porque convergimos e integramos com AMOR, VERDADE, RETIDÃO, PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

dedicamos este espaço a todos que estão na busca de agregar idéias sobre a condição humana no mundo contemporâneo, através de uma perspectiva holística, cujos saberes oriundos da filosofia, ciência e espiritualidade nunca são divergentes; pelo contrário exige-nos uma postura convergente àquilo que nos move ao conhecimento do homem e das coisas.
Acredito que quanto mais profundos estivermos em nossas buscas de respostas da consciência melhor será para alcançarmos níveis de entendimento de quem somos nós e qual o propósito que precisaremos dar as nossas consciências e energias objetivas e sutis para se cumprir o projeto de realização holística, feliz, transcendente, consciente e Amorosa.

"Trata-se do sentido da unidade das coisas: homem e natureza, consciência e matéria, interioridade e exterioridade, sujeito e objeto; em suma, a percepção de que tudo isso pode ser reconciliado. Na verdade, nunca aceitei sua separatividade, e minha vida - particular e profissional - foi dedicada a explorar sua unidade numa odisseia espiritual". Renée Weber

PORTANTO, CONVERGIR E INTEGRAR TUDO - TUDO MESMO! NAS TRÊS DIMENSÕES:ESPIRITUAL-SOCIAL-ECOLÓGICO

O cientista (psicólogo e reitor da Universidade Holística - UNIPAZ) PIERRE WEIL (1989) aponta os seguintes elementos para a falta de convergência e integração da consciência humana em geral: "A filosofia afastou-se da tradição, a ciência abandonou a filosofia; nesse movimento, a sabedoria dissociou-se do amor e a razão deixou a sabedoria, divorciando-se do coração que ela já não escuta. A ciência tornou-se tecnologia fria, sem nenhuma ética. É essa a mentalidade que rege nossas escolas e universidades"(p.35).

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo" Albert Einstein

segunda-feira, 24 de março de 2008

MENSAGEM DE CHICO XAVIER: Se eu morrer antes de você (video) - PARA ASSISTIR CLICK EM LINKS CONVERGENTES AO LADO


LIVRO RECOMENDADO PELO NOSSO BLOG: O CÓDIGO CÓSMICO



Física: a mensagem e o código

- O CÓDIGO CÓSMICOHeinz R. Pagels.

Um cientista responde ao desafio actual de divulgar a ciência e tornar a tecnologia, compreensível.
Jorge Dias de Deus
"1 - A CONTINUADA situação de crise económica por que têm passado os países industrializados mais ou menos desenvolvidos em especial na Europa Ocidental, levou a um retraimento no investimento em Investigação Científica e Desenvolvimento. Os bons tempos do pós-guerra, que se estenderam até à década de 60, quando a confiança, na Ciência e na Tecnologia ainda era cega e os orçamentos fáceis, já passaram e talvez não estejam para voltar.
O que cientistas e tecnológicos, individualmente ou em instituições (caso da Royal Society), e em alguns casos até governos (caso da França), têm vindo a descobrir é que se a Ciência e a Tecnologia quiserem receber apoio social e económico têm que conquistar a população, os representantes políticos eleitos, os governantes, os empresários. À atitude «generosa» do cientista que se esforça por explicar ao «povo» as delicadezas e complicações da alta ciência está-se a sobrepor a atitude «política» do cientista que se esforça por explicar ao «público» as vantagens e interesse da ciência e tecnologia. É neste quadro de mudança, tendo talvez pouco a ver com épocas passadas, que deve hoje em dia ser vista a questão da divulgação científica.
A tarefa de divulgar a Ciência e de tornar a Tecnologia compreensível é actualmente uma tarefa essencial que se coloca à comunidade de cientistas e tecnológos nos países desenvolvidos. Sob pena dessa comunidade perder aceitação social e apoio da população que vota e que, em última análise, influencia as decisões. Em sociedades abertas e democráticas não podem de facto existir actividades acima de toda a suspeita, fechadas nos seus universozinhos de marfim - mas reclamando uma fatia no orçamento e uma fracção, pequena é certo, dos impostos.
A situação para os cientistas e tecnológos é (ou deveria ser) perfeitamente clara: há que chegar junto do público em geral, utilizar desinibidamente os meios de comunicação e toda a arte de cativar e entreter. Sem quaisquer complexos, sem timidez.
Como fizeram e fazem os charlatões da paraciência e os mestres da ficção científica.
Reconversão da imaginação
2 - VÊM estas linhas a propósito da observação do patriarca e prémio Nobel da Física Isidor Rabi de que os cientistas fizeram menos para transmitir ao grande público o que é a actividade científica do que os escritores de ficção científica. A observação é profunda e transmite bem o mal-estar da comunidade científica. É verdade que alguns nomes, poucos, se mostraram capazes de competir com os escritores de ficção científica ou de ser eles próprios escritores de ficção científica. Gamow, Asimov, Hoyla, Bronowski, Sagan são exemplos clássicos. Mas tal não chega. A mensagem de Rabi, sendo profunda, é ao mesmo tempo simples: há um espaço dos que se aproveitam da ciência a ser explorado pelos que fazem ciência.
A mensagem foi ouvida pelo profissional de ciência Heinz Pagels que decidiu, após ouvir Rabi - assim ele conta - escrever O Código Cósmico. O objectivo, apresentado na Introdução, é, aparentemente, claro «... eu desejo partilhar a excitação das recentes descobertas em física com as outras pessoas - descobertas que fornecem uma visão sobre a estrutura última da matéria, a origem e fim do universo, e a nova realidade quântica. Nos últimos dez anos os físicos aprenderam mais acerca do universo do que - nos séculos anteriores - eles desvendaram um novo quadro da realidade que requer uma reconversão da nossa imaginação. O mundo visível não é nem matéria nem espírito mas a invisível organização da energia.»
Como se vê Heinz Pagels propõe-se francamente responder às necessidades actuais da divulgação científica: abandono da torre de marfim e «desejo de partilhar» com os outros a vivência científica; uso da linguagem viva da ficção científica com chamada fácil à «origem e fim do universo»; um pouco de jornalismo sensacionalista com referência aos «últimos dez anos, etc.»; e um pouco de retórica cara à literatura para-científica com um mundo que «não é nem matéria nem espírito»...
3 – Quanto ao livro em si, ele é excelente. A primeira parte e também a mais longa, «0 Caminho para a Realidade Quântica», é a mais interessante e deveria constituir leitura obrigatória com a visão científica actual do mundo e compreender algumas das componentes subterrâneas que impregnam a cultura moderna. Pagels cumpre bem a promessa de explicar e transmitir aos outros a sua visão apaixonada e contagiante da ciência contemporânea.
Einstein, cuja biografia e actividade científica vêm descritas com bastante pormenor e de forma atraente,. é apresentado como o último grande clássico antes da época moderna. A sua crença na realidade objectiva exterior, na descrição completa espaço-temporal dessa mesma realidade, na construção lógica da teoria a partir de dados empíricos não o tornavam muito diferente de Newton.
De facto, pode imaginar-se o mundo de Einstein superiormente presidido por um clássico Deus que tem perante si o passado, o presente e o futuro, que vê as ligações todas entre as coisas e que conhece as causas e os mecanismos de transformação. Por outras palavras, Einstein tinha fé no determinismo clássico.
Ora, a nova ciência, que borbulhava no começo do século, a física quântica, iria abalar severamente todo esse esquema de super-homens e de realidades exteriores extra-humanas. Se Einstein tinha uma fé a defender, os jovens turcos de Mecânica quântica - Bohr, Heisenberg, Schrödinger, Dirac, Pauli e muitos outros - tinham um mundo a conquistar. Einstein fica para trás, isolado no seu grande génio, incapaz de percorrer os caminhos do acaso e da incerteza que os outros abriam.
O fim do determinismo
Segue-se no livro a história fascinante da Mecânica Quântica. Aí se assiste ao empenhamento da jovem geração em construir uma matemática consistente com as experiências sem quaisquer preocupações epistemológicas ou metafísicas. Heisenberg e Dirac, por um lado, elaboram a mecânica das matrizes. Broglie e Schrödinger, por outro, chegam à mecânica ondulatória. Uns e outros fazem, de facto, a Mecânica Quântica. Em ambos os casos se anuncia o fim do determinismo rígido e duma objectividade sem sujeitos. Com as relações de incerteza de Heisenberg afirma-se que não se pode ao mesmo tempo saber tudo sobre as partículas do mundo quântico. Com Max Born explicita-se a ideia de que o conhecimento da física quântica tem só um valor probabilístico. Não há caminhos pré-determinados e não há certezas absolutas.
É Niels Bohr que, com a. sua «Escola de Copenhague» fornece à fundamentação filosófica para a Mecânica Quântica. «É errado pensar que a tarefa da física é descobrir como se comporta a Natureza. A física trata só daquilo que nós podemos dizer sobre a Natureza» - afirma Bohr. Não há realidade em si, mas realidade observada. E há aspectos complementares dicotómicos, dessa realidade que impedem a descrição completa e o determinismo. Para Bohr, o fim do determinismo - tal como anteriormente o fim do geocentrismo ou do criacionismo - não era um defeito ou uma limitação da Mecânica Quântica. Representava um progresso na compreensão da realidade, com implicações filosóficas da maior importância.
A física quântica cresceu, desenvolveu-se e continua de boa saúde. Estendeu-se a muitos domínios como a electrónica, a biologia molecular, a supercondutividade. A Escola de Copenhague tornou-se dominante e aceite pela esmagadora maioria dos cientistas.
Mas não foi aceite por Einstein, que continuou agarrado ao determinismo e ao realismo clássicos. Se a mecânica quântica não era capaz de chegar ao realismo objectivo e ao determinismo rígido isso dever-se-ia ao facto da teoria ser incompleta, de existirem grandezas, variáveis que não estavam a ser tomadas em
conta. Nascia a famosa ideia, algo não científica, das variáveis escolhidas. Einstein, juntamente com Podolsky e Rosen, imaginaram em 1935 uma experiência que provaria o carácter incompleto e portanto insatisfatório da mecânica quântica. A discussão reacendeu-se envolvendo filósofos e físicos e foi-se mantendo, embora não muito animada e sem passar de discussão, durante cerca de 30 anos. Até que em 1965 John Bell descobre uma maneira experimental de decidir quem tinha razão, se o grupo de Einstein (e o realismo objectivo de determinismo rígido) ou a Escola de Copenhague (e o realismo de observação e o determinismo probabilístico). As experiências foram finalmente feitas em 1982-83 e muitas vezes repetidas, sempre com resultado favorável à mecânica quântica e à interpretação de Bohr.
As questões da objectividade e do determinismo nos termos postos pela teoria quântica não podem mais ser iludidas - essa a conclusão a tirar da discussão de Pagels. Fazem parte da cultura e fazem parte do futuro.
Decifrar o código
4 - A segunda parte do livro constitui uma breve história da física das partículas elementares: convencional, acessível, actualizada e útil.
Na terceira parte Pagels revela-nos a sua ideia sobre o Código Cósmico: «Eu penso que o universo é uma mensagem escrita em código, o código cósmico, e é tarefa do cientista decifrar esse código». A ideia em si não traz grande novidade, pois trata-se do velho problema da leitura do Livro da Natureza. O que é novo é considerar que esse código é fornecido pela física quântica.
E aqui voltamos à discussão da mecânica quântica e ao desenvolvimento nos últimos anos da física das partículas elementares, nos domínios do infinitamente grande e do infinitamente pequeno. Para Pagels, o contacto da humanidade com o mundo invisível dos quanta, e com as escalas do infinitamente grande e do infinitamente pequeno irá influenciar o destino da espécie humana. «O desafio está em tornar conscientes estas realidades invisíveis e em tornar humano os poderes encontrados». Um desafio que fica para a nossa Civilização: ou é capaz de social e culturalmente integrar a ciência e imaginar um futuro contando com os conhecimentos do código cósmico, ou irá antes perecer-ingloriamente por ignorância, por medo, por incapacidade de adaptação à nova ordem cósmica?
Ou estará Pagels a exagerar?"

