porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 45... CAPITULO 6

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS ENTRE 1994 E 1998 (número 45... CAPITULO 6 ... A TRÍADE CULTURA-EDUCAÇÃO-CIVILIZAÇÃO PARTE II TESE DE DOUTORADO..obs.: Prezados leitores quem quiser continuar acompanhar a série TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS E EXTRAORDINÁRIAS (O QUE É A GRANDE FRATERNIDADE BRANCA: UMA HIERARQUIA ESPIRITUAL CRIADA POR DEUS! – PARTE 1, 2, 3, ...”n”)....por favor visite o site no link http://bernardomelgaco.blogspot.com.br/ .ou o site Educação Para o Terceiro Milênio ver link... https://www.facebook.com/EducacaoParaOTerceiroMilenio Obrigado... Namastê! “Senhor, eu sei que Tu me Sondas...” “Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates (ver link...carta encíclica ”fé e razão” do Papa João Paulo II.. http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_15101998_fides-et-ratio_po.html) “All you need is love” (Lennon/MaCartney) "o problema humano é o mesmo do problema divino quando se consegue responder um então conseguimos responder o outro" Bernardo Melgaço da Silva “O Humano e Deus são os dois lados da mesma moeda” Bernardo Melgaço da Silva “A busca da felicidade, é a mesma busca da verdadeira identidade de quem somos nós!” Bernardo Melgaço da Silva “O medo humano é decorrente da falta de fé em Deus. Assim, quando adquirimos a fé em Deus de forma inabalável junto com a fé vem também a coragem, a prudência e a humildade. Por isso, o problema humano se torna um problema divino: a fé pura incondicional de Deus.” Bernardo Melgaço da Silva “Eu Sou a Poderosa Presença Divina em Ação” HAJA LUZ/PONTE PARA A LIBERDADE "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara"- João 8:32 INTRODUÇÃO “All you need is love” (Lennon/MaCartney) A EDUCAÇÃO E O CONTEXTO DA PROFECIA EVIDENTE A lógica existencial que sustenta a profecia evidente é a de que as condições materiais desfavoráveis (a miséria) caminham junto com as condições materiais favoráveis (a riqueza material), e de que o “positivo” é o “negativo” que se transforma, no presente, em si mesmo, e vice-versa. Em outras palavras, quando se gera um potencial positivo de valor material do outro lado terá que haver um potencial negativo de mesma natureza de valor. É a lei da natureza: o positivo somente existe se existe o negativo, assim como o “alto” somente existe em relação ao ‘baixo”. As profecias evidentes são realizadas a partir da vivência direta da transformação, no presente, do indivíduo em pessoa. As profecias evidentes como já foi dito têm como base a lógica-caminho do Amor Matriz. Assim quem vivenciar esse caminho de transformação não dependerá de nenhuma lucubração mental seja ela de cunho político, econômico, sociológico, psicológico, ufológico ou astrológico. A vivência do Amor Matriz fornece à pessoa a chave para antecipar a visão do futuro. E com essa “chave” pode-se abrir o baú do tempo e assim saber o que nele está guardado. Todas as previsões da pessoa serão logicamente acertadas. E “matematicamente” precisas. Tão evidentes que somente por um descuido de falta de fé se deixará de fazer a profecia certa. Ao contrário do que frequentemente se pensa, “o profeta é menos o homem do futuro que do presente, do hoje. A atualização da Palavra de Deus parece ser justamente uma das características essenciais da função profética. O profeta fala para os homens do seu tempo. “Assim fala o Senhor” é uma fórmula que aparece muitas vezes. Basta, aliás, ler os profetas para entender que as sentenças que pronunciam, os oráculos que transmitem, as promessas que fazem ou seus apelos à conversão, estão estreitamente ligados aos acontecimentos de seu tempo. Os grandes profetas de Israel viveram todos em épocas em que as crises políticas e religiosas eram particularmente violentas. O profeta é aquele que, em nome de Deus, fala ao presente em função do passado. É o homem que sabe ler o presente; que, movido por Deus, compreende o que se passa realmente e tenta apresentar a Palavra de Deus que permite ao povo encontrar a salvação. É o pesquisador do presente. A leitura do presente feita pelo profeta é muito diferente da que os escribas e os funcionários fazem...É simples a razão disso: o profeta tem um horizonte muito mais vasto que o escriba. Ele parte das idéias mestras da ação de Deus no passado e comunica sua palavra em função de uma tradição, de um passado e de um futuro a longo prazo, cujo centro é constituído pela ação de Deus e pelas relações do povo com seu Deus. O escriba, ao contrário, está preocupado com o instante presente, com o imediato; suas referências não são nem tão vastas nem tão profundas. Seus interesses são pragmáticos e de curto prazo: salvar a situação, sair-se bem. É por isso que essas duas leituras do presente muitas vezes se enfrentam de modo dramático e, muito particularmente, nos casos de Isaías e de Jeremias. Se o destino dos profetas foi sempre duro e difícil, se eles foram com frequência perseguidos e pouco amados por seus contemporâneos, foi certamente porque sua palavra era dirigida aos homens de seu tempo” (ASURMENDI, 1980, p.10). O princípio da lógica da profecia evidente é simples. Vejamos a ideia básica. Quem descobre-vivencia o caminho do Amor Matriz (Incondicional) descobre-vivencia também um segundo modo cultural ontológico, um segundo caminho existencial. Logo, a pessoa que descobre esse caminho do Amor Matriz, sabe que o outro caminho é sem dúvida nenhuma o caminho-cultura da dor (sem o Amor Matriz). Daí que o ato de caminhar necessita de um conjunto de valores morais e princípios éticos para a locomoção. Pois, ninguém caminha (num sentido bem amplo) sem fornecer a si mesmo uma ação com direção. Uma vez que a pessoa sabe desse caminho sabe também da existência dos princípios