Um dia desses entrei numa locadora de filmes, no Crato, e me deparei com o título de um deles: Conversando com Deus. Decidi levá-lo para assistir a tarde em minha casa. Já em minha casa, após tê-lo assistido, senti uma profunda identificação com o filme. De repente me vi em 1988 passando por fenômenos muito próximos daqueles contados nesse filme. O filme relata a história de um cidadão americano (Neale) de classe média que após ter sofrido um acidente de carro quebrou o pescoço e assim ficou parcialmente impossibilitado de arranjar emprego e viver normalmente. A história do personagem principal se desenvolve entorno de sua vida trágica e seu desespero em encontrar uma oportunidade de viver dignamente no seu país. Assim, ele se vê obrigado a deixar o apartamento alugado (o aluguel estava atrasado há três meses) onde morava para viver num camping junto com outros numa situação de miserabilidade. O filme é muito simples com um enredo bem construído, no entanto para mim me tocou profundamente porque passei por momentos espirituais muito fortes em 1988. O que o filme tem de próximo com a minha história pessoal-espiritual? Em várias passagens onde o personagem principal (Neale) desperta numa noite e conversa com a sua própria consciência interior-superior – Deus! E uma dessas passagens é idêntica quando Neale duvida do que estava acontecendo com ele. E também na situação estranha de conversar com algo imaterial, invisível, porém presente e constante. A confusão dele era a minha também porque era difícil para mim aceitar a idéia de que Deus estava conversando comigo diretamente. E o centro da questão era o Amor Dele. Como falar para as pessoas que o Grande Deus estava conversando afetivamente comigo, pois eu era um sujeito comum, imperfeito e não representava nenhuma imagem de santo, de um ser puro. Eu era um jovem extremamente comum de classe média que adorava ir a praia, beber vinho, namorar e frequentar as boates nos finais de semana a noite. E de repente algo estava acontecendo e mudando a minha perspectiva humana para sempre. E assim constatei que não era só comigo que Deus conversava. A Sua voz doce, meiga e sábia estava presente em todo ser humano. Mas, por que um número muito reduzido de ser humano não conseguia escutá-LO? Por que “todos estavam surdos” conforme a música antiga do cantor Roberto Carlos? Descobri que a Voz de Deus era uma Voz interior muito específica que necessitava de uma sensibilidade metafísica muito fina para ouvi-LA. Em síntese, descobri que existem várias portas da percepção que nos conduz a Ele, e que para abri-las se precisa de uma disciplina ou trabalho de percepção concentrado. Mas, alguns por sua natureza e trajetória conseguiram abri-las inconscientemente. Esse foi meu caso – com certeza! Deus fala com todo mundo ao mesmo tempo, o que não quer dizer que todos conseguem escutá-LO. Eu fiquei anos e anos escrevendo o que a intuição Dele me dizia a respeito de qualquer assunto. E nesse processo – numa dialética existencial! - fui orientado para desenvolver e escrever uma dissertação de mestrado e uma tese de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro/COPPE. Muitos fatos e fenômenos paranormais aconteceram a partir do instante em que comecei a ouvir a intuição Dele. Passei por momentos incríveis – espetaculares! - que pretendo narrá-los no livro que lançarei em 2009. Ao longo de 20 anos me dediquei em criar uma linguagem científica (p.ex.: Física Quântica) e filosófica para transmitir a minha verdade sobre a minha consciência interior que não cansa de falar ininterruptamente. Espero assim contribuir com uma semente de reflexão antes de deixar esse mundo material humano. Ninguém está totalmente vazio e sozinho – Deus nos preenche e vive ao nosso lado falando o tempo todo!
Prof. Bernardo Melgaço da Silva (88) 9201-9234
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