(Ed. Gradiva, col. «Ciência Aberta», 1986, 416 págs./1000$00)

RESUMO DA PALESTRA A SER REALIZADA PELO PROF. BERNARDO MELGAÇO QUE ACONTECERÁ NO DIA 26 DE MARÇO DE 2008 (a partir das 16 hs) NO SALÃO DE ATOS DA URCA

RESUMO DA PALESTRA A SER REALIZADA PELO PROF. BERNARDO MELGAÇO QUE ACONTECERÁ NO DIA 26 DE MARÇO DE 2008 (a partir das 16 hs) NO SALÃO DE ATOS DA URCA COMO PARTE DO EVENTO “FESTA ANUAL DA ÁRVORE”
TÍTULO DA PALESTRA: A CRISE DO HOMEM MODERNO E A NOVA ABORDAGEM SISTÊMICA E HOLÍSTICA (HOMEM-NATUREZA-SOCIEDADE) DA REALIDADE
Vários cientistas no mundo inteiro vêm se esforçando para explicar o novo paradigma holístico e sistêmico da visão de mundo. Vários filmes, documentários, livros foram e estão sendo publicados, montados e socializados em vários países desenvolvidos no intuito de questionar a abordagem vigente cartesiana-newtoniana que ainda nos direciona e predomina em nossas universidades, escolas e na vida social costumeira - de como encaramos e reagimos nas relações com o mundo a nossa volta! A mente humana comum continua ainda presa, vivendo uma realidade construída nos séculos passados (até o final do século XVIII). Ainda não conseguimos romper ou quebrar culturalmente com a visão tradicional (cartesiana-newtoniana), por isso mesmo a ciência moderna encontra dificuldades em mudar e libertar a consciência (como ponto de vista do observador) social a partir de um novo paradigma construído como parte de um processo sutil, complexo e interdependente que existe e que afeta a todos diretamente, e que se encontra em outros níveis sutis de consciência, muito além do nosso campo de percepção (como matéria-prima para formação da consciência) racional comum.
Na concepção de realidade de FRITJOF CAPRA (O Ponto de Mutação) a “nova percepção não nasceu ainda, e a velha não morreu também”. Isso significa dizer, que estamos num processo de transição de estados de consciência, na passagem do estado de consciência da razão instrumental e pragmática para um nível superior de estado de consciência da intuição holística e sistêmica. Ou seja, estamos ainda no “meio da travessia de uma ponte hipotética entre o animal e o supra-humano”, segundo NIETSZCHE.
Essa palestra discutirá como poderemos entender a crise de mundo atual que se reflete nas diversas manifestações sociais e naturais (conflitos, guerras, escassez de energia, aquecimento global, inversão de valores etc.), a partir de uma abordagem emergente holística e sistêmica.

A FILOSOFIA DE VIDA DE CHARLES CHAPLIN (VIDEO) - PARA ASSISTIR CLICK NOS LINKS CONVERGENTES AO LADO


domingo, 23 de março de 2008

VISÃO GERAL DO PROCESSO DE PESQUISA

VISÃO GERAL DO PROCESSO DE PESQUISA. Esse esquema de orientação foi elaborado pelo professor Bernardo Melgaço após anos de pesquisa e também ministrando aulas na pós-graduação da Universidade Cândido Mendes (RJ). A figura acima aponta para três eixos básicos de qualquer processo de pesquisa: a) planejamento; b) empírico; c) teórico. O que significa dizer que a pesquisa passa necessariamente por uma construção que se apóia numa base teórica onde o pesquisador procura justificar e garantir sua tese a partir da seleção do tema, a formulação do problema e o enunciado das hipóteses. Esse esquema em blocos contém várias apostilas que fornecem o conteúdo para o entendimento completo do processo. Esse material está em CD gravado pelo professor MELGAÇO (com mais de 200 páginas). E está disponível para qualquer um que tenha interesse em pesquisar ou ministrar aulas sobre o assunto. Esse material gravado está fundamentado nos melhores livros e textos de projeto de pesquisa e elaboração de monografias.

sábado, 15 de março de 2008

O DESESPERO DA BUSCA ESPIRITUAL!


O DESESPERO DA BUSCA ESPIRITUAL!
primeira cena: os primeiros sinais de conflito e início da busca, qunado criança, de algo que não sabemos nada.
segunda cena: a idéia de religião como ponte de encontro de algo metafísico como resposta para os conflitos internos.
terceira cena: o psicanalista passa ser o sujeito que intervém em nossas confusões mentais para tentar colocar ordem sobre o desconhecido.
quarta cena: a disciplina do trabalho contínuo se torna o caminho das realizações materiais como parte do processo de transformação que desejamos realizar interiormente mas que acabamos projetando no mundo das realizações profissionais.
quinta cena: a droga (p. ex.: a cocaína) se torna a saída para nossas depressões e incompreensões sobre o mundo que não vemos e o mundo que nos vê e nos comanda.
sexta cena: o casamento é a instituição social que vai propor um caminho de felicidade que não alcançamos conscientemente no encontro e casamento do ego com o Self.
sétima cena: um belo dia acordamos e escutamos pela primeira vez a intuição falar de dentro de nós mesmos.
oitava cena: então corremos para o espelho do banheiro e olhamos para os nossos próprios lábios dizerem: você é a resposta - pare de ME (Eu divino) buscar fora de você!

quarta-feira, 12 de março de 2008

A FALTA DE CONSCIÊNCIA DE SI É O ÓPIO DO POVO

O caminho do autoconhecimento é "estreito e sua porta pequena". Poucos serão aqueles que conseguirão transcender o caminho do conhecimento racional em direção ao autoconhecimento, ou seja, da ciência para a ciência de si. Por isso, com muita maestria K. MARX afirmou: "Não é a religião que faz o homem. A religião é a consciência de si que o homem perdeu ou não adquiriu ainda..a falta da verdadeira religião [a consciência de si] é o ópio do povo".

A CIÊNCIA E SUA CLASSIFICAÇÃO


A ciência e a sua classificação (pelo Prof. Bernardo Melgaço). Os dois caminhos de ciência que a figura mostra refere-se aos dois caminhos trilhados pelo próprio professor-pesquisador MELGAÇO em 1988 momento em que iniciou sua dissertação de mestrado na COPPE/UFRJ.

AS TRÊS DIMENSÕES DA NATUREZA HUMANA E AS DUAS POSIÇÕES EXISTENCIAIS: INDIVÍDUO E PESSOA


AS TRÊS DIMENSÕES QUE O SER HUMANO MANIFESTA SEM SE PERCEBER, NA MAIORIA DAS VEZES, EM SEUS DOIS ESTADOS EXISTENCIAIS: SER INDIVÍDUO PERTENCENTE AO MUNDO CULTURAL, SOCIAL E TEMPORAL, E O SER PESSOA PERTENCENTE AO MUNDO ESPIRITUAL, A-TEMPORAL E CÓSMICO

CIÊNCIA E AUTOTRANSCENDÊNCIA: AMOR


Toda busca científica tem a finalidade, mesmo que inconsciente, de alcançar o estado alterado e transcendente do Amor - também conhecido como SAMADHI ou NIRVANA pelos orientais hinduistas e budistas. Já dizia FREUD (no livro MAL-ESTAR DA CIVILIZAÇÃO) que não havia dúvida sobre o que todos os homens e mulheres buscavam em suas vidas: a FELICIDADE (ou Amor). O ser humano perdido na direção e sentido desse "objeto" de realização máxima humana acaba se defrontando entre seguir dois caminhos: o desejo (libido), e o Amor profundo e espiritual. O primeiro ele definiu como Objeto do Amor, o segundo como o Fundamento da Civilização (ou seja a verdadeira Felicidade).