existenciais (ontológicos) sagrados presentes em si mesma. Dessa forma, a pessoa sabe por inferência como os outros indivíduos estão caminhando moralmente a sua volta. É “lógico”! Pois, ela percebe a diferença, em si mesma, que os dois caminhos são realizados em sentidos assimétricos. Toda essa percepção é realizada no interior da pessoa! Estritamente no interior do ser humano. A profecia evidente é portanto uma inferência precisa. Quando o mestre Jesus Cristo afirmou que era mais fácil um camelo atravessar um buraco da agulha do que um homem rico alcançar o Reino do Céu, certamente ele fez através de uma profecia do tipo evidente. Era tão evidente para Jesus esse princípio dos dois caminhos (“Não se pode seguir a dois senhores ao mesmo tempo”) que não havia espaço para nenhuma dúvida ou questionamentos racionais. Ele não dependia de nenhum assessor econômico ou de nenhum conhecimento de estratégia militar, política ou mesmo de conhecimentos esotéricos, filosóficos ou teológicos para afirmar com tamanha convicção como certamente ele fez. Não é também uma questão de otimismo ou pessimismo, mas de uma vivência e visão profunda dos princípios éticos que regulam ou governam a vida ontológica/espiritual do ser humano. Sabedor do caminho do Amor Matriz, Jesus poderia fazer - como ele fez mesmo! - qualquer profecia evidente que certamente acertaria sem precisar de nenhum esforço de intelectualização racional. A questão chave se chama vivência (experiência íntima no agora!) do Amor Matriz. Sem a vivência do Amor Matriz não se tem a visão “onto-lógica” (a lógica do “ser ou não-ser”) e portanto não se tem a capacidade de profetizar evidentemente. O Amor Matriz é imprescindível para caminharmos seguros do futuro e convictos dos nossos erros culturais passados. E sem a vivência do Amor Matriz não teremos essa segurança e essa convicção necessária e imprescindível. Em outras palavras, estaremos evidentemente cegos (no sentido e no contexto ontológico). Enraizado no passado e leitor do presente, “o profeta está também voltado para o futuro e precisamente porque ele lê o presente em profundidade. Se ele pode dizer uma palavra eficaz para os homens de seu tempo, é porque ele vê a continuidade da ação de Deus, à luz do passado e da tradição, e porque ele crê que Deus é fiel: o futuro do povo, portanto, não está obstruído. Deus continuará agindo em seu favor. É essa a função dos sinais, freqüentes nos profetas: ajudar a fé dos ouvintes a crer na ação de Deus num futuro próximo; confirmam assim a autenticidade da palavra do profeta. A palavra profética surge por iniciativa de Deus. É Ele que a provoca, é Ele que chama. Assim, ela é sempre gratuita, inesperada. A esperança na ação de Deus está na base do profetismo. E em toda esperança, o futuro é decisivo. O profeta enraizado na ação passada de Deus, crendo profundamente na sua ação no presente, está necessariamente aberto para o futuro. Os oráculos e o ministério do Segundo Isaías são disso o exemplo mais notável...O profeta é o homem da palavra de seu Deus, palavra que vem de longe, que deve ser anunciada e ouvida hoje e que inaugura o futuro do povo” (ASURMENDI, 1980, p.11). 6.2 A HORA DO DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA DE SI O homem moderno apoiado numa lógica linear utilitária, está muito distante dessa cultura profética antiga. Esse homem vem procurando sobreviver, trabalhando apenas para se realizar materialmente. Ele fabrica, produz, inventa, descobre, cria e progride. As ações humanas podem ser vistas sob duas lógicas causais de ação. A primeira lógica (utilitária) causal de ação é destinada ao progresso moral da sua emancipação social humana. E devido ao uso dessa lógica o ser humano aprendeu gradativamente a lidar com o meio ambiente em torno de si. A interação com esse meio ambiente fez com que o homem descobrisse o trabalho-produção. Descobriu as suas leis e suas relações. Descobriu, enfim, que o outro ser humano era também parte de seu mundo de descobertas utilitárias. Assim tudo que ele descobriu foi para caracterizar um melhor modo de criar e interagir em equilíbrio no plano material. Dessa forma a vida humana sobre a face da terra vem se desenrolando. A doutrina dos direitos do homem “tem o seguinte ponto em comum com o utilitarismo: quer submeter as leis e as instituições ao crivo da razão humana com o intuito de “reconstruí-las” inteiramente de acordo com um critério ético superior. Apesar dessas duas doutrinas terem em comum essa recorrência à razão consciente, a maneira pela qual elas tendem o processo mental através do qual se descobre se uma ação (ou uma lei) é boa ou má é totalmente diferente. Para o utilitarismo, o processo mental consiste, na sua essência, em observar as conseqüências da ação. Caso uma só observação não seja suficiente, pode-se, variando as circunstâncias, repetir a ação várias vezes. É o que se chama de “experimentação”. Segundo o utilitarismo, a observação-experimentação constitui o único jeito de saber se uma ação é boa ou má; de modo mais geral, constitui a única maneira de adquirir qualquer conhecimento a respeito do que é exterior ao cérebro humano. Ao contrário, para a doutrina dos direitos do homem, é possível que o homem se vire para dentro de sua alma e, através de um processo mental adequado, descubra se a ação que está observando é boa ou má. Condorcet diz: “[...] a análise de nossos sentimentos nos faz descobrir [...] as leis imutáveis, necessárias, do justo e do injusto.” O utilitarista John Stuart Mill responde: “[...] a noção segundo a qual verdades exteriores aos cérebros podem ser descobertas através da intuição ou da consciência, independentemente da observação ou da experiência, é, estou convencido, a principal sustentação das falsas doutrinas e das más instituições. A filosofia