um núcleo receptor dessas mesmas energias. A consciência racional-instintiva do indivíduo é formada pela relação com o seu próprio meio ambiente psíquico. Os papéis sociais que o indivíduo assume encobre a visão do indivíduo no entendimento da sua inserção no campo não-unificado da dualidade. Ao assumir os papéis sociais que lhe foram atribuídos, ele apenas reforça a sua inserção nesse campo. As situações adversas serão captadas com muita tensão provocando desgostos e conflitos constantes. A reação a essas situações adversas se propaga e se realimenta no campo coletivo desequilibrado. Nesse contexto, o indivíduo sentirá de modo muito sutil, no decorrer de uma crise profunda, a existência das Duas Forças (Duais) Antagônicas que criam os dois sentidos de ordem e desordem em torno do seu espaço psíquico, porém refletidas objetivamente nas tensões sociais, na formação de grupos antagônicos. A dor provocada pelas tensões das Duas Forças Antagônicas leva o indivíduo a se autoquestionar. E é nesse autoquestionamento que naturalmente a energia vital vai perdendo a sua qualidade dual para se transformar numa unidade. Na passagem da dualidade para a unidade, tem-se a autotransformação ou renascimento da pessoa consciente de si. A pessoa é, portanto, refletor de um campo de energia unificado, na sua relação social. A pessoa propaga os valores pertencentes a esse campo. As leis cósmicas do campo unificado agem fazendo com que a pessoa conserve o seu poder agregador e interinfluenciador em direção a um objetivo transcendental no Amor Cósmico de Deus-Pai. A pessoa se situa acima do campo não-unificado dual. Ela emana uma energia qualificada e transformada para uma nova etapa evolutiva existencial. A interconversão entre matéria e energia é um exemplo para uma aproximação de entendimento a respeito da interconversão e unificação das Duas Forças Antagônicas. A massa é energia condensada. E a energia é a massa sutilizada. Da mesma forma a pessoa é o indivíduo qualificado (sutilizado). O indivíduo é a pessoa não-qualificada (embrutecida). O deslocamento do indivíduo em direção ao seu outro pólo-destino pessoa exige uma alta energia de transformação, de maneira análoga ao deslocamento de qualquer objeto na velocidade da luz. Assim, quando o ser busca a conquista de si próprio, com muito empenho, ele age na mesma direção dos fundamentos das leis cósmicas superiores responsáveis pela formação do campo unificado dos princípios criadores da consciência-de-Deus. Quanto mais o homem vivenciar a dualidade, “o campo desunificado, mais necessitará de uma tecnologia cada vez mais complexa. Exigirá sempre mais e mais que a ciência se expanda. A Ciência, porém atuando somente sob o prisma unilateral do desenvolvimento tecnológico, desconsiderando, portanto, a parte complementar da sensibilidade que acompanha todo o desencadeamento natural da vida humana, nunca alcançará um patamar que satisfaça a expectativa do próprio homem. A evolução tecnológica é elogiável, contudo, deverá adquirir um sentido complementar da razão única desta própria necessidade de desenvolvimento: a da integração do todo menor no Todo Maior, ou seja, da percepção do sentido de Unidade” (ANÔNIMO, idem, p.18). Chegamos agora à mais terrível batalha de todas, “a batalha física que se trava no corpo; pois ela prossegue sem descanso nem trégua. Começa ao nascimento, e só pode terminar com a derrota de um dos dois combatentes: a força da transformação e a força da desintegração. Digo ao nascer, porque, de fato, os dois movimentos estão em conflito desde o momento que chegamos ao mundo, embora o conflito se torne consciente e deliberado apenas muito mais tarde. Pois cada indisposição, cada doença, cada anomalia, mesmo acidentes, são os resultados da ação da força de desintegração, assim como o nascimento, o desenvolvimento harmonioso, a resistência ao ataque, o restabelecimento da doença, todo retorno ao funcionamento normal, cada melhora normal, cada melhora progressiva, são devidas à ação da força de transformação. Mais tarde, com o desenvolvimento da consciência, quando a batalha torna-se deliberada, ela