É PRECISO DEIXAR DE QUERER SER O CENTRO DO UNIVERSO


LIVRO RECOMENDADO PELO NOSSO BLOG: COMO SE FAZ UMA TESE

Na segunda capa encontramos:
“Umberto Eco enquanto professor a extrair, da sua atividade de pesquisador, os traços que alimentam sua relação com alunos na sala de aula, ou a nutrir a argúcia da sua investigação com as sugestões que brotam do quotidiano do professor. Em resumo, não se sabe a quem cabe a precedência, ao pesquisador ou ao professor; porém Como se Faz uma Tese é, sem sombra de dúvida, o relato da experiência de um pesquisador traduzida, praticamente, nas fórmulas didáticas de um professor que conhece o ofício”. Lucrécio D’Aléssio Ferrara

O FENÔMENO MAIS IMPORTANTE DA NOSSA EXISTÊNCIA “(...) O MAIOR DESTES É O AMOR": O DOM SUPREMO

“Todos nós, em algum momento, já fizemos esta pergunta: Qual é a coisa mais importante da nossa existência?
Queremos empregar nossos dias da melhor maneira, pois ninguém mais pode viver pela gente. Então, precisamos saber: para onde devemos dirigir nossos esforços, qual o supremo objetivo a ser alcançado?
Estamos acostumados a escutar que o tesouro mais importante do mundo espiritual é a fé. Nesta simples palavra se apóiam muitos séculos de religião.
Consideramos a Fé a coisa mais importante do mundo? Pois bem, estamos completamente errados.
“Ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.”
(I Coríntios 13).
Paulo comparou a Fé com o Amor e concluiu: “(...) o maior destes é o Amor”. Deve ter sido muito difícil para Paulo dizer isto. Um homem costuma recomendar aos outros aquilo que, nele, é o ponto forte.
O amor não era o ponto forte de Paulo. Uma pessoa com senso de observação irá notar que, à medida que envelhecia, o apóstolo tornava-se mais tolerante, mais terno. Mas a mão que escreveu “ porém, o maior destes é o amor”, esteve muitas vezes manchada de sangue na juventude.
Além disso, esta carta aos coríntios não é o único documento a mostrar o Amor como o Dom Supremo. Todas as obras-primas do cristianismo concordam a este respeito. Pedro diz: “ acima de tudo, porém, tende amor intenso uns com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados’.
E João vai mais longe: “Deus é amor’. Podemos ler, também, em outro texto de Paulo: “o cumprimento da lei é o Amor”.
Por que Paulo disse isto? Nessa época, os homens procuravam chegar até o paraíso cumprindo os dez mandamentos - e as centenas de outros mandamentos que eles haviam fabricado tendo como base as tábuas da Lei. Cumprir a lei era tudo. Era mais importante, inclusive, que viver.
Então Cristo disse: eu vou mostrar a vocês uma maneira mais simples de chegar ao pai. Se vocês aprenderem isto, podem fazer centenas de outras coisas sem medo de ofender a Deus. Amor.Se vocês amarem, estão cumprindo a lei, mesmo que não tenham consciência disto.
Podemos verificar por nós mesmos que este conselho funciona.
Peguemos um mandamento qualquer: “amar a Deus sobre todas as coisas” . Eis o Amor. “ Não tomar seu santo nome em vão” Ousaríamos falar superficialmente de alguém que não amamos?
“Guardar domingos e festas”.
Não ficamos muitas vezes ansiosos, esperando o dia de encontrar com quem amamos para nos dedicarmos ao Amor? Então, se amamos Deus, o mesmo há de acontecer.
O amor exige que obedeçamos todas as leis de Deus.
Quando um homem ama, é desnecessário exigir que honre seu pai e sua mãe, ou que não mate. Para o homem que quer bem a seu próximo é uma ofensa exigir que não roube – Como poderia roubar quem ama? E seria supérfluo pedir que não levante falso testemunho – pois jamais faria isto, como seria incapaz de desejar a pessoa que o outro ama.
Portanto, “o amor é o cumprimento da lei”.
O amor é a regra que resume todas as outras regras.
O amor é o mandamento que justifica todos os outros mandamentos.
O amor é o segredo da vida.
Paulo terminou aprendendo isto, e nos deu, na carta aos coríntios acima citada a melhor e mais importante descrição do Dom Supremo.

Paulo nos diz que o amor é uma coisa composta de muitas outras.
Como a luz. Aprendemos na escola que, se pegarmos um prisma e fizermos com que um raio de sol o atravesse, este raio se divide em sete cores.
As cores do arco-íris.
Paulo então pega o amor e faz com que atravesse o prisma de sua sensibilidade, dividindo-o nos seus elementos.
Paulo nos mostra o Arco-íris do amor, como o prisma atravessado por um raio nos mostra o Arco-íris da Luz.
E quais são estes elementos? São virtudes das quais ouvimos falar todos os dias, virtudes que podemos praticar em qualquer momento de nossas vidas. O amor é composto de nove ingredientes: Paciência, Bondade, generosidade, delicadeza, entrega, tolerância, inocência, sinceridade. Estas coisas compõem o bem supremo, estão na alma do homem que quer estar presente no mundo e próximo a Deus. Nós sempre escutamos falar muito do Amor a Deus.
Mas cristo nos fala do Amor ao homem.
Nós buscamos a paz nos Céus.
Cristo busca a paz na Terra.
Existe apenas uma coisa mais importante que a felicidade: é a santidade. Isto não está ao nosso alcance. Mas está ao nosso alcance fazer os outros felizes. Deus colocou isto em nossas mãos, e não nos custa quase nada. Se olharmos com cuidado, verificaremos que não nos custa absolutamente nada.Mesmo assim, por que relutamos em alegrar nosso próximo? A felicidade não é um bem, que se multiplica em cativeiro, nem é nada que diminui quando se dá. Ao contrário, somente semeando felicidade é que conseguimos aumentar nossa cota.
“Você procura grandes coisas em sua vida?”, pergunta o profeta. “Não as procure”. Por quê? Porque não existe grandeza nas coisas. As coisas não podem ser maiores do que elas mesmas. A única grandeza que existe é na entrega proporcionada pelo amor.
Sei que é muito difícil abrir mão de uma recompensa.
Mas é muito mais difícil não buscar uma recompensa naquilo que fazemos.
Quase todo mundo, neste momento, está seguindo uma pista falsa para chegar até a casa da felicidade. Pensa-se muito em ter e receber, em exibir, em conquistar, em ser servido um dia pelos outros. Isto é o que a maior parte das pessoas chama de realização.
Realização, entretanto, é dar e servir. O que quiser ser maior entre todos vocês, disse Cristo, que sirva a seu próximo. Quem quiser ser feliz deve colocar no amor o seu encontro com a vida. O resto não tem importância
Deus é amor. Um amor que, ao nos penetrar, suaviza, purifica, e a tudo transforma.Afasta o que está errado, renova, regenera, reconstrói o interior do homem.
O poder da vontade não transforma o homem.
O amor transforma.
Devemos fazer com que as pessoas confiem em nós assim estaremos bem perto do Amor. Só vamos conseguir isto se confiarmos nas pessoas.Podem nos ferir por causa na nossa atitude inocente, não significa nada perto da alegria que vamos passar e sentir diante da vida, não será mais necessário carregar pesadas armaduras, incômodos escudos, armas perigosas. A inocência nos protege.
Só podemos ajudar alguém, se nele confiarmos. Pois o respeito pelos outros termina fazendo com que recuperemos o respeito por nós mesmos.
Se acreditarmos que uma pessoa pode melhorar, e esta pessoa sente que a consideramos igual a nos mesmos, terá ouvidos para nossas palavras. Acreditará que pode se tornar uma pessoa melhor.
O crescimento espiritual aplica as mesmas leis usadas pelo corpo e pela alma. Se um homem não exercita seu braço jamais terá músculos. Se não exercita sua alma, jamais terá fortaleza de caráter, nem ideais, nem a beleza do crescimento espiritual.
O amor não é um momento de entusiasmo.
O amor é uma rica, forte e generosa expressão de nossas vidas – a personalidade do homem em seu mais completo desenvolvimento.
E, para construir isto, precisamos de uma prática constante.
Lembre-se das palavras de Goethe: “O talento se desenvolve na solidão; o caráter no rio da vida”.
O talento se desenvolve na solidão; a prece, a Fé, a meditação, a visão clara da vida.Lembre-se aqui o Amor não foi definido, porque jamais isto pode ser feito.Foram abordados apenas aspectos.
A luz é muito mais que a soma de seus componentes – é algo que brilha, fulgurante, no espaço.
E o amor é muito mais que as soma de todos os seus ingredientes - è uma coisa viva, palpitante, divina.
Se misturarmos todas as cores do arco-íris, tudo que conseguimos criar é a cor branca – não conseguimos fazer a luz.
Portanto tente livrar-se do preconceito de que a busca espiritual existe por acaso, ou capricho, ou por nosso gosto por mistério. Ela está ai por causa de uma lei natural – ou melhor, espiritual, porque é uma lei divina. Edward Irving visitava um menino que estava morrendo. Ao entrar no quarto, colocou a mão na testa do garoto e disse: “Garoto, Deus te ama.”
Não disse mais nada. Saiu em seguida.
O garoto levantou-se, chamou todas as pessoas da casa, e gritava: Deus me ama! Deus me ama!A mudança foi completa; a certeza de que deus o amava lhe deu forças, destruiu o que havia de mal, e permitiu sua transformação.
Da mesma maneira, o amor derrete o mal que existe no coração de um homem, e o transforma em uma nova criatura – paciente, humilde, tolerante, gentil, entregue, sincera.
Não existe nenhuma outra maneira de conseguir amar – e tampouco há qualquer mistério sobre isto. Nós amamos os outros, amamos a nós mesmos, amamos nossos inimigos, porque, primeiro, fomos amados por Ele (Deus)”.
Texto retirado do livro O DOM SUPREMO de Henry Drummond

