porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

sábado, 10 de maio de 2008

A VISÃO DO TODO NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO-ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E OS SEUS IMPACTOS NO MUNDO MODERNO PRODUTIVO E ACADÊMICO HIPERVELOZ

Por volta de 1984 fui convidado para trabalhar em São Paulo, na Empresa ELEBRA S. A, no Departamento de Engenharia de Produto. Tal convite partiu da Diretoria Técnica daquela empresa. Na época eu trabalhava como engenheiro de Produto na Cobra Computadores S. A, no Rio de Janeiro (fui para a ELEBRA ganhando duas vezes mais!). A minha missão era ajudá-los a resolver um problema na organização da documentação e estruturação das informações técnicas dos vários projetos de engenharia daquela empresa. Era uma empresa muito grande que trabalhava com tecnologia de ponta na área de eletrônica avançada e informática. Logo que cheguei e tomei consciência do problema solicitei ao meu chefe que adotássemos uma estratégia de ação. Ele ficaria a frente na parte operacional e político do Departamento e eu ficaria numa posição de investigar o processo que estava gerando um gargalo no fluxo de informação do nosso setor com os demais setores da empresa, principalmente o de Produção. E os problemas de comunicação eram graves a ponto de parar quase todos os dias o chão-de-fábrica. Isso acarretava um prejuízo de milhares de dólares por mês uma vez que a nossa empresa, além de outros compromissos inclusive com a Marinha do Brasil, fabricava e exportava placas de circuito impresso para a empresa CONTROL DATA dos E. U. A .
Então, durante 6 meses consecutivos estudei com afinco os fundamentos técnicos que estavam por detrás do sistema de informação e comunicação técnica da empresa toda. E no final após muita interação e troca de experiências com meu chefe pude finalmente detectar o que estava causando o gargalo. O problema era essencialmente de filosofia de administração técnica equivocada. Em síntese, o problema consistia na fragilidade do controle de mudanças técnicas e na ausência de um órgão ou assembléia que estabelecesse regras e parâmetros claros para que uma mudança técnica fosse solicitada e implementada na fase de desenvolvimento e produção de quaisquer produtos da empresa. Em outras palavras, as mudanças técnicas dos produtos eram tantas, e sem um critério de julgamento sobre os seus impactos, que refletia gravemente no processo de comunicação da informação alterada e consequentemente na falha de tomada de decisão dos diversos setores da empresa. Então, o que fizemos foi obrigar que toda mudança técnica solicitada teria que ser fundamentada (com gráficos, tabelas, desenhos, especificações e justificativas persuasivas inclusive analisando o impacto técnico e econômico em todas as áreas da empresa e fora dela no cliente). Conclusão: por um “milagre” o problema sumiu. E eu e meu chefe recebemos menção honrosa através de uma carta enviada pelo Diretor Técnico para todos os Departamentos da empresa (de quase dois mil funcionários!). A informação desestruturada (ou não comunicada) é tão danosa quanto a total desinformação!
Hoje, vejo o mesmo problema, porém num outro contexto: produção acadêmica da Universidade Regional do Cariri – URCA. A produção acadêmica é também um problema de visão e organização da Produção! Pois, todo processo de produção, aprendi na prática nas várias empresas pelas quais atuei, depende essencialmente de um processo e hierarquia: ESTRATÉGIA/PROJETO – PLANEJAMENTO – ORGANIZAÇÃO/COORDENAÇÃO – PROGRAMAÇÃO – AÇÃO/COMUNICAÇÃO-DA-AÇÃO. Esse esquema deve ser alimentado, realimentado e atualizado continuamente por um sistema de normalização, informação e comunicação eficaz e eficiente. O que acontece hoje na URCA, acontecia na outrora (e saudosa !) ELEBRA. Os Departamentos Acadêmicos atuam com “liberdade” de forma semelhante aos Departamentos que atuavam naquela grande empresa. E se não há (ou ela não opera de forma eficiente) uma filosofia de administração das mudanças acadêmicas na universidade, com certeza todos pagarão o preço da desorganização. Vamos a um exemplo simples. Imagine hipoteticamente (mas que de fato ocorre!) que um Departamento da URCA decida, sem consultar (e discutir os impactos) a ninguém, retirar da matriz (ou grade) curricular as disciplinas de Metodologia da Pesquisa, Ética, Sociologia e Filosofia por achar que o seu curso não precisa oferecer essa formação científica e humana a seus discentes. Que impacto causará? É claro, que os Departamentos que ofertavam essas disciplinas terão que realocar seus professores para outros Departamentos ou então oferecer a eles disciplinas que não estavam muito bem preparados, ou na pior das hipóteses deixá-los abaixo de suas cargas horárias mínimas. Assim, toda uma estratégia política pedagógica pode ir por água abaixo! E quando a Pró-Reitoria de Ensino vier analisar a carga horária de cada um dos professores daqueles Departamentos afetados chegará a “brilhante” conclusão que aqueles Departamentos em questão estão com vários professores “ociosos”. Então, o que precisa ser feito? A Universidade não deve se comportar como uma empresa capitalista, mas ninguém pode descartar ou ignorar (o que é pior!) os princípios da administração moderna das empresas. A URCA precisa adotar medidas urgentes de administração moderna para acompanhar o mundo veloz da informação e das mudanças hipervelozes da realidade contemporânea, senão se tornará um centro de excelência acadêmico-ideológico fossilizado.
Obs.: Não basta apenas arranjar ou caçar culpados – precisamos demonstrar que sabemos administrar e bem!
Prof. DSc. (COPPE/UFRJ) Bernardo Melgaço da Silva – (88) 9201-9234

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