utilitarista reconhece duas maneiras de se atingirem verdades certas. A primeira é a dedução matemática, que parte de alguns axiomas e usa algumas regras lógicas para “demonstrar” verdades que decorrem naturalmente. A segunda via para verdades certas consiste na observação-experimentação; uma hipótese é formulada e depois confirmada ou invalidada pela observação-experimentação. Os adeptos da doutrina dos direitos do homem acreditam na existência de uma terceira via para alcançar a verdade, a via da dedução qualitativa (dedução não matemática), método cuja aplicação para descobrir quais são os direitos do homem vimos anteriormente” (VERGARA, 1995, pp.85-86). Até que um dia por obra da “mão invisível do destino” ou por meio de uma disciplina não-racional ferrenha, o ser descobre o mistério da sua verdadeira existência. Um universo de fenômenos nunca imaginado aparece e se revela inesperadamente a sua frente e então o ser descobre a segunda lógica (não-utilitária) causal de ação. Descobre que existem leis éticas superiores às que ele conhecia no mundo natural, moral e social. Da mesma forma que na primeira ação, o ser humano também se esforça para desvelar as leis que interagem com esse segundo meio ambiente que não está efetivamente fora de si mas dentro de si mesmo. Um segundo universo de fenômenos, resultante das inúmeras relações supra-naturais, supra-morais e supra-sociais, se manifesta no campo de percepção e visão expandida do ser humano. Nesse momento, o ser humano (a pessoa) totalmente consciente se encontra entre dois mundos ou dois gigantescos reinos com suas leis próprias e finalidades próprias. O que fazer? Esse homem tem que escolher e decidir qual caminho a seguir. Ele percebe que sua natureza é impulsionada por essas duas ações básicas que estão na lógica original da sua criação humana. O seu esforço de intensa concentração em si mesmo vai abrindo e descortinando um novo universo fantástico: o domínio do trabalho-essencial. Um novo modo de ser nasce desse esforço de saber, um saber capaz de diferenciar os limites que separam os dois reinos. A consciência se expande a uma condição tal capaz de compreender a sua própria natureza, o seu próprio fenômeno humano. Esse novo estado de consciência permite “des-cobrir”, portanto, o que impedia o ser de ver as suas ações existenciais responsáveis pelos atos de pensar, sentir e desejar. Descobre as diferenças básicas que distinguem uma ação primária de uma ação secundária. Descobre as virtudes da pessoa e as deficiências do indivíduo. Descobre enfim as suas origens existenciais, ou seja, descobre o sentido que essas ações apontam. A partir daí a conduta do ser humano se torna efetivamente responsável pela sua forma de ver e criar o seu mundo pessoal, natural e social. O medo de viver vai se diluindo nesse esforço tremendo de autodescoberta, de autotranscendência e autoconsciência. A partir da segunda ação causal, o ser humano se coloca a vigiar o sentido que sua percepção está tomando. Em outras palavras, o seu objeto de estudo não é mais o mundo externo mas a sua própria percepção que vê o mundo. E cada vez mais que ele se concentra em ver a sua própria percepção vai descobrindo novas nuanças e qualidades sutis. Ele percebe claramente como o objeto-percepção está sendo direcionado pelas três forças básicas (que juntas constituem a sua ação racional-emocional): a necessidade da crença, a sensualidade do desejo e o poder do intelecto. Assim sendo, cada dia, cada minuto é um espaço de investigação de si mesmo. E qualquer afastamento desse processo de investigação é um risco muito grande. Não há mais como retornar. Faz-se necessário continuar. A desistência é um retorno à escuridão em si mesmo. É inconsciência. É sofrimento e desequilíbrio na perda do caminho superior da autotranscendência. O retorno é “morte” certa. A vigilância é árdua e implacável consigo mesma. É a verdadeira luta entre a vida e a morte. E quanto mais aumenta a dificuldade melhor se torna para injetar novo esforço e vigilância no processo de investigação. Por isso mesmo Jesus Cristo foi para o deserto e lá ficou quarenta dias em intensa vigilância e investigação. A medida do esforço (trabalho-essencial) é determinada pelo grau de força de vontade e pelo poder de realização da fé que cada um conquista para si e em si mesmo. O resultado dessa (auto)descoberta se torna uma aquisição. É um prêmio pelo esforço aplicado. Mas, não é um prêmio simbólico e sim real. E esse prêmio não é como um troféu banhado de ouro que está separado do ser humano premiado. Esse troféu é banhado de consciência e é intrínseco à própria natureza humana que evoluiu. Daí se tornar impossível doar esse prêmio a quem quer que seja. Esse prêmio é fruto de uma conquista pessoal e não apenas de um reconhecimento individual-social humano. Ninguém, na condição de indivíduo, nos pode doar consciência (nem mesmo os nossos pais e os nossos professores - eles podem apenas dar seus exemplos nesse caminho de conquista de prêmio-consciência). Pois, a consciência é “muito mais” do que conhecimento racional. Esse aspecto ao mesmo tempo que torna a vida bela em suas virtudes, torna-a também terrível em suas deficiências. É a responsabilidade de criar o céu e o inferno em si mesmo. Diante dos acontecimentos interiores, “as outras lembranças empalidecem: viagens, relações humanas, ambiente. Muitos conheceram a história do nosso tempo e sobre ela escreveram: será melhor buscá-la em seus escritos, ou então ouvir o seu relato. A lembrança dos fatos exteriores de minha vida, em sua maior parte, esfumou-se em meu espírito ou então desapareceu. Mas os encontros com a outra realidade, o embate com o inconsciente, se impregnaram de maneira indelével em minha memória. Nessa região sempre houve abundância e riqueza; o restante ocupava o