HOMENAGEM AO MESTRE EGIDIO VECCHIO


"Um dia chegaste a meu consultório pedindo que eu te curasse
Nesse dia, eu te esperava, pretendendo curar-te.
Eram duas esperanças duas ilusões, duas necessidades
Eu necessitava confirmar que tanta ciência era eficaz.
Tratei-te, tecnicamente, como se fosses uma máquina
Com motores desajustados e peças soltas
Quis diagnosticar-te, colocar ordem em ti, modificar-te
Fracassei, fracassei, fracassei, fracassei
Tu procuravas um mágico que te desse receitas
Um doutor que te curasse, com pílulas ou com palavras
E eu te tratei quase como um objeto sem vida
Como uma coisa enferma, sem alma
Eu sabia, sabia, sabia muitas coisas...que tu necessitavas
Não te dei as pílulas que procuravas
Não pronunciei as mágicas palavras que esperavas
Fracassamos. Tu em tuas expectativas. Eu nas minhas.
Todavia não havia descoberto
Que a Terapia é função do Encontro
Todavia eu não sabia que não podia curar
E que, se te queria ajudar,
Antes devia esquecer minha ciência e meus doutorados
Para te ouvir, para te ajudar, para te amar,
Hoje já aprendi que na terapia
Não somos dois: Um doutor OK e um paciente Não OK
Somos uma mesma coisa no Encontro terapêutico
Eu sou tu, sentindo teu problema
Sem envolver-me nele
Tu és eu, vivendo uma nova experiência
Sem depender de mim.
Te aceito e me aceitas, me dou e te dás
Surge o diálogo, profundamente humano
Onde tu sabes e eu sei
Onde tu aprendes e eu aprendo
Onde eu te escuto para que tu possas escutar-te.
Onde o muito que sei é só para ajudar-te
Onde o muito que sabes te ajuda e me ajuda
A aprender mais.
Nosso diálogo não consiste em um mútuo falarmos
Consiste em escutarmos um ao outro
Calmamente, atenciosamente, profundamente
Quando aprendes a escutar a minha voz
Logo mesmo podes aprender a escutar tua própria voz
[...]Se queres aprender a viver
Desaprende o que aprendeste a não-viver
Condicionaram-te, condicionaram-te
Ensinaram-te a ser egoísta e a competir
Ensinaram-te como as feras, a matar para viver
Disseram-te que deves conquistar tua oportunidade
E nunca perdoar, e sempre desconfiar
E que não deves mostrar o que sentes
E que se és um lobo deves vestir pele de cordeiro
Teus pensamentos e teus sentimentos se tornaram divergentes
[...] Pais, educadores, sociedade, tradições
Cada um descarregou seu passado em ti
Vestes cada um desses modelos
Quando te comportas como eles te ensinaram
Mensagens de pureza branca
Mensagens negras de morte e suicídio
Mensagens cor-de-rosa, ingênuas,
Que só esperam Papai Noel
Vermelhas de raiva, esverdeadas de ódio
Amarelas de melancolia e tristeza
Cinzentas e apagadas com a depressão
Mensagens de angústia na competição
Portadoras de ansiedade na insegurança
Mensagens, mensagens, mensagens
Mil cores, mil estímulos, mil setas
Penetrando em tua mente nova
Não existas, Não penses, Não sintas".

FIEL A TI - EGIDIO VECCHIO

O DOLOROSO PARTO DE UMA NOVA ERA

"Existem razões para crer que a Idade Moderna terminou. Muitos sinais indicam que estamos atravessando um período de transição em que algo está morrendo e algo está nascendo, num parto doloroso.
Está ocorrendo uma amálgama de culturas. Uma era está sucedendo a outra e, como nossa civilização não tem um estilo próprio unificado, nem um espírito próprio, nem uma estética própria, qualquer coisa pode acontecer. Tudo é possível, mas nada é certo.
Como em período de transição anteriores, estão sendo agora derrubados até os mais consistentes sistemas de valores e existe uma tendência a citar as opiniões alheias, a imitar e amplificar, em vez de afirmar com autoridade ou integrar.
O sinal central e característico deste período é a crise, ou a transformação da ciência como base da concepção moderna do mundo.
O vertiginoso desenvolvimento desta ciência, com sua fé incondicional na realidade objetiva e sua completa dependência das leis gerais e racionais do conhecimento, conduziu ao nascimento da civilização tecnológica moderna.
Mas a relação com o mundo, que a ciência moderna promove, parece agora ter esgotado sua potencialidade. Torna-se cada vez mais claro que está faltando alguma coisa a esta relação, pois não se consegue ligar à mais intrínseca natureza da realidade nem à experiência natural do homem e, na realidade, é mais uma fonte de desintegração e de dúvidas do que de integração e de sentido.
Produz um estado de esquizofrenia em que o homem, como observador, está se alienando completamente de si mesmo como ser. Embora atualmente saibamos infinitamente mais a respeito do universo do que nossos antepassados, parece cada vez mais claro que eles sabiam algo que nos escapa.
Quanto mais a fundo são descritos nossos órgãos e suas funções, tanto menos conseguimos captar o espírito, o propósito e o significado do sistema que eles formam em seu conjunto e constitui nosso próprio "eu".
Assim, estamos numa situação paradoxal. Desfrutamos de todas as conquistas da civilização moderna, mas não sabemos para onde ir. O mundo de nossas vivências parece caótico, desconexo e confuso.
Em nossa percepção do mundo parece não haver forças integradoras, nem significados unificadores, nem uma verdadeira compreensão interior dos fenômenos.
Esse estado de coisas tem conseqüências sociais e políticas. Esta singular civilização planetária, a que todos pertencemos, nos põe em confronto com desafios globais, perante os quais reagimos sem esperança, porque ela globalizou apenas a superfície de nossas vidas.
E, ao que parece, quanto menos respostas esta era de conhecimento racional oferece às perguntas básicas do ser humano, tanto mais profundamente as pessoas se aferram às velhas certezas de sua tribo. Por isso, as culturas individuais, cada vez mais misturadas pela civilização contemporânea, estão tentando com renovados impulsos readquirir ou reforçar sua identidade, reconhecendo-se em suas próprias características internas e ressaltando as diferenças que as separam das outras.
Daí resulta que os conflitos culturais são, logicamente, cada vez mais perigosos e mais difíceis de resolver do que em qualquer outro período da história.
O fim da era do racionalismo foi catastrófico: apetrechados com as mesmas armas supermodernas de outrora, freqüentemente obtidas das mãos dos fornecedores de sempre, e acompanhados pontualmente pelas câmaras de TV, os membros de variados cultos tribais estão em guerra entre si.
Durante o dia, trabalhamos com as estatísticas e, ao anoitecer, consultamos a astrologia e nos assustamos com histórias truculentas sobre vampiros.
O abismo entre o racional e o espiritual, a técnica e a moral ou universo e o singular se torna cada vez mais profundo.
Os políticos, logicamente, estão preocupados em garantir a sobrevivência de uma civilização ao mesmo tempo global e multicultural. Eles indagam como fazer para pôr em funcionamento mecanismos de convivência pacífica, respeitados por todos, e quais devem ser os princípios gerais a estabelecer. A necessidade de responder com urgência especial a estas perguntas foi ressaltada pelos dois mais importantes acontecimentos políticos da segunda metade do século 20: o colapso da hegemonia cultural e a queda do comunismo.
A ordem mundial artificial das décadas passadas desmoronou, mas ainda não surgiu uma ordem nova e mais justa.
A principal tarefa política dos últimos anos deste século é, portanto, criar um novo modelo de coexistência entre as diferentes culturas, povos, raças e esferas religiosas, dentro de uma única civilização interconectada.
Esta tarefa é sobretudo extremamente urgente, pois estão aumentando de forma mais séria do que nunca outras ameaças contra a humanidade, provocadas pelo desenvolvimento unidimensional. da civilização.
Na busca de fontes mais naturais para a criação de uma nova ordem mundial geralmente recorremos às idéias básicas da democracia moderna: respeito pelo ser humano como indivíduo, tanto homem como mulher, e por suas liberdades e direitos inalienáveis, bem como pelo princípio de que todo o poder vem do povo.
Sinto porém, com cada vez mais força, que estas idéias não são suficientes, mas devemos ir mais além e mais fundo. A solução que elas oferecem ainda é moderna e tem origem num clima do Século das Luzes, bem como numa visão do homem e de seu relacionamento com o mundo que foi característica da esfera euro-americana durante os dois últimos séculos.
Contudo, hoje em dia, as soluções clássicas da era moderna não dão por si mesmas uma resposta satisfatória aos problemas apresentados.
O mesmo princípio de que os direitos inalienáveis do homem foram concedidos pelo Criador nasceu da noção tipicamente moderna de que o ser humano era o pináculo da criação e o senhor do mundo.
Este moderno antropomorfismo pretende, inevitavelmente, dizer que o Criador, que, segundo se afirma, outorgou ao homem seus direitos inalienáveis, começa a desaparecer do mundo.
O Criador, que estava muito além da compreensão e do alcance da ciência moderna, foi sendo gradualmente empurrado para a esfera privada das pessoas e mesmo para a esfera das fantasias privadas, isto é, para um lugar onde os deveres públicos não se aplicavam mais.
Na minha opinião, a idéia de que os direitos e as liberdades do homem devem ser parte integral de toda ordem mundial legítima precisa ser aplicada num lugar diferente e de um modo diverso atual.
Para ser algo mais que um slogan repetido e não respeitado pela metade do mundo, esta idéia não pode ser expressa na linguagem desta era agonizante, caracterizada pela fé numa relação puramente científica com o mundo.
Hoje, a única verdadeira esperança das pessoas reside, provavelmente, na renovação da certeza de que estamos enraizados na terra e, ao mesmo tempo, no cosmos. A consciência deste enraizamento nos dá a capacidade de autotranscendência.
Nos foros internacionais, os políticos podem reiterar mil vezes que a base para uma nova ordem mundial é o respeito universal pelos direitos humanos, mas este não significará nada se o imperativo não vier do respeito pelo milagre do ser, do universo, da natureza e de nossa própria existência.
No mundo atual, multicultural, o único caminho seguro para a coexistência pacífica deverá ser inspirado pela autotranscendência, porque a transcendência é a única alternativa real para a extinção.
Penso que o homem só poderá se realizar na liberdade, se não esquecer que esta é um dom de seu Criador". Vaclav Havel
Vaclav Havel, escritor, é [ex-]presidente da República Checa.
(JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO - 23/04/95 - PAG.A2)