se transforma em uma corrida frenética entre os dois movimentos opostos e rivais, uma corrida para ver qual alcançará primeiro o alvo, transformação ou morte. Isto significa um esforço incessante, uma constante concentração para atrair para baixo a força regeneradora e para aumentar a receptividade das células para esta força, para lutar passo a passo, ponto por ponto, contra a ação devastadora das forças de destruição e declínio, para arrancar de seu controle tudo o que é capaz de responder ao anseio ascendente, para iluminar, purificar e estabilizar. É uma obscura e obstinada, freqüentemente sem qualquer resultado aparente ou qualquer sinal externo de vitórias parciais conquistadas e que são sempre incertas - porque o trabalho que foi feito parece sempre necessitar ser refeito; cada passo para frente é dado mais freqüentemente a custo de um retrocesso em algum lugar, e o que foi feito num dia pode ser desfeito no dia seguinte. Na verdade, a vitória pode ser certa e duradoura apenas quando é total. E tudo isso toma tempo, muito tempo, e os anos passam inexoravelmente, aumentando o poder das forças adversas” (A MÃE, 1994, p.274). A complexidade das leis do mundo científico-tecnológico reflete as leis do mundo dual. Por isso, é intenção da Física descobrir uma lei ou princípio unificador. Einstein tentou formular um princípio dessa lei. Mas, essa lei não poderá ser descoberta se a sensibilidade humana não for desenvolvida em direção à própria natureza humana, ou seja, em busca da compreensão, transformação, e unificação das Duas Forças Antagônicas no interior do fenômeno humano. A maior conquista do homem é a conquista de si próprio, “e não existem mundos maiores nem mais valiosos que o seu próprio mundo; não no sentido egoísta, mas no sentido de ser e de conquistar a tudo que compõe o ser integral, pois, repetimos, a maior conquista do homem é a conquista de si mesmo e, após esta, as outras conquistas, externas, chegarão como complemento, complemento de si mesmo” (ANÔNIMO, A Consciência, 1988, p.29). Quando passamos pelo processo de autotransformação temos a visão clara da beleza da criação. Tudo o que a natureza humana precisa descobrir, para se realizar plenamente nesse mundo, está associado ao processo criador-autotransformador. Mas, somente quando passamos por esse processo é que percebemos o quanto ele é “simples” e sutil. Enquanto não o vivenciamos ele é tremendamente complexo e abstrato. É um verdadeiro milagre essa “cons-ciência” expandida proporcionado pelo ganho da autotransformação: o que se quer ou se precisa em vida está ou existe num outro pólo da própria percepção de quem busca ou pede. O mundo criado e o mundo criador estão lado a lado, porém em dimensões diferentes. E por causa disso, a percepção humana comum não vê, não alcança, não sente. Assim, se queremos a paz ela já existe antes da guerra, se queremos o Amor ele já existe antes do ódio (e do desejo), se queremos a sabedoria ela já existe antes do conhecimento, se queremos a verdade ela já existe antes da informação e do fato, se queremos a luz ela já existe antes da escuridão, se queremos a eternidade ela já existe antes do tempo, se queremos encontrar Deus, ELE já existe antes das buscas humanas. Tudo existe antes de pedirmos e querermos. Basta apenas vermos o fenômeno ou princípio que nos complementa. E com força de vontade “pularmos” para o outro lado-pólo dessa realidade desconhecida. Se alguém está triste basta apenas “pular” (transformar-se a si mesmo) para a alegria. E pronto! Já está lá! Mas, o que fazemos geralmente é raciocinarmos sobre o universo psicológico criado da tristeza. A mente então inicia um processamento histórico-analítico do que representa o contexto daquela “tristeza”, ou seja, daquilo que é objeto de estudo da psicologia humana. Explicações infindáveis ocupam o espaço de nossas mentes. Quanto desperdício de energia vital! Busca-se inúmeras justificativas para demonstrar, através da racionalização, o que não é tão óbvio de se perceber: se alguém está triste é porque não sabe permanecer alegre de forma incondicional. A alegria incondicional é o