porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

sexta-feira, 14 de junho de 2013



A INCONTROLÁVEL VONTADE DE ESCREVER

          O que motiva uma pessoa a escrever durante quinze anos consecutivos? É uma pergunta que me faço. No meu caso em particular, é uma força incontrolável que brota ou surge misteriosamente de dentro de mim. E tudo começou – mesmo! -  em 1988, após uma grande crise espiritual onde pude constatar a existência de uma dualidade-polaridade de identidade. Ou seja, constatei que eu não era Eu. E que Eu era muito mais do que eu. Duas identidades em busca de uma unidade cósmica. Algo fantástico! E eu ignorei a minha outra natureza-identidade durante muito tempo ou vidas. Ignorei a existência da minha contra-parte que era Eu. Estranho? Sim, mas verdadeiro e profundo. Uma natureza-identidade estava ligada à natureza e ao universo (Physis) e a outra ligada ao mundo e a cultura. Uma é a-temporal, transcendente e pessoal, a outra é temporal, imanente e individual. Por vários meses e anos – de 1988 para cá -  vivi em dois mundos e duas realidades que se complementavam e buscavam uma harmonia numa dimensão ontológica (supra-psicológica). Então, como negar algo que não é mais inconsciente e invisível? Algo que está presente o tempo todo falando e orientando-me. Algo que eu não sei explicar como em mim entrou e como em mim viveu, cresceu e que nunca vai morrer. Eis o mistério da consciência de si! Estar consciente de si, não é apenas estar consciente do corpo físico e do papel social no mundo concreto e político. A partir dessa constatação de que Eu não era eu, pude compreender muitos fenômenos e os relatos de observadores e filósofos em suas tentativas de anunciar o indizível e inconsciente para quem ainda não vivenciou o mistério da consciência de si.  O impulso para escrever textos foi um passo dado sem perceber como ele foi evoluindo e me envolvendo. Eu sei que os primeiros passos foram dados, em 1988, durante a minha crise de identidade. Eu escrevia para me conscientizar e também para não perder a razão e enlouquecer. Tal era o “surto” que me havia acometido. O conflito era grande demais, mas também não havia como romper e sair do processo, e voltar ao mundo seguro das explicações funcionais-racionais. Eu havia despertado para uma outra realidade. Hoje, faz sentido para mim as palavras de Cristo: “Nascer e morrer em vida”. Morre-se em vida para se renascer numa outra consciência supra-racional, ou seja, intuitiva, amorosa e bondosa. Um degrau de consciência e existência é galgado de forma surpreendente: “Muitos serão chamados e poucos os escolhidos”. No fundo escrevo tentando me fazer entender sabendo que poucos estarão aptos a compreenderem o contexto que eu quero lhes remeter ou apontar. Um verdadeiro paradoxo! Escrevo sabendo que os instrumentos que utilizo são extremamente limitados para operar uma transformação ou metanóia na consciência dos meus leitores ou ouvintes. Escrevo para quem tiver olhos para ver e ouvidos para ouvir. Escrevo na esperança de me fazer compreender mais uma vez. Quem sabe talvez despertando interesses para uma nova caminhada de potencialidades não reveladas porém latentes – com certeza! Escrevo porque o Verbo quer se fazer carne em mim. É um impulso incontrolável da vontade soberana espiritual. Por isso, nunca consegui parar de escrever mesmo quando me decidia racionalmente parar. No dia seguinte, a força do chamado para voltar a escrever o que sentia e me encantava. Hoje, sinto um desejo profundo não só de continuar escrevendo mas também de falar de viva voz nos ambientes que estiverem livres para o ato de me comunicar e me revelar com fé, vontade e sensibilidade. Uma coisa que aprendi foi que nunca poderia duvidar da minha fé em mim. A causa para a eloqüência intuitiva está na fé que se faz Verbo na minha consciência. Assim, se eu duvidar desse Verbo, eu perco o dom da escrita e nada mais revelarei de valor. Hoje, rezo para que o Verbo se faça carne no espaço holístico que estamos criando nas mentes receptivas. E que esse Verbo que nunca me abandonou se faça presente na minha simplicidade de escritor e orador. O Verbo-Verdade é indizível mas presente em todos nós! Prof. Bernardo M. da Silva, Crato, 24/08/2003

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