terça-feira, 11 de março de 2008

HOMENAGEM A SÃO FRANCISCO DE ASSIS: PAI, ILUMINE NOSSOS PASSOS


Senhor, colocaste Seus filhos aqui nesse pedaço de terra e cosmos. E o que eles aprenderam? Aprendemos a negar o outro, a competir com o outro, a ver o outro como cliente ou inimigo. Aprendemos muita coisa e desaprendemos o que deveria ser essencial: amarmos uns aos outros. O caminho foi longo cheio de enganos e desvios. Por todos os lados Seus filhos lutam pelo poder e supremacia sobre os demais. Em nome de uma verdade técnica, ideológica ou religiosa acabam se estranhando. Formamos feudos de interesses e negócios. A aproximação só se dá se há um interesse na relação! Muitos de nós não aceita que viemos do todo holístico da Sua Consciência Cósmica-Amorosa. Preferimos outras concepções onde o homem só faz sentido se lutar e diminuir o seu semelhante na escalada do sucesso material, técnico e ideológico. De nada adiantou as boas referências humanas que deixastes no caminho. A memória humana é fraca e volátil. Somos seres errantes e vulneráveis. Somos seres de pequenas grandezas e imensas falhas. Poucos são aqueles que conseguem se superar e inverter essa condição. O que vale é ser mais competitivo e intolerante. O que vale é ter mais razão e ser menos a intuição. Preferimos o instinto do que compreendermos as leis que governam o Seu universo; preferimos viver na escuridão e barulho mental das nossas crenças infundadas do que aprendermos a ouvir o silêncio da Sua Luz-Revelação; preferimos a morte da degradação do que a vida da superação. Somos escravos de nossas fraquezas. Estamos hipnotizados pelos nossos modelos e processos destrutivos. Acreditamos no terrível teatro do conflito do que na mágica maravilhosa do encontro irmão. Esquecemos a Sua Presença Divina e só lembramos das nossas identidades-necessidades egoístas.
Pai, por tudo isso ilumina nossos passos. E nos dê a consciência holística para que possamos de uma vez por toda compreender as conexões sutis das partes na formação do todo real subjacente. Eu sei que Tu habitas nas camadas profundas da nossa existência - a espera de um passo em Sua direção! Faça de nós sua Verdade nos dando sabedoria e paz interior. Vejo o mundo sem referências perdido nas invenções e projeções vazias de significado e valor. Assim, cria em nós um coração amante e sábio; faça de Seu Verbo a luz da nossa compreensão; faça com que sejamos homens de verdade e não apenas seres errantes em busca de prazeres e poderes materiais ou políticos. Creio, que a melhor maneira de Te ouvir é amar os Seus ensinamentos e praticá-los com fé e sinceridade. Faça de nossa consciência um canal de luz e verdade. Mas, por favor não nos deixe cair em tentação. E livra-nos do mal e de toda inverdade e difamação. E não permita que de nossas bocas pronunciemos acusações vãs. E que a Sua Justiça seja feita contra a nossa própria vontade para que possamos nos libertar do mal que é a nossa fraqueza e intolerância humana.
Pai, por favor ilumine nossas consciências e oriente nossos passos nessa estrada longa da vida. Ajuda-me a amar meus inimigos e vê-los como irmãos. Retire de nós o véu da ignorância e insensatez. Mostre-nos o caminho da Verdade e da Compaixão. Perdoe-nos dando a cada um o mérito da conquista na travessia difícil no mar da ilusão humana. Toque-nos com maestria e faça-nos acordar desse sono eterno. Cegue-me com sua Luz-Verdade e ressuscite a minha visão de Ti. Amém!
OBS.: Assista o filme FRANCESCO e ore por todos nós!
Prof. Bernardo Melgaço da Silva

LIVRO RECOMENDADO PELO NOSSO BLOG: AMI - O MENINO DAS ESTRELAS (DIÁLOGO ENTRE UMA CRIANÇA TERRESTRE (PEDRINHO) E UMA OUTRA EXTRATERRESTRE (AMI))