outro pólo dessa realidade humana. Assim como é também a felicidade incondicional, a paz incondicional, a fraternidade incondicional, o equilíbrio incondicional, a sabedoria incondicional, ou seja, todos os princípios que foram criados como uma natureza incondicional. Existe porque existe! Por que existe o homem? Ora, simplesmente porque existe e foi criado para existir! Pra que precisamos saber racionalmente de que lugar biológico, geográfico, histórico, filosófico, religioso, etc., veio o homem? Qualquer explicação racional é uma mera explicação e nunca é o fenômeno de fato. O fenômeno é o pólo criador que está do lado do nosso pólo criado (que somos nós mesmos enquanto seres humanos). O que se precisa de fato é cada um aprender a se autotransformar. Nesse sentido, não há necessidade de tantas explicações mas apenas de uma força de vontade e uma fé genuína para operar a grande metanóia existencial. Poderemos ler livros e livros sobre a origem e a constituição da natureza humana, mas se não soubermos nos autotransformarmos (agirmos a partir da vontade aliada à sensibilidade no lugar de agirmos a partir da intelectualidade aliada à emocionalidade) grande parte desse saber acumulado será simplesmente inútil. Não servirá para nada. Não ajudará de fato o homem. Isto porque todo o esforço de aprendizagem que o homem faz é para que um dia ele aprenda a se autotransformar com vontade própria. E nessa aprendizagem saber, vivenciando, quanto de poder lhe foi concedido como ser criador-transformador. A ciência vem da consciência (pólo criador)? Ou a consciência (pólo criador) vem da ação de se fazer ciência? Qual é o status da ciência moderna (racional): criadora ou criação? Na minha visão ela pertence ao domínio da criação. Nesse sentido, a única ciência que de fato realiza o homem dando-lhe a visão da verdade criadora é a autotransformação em si (da ignorância de si mesmo em sabedoria de si mesmo). Viva Sócrates, Platão, Descartes, Jesus, Marx, Einstein, Buda, Gandhi e tantos outros homens e mulheres que aprenderam o milagre da autotransformação! Esses espelharam o poder do pólo criador em si mesmos. Nesse contexto, a natureza humana se dedica durante uma vida toda em milhões de coisas pequenas, e assim esquece de se dedicar naquilo que é mais importante para toda a sua vida existencial: a sua autotransformação. O milagre nela e só dela, vivenciado, saboreado, conquistado e amado. Em outras palavras, o homem vive transformando a sua maneira de compreender a sua história, a sua existência, a sua tecnologia, e a sua psicologia. No entanto, não percebe o caminho simétrico de compreender a transformação em si mesmo (o caminho da autotransformação) para alcançar o Bem último: o Amor Matriz ou Divino. O Amor tão falado, é tão ignorado. O Amor tão musicado, está tão distante da natureza do indivíduo. O Amor tão idolatrado, é tão desamado. O Amor é vilão e herói. O Amor é conhecido e desconhecido. O Amor é virtual e virtuoso. O Amor é princípio e fim de tudo. O Amor é lógico e ilógico. O Amor é prisão e salvação. O Amor é humano e Divino. É dentro desse contexto paradoxal que faço a minha reflexão filosófica do Amor. Entender a dimensão do Amor é compreender os seus dois planos de conquista e realização. Não tenho dúvidas sobre a sua manifestação paradoxal. É preciso sensibilidade para se poder ver as diferenças sutis desses dois planos de Amor. A vida moderna carece do verdadeiro Amor. Ela carece da verdade do Amor para realizar os anseios existenciais de cada indivíduo inconsciente de si. O mundo está se tornando um caos existencial devido a falta do verdadeiro Amor. O homem social moderno vive inconsciente do poder do Amor Matriz (o verdadeiro!). Apesar de a mídia falar do Amor, o homem cego, surdo e iludido não consegue perceber a sua falsidade. As músicas invocam um “Amor tesão” ou um “Amor Paixão”. As novelas repetem a fórmula de sempre e não ajudam o indivíduo a se autodescobrir no Amor Matriz. O homem sem Amor Matriz é o mesmo que uma ponte sem sustentação e equilíbrio: com certeza vai desabar! O Amor - com certeza absoluta! - é a última força criadora