segundo plano. Assim também os seres tornaram-se para mim lembranças imperecíveis na medida em que seus nomes sempre estiveram inscritos no livro do meu destino: conhecê-los eqüivalia a um relembrar-me. Mesmo aquilo que em minha juventude, ou mais tarde, veio do exterior, ganhou importância, estava colocado sob o signo da vivência interior. Muito cedo cheguei a convicção de que as respostas e as soluções das complicações da vida não vêm do íntimo, isto quer dizer que pouco significam. As circunstâncias exteriores não podem substituir as de ordem interior. Eis porque minha vida foi pobre em acontecimentos exteriores. Não me estenderei sobre eles, pois isto me pareceria vazio e imponderável. Só posso compreender-me através das ocorrências interiores" (JUNG, apud CLARET, 1986, pp.14-16). Nesse sentido, o ser humano consciente busca um modo pelo qual transmitir a sua grande (auto)descoberta que fez a partir da segunda lógica causal. Assim, um esforço específico (um culto específico) se faz necessário. Uma nova linguagem se faz necessária. E “a linguagem depende da lógica, não o contrário” (PIAGET, apud TAILLE, 4/8/96, p.7). Esse ser vai ao limiar do seu conhecido mundo para, na fronteira, falar o que está vendo do outro lado existencial de sua própria consciência. Apesar do esforço de comunicação, que o ser faz, a maioria receptora dos seres não consegue compreender a dimensão dessa descoberta. Nesse contexto, esse ser se torna solitário por contingência de seu esforço de (auto)descoberta. E por ter ousado em realizar a dificílima travessia existencial se tornou solitário para o mundo social-moral. Nem por isso ele consegue desanimar ou mesmo reclamar. A fé o impulsiona a continuar sozinho nesse difícil caminho existencial. E o próprio ser também sente que não quer mais voltar, para o lado de cá do mundo individual-social, pois voltar significa para ele a própria ignorância em si mesmo. Assim terá que continuar sozinho no entanto solidário com o mundo social alheio. Esse ser, em questão, sente muita dificuldade em encontrar alguém que entenda a sua trajetória existencial e as suas novas visões. Pois, o que ele fala não é aquilo que ele vê. A ação de falar é um lado da fronteira e o “ver” é o outro lado: “Aquele que sabe não fala. E aquele que fala não sabe” (BOREL, 1996, p.34). “O velho nagual afirmou a D.Juan que a ponte de mão única do conhecimento silencioso para a razão na chamada “concernência”. Isto é, a concernência que os verdadeiros homens do conhecimento silencioso [intuição] tinham acerca da fonte do que conheciam. E a outra ponte de mão única, da razão para o conhecimento silencioso, era chamada “entendimento puro”. Isto é o reconhecimento que revelou ao homem da razão que a razão era apenas uma ilha num mar infinito de ilhas”. Acrescentou que um ser humano que tenha as duas pontes de mão única funcionando era um feiticeiro em contato direto com o espírito, a força vital que fazia ambas as posições possíveis” (CASTÃNEDA, 1988, p.229). Assim, para poder meditar profundamente nestas coisas, muitas vezes o ser sai à noite, para caminhar sozinho à luz das estrelas, e pensar em sua majestade e poder. “Contemplando o céu escamado de estrelas, lembro-me de que existem pelo menos 250 milhões vezes 250 milhões de corpos celestes, cada um maior que o nosso sol - que aliás é uma das menores estrelas - e que foram espalhadas pelo universo pela mão dele. Lembro-me de que o planeta Terra, que é minha habitação temporária durante alguns anos, não passa de um diminuto grão de matéria no espaço, e que se fosse possível nos deslocarmos para a estrela mais próxima, a Alfa Centauro, com o nosso telescópio mais possante, e olhássemos em direção à Terra, ela não seria avistada, nem mesmo com o auxílio desse aparelho. Tal conhecimento tem o efeito de humilhar-nos. Esvazia o "ego" do homem, e coloca as coisas em suas perspectivas correta. Faz com que eu veja a mim mesmo como uma simples migalha de matéria num universo colossal. Contudo, a verdade - uma verdade estarrecedora - é que Cristo, o criador desse enorme universo, de grandeza arrebatadora, digna-se chamar-se meu pastor, e convida-me a considerar-me sua ovelha, objeto especial de seu cuidado e afeição. Quem melhor para cuidar de mim? Pelo mesmo processo, inclino-me e apanho um punhado de terra da estrada ou do quintal. Coloco-o sob o microscópio eletrônico e espanto-me ao descobrir que está fervilhando com bilhões de microorganismos. Muitos desses são tão complexos em sua estrutura celular, que nem mesmo se conhece uma fração de suas funções na terra" (KELLER, 1980, p.16). E a música de louvor (na rádio relógio-RJ do dia 4/04/1998) embala o coração do ser: “Então minha alma canta a Ti Senhor quão grande És TU!”. A única possibilidade de companheirismo e questionamento dessa visão está do outro lado: ele com ELE mesmo (a sua natureza Divina): “se o Senhor é o meu pastor, devo conhecer algo de seu caráter e compreender um pouco de sua capacidade” (KELLER, 1980, p. 16). Sabedor desse novo e inédito mundo causal da natureza humana, esse ser procura um código lingüístico para anunciar a sua descoberta. Assim é que surgem ou nascem as grandes fábulas, contos, romances e também os novos paradigmas que descrevem o fenômeno da natureza humana. E cada um que atravessar essa fronteira de vida existencial, certamente procurará o código linguístico que melhor lhe convier, ou seja, o código que lhe for mais apropriado dentro do contexto de sua experiência humana social. Nesse sentido, as descobertas apesar de serem as mesmas se tornam paradoxalmente diferentes nas suas anunciações. Várias expressões tais como “inconsciente”, “subconsciente”, “ego”, “self”, “consciente”, “verdade”, “princípio”, “ser superior”, “alma”, “espírito”, etc., são utilizadas com essa função de tradução