Na página de apresentação do livro encontramos:
“É difícil aos dez anos de idade escrever um livro. Nesta idade ninguém entende muito de literatura... nem se interessa demais; mas eu [Pedrinho] vou ter que fazer isso, porque Ami disse que se eu o quisesse ver novamente deveria relatar em um livro o que eu vivi a seu lado.
Ele me advertiu que entre os adultos, muito poucos me entenderiam, porque para eles era mais fácil acreditar no terrível do que no maravilhoso.
Para evitar problemas ele me recomendou que dissesse que tudo era uma fantasia, uma história para crianças.
Eu vou obedecer-lhe ISTO É UMA HISTÓRIA” (p.3).
DIÁLOGO ENTRE O MENINO CHILENO (Pedrinho) E O "MENINO" EXTRATERRESTRE (Ami):
“- [Pedrinho] Mas talvez existam mundos com seres inteligentes e malvados...
- “Inteligentes e malvados”! - Ami dava risada - Isso é como dizer bons-maus.
Eu [Pedrinho] não conseguia compreender. E esses cientistas loucos e perversos que inventam armas para destruir o mundo, contra os quais Batman e Superman lutam? Ami captou meu pensamento e explicou rindo:
- Esses não são inteligentes; são loucos.
- Bom, então é possível que exista um mundo de cientistas loucos que poderiam nos destruir...
- Além dos daqui da Terra, impossível...
- Por quê?
- Porque se são loucos, destroem-se a si mesmos primeiro. Não conseguem obter o nível científico necessário para poder abandonar seus planetas e partir para invadir outros mundos. É mais fácil construir bombas do que naves intergaláticas, e se uma civilização não tem bondade e alcança um alto nível científico, mais cedo ou mais tarde vai utilizar seu poder científico contra si mesma, muito antes de poder partir para outros mundos.
- Mas em algum planeta poderiam sobreviver, por casualidade...
- Casualidade? No meu idioma não existe essa palavra. Que significa casualidade?
Tive de dar vários exemplos para que ele compreendesse. Quando consegui, ele achou engraçado. Disse que tudo está relacionado, mas que nós não compreendemos a lei que une todas as coisas, ou não a queremos ver.
- É que se são tantos os milhões de mundos, como você diz, poderiam sobreviver alguns malvados sem se destruir. Eu continuando na possibilidade dos invasores. Ami tentou fazer-me compreender:
- Imagine que muitas pessoas têm que pegar uma barra de ferro quente, uma a uma, com as mãos nuas. Qual é a possibilidade de que alguma não se queime?
- Nenhuma; todas se queimam - respondi.
- É assim mesmo, todos os malvados se autodestroem se não conseguem superar sua maldade. Ninguém escapa da lei que rege esse assunto.
- Que lei?
- Quando o nível científico de um mundo supera em muito o nível de amor, esse mundo se autodestrói...
- Nível de amor?
Podia entender com clareza o que é o nível científico de um planeta, mas não compreendia o que era o “nível de amor”.
- A coisa mais simples é, para alguns, a mais difícil de compreender...o amor é uma força, uma vibração, uma energia cujos efeitos podem ser medidos por nossos instrumentos. Se o nível de amor de um mundo é baixo, existe infelicidade coletiva, ódio, violência, separatismo, guerras e...com um nível perigosamente alto de capacidade destrutiva...compreende-me, Pedrinho?
- Em geral, não. O que você quer dizer?
- DEVO lhe dizer muitas coisas, mas vamos aos poucos. Começamos por suas dúvidas.
Ainda não podia acreditar que não existissem monstros invasores. Contei-lhe um filme no qual “extraterrestres lagartos” dominavam muitos planetas porque estavam muito bem organizados. Ele disse:
- Sem amor não pode existir uma organização duradoura. Nesse caso, é preciso obrigar, forçar. Ao final, aparece a rebeldia, a divisão e a destruição. Só existe uma forma universal perfeita de organização, capaz de assegurar a sobrevivência, e é possível naturalmente quando uma civilização se aproxima ao amor, quando evolui. Os mundos que chegam a isso são evoluídos, civilizados, não fazem mal a ninguém. Não existe nenhuma outra alternativa em todo o universo. Uma inteligência maior do que a nossa inventou tudo isso....
Eu continuei sem compreender nem uma palavra, apesar de que depois ele conseguiu me explicar melhor; no momento eu continuava com dúvidas a respeito dos monstros inteligentes e malvados.
- Televisão demais! - exclamou Ami, para logo acrescentar:
- Os monstros que imaginamos estão dentro de nós mesmos. Enquanto não os abandonamos, não merecemos alcançar as maravilhas do universo...Os malvados não são bonitos nem inteligentes.
- Mas... e essas mulheres lindas e malvadas que aparecem nos filmes?
- Ou não são lindas ou não são más...A verdadeira inteligência, a bondade e a beleza andam de mãos dadas; tudo é conseqüência do mesmo processo evolutivo que leva ao amor.
- Então você quer dizer que não há gente malvada no universo, além dos daqui da Terra?
- Claro que há. Existem mundos nos quais você não poderia sobreviver nem meia hora. Aqui mesmo, na Terra, há um milhão de anos... Existem mundos habitados por verdadeiros monstros humanos...
- Está vendo, está vendo? - exclamei triunfante - você mesmo reconhece, eu tinha razão; eu estava me referindo a esses monstros...
- Mas não se preocupe; eles estão “embaixo”, não “em cima”, habitam mundos mais atrasados do que este; suas mentes não lhes permitem nem mesmo conhecer a roda, assim que não vão chegar até aqui...
Isso era tranqüilizador.
- Então depois de tudo, os terrícolas não são os mais malvados do universo...
- Não; mas você é um dos mais bobinhos da galáxia!
Rimos como bons amigos.”(p.19-21).
“- Ah, sim! Você quer dizer que aqui também estamos correndo perigo, como nos mundos dos malvados?
- Existem muitas possibilidades. A relação entre a ciência e o amor está terrivelmente inclinada para o lado da ciência; milhões de civilizações como esta se autodestruíram. É um ponto de mudança...perigoso” (p.26).
“Eu estava realmente nervoso. Comecei a procurar uma solução para evitar a guerra e a possível destruição da humanidade. Pensei que os extraterrestres poderiam tomar o poder pela força na Terra, destruir as bombas e nos obrigar a viver em paz. Disse isso a ele. Quando parou de rir, afirmou que eu não conseguia deixar de ser terrícola ao pensar.
- Por quê?
- Pela força, destruir, obrigar, tudo isso é terrícola, incivilizado, violência. A liberdade humana é algo sagrado, tanto a nossa como a alheia. Obrigar não existe em nossos mundos; cada pessoa é valiosa e respeitada. Pela força e destruição é violência, o que vem de “violar”; violar a Lei do Universo...
- Então vocês não fazem a guerra? - Ainda não tinha terminado de fazer esta pergunta quando me senti estúpido por tê-la feito.
Olhou-me com carinho e colocando sua mão no meu ombro, disse:
- Nós não fazemos a guerra, porque acreditamos em Deus.
Sua resposta surpreendeu-me muito. Eu também acreditava em Deus, mas ultimamente estava pensando que somente os padres do meu colégio acreditavam Nele, e também as pessoas com pouca cultura, porque tenho um tio que é físico nuclear da Universidade e ele diz que “a inteligência matou Deus”.
- Seu tio é um tolo - afirmou Ami, depois de ler meus pensamentos.
- Não acho; ele é considerado um dos homens mais inteligentes do país.
- É um tolo - Ami insistia - a maçã pode matar a macieira? A onda pode matar o mar?’...
- Pensei que...
- Enganou-se. Deus existe.” (p.27).
“Começamos a andar pelo caminho que vai ao povoado. Colocou seu braço no meu ombro e senti nele o irmão que nunca tive.
De longe se escutavam algumas aves noturnas a grasnar. Ami parecia deleitar-se com esses sons; inspirou o ar marítimo e disse:
- Deus não tem aparência humana - seu rosto brilhava na noite ao falar do Criador - não tem forma alguma, não é uma pessoa como você ou como eu. É um Ser infinito, pura energia criadora...puro amor...
- Ah!
Ele dizia isso de uma maneira tão bela, que conseguia que eu me emocionasse.
- Por isso, o universo é lindo e bom...É maravilhoso” (p.28).
“- Ah, sim!
- Aqueles que viveram existências difíceis, violentas, quando conseguem atingir uma vida mais humana a valorizam como ninguém...Se nunca existisse noite, não poderíamos desfrutar o amanhecer...”(p.28).
“Enquanto caminhávamos, ele se detinha para olhar a lua entre as folhas de eucaliptos, às vezes me dizia que ficássemos a ouvir o coaxar das rãs, o canto dos grilos noturnos, o longínquo ruído das ondas. Detinha-se a respirar o aroma dos pinheiros, do córtex das árvores, da terra, a observar uma casa que ele achava bonita, uma rua ou um cantinho em uma esquina.
- Veja que lindos esses candeeiros...parecem um quadro...observe como cai a luz sobre essa trepadeira...e essas anteninhas recortadas contra as estrelas...A vida não tem outro propósito que o de se desfrutá-la de uma maneira sã, Pedrinho.
Procure colocar sua atenção em tudo o que a vida lhe proporciona...A maravilha está em cada instante...Tente sentir, perceber, em lugar de pensar. O sentido profundo da vida está além do pensamento...Sabe, Pedrinho, a vida é um conto de fadas feito realidade... é um dom maravilhoso que Deus lhe brinda... porque Deus o ama...
Suas palavras me faziam ver as coisas de um novo ponto de vista. Parecia-me incrível que esse mundo fosse o habitual, o de todos os dias, ao qual eu jamais prestava atenção...agora percebia que vivia no Paraíso, sem nunca ter percebido antes...”(p.31).
“- Incivilizados?
- Chamamos incivilizados aos mundos que não respeitam os três requisitos básicos...
- Quais são?
- Os três requisitos básicos que um mundo deve respeitar para ser considerado civilizado são: primeiro, conhecer a Lei fundamental do universo; uma vez que se conhece e se pratica esta lei, é muito fácil cumprir os outros dois. Segundo, constituir uma unidade: devem ter um só Governo Mundial. Terceiro, devem organizar-se de acordo com a Lei fundamental do universo” (p.32).
“Ami parecia saber mais de mim, do que eu mesmo...
- Esse livro vai ser informação também. Mais do que fazemos, não nos é permitido. Você gostaria que não existisse a menor possibilidade de que uma civilização de malvados venha invadir a Terra?
- Sim.
- Está vendo? Mas se vocês não deixam de lado a sua maldade e nós os ajudamos a sobreviver, rapidamente estariam tentando dominar, explorar e conquistar outras civilizações do espaço...mas o universo civilizado é um lugar de paz e de amor, de confraternização. Além disso, existem outras qualidades de energias muito poderosas. A energia atômica ao lado delas é como um fósforo ao lado do sol...Não podemos correr o risco de que uma espécie violenta chegue a controlar essa energia e colocar em perigo a paz dos mundos evoluídos, e, muito menos, que chegue a produzir um descalabro cósmico” (pp.34-35).
“Ami riu muito da minha afirmação.
- Você se lembra quando vínhamos pelo caminho?
- Sim, lembro-me.
- Ali tudo lhe pareceu diferente, tudo lhe pareceu lindo, não é verdade...?
- Ah, sim...parece que lá era como se eu estivesse hipnotizado...Talvez você tenha me hipnotizado!
- Estava acordado! Agora está adormecido, pensando que a vida não tem nenhuma maravilha, que tudo é perigoso. Você está hipnotizado, não escuta o mar, não percebe os aromas da noite, não toma consciência de seu caminhar nem de sua vista, não desfruta da sua respiração. Você está hipnotizado com hipnose negativa, está como essas pessoas [indivíduos] que pensam que a guerra tem algum sentido “glorioso”, como os que supõem que quem não compartilha sua própria hipnose é seu inimigo, todos estão hipnotizados, adormecidos. Cada vez que alguém começa a sentir que a vida ou um momento são lindos, então este alguém está começando a acordar. Uma pessoa desperta sabe que a vida é um paraíso maravilhoso e o desfruta instante a instante...mas não vamos pedir tanto a um mundo incivilizado...Imagine que tem pessoas [indivíduos] que se suicidam...já pensou que loucura? Suicidam-se!
...Veja, Pedrinho, todas as pessoas [indivíduos] têm um lado bom, um lado infantil. Quase ninguém é completamente mau. Se você quiser, vamos a uma prisão e rocuramos o pior criminoso.
- Não, obrigado.
- Em geral, as pessoas [o ser humano] são mais bondosas do que malvadas, inclusive neste planeta. Todos pensam que estão fazendo um bem com o que fazem. Alguns se enganam, mas não é maldade, é erro. É certo que quando estão adormecidos ficam sérios e até perigosos, mas se você os toca pelo lado bom, eles vão lhe devolver o que há de bom neles; se você os toca pelo lado negativo, eles vão lhe devolver o que há de negativo neles; apesar disso, todo mundo gosta de brincar de vez em quando.
- Então por que neste mundo existe mais infelicidade do que felicidade?
- Não é que as pessoas [indivíduos] sejam malvadas, são os sistemas que utilizam para se organizar que são velhos. As pessoas evoluíram, os sistemas ficaram atrasados. Sistemas ruins fazem as pessoas [indivíduos] sofre, vão fazendo as pessoas [indivíduos] ficar infelizes, e no final as levam a cometer erros. Mas um bom sistema de organização mundial é capaz de transformar os maus em bons.
Não compreendi muito bem suas explicações” (pp.37-38)
“Em outra das telas apareceu o homem, mas estava quase transparente. No centro de seu peito brilhava uma luz dourada muito linda.
- Que luz é essa?
- Podemos dizer que é a quantidade de amor que existe nele, mas não seria tão exato; é mais certo dizer que é o efeito que a força do amor exerce sobre a sua alma. E também seu nível de evolução. Ele tem setecentas e cinqüenta medidas.
- E isso que significa?
- Que ele é interessante.
- Interessante por quê?
- Porque seu nível de evolução é realmente bom...para ser terrícola.
- Nível de evolução?
- Seu grau de aproximação com o animal ou com o “anjo”” (pp.49-50)
“- Você tem razão, mas meu tio, o que é físico nuclear, também deve ser muito valioso...
- Famoso talvez...A que se dedica o seu tio, dentro da física?
- Esta desenvolvendo uma nova arma, um raio ultra-sônico.
- Se ele não acredita em Deus, e além disso se dedica à fabricação de armas...penso que tem um nível bem baixo.
- O quê?! Mas ele é um sábio! Protestei.
- Você está confundindo as coisas de novo. Seu tio tem muita informação, mas ter informação não significa necessariamente ser inteligente, e muito menos um sábio. Um computador pode ter armazenado muita informação, mas nem por isso é inteligente. Você acha muito sábio um homem que cava uma fossa, ignorando que ele mesmo vai cair nela?
- Não, mas...
- As armas se voltam contra aqueles que as apóiam...
Não me pareceu muito evidente essa afirmação de Ami, mas decidi acreditar nele. Quem era eu para duvidar de sua palavra? Apesar disso, estava confuso...meu tio era meu herói...um homem tão inteligente...
- Tem um bom computador na cabeça, isto é tudo. Aqui existe um problema de terminologia: na Terra dizem inteligentes ou sábios aos que têm uma boa capacidade cerebral em só um dos cérebros, mas temos dois...
- O quê!
- Um na cabeça. Esse é o “computador”, o único que vocês conhecem. O outro está no peito, não é visível, mas existe. É o mais importante, é essa luz que você viu pela tela no peito do homem. Para nós, inteligente ou sábio é aquele que tem ambos os cérebros em harmonia, mas isso quer dizer que o cérebro da cabeça, está a serviço do cérebro do peito, e não ao contrário, como na maioria dos “inteligentes”.
- Tudo isso me surpreende, mas agora entendo melhor. O que acontece com aqueles que têm mais desenvolvido o cérebro do peito do que o da cabeça? - perguntei.
- Esses são os “tolos bons”. São fáceis de enganar, é simples para os outros, os “inteligentes maus”, como você dizia, colocá-los a fazer o mal enquanto pensam que estão fazendo o bem...o desenvolvimento intelectual deve estar em harmonia com o desenvolvimento emocional, só assim se produz um verdadeiro inteligente ou sábio. Só assim a luz pode crescer” (p.50-51).