e integradora que a ciência falta descobrir para compreender o mistério da formação do universo. Em outras palavras, o Amor é uma fantástica força criadora e integradora do universo. O Amor é consciência. O Amor é energia. O Amor é vida. O Amor é sinônimo de união e evolução. Quando se vive o Amor, sente-se a energia, a força, o impulso, a vitalidade, a beleza, o êxtase, a alegria, a felicidade, a harmonia, a verdade, e a fé do Poder Criador, em si mesmo. O Amor é a própria Centelha Divina do Espírito Criador. O Amor somente retornará ao mundo moderno quando o homem moderno decidir caminhar em direção a ele. O Amor “é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (apóstolo Paulo - Saulo). A vivência do Amor Matriz implica numa morte existencial: a autotransformação ou autoconhecimento metamorfósico. "Meu benfeitor explicou-me então que a passagem de um feiticeiro para a liberdade era a sua morte" (índio D. Juan, apud CASTÃNEDA, 1988, p.190). Disse [D.Juan] que “nós, como homens comuns, não sabíamos, nem jamais iríamos saber, que havia algo inteiramente real e funcional - nosso elo de ligação com o intento - que nos dava nossa preocupação hereditária com o destino. Assegurou que durante nossas vidas ativas nunca temos a chance de ir além do nível da mera preocupação, porque desde tempos imemoriais a rotina dos afazeres diários nos entorpeceu. É apenas quando nossas vidas quase se encontram para terminar que nossa preocupação com o destino começa a assumir um caráter diferente. Começa a fazer-nos ver através da neblina das ocupações diárias. Infelizmente, esse despertar sempre vem de mãos dadas com a perda da energia causada pelo envelhecimento, quando não temos mais força para transformar nossa preocupação em descoberta pragmática e positiva. Nesse ponto, tudo que é deixado é uma angústia amorfa e penetrante, um desejo por algo indescritível, e simples raiva por ter errado o alvo” (apud CASTÃNEDA, idem, p. 64). Senhor, Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/ ). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!! Senhor, Eu sei que tu me sondas Sei também que me conheces Se me assento ou me levanto Conheces meus pensamentos Quer deitado ou quer andando Sabes todos os meus passos E antes que haja em mim palavras Sei que em tudo me conheces Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Deus, tu me cercaste em volta Tuas mãos em mim repousam Tal ciência, é grandiosa Não alcanço de tão alta Se eu subo até o céu Sei que ali também te encontro Se no abismo está minh'alma Sei que aí também me amas Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes) Refrão Sugiro que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”, “Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale Donald Walsch ... Conversando com Deus (título original em inglês: Conversations with God) é uma série de três livros publicada por Neale Donald Walsch, que afirma ter sido inspirado diretamente por Deus em seus escritos. Cada livro é escrito como um diálogo no qual Walsch faz perguntas e "Deus" as responde. Walsch afirma ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações divinas. Em 2006, um filme foi lançado sobre a história do autor e seus livros... Ver link http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus), “A Unidade das Religiões: O Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Livros recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”, “Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado – Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini – Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Namastê! Prof. Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo (praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE). e-mail: bernardomelgaco@gmail.com Facebook: Bernardo Melgaço da Silva/página Educação Para o Terceiro Milênio bernardomelgaco.blogspot.com Nota: Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de Tecnologia –CT - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim, pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!

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