ou codificação lingüística. Mas, o fenômeno em si se torna indizível e inacessível sem um esforço ou energia adequada prévia. “O caminho é estreito e a porta pequena”, “a letra mata o espírito”, etc., são formas de dizer a dificuldade de se comunicar o que é por si mesmo incomunicável no outro lado da fronteira do ser. A vida se apresenta dessa forma. No início acreditamos, enquanto indivíduos, que estamos experienciando a mesma vida e que podemos falar dela sem muitas dificuldades. Experienciamos a família, os parentes, o clube, a escola, a política, a economia, as estrelas, o sol, o mar, as nuvens, as plantas, os animais, a dor em nós e no outro, a alegria em nós e no outro, o gozo em nós e no outro e a morte no outro. No entanto, a partir da compreensão do impacto da segunda lógica causal de ação as coisas mudam. Não podemos falar mais como falávamos antes. As experiências são extremamente interiores, ou seja, estritamente pessoais. O falar sobre a visão de mundo se torna um ato íntimo pessoal de inferência sobre o seu mundo causal e seus processos teleológicos. Por isso se indaga por que a percepção dele não é mais comum, ou melhor, não é moda comum? A questão está na expressão “conversão de vida”. Nenhuma explicação nos dá a verdadeira dimensão de compreensão do que seja esse fenômeno. Pois, a verdadeira conversão é um trabalho-essencial no contexto da pessoa. Isso significa dizer que somente quem passou ou está passando por um processo de conversão sabe de fato, intimamente, o que é esse fenômeno. Ninguém de fora do processo sabe a dor e o prazer de passar por esse processo mágico e fantástico do nosso Criador. É algo deslumbrante e inédito em que nada se iguala. Apesar de ser impossível transmitir totalmente o seu significado, nada nos impede de criar uma representação, um modelo, no sentido de auxiliar aqueles que decidirem caminhar, se aproximar e atravessar a fronteira existencial em si mesmo. Em resumo, essa busca de identidade produz inevitavelmente um estado de conflito intenso, no indivíduo, a ponto do ser se aproximar de seu limite de loucura. Se o ser consegue atravessar esse estado de crise existencial, sem ficar completamente louco, no final ele descobre a outra dimensão do trabalho essencial e da auto-educação: o espaço existencial/espiritual. Então a pessoa efetivamente nasce e o indivíduo “morre” para si mesmo. E toda vez que o ser experimenta esse limite perigoso existencial ele se esforça para recuperar o poder do trabalho existencial voltado para a auto-educação. Auto-educação - “É talvez o mais elevado grau de realização educacional, pois representa o fato de que o próprio indivíduo procura promover a sua própria educação, buscando ele mesmo caminhos para aprofundar-se na compreensão da realidade e de si mesmos, a fim de melhorar o seu comportamento perante a si e a sociedade” (ANÔNIMO, Caderno de Estudos JM, p.5). Assim, a pessoa dá os seus primeiros passos numa nova existência. Nesse caso, não existe mais perigo de um retrocesso ou queda existencial. A natureza desse ser conduz o processo de autoconsciência oscilante até que se caracterize a transcendência definitivamente: a autotransformação do ser efêmero-circunstancial (o indivíduo) no ser eterno-substancial (a pessoa) - o verdadeiro sentido de valor! E quanto ao sentido de realização, FREUD (1974) afirmou que “não pode haver dúvidas quanto a meta suprema de realização do homem: ser feliz no Amor”. Mas, essa busca de realização não está isolada da questão da produção de valor. A busca de realização não é um produto da produção de valor, mas o seu verdadeiro processo. Nesse contexto, compreender o processo de produção (e reprodução) de valor é entender como esse processo conduz o homem a felicidade incondicional e eterna ou a sua infelicidade total e “eterna”. É preciso, portanto, discernir entre um ganho de realização material (“o pão”) e um ganho de realização espiritual (“a felicidade”). O trabalho humano é o meio-ação pelo qual o indivíduo se relaciona com outros indivíduos no processo de formação ou construção psicológica de uma comunidade ou Estado organizado. E o ócio sagrado é o meio-ação pelo qual a pessoa busca intimamente (ontologicamente) uma relação com seu Criador. Esses dois domínios criam portanto um processo paradoxal. De um lado o ser necessita se preparar intelectualmente para a relação com o trabalho coletivo no sentido de ajudar a sistematizar e organizar a produção dos recursos que suprirão suas necessidades individuais e coletivas básicas naturais. E por outro lado esse mesmo ser necessita se preparar sensivelmente para a relação pessoal-sagrada no intuito de se auto-suprir com consciência de valores éticos/espirituais imprescindíveis para o seu equilíbrio ontológico (a sua verdadeira saúde). Nesse contexto, podemos identificar dois sentidos de intervenção e poder: o Estado social coletivo e o estado pessoal espiritual. O que se busca? Será que é um ideal de Estado consciente? Ou será um estado consciente? Ou se produz um esforço psicológico coletivo ou se produz um esforço ontológico pessoal. Em outras palavras, como resolver um dilema existencial que persegue o homem desde a sua criação? Ou como se pode produzir duas ações num único momentum existencial? E toda ação depende da visão que a dirige. A existência do Estado “constitui um estágio adiantado de organização comunitária. Margeando uma exegese mais profunda cingimo-nos a visualizar a instituição estatal como uma realidade sancionada pela razão, notadamente voltada para a organização da sociedade. Os conflitos de interesses entre os componentes da grande família social continuamente estão a exigir a presença ordenadora do Estado. Jacques Maritain traçou com clareza as fronteiras entre o indivíduo e o Estado, apregoando que o fim do indivíduo