CITAÇÃO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DO PROF.MELGAÇO: O TEMPO E A EVOLUÇÃO ONTOLÓGICA

“O tempo, como processo interno no ser humano, enraíza-se na diferença de percepção entre emoção e raciocínio. Ele gera assim um espaço na consciência, onde se opera um continuo movimento de "telas mentais", numa dinâmica de construção/destruição de equilíbrios/desequilíbrios. Esse movimento engendra a sensação do "tempo", como uma espécie de "imersão existencial", análoga à dos peixes dentro da água. Nesse espaço da consciência criamos uma realidade onde o objeto observado e o sujeito observador são reconstituídos simbolicamente. Assim, cria-se uma história pessoal, onde se diluem as fronteiras entre "ilusão" e "realidade": conversamos, discutimos, amamos e recordamos pessoas e eventos distantes de nós, ou mesmo já mortos.
Einstein assim se referia a esta ilusão (apud PAGELS,1982):
"O amigo de Einstein morreu um mês antes dele, na Suiça. Exprimindo a sua imagem do mundo de determinismo absoluto, Einstein escreveu as seguintes palavras numa carta comovente ao filho e à irmã de Besso: "Agora ele deixou este estranho mundo um pouco antes de mim. Isto não significa nada. As pessoas como nós, que acreditam na física, sabem que a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão obstinadamente persistente" (p.73).

A LUZ HUMANA E OS CAMPOS DE IRRADIAÇÕES SUTIS

“O homem é um ponto de luz divina, envolto por numerosos envoltórios, como uma luz escondida numa lanterna. Esta lanterna pode ser fechada e escura, ou aberta e irradiante. Tanto pode ser uma luz brilhante diante dos olhos dos homens, como uma coisa oculta, sem utilidade para os demais” ALICE BAILEY"É no exercício da mente que está o nó da questão. A mente humana é aparentemente um instrumento que pode ser empregado em duas direções. Uma é para o exterior: A mente, ao funcionar neste modo, registra os nossos contactos com o mundo físico e o mundo mental em que vivemos, e reconhece as condições emotivas e sensoriais. É o registrador e o que correlaciona as nossas sensações, reações e tudo o que lhe é transmitido por intermédio dos cinco sentidos e do cérebro. É um campo de conhecimento que foi largamente estudado e os psicólogos fizeram grandes avanços na compreensão dos processos de mentalização. "Pensar", diz-nos o Dr.Jung, "é uma das quatro funções psicológicas básicas. É esta função psicológica que, de acordo com as suas próprias leis, modela as representações dadas em suas conexões conceituais. É uma atividade perceptiva, tanto passiva como ativa. O pensamento ativo é um ato de vontade , o pensamento passivo uma ocorrência".
Como veremos mais tarde, é o aparelho do pensamento que está envolvido na meditação e que deve ser treinado para acrescentar a esta primeira função da mente a capacidade de se voltar para outra direção, e de registrar com igual facilidade o mundo interno e intangível. Esta habilidade para reorientar-se permitirá à mente registrar o mundo das realidades subjetivas, das percepções intuitivas e das idéias abstratas.
O problema que hoje se põe para a família humana, no domínio da ciência e da religião, resulta do fato que o seguidor de uma e de outra descobre se encontrar no limiar dum mundo metafísico" (ALICE BAILEY, 1984, p.14-15).

sexta-feira, 7 de março de 2008

SENHOR, EU SEI QUE TU ME SONDAS: O SENHOR É O MEU PASTOR!

Senhor, eu sei que Tu me sondas. E porque me amas - TU me sondas! Pois, quem ama quer cuidar e proteger: dá a vida para salvar e acolher! Em nada me incomodas o Seu olhar manso e meigo. A Sua mão se estende para me ajudar. O Seu abraço me envolve e me acolhe. Em nada me incomodas porque TU me amas de verdade. A cada passo que dou sinto Tua Luz a iluminar o meu caminho. E por isso sigo em frente sem temor da morte porque a tua presença é viva e trás vida para quem se sente acompanhado de Tua presença. Senhor, creio em Ti que do Alto da Sua existência em mim, me observa e me conhece sem vacilar. Eu nada sei do quanto TU sabes a meu respeito. E quando sentir necessidade de redecidir mudar a vida irei sempre Te consultar para saber melhor decidir qual caminho seguir. A minha vida é um livro aberto onde TU escreves a minha história de vida. E são tantas coisas bonitas a contar. São tantos encontros e desencontros nesse mundo de inúmeras realizações. A cada dia, hora, segundo estás a me sondar. Conheces os meus segredos; os meus conflitos; os meus amores. Senhor, eu sei que TU me sondas porque me Amas. Mas, se me sondas é porque sentes que eu sou criança; eu sou uma ovelha perdida e assim queres que eu não me distancie e me ausente da Sua sábia eterna presença. São tantos os espinhos; são tantos os descaminhos. E se não sei, devo aprender a reconhecer os espinhos e compreender o sentido verdadeiro do Caminho. O Teu Santo olhar me vigia dia e noite sem parar. Não há um segundo sem o Seu Santo e implacável olhar. E ao perceber sinto-me renovado e confiante pois sei que És meu Deus que nunca me abandonas. Uma vez me dissestes que eu devia contigo aprender. E por isso me esforcei em ler, ouvir e contigo aprender. Hoje, escrevo em versos o Teu imenso universo; faço da ciência a Tua cósmica consciência; ligo os textos aos contextos; re-ligo a minha consciência a Tua santa Intuição; rezo a Tua Oração. Hoje, eu não sei se sou eu mesmo que escrevo ou se És TU em mim a “me-ditar” as coisas. Eu relaxo, me encanto no Teu doce canto a me embalar. TU És o pincel e eu a tela; És a música e eu a vibração; És o sol e eu os raios de Sua Criação; És a Letra-da-Lei e eu a interpretação da Sua comunicação. Senhor, Eu sei que És TU que me revelas estas linhas que escrevo - tão belas! Senhor, aprendi a Te ouvir, Te amar e em Ti me ligar. Giro em seu redor em busca de uma ordem cósmica. Eu sou a lua iluminada em dia de festa de São João. Eu sou o arco e TU És as cores-do-íris. Eu sou o equilíbrio do pião quando encontro o Seu Centro de rotação.
Senhor, eu sei que TU me sondas. E mesmo na noite escura em nenhum momento Deixas de ficar alerta a me sondar. És sentinela que me protege dos inimigos. E por isso posso dormir sossegado. Ninguém irá traiçoeiramente me atacar. TU não irás nunca me deixar! O Teu olhar acalma minha alma inquieta; trás paz ao meu instinto inseguro; cura o meu corpo doente; ilumina a minha visão; amplia a minha inteligência; sutiliza a minha sensibilidade. E por tudo isso eu digo com fé: Eu sei que TU me sondas! No mar da Vida TU És o meu Capitão. O meu barco nunca irá afundar! O mar se acalmará com a Tua Santa presença. Nenhuma tempestade irá me assustar. Em Tuas mãos o leme sempre estará seguro. TU me conduzes para o Teu porto seguro. Farei a travessia no mar da Vida ao Teu lado sem titubear. O mar é grande e soberano, mas não tão grande e soberano quanto o Senhor. Os inimigos são fortes, mas não tão poderosos quanto o Senhor. O Seu olhar iluminado atravessa o horizonte do espaço e do tempo e viaja acima da velocidade da luz sem limites para chegar e enxergar. TU Estás tão perto e ao mesmo tempo infinitamente mais longe também – quando não temos como centro a Tua FÉ! TU És no humano a contraparte da morte em vida. TU És a eternidade viva. TU És o Amor que Cristo pregou e salvou. TU És o que buscamos: o VALOR! TU És a minha transmutação em vida. TU És a minha própria Vida quando me sondas. Por isso, nunca irei morrer, porque nunca Irás parar de me sondar. Por isso, afirmo com fé: Deus me sonda! Deus me Ama! Deus me Anima! E mesmo quando tudo estiver incerto; quando a minha carne não mais me suportar e meus olhos se apagarem de vez, eu saberei reconhecer que a Tua Vida não perecerá e não me deixará. Lembrarei de novo, como Cristo fez na cruz, que o Senhor nunca nos deixou de Sondar, Amar e Animar. E assim direi: TU És o ETERNO AMOR-CRIADOR-SALVADOR!
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – e-mail: bernardomelga10@hotmail.com

HUMOR CIENTÍFICO

AVANÇO DA CIÊNCIA: GATO GENETICAMENTE MODIFICADO PARA MATAR

REVISTA RECOMENDADA PELO NOSSO BLOG: SCIENTIFIC AMERICAN GÊNIOS DA CIÊNCIA: STEPHEN HAWKING

Na página 23 encontramos:
“Nem EINSTEIN, que foi quase divinizado pela mídia, alcançou tanto sucesso.
HAWKING parece ter dedicado à fama a mesma mistura de estoicismo e bom humor com que enfrenta os desafios da vida”

LIVRO RECOMENDADO PELO NOSSO BLOG: AVALIAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS

Na segunda capa encontramos:
“A atual situação do desenvolvimento social latino-americano não é nada animadora. A crise econômica que a região sofreu no começo da década de oitenta afetou as condições de vida de importantes segmentos da população. Este livro pretende contribuir para melhorar os resultados da política social, proporcionando orientação metodológica numa área importante como é a avaliação ex ante e ex post de projetos sociais, quer requeiram obra física ou ela não seja necessária para sua posterior operação. Ao mesmo tempo procura fazer com que a análise da eficiência seja o outro lado da moeda do estudo da eficiência (ou impacto), que é a justificação última de sua elaboração. Este trabalho é um dos produtos gerados no ambiente do Programa sobre Políticas Sociais para a América Latina (PROPOSAL) realizados pela Organização de Estados Americanos (OEA) e pelo Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planificação Econômica e Social (ILPES) da Organização das Nações Unidas”.

CORPOS SUTIS I

CORPOS SUTIS MENTAL E ASTRAL
Livro Mãos de Luz - Barbara Ann Brennan

CORPOS SUTIS II

CORPOS SUTIS ETÉRICO E EMOCIONAL
Livro Mãos de Luz - Barbara Ann Brennan

REAÇÕES PSICOLÓGICAS

Figura 15-20 - A Defesa Psicopática e uma Reação de Permissão ou de Rejeição
Figura 15-21 - A Defesa Psicopática e uma Reação de Retração
Livro Mãos de Luz - Barbara Ann Brennan

quarta-feira, 5 de março de 2008

FISCALIZAÇÃO NO PARÁ


Caderno OPINIÃO do Jornal FOLHA DE S. PAULO 1 de Março de 2008 p. A2

FILME RECOMENDADO PELO NOSSO BLOG: SETE ANOS NO TIBET


Na segunda capa do DVD encontramos:
“O famoso alpinista austríaco Henrich Harrer (Brad Pitt), parte em busca do impossível, escalar um dos picos mais altos do Himalaia, o Nanga Parbat. Egoísta, visando somente a forma e a glória, experimentou a maior emoção de sua vida ao embarcar nesta fantástica jornada. Capturado pelos ingleses tornou-se prisioneiro em plena 2ª Guerra Mundial, Harrer conseguiu fugir e sua difícil aventura permitiu-lhe um encontro máximo com o jovem Dalai Lama. Durante sete anos no Tibet, ele viveu a profunda amizade que fez o egoísta Harrer despertar para a mais bela generosidade, um caminho duro, mas extremamente recompensador”.
Esse filme mostra dois lados da realidade humana. De um lado encontramos a filosofia budista dos Tibetanos onde se pode ver a docibilidade, o respeito a qualquer ser vivo, a disciplina espiritual da autosuperação e a compaixão. E do outro lado, a truculência da ideologia comunista dos chineses, a covardia contra uma população de monges indefesos, e a incoerência entre o discurso democrático de uma ideologia que pratica a mais cruel das ações humanas: a execução fria, insensível e calculista – um verdadeiro terror!
Esse filme deve ser passado em escolas e universidades, principalmente para alunos de história e ciência política. Ele mostra a face oculta de uma ideologia negra (da morte) que envergonha a humanidade. Tenho compaixão pela população budista tibetana arrasada pela autocracia comunista, porque ela era fundamentalmente espiritual que pregava a paz e o amor.

Prof. Bernardo Melgaço da Silva - bernardomelgaco@hotmail.com

ELEIÇÕES 2008...NADA DE NOVO!


Caderno OPINIÃO do Jornal FOLHA DE S. PAULO 9 de Abril de 2006 p. A2

MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO 4 DE MARÇO DE 2008


Na primeira página encontramos:

“O governo brasileiro condenou publicamente a Colômbia pelo ataque às FARC em território equatoriano...”

MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO 2 DE MARÇO DE 2008


Na primeira página encontramos:
“O nível de poluição da Grande São Paulo aumentou no ano passado, rompendo um ciclo de declínio que ocorria desde 2002, informam Afra Balazina e José Ernesto Credentio. Levantamento com base nos boletins de qualidade do ar da Cetesb aponta um salto de 54% no número de vezes em que o ar ficou com qualidade inadequada ou má em relação a 2006. O fenômeno coincide com a retomada da economia, que impulsiona o consumo de combustíveis e a venda de automóveis – a capital de SP acaba de atingir 6 milhões de veículos.
A mancha de poluição já atinge o extremo oeste do Estado, segundo monitoramento por satélite feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) a partir de 2002”.

LIVRO RECOMENDADO PELO NOSSO BLOG: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR

“A preparação precária do professor universitário brasileiro constitui uma realidade. Muitos ainda pensam que basta o domínio do conteúdo para lecionar qualquer disciplina, ignorando a necessidade de um sistemático processo de formação pedagógica.
Alguns professores já tomaram consciência de que a reversão do atual estágio de educação nacional precisa ser realizada com urgência. Nesse sentido, numerosos profissionais, oriundos de diversas áreas, vêm procurando um aperfeiçoamento de seus conhecimentos e habilidades pedagógicas. Contudo, isto está ocorrendo principalmente em nível de ensino fundamental e médio.
Com este livro, o autor procura abordar os problemas específicos que atingem os professores universitários. Não se trata de um compêndio de teorias e técnicas pedagógicas, mas de um material prático para orientar todos aqueles que lecionam no ensino superior e verificam a necessidade de conciliar modernas estratégias de ensino-aprendizagem a uma orientação sistemática dos conteúdos a serem apresentados.
NOTA SOBRE O AUTOR
ANTONIO CARLOS GIL é licenciado em Pedagogia e Ciências Sociais. É mestre e doutor em Ciências Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. É professor de Metodologia do Ensino Superior em cursos de pós-graduação. É autor dos livros Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, Como Elaborar Projetos de Pesquisa, Técnicas de Pesquisa em Economia e Administração de Recursos Humanos, publicados pela Atlas”.

terça-feira, 4 de março de 2008

A VERDADE DE CADA UM

Certa vez um sujeito se aproximou de um grupo e incomodado com uma enorme verruga no nariz indagou: “Vocês sabem o que está acontecendo com o meu nariz?”. O grupo era formado de indivíduos de diversas formas e correntes de pensamento. Havia nesse grupo um filósofo, um biólogo, um físico, um químico, um antropólogo, um místico, um religioso e um espiritualista. O filósofo pediu a palavra e respondeu: “Meu caro amigo, o teu problema é de ordem existencial e somente solucionará essa questão quando utilizar toda a sua capacidade de entendimento de sua própria natureza, pois segundo Sócrates deves conhecer-te a ti mesmo. Assim, conhecendo a si mesmo, conhecerás a natureza da tua própria criação”. Em seguida, o biólogo tomou a palavra e disse: “Meu irmão, não se preocupe pois a biologia já vem desvendando o mistério do sistema químico-físico mais profundo das células. Já descobrimos que a maioria dos nossos problemas é de ordem genética. Nesse sentido, você deve ter herdado certo tipo de genes de seus antepassados. E como a ciência já vem fazendo estudos sobre a “geografia” genética da natureza humana, logo nós teremos uma solução para todo tipo de verruga localizada”. Logo em seguida, o físico disse: “Meu companheiro, a questão está na estrutura atômica de seu sistema energético. O teu corpo é formado por diversos níveis de energia e certamente a realidade quântica de seu organismo está dando a você a impressão de existir uma anormalidade, mas isso é pura ilusão. Isto porque segundo a física quântica a erva não é verde, a neve não é fria e a pedra não é dura. Tudo são percepções que criamos de nós mesmos”. O químico se apressou e disse: “Caro colega, a matéria é formada por sistemas atômicos e processos químicos acontecem num processo de transformação muito veloz. A verruga nada mais é do que uma troca de substâncias num fluxo de radicais livres. Isso é uma questão ortomolecular. Mude a sua alimentação e isso desaparecerá”. O antropólogo emendou dizendo: “A cultura alimentar tanto quanto a cultura social estão criando as condições para o surgimento de um processo de anomalia física. Mude os seus hábitos sociais também. Busque um clima mais suave e ameno que o ph do seu sangue mudará também. E assim o seu organismo responderá e se adaptará num equilíbrio perfeito”. O místico percebendo o silêncio afirmou: “Lembre-se de que você é parte de uma ordem cósmica e por causa disso as energias cósmicas que atravessam o seu sistema energético está encontrando dificuldades. O que você vê como verruga é um estrangulamento da energia Ki conhecida pelos orientais. Procure harmonizar os seus chakras e o fluxo de energia voltará a funcionar normalmente. Faça ioga (lê-se iôga) e você encontrará o seu ponto de equilíbrio interior e assim se curará”. O religioso então falou: “Deus está presente em tudo, inclusive em você. Aceite esse mistério e converta o seu problema pela fé. O nosso propósito aqui nesse plano e mundo é aprender a converter tudo pelo poder da fé. Tenha fé em Deus e tudo sairá bem”. O espiritualista finalizou dizendo: “Meu irmão espiritual, entenda que a nossa missão é transcender a carne. A verruga é uma prova que lhe foi dada para que você trancenda-a e cumpra a sua missão espiritual. Tudo nesse plano é teste e autosuperação”.
Moral da História: Não existe uma única verdade, mas vários ângulos e perspectivas diferentes que se complementam para formar um todo holístico da compreensão de que somos mistérios e revelações de um propósito cósmico muito maior do que nossas pretensões racionais. Assim, se fixar numa única perspectiva, é abandonar as demais e com isso se perde a oportunidade de compreender que a verdade não é uma soma ou subtração de quaisquer perspectivas, mas a aceitação de que cada um de nós prescreve uma parte da realidade porque é sujeito criador e não um mero expectador da realidade. Deixar-se conduzir por uma única perspectiva apenas é alienar-se em si mesmo daquilo que é mais fantástico no ser humano: a liberdade de criar e estruturar a sua própria realidade complexa, plural e holística.
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – e-mail: bernardomelgaco@hotmail.com