é o Estado, mas o fim do Estado é a pessoa. Sumariou com lucidez a complexa delimitação conceitual, numa conciliação balanceada dos valores em jogo” (PADILHA, 1975, p.92) Nesse sentido, a intervenção tanto num domínio quanto no outro vai depender basicamente do desenvolvimento e crescimento da visão. E “visão” está relacionada a capacidade da pessoa ou do grupo criar as condições para o florescimento e transcendência da educação da própria sensibilidade humana. Pois, é a sensibilidade desenvolvida que nos permite diferenciar aspectos, formas e realidades de naturezas distintas. E é a sensibilidade desenvolvida em planos sutis que nos permite perceber a passagem de um processo de construção psicológica da entidade denominada “Estado consciente” para um processo de construção ontológica da entidade denominada “estado de consciência”. Assim sendo, agimos a partir de um determinado grau ou nível de visão alcançado. No contexto do mundo moderno, essa ação vem se dando a partir de um grau de sensibilidade que prioriza a ação do trabalho socialmente necessário (TSN) em detrimento da “ação” (ou in-ação - ação interna) ociosa sagrada. A ação do TSN fortalece a visão e o poder do Estado institucional, e este poder comanda as ações dos indivíduos integrantes dessa sociedade. O poder do Estado institucional substitui, na maioria das sociedades modernas, a figura do poder pessoal do rei todo poderoso outrora muito comum. A competência e visão do Estado é hierarquicamente dividida entre os indivíduos que integram os primeiros níveis hierárquicos do poder estatal. Dessa forma, o povo (uma grande parcela da sociedade sem ter diretamente o poder estatal nas mãos) tende a se separar dos níveis hierarquicamente superiores, o governo, na escala de comando e administração dos bens produzidos ou gerados pelo esforço coletivo. O governo é o “rei” e o povo o seu “servo”. O povo deve obedecer as leis racionais estabelecidas com critérios pelo Estado. Na relação entre o povo e o governo busca-se um equilíbrio de interesses com o objetivo de formar ou criar um Estado consciente. Todo esforço é direcionado para o objetivo maior de aperfeiçoamento da capacidade administrativa do Estado. E esse aperfeiçoamento tem por finalidade desenvolver a visão para se agir num futuro melhor com os recursos, as capacidades e as limitações naturais e individuais das forças coletivas do povo. Inserido nesse contexto, o indivíduo é parte de um todo em formação e crescimento. E além disso se compromete com a visão futura do Estado. A visão humana de cada indivíduo é, então, emprestada para construir a visão social do povo ou da política do governo. Quem é do povo não é do governo. E vice-versa. Indivíduos do povo ascendem a posição hierárquica de governo e da mesma forma figuras do governo descem para a posição de povo. Mas, esse movimento não representa a ascensão do povo e nem descida do governo. Mas, apenas uma parcela muito ínfima de ambos os lados. Dois pólos e duas realidades. A vida moderna se estrutura e se articula entre esses dois pólos e movimentos simétricos: a visão do governo e o mundo do povo. Assim, se o mundo-povo vai mal faz-se necessário mudar a visão-governo. O mundo material/social somente pode estar em perfeito estado de funcionamento se sua visão é correta e perfeita. É uma lógica simples que move indivíduos e arrasta multidões em defesa dos interesses do povo e/ou do governo. O Estado, como instituição (e o povo também), não tem rosto. Ele é impessoal. E mecânico. Ele não sente frio. Não chora. E não tem prazeres humanos. O Estado é invisível, no entanto fala e comanda. O Estado não dorme, no entanto sonha com uma realidade concreta. O Estado não é um ser, no entanto age como tal. O povo é o complemento do governo. Não existe Estado sem povo e sem governo, e nem povo e governo sem Estado. O povo estuda e trabalha e o governo do Estado administra, acumula e goza da riqueza produzida pelo povo. O povo é geralmente pobre (comparando com o governo). E o governo sempre rico (em relação ao povo). Se o povo é a força do trabalho. O governo é sua parte complementar: o “ócio”. Sendo o governo o ócio cabe a ele realizar os “neg-ócios” (negação do ócio) do povo, ou seja, se um trabalha o outro tem que administrar o não-ócio (o próprio trabalho). Quem trabalha não administra a si mesmo (o seu ócio). Quem trabalha não pode desfrutar nessa ação o seu complemento que é o ócio. E esse ócio é representado, na sociedade moderna, pelo capital. Por isso, todos ou quase todos os indivíduos desejam ardentemente administrar as benesses do ócio simbolizado pelo capital. Não é o trabalho que produz o ócio moderno mas sim o capital. Quem possui capital pode se dar ao luxo de desfrutar ócio de valor capitalista. E quem não tem capital é obrigado a sujeitar sua natureza ao trabalho socialmente necessário (TSN). Essa relação entre o trabalho e o ócio tem um limite. E esse limite, com certeza somente pode ser percebido pelo próprio ser em si mesmo. Nenhuma teoria ou paradigma consegue desvelar esse dilema humano. Isto porque o que está implícito nessa percepção é o desenvolvimento da sensibilidade humana em direção a si mesma. O Estado, em essência, é de natureza econômica. E a pessoa é, em essência, de natureza não-econômica. O Estado depende do crescimento dos valores econômicos para poder existir e sobreviver. E a pessoa depende do crescimento dos valores não-econômico para transcender a sua dimensão material/social. O Estado enquanto uma estrutura social busca a transcendência econômica (a riqueza material) para evoluir. O ser individual busca, inconscientemente, a autotranscendência (a riqueza espiritual) para a sua evolução. A pessoa evoluída sempre perdoa incondicionalmente. O Estado evoluído perdoa de maneira lógica e estrutural. O perdão incondicional do Estado é a sua falência e, portanto, sua verdadeira morte. O perdão incondicional da pessoa é a sua riqueza e, portanto, sua verdadeira vida. É dentro desse dilema existencial que vive o ser (indivíduo/pessoa) no espaço moderno de criação e evolução existencial. Seguir as leis do seu mundo natural pessoal ou seguir as leis do seu mundo utilitário social? Seguir as leis econômicas ou seguir as leis não-econômicas? Trabalhar subordinado a visão do Estado ou se colocar ociosamente em contato com a consciência Divina? Ganhar e acumular dinheiro ou ganhar e acumular valores éticos/espirituais? Buscar o progresso político-tecnológico do Estado ou buscar o estado holístico-ontológico de evolução da pessoa? Seguir a Mamon (o lucro) ou seguir a Deus (o ganho da evolução ontológica - representada fielmente pelo Cristo em Jesus). É nesse ambiente de decisão que o indivíduo também se insere moralmente na vida política. E em relação à vida política a dinâmica aumenta em suas articulações e compromissos nas várias redes sócio-econômica. Vejo o palco da política, a partir da minha experiência em 1996 como assessor do partido Verde de Magé-Rj, como se fosse um campo de batalha. O que acontece na guerra? Sem dúvidas que têm estratégias, crises, avanços, recuos, medo, coragem, informação, contra-informação, espionagem e muito desejo de se vencer o outro “inimigo”. Os soldados têm pelo menos dois motivos básicos que são responsáveis pelo desejo de se marchar em direção à morte. O primeiro motivo é a ideologia em si. E essa ideologia pode ser de diversas matizes. A matiz mais presente é a da defesa da vida, ou seja, vários indivíduos decidem ir para guerra porque acreditam que as vidas delas e da sua comunidade ou país estão em perigo de dominação ou de destruição pelo inimigo. Assim, imbuído dessa ideologia milhões de indivíduos marcham em direção à confrontação direta: “é preciso vencer os inimigos porque ou eles ou nós”. Nesse sentido, o que comanda a mente dos indivíduos é a ideologia da força. Essa ideologia é o farol que ilumina a marcha dos senhores da guerra. Muitos já morreram ou mataram porque a força da ideologia empunhou a arma poderosa da crença da existência de um vencedor e um perdedor no palco da vida humana. O segundo motivo é o dinheiro em si. E essa “marcha” tem uma única direção: a “ideologia” do poder da riqueza econômica-material. Nessa “ideologia” não existe pátria a se defender. O poder dessa “ideologia” é o crescimento do próprio patrimônio no ganho financeiro. Aqueles que praticam esse tipo de “ideologia” são chamados de “soldados mercenários”, ou seja, é um guerreiro-soldado que luta por sua própria causa no ganho de um bem material em troca de muitas vidas destruídas pela crença nos valores morais do poder mercantil. Assim sendo, a vida política nacional não é tão diferente. Um imenso batalhão de indivíduos se engaja num processo político não porque têm dentro de si uma ideologia, mas porque visam só e unicamente resolver as suas próprias carências materiais. Eles não conseguem refletir e nem filosofar do porquê se marchar em busca de um voto. A única reflexão que sabem fazer é o cálculo de quanto vão ganhar nessa “batalha política”. Não existe pátria-comunidade a se defender. Essa síndrome vem se propagando velozmente no espaço político desse imenso Brasil. A doença da falta de ética somente se propaga porque encontra um ambiente propício para sua multiplicação. Esse ambiente é a pobreza social misturada com a presença dos “indivíduos egonômicos” insensíveis, sem fé e sem direção da verdade de Deus. O Brasil e o mundo moderno precisam gerar uma nova ética. Uma ética boa que certamente siga a máxima de Jesus: “o bom pastor dá a vida para salvar as suas ovelhas”. Infelizmente, são raros os políticos (e os indivíduos comuns também) que realmente estão interessados em gerar essa ética santa. Uma grande parcela da sociedade está hipnotizada pela ação moral da conquista pessoal (“resolver meu problema individual-familiar primeiro”), ou seja, são impulsionados pela “ética” do “bom pastor que engorda e sacrifica suas ovelhas para salvar sua própria vida”. Em suma, colhemos pessoalmente e socialmente no presente-futuro aquilo que trabalhamos e plantamos na política econômica no presente-passado. A corrupção da verdade conduz a todos a ilusão da “política financiada e administrada”. Há muita polêmica a respeito desse dilema humano. É possível seguir a verdade sagrada ganhando dinheiro de forma tão desonesta? O que representa o dinheiro em relação a verdade sagrada? Qualquer análise racional se apoia em referenciais previamente estabelecidos e historicamente conhecidos. Meu referencial é a manifestação de Cristo (consciência Divina) em Jesus (consciência humana). Essa questão apontada por Cristo em Jesus é um “paradigma espiritual” que ainda não foi superado (autotranscendido). É importante frisar que a evolução científica vem ocorrendo através de sucessivas transcendências de paradigmas. Ao olharmos “para trás” podemos perceber a trilha e os diversos marcos: Descartes, Newton, Einstein... E no espaço espiritual, será que esses marcos são claramente definidos? O bom senso nos diz que Jesus é um grande marco. Podemos apontar Gandhi, Buda, Santo Agostinho. Mas, não fica muito definido imaginarmos uma evolução após o marco espiritual “Jesus”. Sinto uma estranheza muito grande ao tentar colocar um marco depois dele. Sinceramente não consigo ver. Ele sem dúvida é o último grande referencial. Nesse sentido, se considerarmos a espiritualidade como sendo um outro espaço de ciência sagrada, poderemos inferir que não evoluímos (não absorvemos a “tecnologia espiritual”). Podemos estar evoluindo em termos da ciência moderna, mas não na ciência espiritual. Nosso paradigma “Jesus” ainda não foi superado (e nem totalmente compreendido), assim como foi Descartes, Newton (e brevemente também Einstein). Será que o trabalho socialmente necessário como instrumento de ajuda social nos conduz ao caminho da perfeição dos princípios éticos espirituais? Creio que em parte sim. Mas, esse trabalho tem um limite. Que parte dessa força do trabalho é de natureza pessoal espiritual? E que parte é de natureza individual social? Quanto e quando podemos doar dessas duas partes? Essa questão pode ser encontrada nas palavras de Jesus: “Dai a Cézar o que é de Cézar. Dai a Deus o que é de Deus”. A resposta dessa questão exige do ser uma solução de sua própria questão humana. Não é uma simples resposta filosófica, mas uma visão de equilíbrio existencial que soluciona a própria crise de identidade do ser através de uma morte existencial: “O bom pastor dá a vida para salvar suas ovelhas” (Jesus Cristo). O trabalho humano é um ócio não-sagrado e o ócio sagrado é um trabalho essencial não-humano. Esse é o paradoxo que precisa ser vivenciado para ser compreendido. A crise do homem moderno está alicerçada nesse dilema existencial: progredir pelo trabalho humano ou evoluir pelo ócio sagrado. Na medida que o ócio sagrado cedeu, ao longo de séculos, espaço para o trabalho humano, este último cresceu e obscureceu a grandeza do ócio sagrado. Uma vez que o ócio sagrado foi condenado e encarcerado na “jaula da razão humana”, o passo seguinte foi a tomada do poder pela propaganda das benesses do trabalho utilitário produtivo. O rótulo de “religião” ou “místico” dado ao verdadeiro ócio sagrado escondeu a sua verdadeira natureza e identidade: a ação da consciência Divina no interior da pessoa. O falso ócio sagrado foi então substituído pelo verdadeiro ócio de consumo moderno: de imagens, ideias, “valores”, mercadorias, dinheiro, prazer, etc. A relação entre o trabalho humano e o consumo manteve a psique do homem moderno em atividade ininterrupta. Esse homem perdeu “de vez” o espaço para si mesmo, ou seja, para desenvolver o verdadeiro ócio sagrado responsável pela ligação efetiva e duradoura de sua pessoa com a consciência Divina. As tecnologias de comunicação ligaram ou educaram a percepção desse homem às atividades de consumo e de trabalho produtivo. A medida que as tecnologias se desenvolviam mais e mais a percepção desse homem tecnológico se tornava cativa e dependente do trabalho e do consumo. O ócio sagrado “intencionalmente” escondido do homem moderno nada podia fazer em socorro desse homem cego de suas limitações humanas. O trabalho humano (profano) reinou e vem reinando apesar dos avisos da natureza através de doenças, guerras tecnológicas, poluição e infelicidade no trabalho. Senhor, Eu sei que Tu me Sondas (música religiosa brasileira http://letras.mus.br/padre-marcelo-rossi/66350/ ). Bonita!!!!!!!!!!!!!!!!! Senhor, Eu sei que tu me sondas Sei também que me conheces Se me assento ou me levanto Conheces meus pensamentos Quer deitado ou quer andando Sabes todos os meus passos E antes que haja em mim palavras Sei que em tudo me conheces Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Deus, tu me cercaste em volta Tuas mãos em mim repousam Tal ciência, é grandiosa Não alcanço de tão alta Se eu subo até o céu Sei que ali também te encontro Se no abismo está minh'alma Sei que aí também me amas Senhor, eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão Senhor, eu sei que tu me amas (4 vezes) Refrão Sugiro que assistam seis vídeos na Internet: “Quem somos nós? (baseado na física quântica...ver link http://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY)”, “I AM” (Sobre Tom Shadyac) , “As Sete leis Espirituais do Sucesso – de Deepak Chopra”, “O Ponto de Mutação – baseado no livro de Fritjof Capra ”, “Conversando com Deus” – baseado no livro publicado por Neale Donald Walsch ... Conversando com Deus (título original em inglês: Conversations with God) é uma série de três livros publicada por Neale Donald Walsch, que afirma ter sido inspirado diretamente por Deus em seus escritos. Cada livro é escrito como um diálogo no qual Walsch faz perguntas e "Deus" as responde. Walsch afirma ainda que não se trata de canalizações, mas de inspirações divinas. Em 2006, um filme foi lançado sobre a história do autor e seus livros... Ver link http://pt.wikipedia.org/wiki/Conversando_com_Deus), “A Unidade das Religiões: O Amor Universal – no site da Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Livros recomendados: “Mãos de Luz – de Barbara Ann Brennan, editora Pensamento”, “Medicina Vibracional – de Richard Gerber, editora Cultrix”, “Seu EU Sagrado – Dr. Wayne Dyer, Editora Nova Era”, “O Fluir do Amor Divino: Prema Vahini – Publicado por: Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil”. Namastê! Prof. Bernardo Melgaço da Silva – pensador livre holístico-transcendental: filósofo (praticante), cientista e espiritualista – Professor Universitário Aposentado da URCA (Universidade Regional do Cariri –CE). e-mail: bernardomelgaco@gmail.com Facebook: Bernardo Melgaço da Silva/página Educação Para o Terceiro Milênio bernardomelgaco.blogspot.com Nota: Em 1992 e 1998 fiz dois trabalhos científicos: dissertação de mestrado e tese de doutorado respectivamente. E nesses dois trabalhos, que tem uma cópia de cada um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (na biblioteca do Cento de Tecnologia –CT - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Brasil), procurei mostrar (“explicar cientificamente”) o Caminho do Amor Divino que fiz em 1988. E quem desejar uma cópia dos meus trabalhos científicos envie um e-mail (eu tenho eles no formato Word) para mim, pois terei o maior prazer do mundo de compartilhar minhas pesquisas acadêmicas na UFRJ/COPPE. Namastê...obrigado!

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